Colonização/ colonialismo - Guerra Colonial - Revolução dos Cravos - Descolonização https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/7815/1/WP132.pdf 1.a noção de Colonização - colónia 2. O colonialismo - a dimensão negativa da colonização, engloba a colonização, os seus excessos, a sua legitimação 3. ex-colonizador - revitalização da categoria colonização / o ex-colonizado fala de colonialismo, categoria que explica a totalidade do fenómeno. o colonialismo caracterizado por * a desigualdade relacional - descontinuidade territorial entre o país colonizador e o país colonizado, a diferença cultural e social entre colonizados e colonizadores, a eliminação da autonomia do colonizado ( posição sempre reforçada do colonizador) * o exercício constante de desmemoriação das populações dominadas em relação sua própria história, introduzindo a história do colonizador e incentivando uma nova memória - hierarquização dos homens de acordo com a norma do colonizador Tudo legitimado por – nação, civilização, história . Durante o século XIX, - após a independência do Brasil, a África foi ocupando um lugar central na vida nacional. A conferência de Berlim (1884-1885) – Partilha de África – ( oficialização do neocolonialismo) Ultimato inglês de 1890 - a partir do final de Oitocentos - iniciam uma revisão histórica das ‘suas’ conquistas e dos ‘seus’ direitos, no continente africano, construindo uma mitologia colonial destinada a explicar e a justificar os direitos de Portugal, que teria sido, em todos os lugares, o primeiro a dar conta das terras,dos homens, das línguas e das produções. Transformou as colónias em operações ideológicas - situação reactivada pela República, em 1910, pelo Estado Novo, a partir de 1926. Paralelamente começou a esboçar-se a teoria para-antropológica, destinada a mostrar a singularidade positiva das relações seculares dos portugueses com os Outros. Esta tese, que encontraria a consistência teórica em 1933, na escrita sociológica de Gilberto Freyre, constituiu o eixo do segundo período da mitologia colonial portuguesa, que começou a ser elaborado na década de 1940. - -Em torno do carácter excepcional da colonização portuguesa, no respeitante às relações inter-humanas - No momento em que as potências coloniais negociavam as independências africanas e asiáticas, Portugal reforçava no plano interno, o carácter obstinado do seu colonialismo, apoiado pelos colonos . ENQUANTO que no plano internacional, mobilizava os ‘direitos históricos’ para recusar as mudanças da história. . Resumindo, estes três grupos de mitos, pensados em três dimensões – antropológica - a superioridade racial e cultural do homem branco e o seu corolário «a missão civilizadora», histórica - papel fundador dos descobrimentos portugueses no conhecimento e a secular continuidade da presença de Portugal no mundo, sociológica - a teoria do lusotropicalismo, de Gilberto Freyre, assentando na singularidade das relações harmoniosas sempre estabelecidas pelos portugueses com outros povos, as virtudes da «assimilação» e as evidências da ausência de racismo nacional - , asseguraram de maneira eficaz e duradoura a justificação e a legitimidade histórica das opções coloniais portuguesas. Foi sobretudo após a implantação da ditadura militar (1926) - o Estado Novo (1933) que se reforçoua ideia de «missão civilizadora», pela via de um longo processo de «assimilação», em África, para justificar a colonização: “não imaginemos que é possível a brusca passagem das suas superstições para a nossa civilização (…). É impossível que, de um salto, eles [os africanos] transponham esta distância de séculos”, afirmava em 1933 o ministro das Colónias Armindo Monteiro Na década de 1960, marcada pela guerra colonial, reforço de argumentações do regime, apoiadas em novas perspectivas explicativas de Freyre (1961) - que recorrendo a factos históricos da expansão portuguesa, contribuiu para consolidar uma dimensão nova e autónoma da natureza colonial portuguesa: a ausência de racismo quer nos sentimentos, quer nas práticas sociais. Discurso de Franco Nogueira, ministro dos Negócios Estrangeiros: em 1967: “ ...fomos nós, e nós sós, que trouxemos à África antes de ninguém a noção de direitos humanos e de igualdade racial; e somos nós, e só nós, que praticamos o multirracialismo, havido por todos como a expressão mais perfeita e mais ousada de fraternidade humana e progresso sociológico. “ A Casa de Estudantes do Império – fundada em 1944 Para preservar a unidade imperial das origens de todos os estudantes que vinham para a metrópole, mas acabou por se tornar o principal foco de agitação anticolonialista na metrópole, onde se criaram muitas das personalidades que dariam rosto aos movimentos de libertação das colónias e acabou por se tornar central na conscencialização política de muitos que combateram o regime salazarista. Fundadores dos futuros movimentos independentistas dos territórios colonizados passaram pela Casa. Numa primeira fase, ainda na década de 1940, a subversão contra faz-se notar através da que ficaria conhecida como a “geração mais velha”, - Agostinho Neto e Lúcio Lara (Angola), Amilcar Cabral (Guiné-Bissau), Marcelino dos Santos (Moçambique) e Alda do Espírito Santo (São Tomé e Príncipe). https://ensina.rtp.pt/artigo/a-casa-dos-estudantes-do-imperio/ Em finais da década de 50 - 60 são criados os movimentos de libertação nas «províncias do ultramar» e na Casa publicam-se escritores como José Craveirinha, Luandino Vieira e Viriato Cruz, entre outros Mensagem ao povo português onde se exige a autodeterminação dos povos subjugados, a retirada das forças armadas dos territórios africanos e liberdade política. Em 1963, é cortado o financiamento do Estado à Casa dos Estudantes do Império, que acaba por ser encerrada dois anos depois Cahora Bassa, na garganta do Zambeze https://ensina.rtp.pt/artigo/cahora-bassa-na-garganta-do-zambeze RETORNADOS - REFUGIADOS https://www.youtube.com/watch?v=9abVrBmJ0yE https://www.youtube.com/watch?v=Q38p4l6HGYQ https://ensina.rtp.pt/artigo/casa-retornados/ cerca de 600 mil portugueses regressaram a Portugal, após a revolução de 1974, na sequência do processo de descolonização https://ensina.rtp.pt/artigo/quem-eram-os-retornados/ FADO https://ensina.rtp.pt/artigo/cuidado-com-a-lingua-fado/ https://ensina.rtp.pt/artigo/cuidado-com-a-lingua-gingar/ https://ensina.rtp.pt/artigo/armandinho-mestre-da-guitarra-portuguesa/ Armandinho em Lisboa / Artur Paredes em Coimbra – desenham as novas guitarras com mais som e mais caixa Nos anos 20 do séc. passado surgem as casas de fado A raiz comum do fado e da morna São ambas canções de alma, de nostalgia e de saudade. E não é só nos temas que o fado português e a morna cabo-verdiana têm pontos de contato. https://ensina.rtp.pt/artigo/raiz-comum-fado-morna/ Carlos do Carmo: https://www.youtube.com/watch?v=UrLn3xPxr-8 Cesária Évora https://www.youtube.com/watch?v=GrDHCxXF318