COS como nos anos (k 1968/69 Durante esse pe-riodo, houve uma maior liberdade de critic a ru ihordagem de certos a^jíí?- ** F***1* escre-ver % cortados. Me* te faz onf .nici Jiminuiram O que näo significa. porém. que o regime M 4MW»dasse auanto |j i«n do Esta ■ se ate . on^re^B^THH^KB Av do CcMn^^^BflpflHHpO da Censura, que tó vohou a abrandar por das cletcOes de 1969. em resuliado da pressáo internacionál, da luta das forcas democráticas c da necessidade de o Regime mostrar que algurna coisa de essential tinha n Marcelo Caeiano tinh 0 sustentáculo do antigo regime y s países onde as liberdades de expres ÄriaTavares • Her minia Malcata trrZíiľľZľDiréccäo: Renato Borges de Sousa na forma^ao da uptmao , « * • • ■- a vtiwuia^ao ovo Wl,... ses de Caetano quanto aos 'malcfíctos" da liber dade de Imprensa e á "vantágem no aproveita-mento pelos homens do c stádo dus meios de di-rusao" estlo na linha de raoocímo do própno Hitler, para quem "o Estado nao deve perturtw -se com o bnlho da chamada liberdade de Imprensa. Ele deve antes, com decisao tmplaci-vel. assegurar-se desse meio de iníormacáo e cotocá-lo ao seu servteo e da na^áo " E foi neste enquadramento que Marcelo Caetano actuou na ao há dúvida nenhuma que o quadro i antmador: a esmagadora maioria dos portugueses (87.9 por cento) considera--se felu. com bons amigos. acha que tem muito em comum com as outras pessoas da suj idade e tem confianca no futur.» É evidente que seriamos completanKnte tontinhos se fôssemo* sempře íehres. a *odo o momenio. independentemente dos altos e haixos da vida Por >sso. näo é de admirar que 39 por cento refira sentir-sc as ve/es sozinho e 58 por cento deftna a vida como "uma preocupacäo atrás da outra" Atóm do mais. varno-nos quci nando sempře, mas quando nos pedem um ba tanco, provavelmentc, comparamos a nossa situ-acáo com os que ainda estäo pior. para conciuir* mos que sim. que. apesar de tudo, wnos feiizes As mulheres tem uma opiniáo de si próprias ligeiramcntc meno* positiv a que os homens uma grande percentagem de elementos do sexo femi-nino que i s a-se de soltdao Tambŕm sao elas que se preocupam mais com a vida e confiam menou no fuluro Mais velho. mais pessimista O pior é que a idade náo parecc tornar os por tujrueses mais fcli/cs O que i uma pena As ge-vclhas sio mais pcssimistav quanto se empenhar abenamente na luta em defesa de causa» jus tas Apenas era publtcado, no circuito lega), aquilo que o regime autoruava Era um regime m pu-npedia tdro que. atraves de algumas habilidades dos jomalistas, determinadas inlormacöcs incómodas para o Regime eram divulgadas. mas, regta geral, os censores impediam a sua dtfusáo. Comprcendendo a mfluéncia da Imprensa na forrnac>> da Opmiáo Publica, os regimes ditato-nais sempře procuraram tutelar a accao jornalística, impedír o livre excrcfcio dos profis-sionais desta area e cercear a liberdade de iníor-IBÉCjlo, O regime do .Estado Novo cternizou-sc no Poder porque teve como base duas grande* instiuH,öes repressiv as alem da Polícia Poiíoca. linha äs suas ordens a Censura. principal eixo da politics de tnformacio de Salaxar e de Man Caetano. ne g and o ao cidadao os seus direitos mais elementares Imprensa portuguesa sentiu. W*< liberah/ante *ia '"'m tu/.uít rvar disvo m' ýaode quem a primetra linha a tnualmcntc de/ nul ram lelizesf Portugueses sc •lies! Dpa lí que iste m is? Quem as di é Paulo ; sociologu do Institute de s que, i pedido da stado dajuventude, fez oi - scssas "atitudes peraate a ides". Agora leia o reste e »e e que coosidertsos que •'-,» 1r IT 2« 'ň if i que o quadro é bra maioria dos idcra- futuro nle sernprc "fclizcs. a rtte dt>s altos e e 58 *o qoei m ba nn» .i r,.-»4 sstu-or. para condutr-io. somos felties So d< si propnas I os homens: uma ttos do sexo ferm oém sio clas que • confiam mcnos Ml ;c tornar os por tma pena As ge ssimistas quanto m geral - triste-tdos pelavída E er coisa pela tcr-ibros se quetxam assustadora. para a ver com as ou-:m no futuru Já ) "uma agradávef v nov os assinaJam ) tra/ fe t k idade Titudo ác Paulo í a defini<,ioda xocups^oe* i ndividuos pcrtcn nais baixos. en-uiparaprefertr j t a vida como uro de satkk como com- i Cm. . ADS1: i>u iHjtrav iflii do podem optar por Tv jua e a m>«.rh,ao na .-ve- ittma Apcvar Jisso. at i Autor as: Ana Tavares e Herminia Malcata Birecgäo: Renato Borges de Soma A Actualidade em Portugues e um livro constituido por textos da imprensa lusöfona, cujos temas se debrucam sobre a actualidade. A Actualidade em Portugues destina-se ao desenvolvimento do portugues como lingua estrangeira, tendo basicamente como alvo os alunos de grau avancado. Este livro e composto por värios temas que abordam areas lexicais variadas, indo desde o stress, äs supersticöes, violencia infantil, etc.. Atraves dos mesmos temas os alunos säo levados näo so a rever estruturas gramaticais, supostamente ja adquiridas; como tambem a trabalhar a area lexical e a desenvolver o uso da lingua quer a nivei escrito. quer oral. Ass im, cada unidade apresenta-se estraturada do seguinte modo: glossärio, vocabulärio, gramätica, compreensäo e uma ultima parte em que o aluno e motivado para a oralidade, escrita ou simulacäo. INDICE Titulo ¥ocaiäuläfio. Graniitfea h*c, obrigado... - . . .„.< : Expressöes com o verbo dar Expressöes idiomäticas Verbos com sentidos diferentes Presente do Conjuntivo Imperfeito do Conjuntivo Futuro do Conjuntivo A_ pessoas gostam muito de ir as compras quando se sentem infeliz.es. Também gostam de íicar ho ras ao telefone a conversar. 13 lirudade 2 - (Juase todos os Portugueses.. f. Muitos Portugueses consideram-se felizes, a partir do momento em que näo tenham dificuldades financeiras. g. Como secretäria, nunca aceitou criticas ao seu trabalho: nem mesmo quando vinham do 2. Reescreva as frases seguintes, substituindo as conjuncöes sublinhadas por outras que sejam sinönirnas. a. Se bem que eles tenham saüde e um bom emprego, näo se consideram felizes. b. Quem trabalha por gosto näo cansa, contanto que näo trabalhe mais de dez horas por dia nem aos fins-de-semana. c Mal se instalaram na casa nova, comecaram a convidar os amigos para conviverem. d. A Raquel precisou de consultar um psiquiatra, dado que ja pensou, por varias vezes, suicidar-se. e. Mesmo que Ihe facam uma proposta tentadora, näo se esqueea que nem tudo o que luz e ouro. f. Se tiver tarefas domesticas rotineiras, näo desespere! Sorna e vä em frente! Tema para discussäo 1. imagine que um estudo sobre "'as atitudes perante a vida e moraüdades" era feito no seu pais. Quais pensa que seriam as conclusöes9 Considere os quadros do artigo e tenha em iinha de conta a iniluencia dos seguintes aspectos: paträo. * a faixa etäria o estado civil o sexo ' a classe social ' o m'vel de instrucäo a religiäo diferencas entre a cidade e o campo a tendencia politica 19 Unidade 3 - Espreitando o Novo Milénio Espreitando o Novo Milénio, Alimentos transgénicos, resistentes a insectos e menos perecíveis. Comboios de alta velocidade, que quase suplantam em rapidez os aviôes. Aeronaves gigantescas, com capacidade para 800 pessoas. Casas inteligentes, onde tudo funciona premindo-se um botäo. O novo miiénio vai ser assim. Mais surpreendente. Mas íambém mais perigoso. Se as previsôes dos cientistas se confirmarem, a temperatura da atmosféra continuará a subir - e, eníäo, o mar sairá das suas margens e invadirá as terras baixas do literal. As doencas que nos atormentam faräo, no futuro, ainda mais vitimas. Os novos tempos seräo também uma época de quebra de tabus - o mapa genético do Homem há-de ficar complete e as fronteiras do espaco mais próximas de nós. Paulo Chitas e Fiiomena Laaca genética Planificar o indivíduo As doencas poderäo ser previstas e evitadas ainda antes do indivíduo ser concebido O Pedro iem os olhos do pai e os cabelos pretos da mäe. E alto como o avô e o nariz é igualzinho ao daquele bisavô que está no retrato de família da sala. Estas semelhancas näo säo obras do acaso. Corno muitas outras bem menos perceptíveis ao olhar, fazem pane da informacäo hereditaria que recebemos dos nossos pais e que inciui uma quantidade irúrnaginável de genes. Säo estes os responsáveis por aquilo que somos, e é também a eles que devemos pedir contas pela raaioria das doencas que enfrentaremos ao longo da vida. Há anos que os cientistas investigam aquilo a que chamam genorna, o repositório de informacäo onde consta tudo o que materialmeate constitui o ser humano. Acredita-se que o numero total de genes se situe entre os 75 mil e os cem mil e que a maioria esteja identificada por volia do anc de 2005. O objectivo dos invesíigadores é conseguir iraduzir todo o genoma humano através de urna sucessäo de símbolos. como se de um texto se tratasse. Neste momento, o que se sa be desse texto näo uitrapassa os 10 por cento, e há genes que estäo identifícados sem que se conhecam ainda as respectivas ŕuncôes. No entanto, já é possível afirmar, com alguma seguranca, quais säo os responsáveis por uma série de doencas. Entre os descobertos. este ano, há um que causa um raro e fatal desequilíbrio de colestero! em criancas, outro potencia o cancro da mama e um terceiro está ligado á doenca de Alzheimer. Erica ou saúde? A partir do momento em que os cientistas consigam identificar um gene e determinar a sequéncia compieta do seu código, podem descobrir a sua presenca em qualquer doente e tomar as medidas necessárias para que a patológia näo se desenvolva. Aiém disso, é também possível identificar casais de risco, ou sej a, aqueies. cujos filhos. devido ä combinaeäo genética, viräo a nascer com determinada dcenca ou tém probabilidades de contraí-la no futuro. Estes conhecimentos abrem novas portas á Medicína e possibilitam forrnas inovadoras de tratamento: as terapias genéticas. Bastará medi ficar um ovo (óvulo j á feeundado), através da manipulaeäo dos genes, para corrigir os efeiíos da heran^a genética. ísso ievanta, no entanto, um eonjunto de problemas éticos. Antonio Amorim, 45 anos, investigador do Instituto de Patológia e Imunológia Molecular da Universidade do línidade 3 - Espreitando o Novo Milénio Porto, explica que "é consensual no meio científico näo haver o direito de modificar o património hereditário da espécie humana". Aceita-se como possível " a alteracäo das celu las de um indivíduo já formado, mas näo a modificacäo das céiulas sexuais que transmitiriam uma infonnacäo corrigida". Afinal, diz, "o que es tá em jogo é demasiado importante e pode ter consequéncias que nós näo prevemos". Reconhecendo que näo controlam todas as variáveis, os cientistas optám pela, prudéncia, mas a indústria farmacěutica mundial trabalha já a toda a velocidade. CAIXA-FORTE EM RISCO Um bom ladräo muda as técnicas de cada vez que faz um novo assalto. Também os assaltantes do nosso corpo o fazem. Virus, bactérias e outros agentes infecciosos säo dos mais exírnios ladrôes do mundo. E a caixa-forte sujeita ao assalto o mais precioso bem: a vida. A resisténcia oferecida pelos agentes infecciosos aos tratamentos preocupa os cientistas em todo o mundo. Após a descoberta da penicilina e de outros antibióticos, os medicos pensaram que tinham encontrado a varinha mágica para manter á dištancia doencas como a malária e a tuberculosa Mas uma grande esperanca acabou numa grande decepcäo: os vírus e as bactérias revelaram-se capazes de ludíbriar os mais sofísticados medicamentos. "Até há uns anos, tratava-se urna otiíe ou urna pneumonia com relativa faciiidade: a penicilina era barata e näo tinha problemas secundários", faz notar Francisco Antunes, director do Service de Doencas Infecciosas do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Mas o panorama mudou. "Uma pessoa com tuberculose multirresistente, a tossir num autocarro, é um probiema de saúde publica", diz Miguel Forte, 38 anos, infecciologista e técnico do Infarmed, onde avalia medicamentos antes de entrarem no mercado portuguěs. O crescimento da populacäo e a sua concentracäo em cidades gigantescas säo factores de risco. "Em 24 horas, posso estar no outro canto do Planeta. Isto representa riscos muitos sérios para a disseminacäo das doencas", avanca Miguel Forte. No proximo milénio, as doencas infecciosas continuaräo a ser uma das principals caus as de mořte. Eis algumas das mais tem'veis: Febres hemoirágicas. A mais temida é a provocada pelo ébola, um vírus que se cré provir de pequenos roedores. Os doentes sofrem de febres elevadas e hemorragias internas que levam á morte em horas. Sida. Provocada pelo virus HIV. Na fase sintomática, o sistema imunitário do doente fica enfraquecido, apanhando um conjunto de doencas que conduzem á morte. Malária. Endémica em zonas do Terceiro Mundo, caracteriza-se por febres elevadas, que podem provocar a morte em poucos dias. Tuberculose raulfirrssisteiite. Hoje existem estirpes do bacilo de Kock que resistem a todo o tipo de tratamentos. Doenca de Creutzfeld-Jacob. Provocada pela ingestäo de came de vaca contaminada com encefalopatia espongiforme bovina (BSE). O agente infeccioso ataca os tecidos cerebrais, criando pequenos orificios que däo ao cérebro a forma de uma esponja. Revista Vlsäo Unidade 3 - Espreitando o No->o Milénia Glossário endémico: adjectivo referente a doen9a relativa a um povo ou a uma regiäo. esponja: objecto de absor9äo crivado de orifícios e que é formado, quando natural, por um conjunto fibroso de origem marinha. espongiforme: aquilo que tem a forma ou aparéncia de uma esponja. estirpe: tipo; raca. exímio. habilidoso, excelente, distinto, import ante. gene: factor de transmissäo de caracteres hereditários constituindo uma unidade indeíenida manipulacäo: altera^äo eíectuada deliberadamente pela ac9äo do homem. patologia: parte da medicína que estuda as origens, sintomas e natureza das doen9as. património: conjunto de bens; heranca; propriedade. perecível: aquilo que está sujeito a morrer/desaparecer; diz-se de alimentos que se estragam ou deterioram. transgénico: diz-se dos alimentos que säo alterados geneticamente de forma a ganharem resisténcias a virus e insectos. varinha raágica: objecto que é usado nas histórias infantis para expressar a transmissäo de dorn ou poder misterioso. Compreensáo l. Perguntas de compreensäo: a. Quais säo, segundo o primeiro texto, as grandes vantagens de manipula9äo genética? b. Qual o objectivo da identincacäo do numero total de genes? c. Em que sentido é que o segundo texto, ao contrario do primeiro, vem evidenciar um certo retrocesso da evoaupäo cientifica? d. Por que razäo é que no segundo texto se afirma que os virus e as bactérias se re velar am capazes de iudibriar os mais sofisticados medicamentos? Unidade 3 - Espreitando o Novo Milenio Vocabuldrio 1. Expiique o significado das seguintes expressoes, dentro do seu contexto: a. "Os nossos tempos serao tambem uma epoca de tabus". b. "Estas semelhancas nao sao obra do acaso' c. "Sao estes os responsaveis por aquilo que somos, e e tambem a eles que devemos pedir contas pela maioria das doencas que enfrentarernos ao longo da vida". d. "Estes conhecimentos abrem novas portas a Medicina e possibilitam formas inovadoras de tratamento: as terapias geneticas". e. "... e consensual no meio cientifico nao haver o direito de modificar o patrimbnio hereditario da especie humana". f. "O objectivo e conseguir substancias capazes de corrigir os defeitos com que a natureza vai presenteando os homens". g. "Urn bom ladrao muda as tecnicas de cada vez que faz um novo assalto. Tambem os assaltantes do nosso corpo o fazem". h. "Os virus e as bacterias revelaram-se capazes de ludibriar os mais sofisticados medicamentos". Unidade 3 - Espreitando o Novo Milenio i. "Em 24 ho ras posso estar no outro canto do planeta. Isto representa riscos muito serios para a dissernina9äo das doengas". j. "Uma pessoa com tuberculose multiresistente, a tossir num autocarro, e um problema de "saüde publica". 2. Seleccione a alternativa que melhor se aproxima da palavra sublinhada. a. (...) Comboios de alta velocidade quase suplantam a rapidez dos aviöes. i. passam 2. ultrapassam 3. trespassam b. As doengas que nos atormentam (...) 1. affigem 2. rodeiam j. matam. • c. (...) bem menos perceptiveis ao olhar (...) 1. visiveis 2. compreendidas a. pereciveis d. (...) outro potencia o cancro da mama (...) 1. fort alec e 2. oriaina iacilita e. (...) pensavam que tinham enco ntrado a vaxinha mägica (...) 1. o condäo 2. a solu^äo 3. a fantasia f. (...) capazes de ludibriar (...) 1. fusir a ^.resistir a g. Mas o panorama mudou. 1. a situacao 2. a vista 3. a paisagem h. (...) a disserninacäo das doencas. 1. a erradicacäo 2. a propagacao 3. o controlo 3. Tente cnar novas fxases com as palavras sublinhadas, tendo em consideracäc o seu signiflcado dentro do contexto. Unidade 3 - Espreitando o Novo Milénio b. C. d. e. f. g- h. 4. Complete o seguinte quadro: Substantivo Verbo Adjectivo humano o símbolo a heranca concebido pre visto atormentar a injeccäo tossir pro vir enŕraquecido Unidade 3 - Espreitando o Novo Milénio Gramática 1. Transforme as frases seguintes ern frases gerundivas, seguindo o exemplo e de modo a nao mudar o seu sentido. (Por vezeš poderá usar o verbo ir + gerúndio ou o gerúndio simples ou composto). Ex: Casas inteligeníes, onde rudo funciona ao premir-se um botáo. _Casas inteligentes, onde tudo funciona prernindo-se um botao. a. O Alfredo quase morreu com a gastroenterite que apanhou em Cabo Verde. b. Os virus passaram a oferecer resistěncia aos medicamentos anteriormente eficazes, facto que preocupa os cientistas em todo o mundo. c. As autoridades sanitárias de Hong-Kong mandaram abater todas as galinhas da cidade e, assim, controlaram o perigo de uma epidemia. d. Bastará modificar um óvuio já fecundado para corrigir os defeitos da heranca genética. e. Os cientistas continuam a investigar aquilo a que chamam genoma. para procederem a uma tdentificacao dos genes que constituem o ser humano. f. A partir do momento em que os cientistas consigam identiiicar os genes, será possivel identiiicar casais de risco. g. malaria caracteriza-se por febres elevadas que podem provocar a mo rte em poucos dias. h. Muitos turistas contrairam saimonela. por terem ingerido marisco em mau estado de conservacäo. i. As autoridades comunitárias decidiram combater a doenca de CREUTZFELD-JACOB. ao obrigarem ao abate de todos os bo vinos infectados. Unidade 3 - Espreitando o Novo Miíénio j. Estes conhecimentos abrem novas portas ä Medicína e possibilitam formas inovadoras de tratamento: as terapias genéticas. 2. Jirate as frases das duas colunas de modo a usar os pronomes relativos: onde, qual, que, cujo, quern. a. A investigacäo do genoma tern estado a ser 1. 0 laboratório está bem equipado. feita pelos cientistas. b. Temos estado em contacto com o dentista. 2. A investigacáo do genoma irá trazer benefícios para todos nós. c. Hoje haverá um debate no Grande Auditório 3. Procura-se encontrar uma solucáo eficaz da Faculdade de Medicína. para muitas doencas. d. As análises estäo a ser feitas no laboratório. 4. 0 cientista vai apresentar um relatório no próximo congresso. e. Nós temo-nos batido por uma causa nos 5. A causa tem sido bastante apoiada por Ultimos anos. várias instituÍ9Óes. f. No novo milénio iräo continuar muitas 6, O terna do debatě é: "ética ou saúde?'. doencas infecciosas. a. b. Tópicos para Discussäo a) Qual é a sua opiniäo sobre a possibilidade de manipulacäo genética? Reflicta sobre as suas yantagens e desvaníagens. b) Comente a seguinte afirmacäo: O século vinte tem sido. sem dúvida, o sécuio em que mais descobertas a nívei tecnológico e científico tem sido eíectuadas em prol de uma vida mais confortável e sofísticada e de uma sociedade mais justa, humana e com mais condicôes de vida. No entanto, todos temos que pagar um preco bem alto por todo o desenvolvimento alcancado: é o reverso da medalha! 27 Unidade 4 - Cruzes Canhoio! Crazes Cantioto! Imagine que alguem de fora (de fora mesmo, tipo extraterrestre!) nos ouvia proferir estas palavras. Imagine que nos pedia explicates sobre estes estranhos habitos conhecidos como supersticoes. Ups! Provavelmente ficariamos sem saber o que dizer. Para remediar esta lacuna, tentamos encontrar explicacoes para estas atitudes. Afinal, somos seres racionais, nao somos? Ana Pinheiro Näo há dúvida que as supersticoes säo dos hábitos mais estranhos e irracionais que os seres humanos adoptaram. De iacto, bater com os nós dos dedos na madeira, usar amuletos o u desviar o nosso caminho por causa de urn gato preto näo säo propriamente actos pensados ou meditados. Fazemo-lo, na maioria das vezes, como urn reflexo condicionado. O mais curioso é que, como veremos adiante, a maioria destas supersticoes resuita de hábitos aricestrais ou cultos reiigiosos deturpados peio povo, o que parece bastante contraditório na nossa epoca. No entanto, se formos a ver bem, aré talvez näo seja täo surpreendente que urna sociedade céptica e com cada vez menos referéncias se agarre a supersticoes. E que a sorte é algo que qualquer pessoa, em qualquer ponto do mundo e em quaiquer época, busca e sempre buscará. E se um pequeno gesto ou urna paiavra a chamar até nós, porque nao tentar? Peguemos novamente na hipótese dos exíraterrestres. Näo iria querer deixá-los sem resposta, po is näo? Veja, entäo, as que encontrámos para justifícar os nossos actos supersticiosos mais comuns. Os humanos batem frés vezes com os nos dos dedos aa madeira e dizem ao mesmo tempo: "Isoia" ou uO diabo seja cego, surdo e mudo!" De facto, este deve ser o numero um do top das supersticoes. Näo deve haver ninguém, que depo is de proferir alguma sentenca azarenta (as relacionadas com a morte säo as que provocam reaccôes mais barulhentas), näo procure desesperadamente um pedaco de madeira. Ora, como íodos nós sabemos, a madeira é um material que isoia. Ao tocar na madeira, estamos a fazer barulho para evitar que o diabo oica as palavras indesejadas que acabámos de dizer. Os humanos näo passam por baixo de escadas. Dizem que "dá azar". E näo, näo tem nada a ver com receio de que esta Ih es caia em cima! Há duas justificacčes que däo forca a esta ideia. A primeira relaciona-se com o facto de o triängulo ser, para muitas religiôes, o símboio da vida. Ora, urna escada enco stáda a urna parede completa um triängulo e quando alguém passa no meio dele está a rompé-lo, ou seja, a interromper a propria vida. A outra explicacäo tem a ver com o facto de há muitos séculos as escadas terem sido o instrumente utilizado para enforcar criminosos e os seus fantasmas permanecerem junto deias. Os humanos assustam-se quando um gaío preto se !hes aíravessa ä frente! O gato sempre foi visto como um animal com "podereš" especiais. No .Ant i go Egipto era um ser divina, razäo pela qual ainda hoje se diz que um gato tem sete vidas. Éram ainda os companheiros das feiticeiras, e estas, por 28 Unidade 4 - Cruzes Canhoto! sua vez, também podiam assiimir a forma de gatos. Assim, nunca se sabe se o gato preto que caminha ä nossa frente näo será uma feiticeira. Os h u manos tém a mania de come^ar íido o que é de novo com o pé direito! É verdade! Seja i saída da cama, no comeco do novo ano, na entrada para um novo emprego, até ao entrar para o aviäo. Tudo isto porque se parte do principle que o lado esquerdo do corpo recebe más influéncias. A explicaeäo para isto está, certamente, relacionada com a ideia de que os pássaros que voavam para a esquerda éram considerados de mau agoiro. Como näo podia deixar de ser, há ainda urna explicaeäo crista para esta preferencia: Jesus está sentado ao lado direito de Deus, simbolizando, como tal, o bem. Por oposicäo, o lado esquerdo ("sinistra" para os italianos) significa obseuridade, mágia. E talvez por isso que as pessoas canhotas näo eram muito bem vistas no passado. Os humanos coiocam urna ferradura ä entrada de suas casas! Säo muitas as razöes porque urn objecto täo peculiar é considerado um amuieto. Por um lado, a ferradura é feita no fogo sagrado. Por outro, sagrado é também o ferro, dado o seu brilho ter o poder de cegar os espíritos maus. Conüfirmava ainda esta ideia de objecto sagrado o facto de os animais deixarem colocar ferraduras nos seus cascos sem se queixarem de dor. Segundo outra opiniôes, o formato da ferradura simbolizava o céu e o íelhado de casa, representando a vida espiritual e material do hörnern. Se for colocada de lado, tem ainda a característica de representor a iniciál do no me de Cristo. Os humanos näo abrem um chapéu de chůva dentro de casa. Nem para ver se aquele que acabou de Ihes ser oferecido e bonito! A origem desta ideia vem do Oriente, onde os chapeus eram utilizados para proteger do sol. Considerava-se que abrir um chapeu onde näo houvesse sol era um mau agoiro e, por essa razäo, era impensävel faze-lo em casa. Por outro lado, em muitas outras outras partes do mundo espalhou-se a ideia de que este objecto tinha poderes sobre o estado do clima. Assim, näo era conveniente utüizä-lo para outros fihs que näo esses. Os humanos detestam partir espelhos. E o problema näo estä no seu valor! Toda a gente sabe que um espelho partido significa sete anos de azar. A justificaeäo para isto e que ja näo e assim täo conhecida. Diz uma velha tradi9äo que o espelho reüecte a alma de quem olha para ele. Quando se parte um espelho, quebra-se igulmente a alma de quem olhou para ele e, consequentemente, perde a oportunidade de se salvar apös a morte. Quando entornam sal, os humanos tem o estranhissimo häbito de atirar uma pitada do mesrao por eima do ombro! Dada a sua capacidade de conservar os alimentos, o sal foi identificado como aquilo que combate a podridäo, o espirito da morte. Ora, quem derramasse sal, estaria a destruir o simbolo da vida, e logo o espirito do mal se colocaria aträs do seu ombro esquerdo. Para o afastar, seria necessario atirar um poueo de sal directamente para a sua cara - por eima do ombro esquerdo! Na passagem do aao, os humanos tem os comportamentos mais estranhos. E nem sempre estäo bebedos! Parte-se do prineipio que a forma como se comeca o ano vai inöuenciar 29 Unidade 4 - Cruzes Canho'o! todo o restante. Dai, o dinheiro na mao, o pe (direito. mais uma vez), as passas e os desejos. Acredita-se, ainda, que o barulho assusta os maus espiritos que estao a postos para entrar connosco no novo ano. Os humanos coiocam velas acesas aos bolos de aniversario! Este e um costume que tem origem no ritual da deusa grega Artemisa, deusa da lua e padroeira dos casamentos e dos partos. Este ritual era comemorado com fogos sagrados e sobre os altares eram colocados bolos em forma de lua. E tambem proveniente dai a ideia de que as velas devem ser apagadas com um so sGpro. para que se realize um desejo. As noivas sao as pessoas que, definitivamente, apresentam o comportarnento mais estranho! E verdade, mas tudo tem a sua explicacao. As noivas vestem-se de branco porque e a cor que da sorte ao future do casal ( o vermelho e a cor do sangue e da guerra, e o preto e a cor do luto, atraindo, por isso, tudo o que de pior ha). Usam o vestido da mae ou da sogra para atrair para si a mesma sorte no casamento. Chegam atrasadas a igreja, porque isso garantira que no future nunca fiquem a espera do marido. Apanham uma "chuvada" de arroz a saida da igreja, porque este remete para abundancia de filhos e alimentos. Pedem as suas amigas para serem suas damas de honor, para que os espiritos nao saibam distinguir quern e a noiva e nao as possam amaldicoar. Säo levadas ao colo pelo noivo á entrada do quarto, onde passaräo a noite de núpcias, porque, segundo um nabito romano, uma jovem prestes a perder a virgindade nao deve profanar uma porta com o seu toque, de forma a näo ofender Vesta, a deusa da virgindade. Os humanos näo gostam nada do numero 13! 13 era o numero de pessoas que se sentaram á mesa na ultima ceia de Cristo. Por essa razäo, os mais supersticiosos nunca se sentam a uma mesa com esse numero de pessoas, pois isso significaria que uma delas morreria. Quando se conjuga o 13° dia do més com uma sexta-feira, ainda mais perigoso se torna, na medida em que associado ä sexta-feira estäo "só" acontecimentos como: a crucificacäo de Cristo, a tentacäo de Eva pela serpente e o início do dilúvio. Mais descansada agora que percebeu que estas suas manias těm algum fundamento? Sente-se preparada para enfrentar um batalhao de extraterrestres indiscretos? 0 que? Nunca se sabe se seräo espiritos maus? Também há solucäo para isso: cruze o dedo medio sobre o indicador e ... Re vista Activa Unidade 4 - Cruzes Canhoto! Glossário a final: entäo; finalmente. agoiro: mau presságio; vaticínio; o mal que se deseja a alguém. alma: espírito. altar: mesa onde se diz missa. amaldicoar: desejar o mal a alguém. anmiete: objecto que as pessoas supersticiosas trazem consigo porque acreditam que tern a capacidade dc afastar o azar e atrair a sorte. canhoto: pessoa que executa com a mäo esquerda tudo aquilo que a maioria faz com a direita. casco: parte inferior das patas dos cavalos. deturpado: modificado; mal interpretado. dilúvio: inundacäo extraordinária. enforcar: matar por estrangulamento em suspensäo. feiticeira: mulher que tern a capacidade de praticar magia e feiticaria. ferradura: peca em ferro com o formato em U que se adapta á parte inferior das patas dos cavalos. núpcias: casamento passas: bagos de uvas secas. peculiar: especial; fora do normal. pitada: um pouco. podridäo: est ado do que está em decomposicäo; desmoralizacäo; devassidäo; vicio. presa: aquilo de que o animal se apodera para comer, profanar: tratar com irreverencia; tazer mau uso de. Compreensäo a. Segundo o texto, qual é a origem da maioria das supersticöes? b. Concorda com a autora quando e la afirma que:'Y...) tahez nem seja täo surpreendente que urna sociedade céptica e com cada vez menos referéncias se agarre a mperstiqôesľ'l c De todas as supersticöes reteridas no texto quais as que Ihe säo tamiliares? Cite outras que sejam populäres no seu pais. 31 Unidade 4 - Cruzes Canhoto! d. Irnagine que alguem de fora, tipo extra-terrestre, lhe pedia justificacäo para deterrninadas expressöes relacionadas com este tema. Pense em situacoes que se apliquem as que se seguem: I. "Lagarto, lagarto, lagarto. " H. "Isola." HJ. "Diabo seja cego, svrdo e mudo. " IV. " Vir a para la essa boca. " V. "Salvo seja. " Vocabuiärio \. Seleccione a alternativa que melhor se aproxima da palavra assinalada: Proferir preferir dizer ensinar referir A Postos vestidos colocados preparados posicionados Fundamente justificacäo rundacäo fundicäo afuntdamento Rernediar melhorar tratar solucionar alterar ! Lacuna lugar falha erro problema Atitudes comportamentos gestos situacoes cumprimentos Meditados repetidos medidos temidos reflectidos Aacestrais antigos ultrapassados deturpados tradicionais Receio temor tremor medo susto Ceptica duvidosa incredula enganadora critica Busca cheira traz leva procura Derramar entornar deitar levantar derreter Bern-Vista boa-vista bem-vinda bem-considerada bem-vestida Unidade 4 - Cruzes Canhoto' 2. Escreva trés paiavras da mesma família das que se seguem: a, tentar e. assustar b. provocar _ f. chuvada c, espiriíuai _ g. amaldicoar d. mořte h. humano 3. Muitas paiavras em portugués podem ter mais do que um significado. Escreva duas řřases para cada palavra dada, de modo que elucide os diferentes sentidos. a. sinistro 1._. i b. nós c. tentar 1._ 2. d. fortuna 1.__ 2._ e. hábito 1._ 2._ f. postos 1. 2._ g. passar 1._ 2._ h. parto 1._ Unidade 4 - Cruzes Canhoto! 4. Relacione os seguintes estrangeirismos com a explicacao adequada: 1. stand (ing.) a. cartaz para anunciar 2. tournee (ft.) b. postigo ou lugar reservado num. balcäo para atendimento do publico 3. placard (fr.) c. erro ou engano inopertuno 4. menu (fr.) d. motorista profissional 5. guichet (fr.) e. encanto ou requinte 6. hi-fi (ing.) f. delegacao ou cornissao 7. boss (ing.) g. digressäo de músicos ou actores para exibicäo de um espectáculo 8. chauffeur (fr.) h, pretensioso, eniaruado 9. cicerone (ita.) i. oficina de trabalho para artistas plásticos e arquitectos 10. charme (fr.) j. cor_pira9äo contra aiguém ou uma entidade 11. complot (ita.) k-lugar onde säo expostos determinados artigos com um objectivo comerciai 12. comite (fr.) 1. guia turístico o u interprete 13. atelier (fr.) m. chefe 14. gaffe (fr.) n. aparelhagem de som 15. snob (ing) o. ementa num restaurante 1 6 7 8 9 r 12 13 14 15 5. A vassoura ao contrario atrás da porta serve para mandar embora as visitas indesejadas, mas também para varrer o cha o. Muitos objectos domésticos tem uma utilidade específica. Veja se sabe para que serve cada um dos que se seguem: a. O aspirador serve para___ b. O rnartelo_____________ c. O fogäo___ d. Agaveta_________ e. A řřitadeira_ ■__ f. O cinzeiro 34 Unidade 4 - Cruzes Canhoto! g. A estante_ h. A frigideira____, i. 0 estendal____ j. 0 ferro de erigomar______ k. O fomo______ 1. A prateleira___ m. O berbequim____ n. Aesfŕegona_______ o. A pasta______ p. A varinha mágica_________ q. O isqueiro_____ r. O ŕngorífico_ Gramática 1. Substitua a palavra sablinhada pelos pronomes de compiemento directo ou indirecto ou ambos contraidos. Exemplo:_ Näo iria querer deixar os extraterrestres sem resposta, po is näo? Näo iria querer deixá-los sem resposta pois näo?_ a. Näo deve haver ninguém que, depois de proferir alguma sentenca azarenta, näo procure desesperadamente um pedaco de madeira. b. Ao tocar na madeira, estamos assim a 'isolar o mal". c. Há duas justifica9Ôes que däo for9a a esta ideia. d. Ora. quem derramasse sal estaria a destruir o símboio da vida (...). e. Para o afastar. séria necessário atirar um pouco de sal directamente para a sua cara (...) Unidade 4 - Cruzes Ccmhoto! f. Usam o vestido da roäe ou da sogra para atrair para si a mesma sorte. g. Pedem ás amigas para serem suas darnas de honor (...). h. Säo levadas ao colo pelo no i vo á entrada do quarto, onde passarao a noite de núpcias (...). i. É talvez por isso que as pessoas canhotas näo eram muito bem-vistas no passado. j. Para servir como amuleto, diz ainda a tradicäo que o elefante deverá ter a tromba para cima (...). j A outra explicaqao tem a ver com o facto de há muitos séculos as escadas j térem sido o instrumento utilizado para enforcar criminosos (...)._ Complete as seguintes trase s com: Infinitive Pessoai Simples ou Com posto, Pretérito Perfeito Com posto do Conjuntivo ou Presen te do Conjuntivo. a. Embora as supersticoes __ (ser) um dos hábitos mais estranhos e irracionais, os seres humanos adoptaram-nas. b. Há muitos lugares onde se vendem amuletos para as pessoas____ (afastar) o mal que as persegue. c. Caso eles näo _ (ouvir) dizer que passar por baixo de uma escada dá azar. näo o väo evitar. d. Para que__(ter) sortě, deves atirar com sal para trás das co st as quando te sentas á mesa! e. Confesso que eu gostava de _(ver) a cara da Luisa quando o g at o preto se atravessou á frente dela ontem á meia-noite. Unidade 4 - Cruzes Canhoto! Conhecendo-te como te conhecemos, nao é necessário_(dizer) que entraste no aviao com o pé direito. f. Eles só se vao embora depois de nos_(pór) a vassoura virada para cirna atrás da porta. g. Ainda que voces já_(comprar) um amuleto, aconselho-vos a _(ter) sempře um elefante, com a tromba virada para cirna, de costas para a porta. b_ Ainda que hoje _ (ser) sexta-feira 13, vou trabalhar no meu computador durante todo o dia, i. É bem possivel que eles nem_(reparar) no espelho partido na casa de banho. 37 Unidade 5 - Violencia Infantil VIOLENC1A INFANTIL A culpa nao e so da televisao Celia Rosa Serao os nossos filhos mais agressivos e vioientos do que nos fomos quando eramos pequeninos? A resposta parece que e sim, mas as causas desta mudanca nao sao de todo consensuais. De qualquer forma, esta provado que a televisao tern a sua quota-parte de responsabilidade nos comportamentos mais vioientos das criancas. A par da televisao, os especialistas da infancia relembram que os pais deiegam, cada vez mais, em terceiros, o acompanhamento e educacao dos seus filhos. E o tempo que Ihes sobra preenchem-no com a televisao. A Noticias Magazine sentou-se a frente do ecra e conta-'he o que viu e ouviu. Dos contos-de-fadas as figures de accao, saiba o que mudou nas perscnagens e nas narrativas e conheca os herois dos seus filhos. Sao todos super-qualquer coisa. nao e? Aos säbados e domingos de manhä o despertador näo nos chateia, näo precisamos de arrastar miüdos ensonadcs para fora da cama, näo os vestimos ä pressa, näo temos pequenos-almocos para preparar e ajudar a :omar a tempo de entrarem pontualmente na escola, näo precisamos de correr para o emprego. No fmi-de-sernana, podemos preguicar, libertarmo-nos das rotinas e fazer apenas o que nos apetece no momento em que o desejarmos. Ou entäo pensamos que podemos. Ate ao dia em que acordamos sobressaltados com umas vozes agitadas ou entusiasmadas, äs vezes acompanhadas por uns choros estridentes, que nos parecem vir da sala. Mas o que e que se passa? Pois e, as criancas ja se levantaram - sabe-se !ä hä quanto tempo! - e, pe-ante-pe, dirigirarn-se para o sofi mesmo em frente da televisao. £, a dada altura, decidiram encarnar uma qualquer personagem, saltam nos sofäs, atiram-se para 0 chäo, lutam uns com os outros, todos querem ser os "bons" e acabam ao estaio. entre brigas e choros. Os pais que ti verain um despertar mais tardio podem crer que, por exemplo, ate äs i ObJO ou 1 IhOO, as criancas ja tiveram opomirudade de ver. entre outras, meia düzia de series de accäo. Por exemplo, Os Morto-Ratos de Marie, Sailor Moon, Action Man, Spider Man e os Power Rangers. Isto, caso tenham optado pela programacäo da SIC, o que e provävel, a fazer fe nas audiencias. Caso tenham escolhido o espa^o infantil do Canal I da RTP, as criancas tiveram um pouco mais de fantasia e uma menor dose de accäo. Neste caso, e possivel que se tenham entretido com Bob e Bobette, O Coelhinho Verde, As Aventuras da Pequena Sereia, Os Mais Belos Contos da Europa ou com Reboot, entre outras series de animacäo. Num caso ou noutro, e possivel que nos intervalos tenham ficado com os olhos esbugalhados e o coracäo apertado quando Ihes passaram pela frente as imagens de um trailer do filme de adultos - que pode ser de accäo ou suspense, de terror ou erötico - que passava naquela noite. Isto, para ja näo falar da imensa e atractiva pubiicidade a bonecos, bonecas, figuras e figurinhas, cassetes-video e afins, cujos spots terminam sempre com um apeiativo "compre ja". O que sabem os pais? E dai, pergunta voce? Por acaso, conhece a prograrna^äo mfanti] que os seus filhos tanto apreciam e que os impede de dormir ate um pouco mais tarde, aos säbados e domingos de manhä? E dos desenhos animados da tarde, o que .e que sabe? E provävel que ja tenha pedido ao seu filho para tazer os deveres antes de se sentar em frente ao televisor, durante a 38 Unidade 5 - Violéncia Infantil semana mas, por acaso, já teve o cuidado de ver os desenhos animados com ele? Sabe o que é que faz o Power Ranger vermelho que o seu filho tanto idolatra? Ou ainda, conhece os "maus" contra os quais iutam os Power Rangers'! E, por acaso, sabe qual é o enredo do Sailor Moon ou da Navegante da Lua como os seus filhos provavelmente Ihe charoam? E o que é que acha dos Dragon Bain E do Reboof? Nunca teve interesse em conhecer John Smitn ou outra personagem animada, ou de accäo, que o seu ůlho goste de encamar? Eoé que acha do video de Branca de Neve e os Sete Andes ou do Anäozinho Mágicol Acha que as histórias infantis säo todas parecidas? E os enredos? E as atitudes e comportamentos das personagens? E a moral das histórias? Tantas perguntas. Tantas respostas possiveis. De qualquer maneira, os especialistas da iniancia aconselham-nos a conhecer os heróis dos nossos filhos, por mais pequenos que eles ainda sej am. Hoje em dia, os heróis das cria^as já näo säo os príncipes, no caso dos rapazes, ou as princesas, no caso das raparigas, dos contos tradicionais que se perpetuaram, oralmente, de gera9äo em gera9äo. Para os rapazes. os heróis da actualidade säo, quase sempře, personagens de ac9äo que ganharam vida através das series infantis emitidas na televisäo, que se batem e se matam sem que percebamos porqué. que těm podereš superiores, e que se encontram k venda nas prateieiras dos hipermercados e das iojas de brinquedos. No caso das meninas, é curioso verificar que os seus brinquedos preferidos variam mais e correspondem a deterrninados ciclos comerciais - das Barbies aos Nenucos passando pelas recentes Polipockeťs, por exemplo. Saber até que ponto a televisäo infiuencia ou modela os cornportamentos das crian9as e as toma mais agressivas, ou mesmo vioientas, é um assunto complexo e polémico, mas apaixonante. E de acordo com vários trabalhos, que tem vindo a ser efectuados nas mais diversas partes do mundo, parece haver uma tese consensuai: a televisäo tem a sua quota-parte de responsabilidade nos comportamentos agressivos e violentos das crian9as. O pequeno ecrä näo é, com certeza. factor único para explicar os actos de vioiéncia iníanril, nem os comportarnentos agressivos que uitrapassam os charnados padröes de normal idade (por mais latos que estes possam ser). Mas, como diz o pedopsiquiatra Pedro Strecht, "a televisäo veicula demasiados padrôes violentos de comunicacäo e a programa9äo infantil näo é concebida de acordo com os verdadeiros interesses das crian9as, mas sim de acordo com estrategjas de marketing, de vendas e de audiéncias a que as crian9as deveriam ser alheias." Para este médico, em virtude da mudanca nas estruturas familiares, "as crian9as passam muito tempo sozinhas com a televisäo, véem incUscriminadamente a programa9äo e näo těm ninguém que lhes faca filtro, que Ihes explique o que está a acontecer, que converse com elas ou responda as perguntas sobre o desenrolar da história. A televisäo é manifestamente má, mas os pais também sacodem a água do capote quando depositam os filhos em frente do ecrä e näo lhes oferecem outras alternativas". No mesmo sentido aponta Maria Joäo Pinho Pereira, na sua tese Ver e ouvir os contos-de-fadas: "A crianca sente-se sozinha na sua propria casa, mesmo que esteja rodeada de pessoas que ela conhece bem. A preserapa de um adulto quando a crian9a está a ver um programa é indispensável para que Ihe possa ser transmitida seguran9a física e psicológica, como acontece nos contos-de-fedas. Ä televisäo näo pode ser atribuído o papel de baby-sitter." A assimilacáo da vioiéncia De acordo com um estudo elaborado pelo Centro Nacionál da ínfancia, e publicado na revisía Science & Vie, säo quatro os processos de assimila9äo e de integra9äo da violéncia veiculada pela televisäo. O primeiro é a imitacäo e resulta da identifica9äo da crian9a com uma personagem cujo oomportamento copia ou cujas opinlôes adopta..Depois, temos a impregnacäo, ou sej a, a crian9a näo escolhe racionalmente o seu modeio ou ídolo, antes o assimila de urna forma inconsciente. Outro processo é a chamada desinibÍ9äo e significa que, perante a habitua9äo a determinadas imagens, ela resolve reproduzi-las em actos. Por nm. temos a dessensibilizacäo já que as crian9as, condicionadas pela repetitividade dos actos violentos, deixam de se emocionar com eles e passam a considerá-los normals. Pedro Strecht relembra que os efeitos negativos da televisäo näo se reflectem do mesmo modo em todas as criancas e, para se criar esta diferen9a, é muito importante o papel dos pais: "Alguns miúdos assimilam as imagens sem que tenham quaisquer padrôes de 39 Unidade 5 - Violěncia infantil referencia porque os pais se demitiram de lhes dar o seu afecto. É o que se passa com muitos filhos de pais separados, ou com os filhos de pais super-ocupados que delegam em terceiros o acompanhamenío das crian9_s (hoje, estes terceiros já näo säo os avós, säo quase sempře os infantários ou as empregadas). Estas cnan?as passam muito tempo sozinhas, crescem com muito pouca afectividade, com os tempos livres compleíarnente preenchidos por acrividades várias. O tempo que lhes sobra é passado em frente do televisor e näo aprendem a "brincať'. O médico fez questäo de eníatizar que "o acompanhamento dos adultos no processo de crescimento dos filhos é ftmdamental para rnedir a agressividade natural das criancas. Só assim é possível aprender a conter, a elaborar e a transformar essa agressividade". Uma ideia que é cada vez mais importante pois, aíém da violěncia natural e espontänea que já existe em cada um de nós e na sociedade, agora ainda temos de nos confrontar com a comunica?äo violenta divuigada pelos media. A presenca ou auséncia dos pais condiciona a forma como é apreendida ou interiorizada a violěncia das series televisivas e. explica, em pane. porque é que esta se reflecte mais numas criancas do que noutras: "Numa época em que os raodeios familiäres se alteraram e em que as criancas säo deixadas a ver teievisäo sozinhas, sem filtro dos pais, os comportamentos mudaram. Os heróis dos contos tradicionais, que preencheram o imagjnário de muitas gera9öes, forarn trocados por super-heróis cheios de poder mas compäetamente vazios por dentro. Outro dia, uma criarKpa dizia-me que gostava muito de uma determinada série e quando lhe perguntei porqué, ele disse-me:'é que os bons tém um poder espectacular, esmigalham cránios'. Entäo e os maus?, perguntei-ihe. A resposta näo tardou: 'o mau chama-se Apocalipse e engole-os todos' conta o psiquiatra infantil. Do conto íradicionai ás series de accäo No conto tradicional "narram-se situacöes que nos säo apresentadas como se se tratassem das mais comuns, ou sej a. que poderiam ter acontecido a qualquer um de nós. Os sentimentos expostos säo täo vulgares como o ciúme, a inveja, a teimosia. Säo histórias optimistas, sempre com um final feiiz, projectando urna feiicidade vulgar que se atinge com a sabedoria", como refere Maria Joao Pereira na tese referida. Por outro lado, quern conta o conto ou le a história é, geralmente, um adulto muito proximo da crianfa e esta presen9a "dá-lhe uma čerta estabilidade, o que já náo acontece quando věem televisáo", refere Pedro Strecht E Maria Joao Pereira acrescenta: "De acordo com a psicanálise, a crian9a identifica-se com o herói (do conto), náo porque ele é belo e bom, mas sim porque se identifica com as suas dificuldades. A vitória do herói, no final, promove a moralidade porque a crian9a se identifica com ele. Ao haver esta idéntificacao, ela vai poder resolver o seu conflito em simultáneo com o herói. Ou seja, é o destino do herói que vai dar conťian9a á crian9a". Os heróis da actualidade, mesmo aqueles a que as cria^as chamam "os bons" e que sáo bons porque "esmigalham" os maus, sao-lhes impostos por técnicas agressivas de marketing e vendas. É verdade que nem a vida das crian9_s, nem as nossas, sao sempre calmas e pacíficas ou preenchidas só por coisas boas. Na imagjna9_o das crian9as também habitam pesadelos, medos, angústias e agressividade. Mas estes sentimentos precisam de ser ■'trabalhados'". "E através dessa fun9áo reparadora que a crian9a aprende, desde cedo, a viver em sociedade", relembra Pedro Strecht Saber onde termina a ficcáo ou fantasia e come9a a realidade é algo nem sempre claro para algumas crian9as. O papel dos aduitos, do pai e da rnae, também a este nível é fundamental. O psiquiatra relembra a mořte da crianca norueguesa, de cinco anos, assassinada em Novembro de 1994 por dois utros meninos de seis anos, que se referiram posteriormente ás Tartarugas Ninja e esclarece: "Julgo que os meninos noruegueses confundiram fantasia com realidade e isto é cada vez mais comum. Repare-se que antigameníe as crian9as brincavam aos índios e cowboys, aos polícias e ladróes, aos medicos, as donas-de-casa. Hoje, os meninos dizem 'eu sou o Super Man", ou 'sou o horném-aranha' e por fora". Para o médico, a capacidade de representa9áo e a elabora9áo do simbólico está a aiterar-se e a televisáo, aliada ao modo de vida urbano, tem a sua quota-parte de responsabilidade. Revista Notícias Magazine 40 Unidade 5 - Violéncia Infantil Glossário alheias: desconhecidas. apelativo: diz-se daquilo que charna a atencäo; atractivo. brígas: zangas. chateia: diz-se daquilo que aborrece, que causa incómodo. delegar: dar a alguém a faeuldade de agir em seu proprio nome; incumbir; encarregar. earedo: conteúdo ou trama de urna história. ensonado: com so no; sonolento. esmigalhar: tomar em pedacos, em migalhas. estalo: acto de bater com a mäo aberta na cara de alguém. estridente: aquilo que produz um som agudo e desagradável. fíltro: coador; diz-se daquilo que serve para purificar e clarificar um líquido. idolatrar: adorar algo ou alguém em proporcäo desmesirrada. median intervir acerca de um assunto de terceiros a fim de os ajudar a resolver. olhos esbugalhados: olhos muito abertos de surpresa. perpetua r: continuar no tempo para sempre. preguicar: acto voluntário de näo fazer nada. quota-parte: urna parte de. veJculada: introduzida; difundida; transmitida. Compreensao 1. "O pequeno ecra nao e, com certeza, factor unico para explicar os actos de violencia infantil, nem os comportamentos agressivos que ultrapassam os chamados padroes de normalidade (par mais latos que estes sejam) ". Cone or da com esta aJirmagao? Justifique. 2. Explique a irónia implicita no verbo depositar quando se diz que os pais também sacodem a água do capote quando depositam os filhos em frente do ecrä e näo Ihes oferecem outras alternativas. 4! Unidade 5 - Violencia Infantil 3. Caracterize os quatro processos de assirnilacao e de integracao da violencia veiculada pela televisao que forarn pubiicados pela re vista Science & Vie: Processsosc e assirnilacao mitmfim impregna$qo 4. Em que medida e que, na sua opiniao, o papel do adulto e fundamental para ajudar a crianca a compreender onde termina a ficcao ou a fantasia? De algumas sugestoes. Vocabuiario 1. E.xplique o sigriificado das expressoes sublinhadas substituindo-as por outras equivalentes. a. A par da televisao, os especialistas da infancia relembram que (...). b. (...) os pais delegam, cada vez ma is, em terceiros, o aco mpanhamento e educacao dos seus_fillios. c. (...) todos querem ser os "bons" e acabam ao estalo (...). d. (...) e possivei que nos intervales tenham ficado com os olhos esbugalhados e o coracao apertado (...). e. (...) para ja nao falar da imensa e atractiva pubiicidade a bonecos, bonecas, riguras e figurinhas, cassetes-video e aflns (...). Unidade 5 - Violencia Infantil f. O pequeno ecra nao e (...). g. (...) a televisao veicula demasiados padroes violentos de comuiucacao e a comunicacao infantil nao e concebida de acordo com (...). h. O medico faz questao de enfatizar que (...). L Mas estes sentimentos precisam de ser '^trabaJhados". As criancas ja se levantaram e, pe-ante-pe, dirigiram-se para o sofa mesmo em frente da televisao._________ Pe-ante-pe e urna das muitas expressoes em que entra uma parte do corpo. Complete as expressoes que se seguem com urna das palavras do quadro e faca uma frase exemplificativa do seu sigruficado. o braqo / a lingua / cotovelo / a barriga / pe / denies / olhos / o nariz / a mao/ cotovelos / a boca / ouvidos / cabeca a. do pe para b. de atras. c. sem pes nem d. ter a dar horas. e. fazer de mercador. f. falar pelos g. num abrir e fechar h ter dor d« i. com _na botija. j. dar com a lingua nos 43 i Unidade 5 - Violéncia Infam >'I dar a m. bater com porta. n. dar a torcer. 3. Mas os pais também sacodem a água do capote Encontre as expressôes idiomáticas apropriadas juntando um elemento da coluna da esquerda com outro da direita. c. a, passar 1. os pontos nos ii. b. trazer 2. a sete pés. c pôr 3. a mo star da ao nariz. d. roer 4, pelas brasas. e. chegar 5. água no bico. f. meter 6. a casaca. g. vir ar 7, a corda. h. dar 3. aos arames. i. fugir 9. a viola no saco. j. ir 10. água pela barbs.. a. b, C d. e. f. _ a. i._ Gramatica 1. ''A presev.qa de um adulto quando a crianca estd a ver urn pro grama e indispensavel vara que Ihe possa ser transmitida seguranca fisica e psicolögica. " Tambem podemos dizer: "A presenqa de um adulto quando a crianqa estd a ver um programa e indispensavel para que Ihe possa transmitir seguranga fisica e psicolögica. " Trans forme as seguintes frases de Voz Activa em Voz Passiva ou vice-versa, a. Aos sabados e dorningos de mariM o despertador näo nos chateia. 44 Unidade 5 - Violěncia Infantil b. Caso tenham escolhido o espaco infantil do Canal 1 da RTP, as criancas teräo tido um pouco mais de tantasia e uma meno r dose de accäo. c. Os especialistas da infancia aconselham-nos a conhecer os heróis dos nossos filhos. d. Varios testes sobre o comportamento infantil teräo sido efectuados por psicólogos . e. A televisäo veicuia demasiados padröes violentos de comunicacäo. f. A programacäo é vista indiscriminadamente pelas criangas. g. Talvez as criancas sejam violentamente prejudicadas pela televisäo. h. Geralmente era um adulto que contava o conto. i. A televisäo tem alterado a capacidade de representacäo e elaboracäo do simbólico. j. Embora os pais informassem os filhos sobre a programagäo a ver, os media näo ajudavam. Por mais pequenos que e les sejam... Caso tenham escolhido o espaco infantil... Conjugue o verbo no Presente do Conjuntivo ou Pretérito Perfeäío Com posto do Conjuntivo. Unidade 5 - Violencia Infantil a. Por ma is que os educadores_(tentar) expiicar aos filhos os maleficios de certos pro gramas, eles nem sempre säo receptivos aos conselhos. b. Embora______ (haver) muitas famflias consensuais quanto ä educacäo dos filhos, outras, por absorvencia das suas carreiras profissionais, näo pensam que este assunto _ (merecer) tanta importancia. c. E pena que muitos jovens näo _(ter) muita iirformacäo sobre certos valores quando eram criancas. d. Tomara que os media _ (modificar) a sua componente lüdica relativamente ä programacäo infantil. e. Embora os psicölogos ja_(dar) värias palestras, o assunto ainda näo estä esgotado. f. So esperamos que__________ (surgir) certas restricöes legais ä emissäo televisiva e cinematogTäfica de alguns filmes de desenhos animados. g. Por rnais que eies_(esforcar-se), näo conseguiram alcancar os objectivos propostos. h. E triste que a situacäo_(ehegar) a este ponto. i. Näo achamos que so os pais__(ter) a obrigacäo de proteger os filhos da violencia por parte do pequeno ecrä. j. Deus queira que os jovens que assistiram, durante anos, a filmes tipo Dragon Ball.näo__(sofrer) grandes sequelas 3. Ser do os nossos filhos mats agressivos e violentos do que nos fomos quando _eramos pequeninos? "_ Na Lingua portuguesa o Futuro pode ser usado na sua forma simples para: * expressax duvida, como no exemplo; * referir uma accao futura. No entanto, tambem pode ser usado na sua forma composta para referir tres situacoes bem diferentes: * accao futura anterior a outra tambem ilitura; * expressar duvida sobre uma accao no passado. * falar de factos passados. mas nao conrirmados. £ o caso frequentemente utilizado na linguagem jomalistica. Complete as frases com o Futuro Imperfeito ou o Futuro Perfeito Composto. 46 Unidade 5 - Violencia Infantil a. 0 que e que__ (acontecer) as pessoas que se recusaram a participar no debate de ontem ä noite? b. Quern_(estar) presente na ultima sessäo? c.____ (ir) aparecer mais filmes deste genero? d. Quando os pais chegarem a casa depo is de um longo dia de trabalho, os filhos ja__(ver) toda a programacäo adequada ä idade deles e näo so. e. No proximo mes__ (haver) uma carnparJia de Morrnacäo, sobre violencia infantil, junto as escolas secundarias do pais. f. Todas as pessoas _ (poder) pör questöes aos varies participantes. g. _(ser) que näo temos, todos nös, um pouco de culpa sobre o que se estd a passar a este nivel? h. _(ter) eles todas as respo nsabilidades? i. Nös näo sabemos o que _(provocar) aquela reaccäo por parte das criancas norueguesas. j. Pensa-se que algumas farnllias nordicas, a partir do acidente, _(boicotar) a emissäo de certos pro gramas irrfantis. 4. Encontre o adjectivo apropriado ao substantivo dado. a. a responsabibdade _ b. a educacäo _ c. a rotina _ d. aägua _ e. a seguranca _ f. o principio___ g. a desinibicäo _ h. o afecto _ i. o crescimento_____ j. a agressividade__ 1. a violencia _ m. a ausencia_______ n. a teievisäo _ o. a estabilidade_______ p. o coriflito _ 47 Unidade 5 - Yioléncia Infantil Temas para discussäo 1. Diz-se no artigo que: " (...) em virtude da mudanca nas estruturas familiäres, as crianqas passam muito tempo sozinhas e näo tém ninguém que Ihes faca fütro, que Ihes explique o que está a acontecer, que converse com elas ou responda as perguntas sobre o desenrolar da história." * Refiicta sobre a influéncia que a evotucäo social e as estruturas familiäres tém sobre esta situacäo. Que tipo de filtro será adequado fazer sem cair no exagero? 2. "(...) além da violéncia natural e espontänea que já existe em cada um de nos e na sociedade, agora ainda temos de nos confrontar com a comunicacäo violenta divulgada pelos media. " * Refiicta sobre a necessidade de se proceder ou näo ä censura da violéncia na televisäo (näo só nos filmes e nos desenhos anirnados, mas também nas notícias e nas reportagens). 3. Ac ha que a violéncia está ausente nos contos tradicionais? Se näo, analise o tipo de violéncia presente e compare-a com a actual. Qual o conto que mais o marc o u quando era crianca e porqué? 48 Unidade 6 - Unnas SOS Linhas SOS VOZES QUE SABEM OUVIR Sentem, Ouvem, Socorrem - As linhas SOS estäo nas primeiras páginas da liste teiefónica e na vida de muitas pessoas. Do outro lado da iinha, gente como nós está disponívei para sugerir, esciarecer, aconseihar, mas, acima de tudo, para ouvir. Esta© !á para ouvir, mas também ficavam felizes se conseguissem engrossar a sua lišta de voluntaries. Clara Soares Está? - nem sempře está uma voz do outro lado da linha. O atendedor de chamadas é, por vezeš, inevitável, já que "a funcionar 24 horas por dia só mesmo o 115". Ironicamente, a maior parte das linhas SOS funciona apenas em certos períodos do dia -alguns equivalent es ao horário de expediente que näo säo sequer os de maior risco - e vive do trabalho de voluntários com formaeäo espeeifica. Quase todos estes servicos de atendimento pediram uma Linha verde (gratis para quem telefona), mas apesar disso só subsistem gracas ao esforco e dedicaeäo de quem persiste em ajudar os outros. A vida por um fio Ao Telefone da Amiade, a primeira Imfaa a existir em Portugal, väo parar anualmente dez mil chamadas telefónicas. A solidlo é a principal razäo que leva as pessoas a discar o numero, mas há também muitas chamadas provocadas por problemas relacionais e familiäres. Em menor numero, mas airsda ass im relevantes, aparecem as questöes associadas á per da ou ao luto de pessoas próximas. As muiheres säo as grandes utilizadoras deste servico, vocacionado para dar apoio a situaeöes de angústia, solidäo e para a prevencäo do suicídio, que aparece em 24 por cento dos casos. Quern os atende säo, maioritariamente, jovens universitários em regime voluntario, com formaeäo em atendimento feita por escutantes com mais experiěncia. "O trabalho de aconselhamento e de apoio emocional é muito exigente; nem todas as pessoas těm capacidade e disponibüidade para ouvir o sorřimento dos outros", confessa Nuno Lima, um dos responsáveis pela Associacäo Telefone da Amizade, no Porto. Ligado aos Samaritanos de Londres, o projecto vive á custa dos sócios, que pagam mensalmente 400 escudos. Hoje, continua a ser o servico de apoio telefónico com o horário mais alargado a nível nacionál e dispöe de uma Linha Verde, que tem sido muito solicitada por jovens de ambos os sexos, com vários problemas e maior risco de suicídio: "Pensámos até em alargar o horário de funcionamento do servico, mas isto implica despesas que a Associacäo näo pode comportar. Ainda estamos ä espera do apoio pedido há muitos anos ä Seguranca Social". O aconselhamento para a prevencäo do suicídio funciona também em Viseu (SOS-Palavra Amiga) e Coimbra (SOS-Telefone Amigo), sendo mais utilizado a part ú" do fim da tarde e á noite, e ainda nos períodos que antecedent épocas fesíivas ou dias de lazer. Em Lisboa, o SOS-Voz Amiga funciona pela mauru gada dentro, e conta com voluntários treinados pela Liga Portuguesa de Higiene Mental. Toma-se voluntário quem "sente uma profunda necessidade de fazer a I guma coisa pelos outros, tem um desejo sincero de querer dar, e possui disponibüidade para, de forma anónima, comunicar täo profissionalmente quanto a situacao teiefónica o permita", revela uma voluntária des ta linha. Ainda que este espírito reuna na equipa pessoas que väo desde estudantes até idosos, o certo é que os voluntários näo säo em numero suficiente para responder ás solicitacôes, "talvez porque a linha näo seja connecida por pessoas que poderiam contribuir para 49 Unidade 6 - Linhas SOS assegurar o servico regularmente". Esta é, alias, uma situa9áo comum a boa parte das linhas SOS. Ainda assim, conseguem muitas vezes ser "o fio que prende á vida" em situacoes de risco emociooaL de desespero, e nas quais é vital poder desabafar ou, simplesmente, sentir a presenca de aíguém do lado de lá da Iinha (situacáo por vezes manifestada através das chamadas silenciosas, em que quem liga nao fala, mas também nao desliga). latímidade smóiěubb. O contacto telefónico tem algumas vantagens: nao vemos o outro, nem a expressáo do seu rosto, nem os seus gestos ou a forma como se vestě. Ao telefone, apenas se comunica com a voz: as pausas, o tom em que sáo ditas as palavras. o ritmo da respiracáo, sáo pistas que falam por si. Daí, que o que nao se diz ou a forma como é dito - e ouvido (á difícil fingir ao telefone!) -possam revelar muito de cada pessoa, logo no prkneiro contacto. O anonimato das linhas telefónicas de aconselhamento e apoio, aliado á capacidade de saber ouvir lescutar activamente o outro), permite uma intimidade descomprometida, o que torna possível falar abertamente de coisas que, frenie-a-fxente, nao se teria coragem de dizer. As linhas da APAV, a Associacao Portuguesa de Apoio k Vítima, sáo outras que preenchem estes requisites. Há sete anos que as solicitacoes těm vindo a crescer: "Quem telefona quer apoio emocional, •liguém que seja capaz de ouvir de modo compreensivo e solidário, aiguém com quem se possa desabafar, o que vai sendo cada vez mais raro nos dias que correm", garante Joáo Lázaro da APAV: "Por telefone, as pessoas sáo capazes de contar o que as incomoda, o que as faz sofrer. Pedem, cada vez mais, conselhos práticos para lidar com situacoes de violencia familiar (agressoes e rnaus traíos). fazem perguntas do tipo "Quais sáo os meus direitos?", "A que porta vou baíer0", "Como posso fazer queixa desta pessoa?". O nosso apoio centra-se sobretudo nas arirudes das pessoas. Conversamos com elas - a maioria é do sexo feminino - mas nunca decidimos por elas. Alias, as pessoas que telefonam procuram gente descomprometida, que nao esteja sempře a dizer "Sim", mas antes que oica e aconselhe. Até porque cada vez mais as pessoas těm a nocáo que possuem direitos e querem saber como exercé—los, já nao ficam caladas". No espaco de tempo de uma chamada - que pode ir de cinco minutos até meia hora - muita coisa pode mudar, e é frequente passar-se da voz sem rosto para o encontro cara-a-cara: boa parte das pessoas que liga. quer krfonnacáo específica para o seu caso, e os voluntários, geralmente licenciados que vao do Direito á Psicologia, convidam quem liga a aparecer no gabinete para que ássim seja possível dar-lhes um apoio mais personalizado. Sao os crimes contra as pessoas, contra a sua dignidade humana, que estao em jogo nos casos que entram em linha: violacoes, abusos fisicos e psicológicos, homicídios e outras formas de violencia. E as vitimas dessas siruacoes precisam geralmente de um apoio jurídico, médico e psicológico que lhes permita veneer os medos e fazer vingar os seus direitos. Consciéncia Social, precisa-se! O aconselhamento facultado pela .APAV processa-se apenas no horário de expediente, mas a bipótese de alargamento desta ajuda profissional específica e gratuita abrigaria a um esforco fmanceiro que a Associacao nao pode assegurar. Este servico é prestado em vários gabinetes de apoio (Lisboa, Porto, Cascais, Setúbal, Vila Real, Vila do Conde e Loures), mas aguarda mais ajudas do Estado para poder expandir-se: "Temos associados singulares e empresas, mas quando precisamos de divulgar as nossas actividades rscorremos aos patrocinios...". O mecenato social poderia ser utilizado pelas pessoas e empresas com mais frequéncia, apesar de sabermos que também nao há grandes contrapartidas fiscais. "Mesmo assim", diz Joáo Lázaro, "acho que há uma faita de consciéncia social por parte das empresas e, até, a nocáo do prestigio que podem ter se apoiarem iniciativas destas. Por exemplo. a nossa congénere sueca é financiada pelo ramo segurador". Sida: partiihar experiéncias Unidade 6 - Unnas SOS Novos dramas sociais levam ä criacäo de novas linhas. O numero crescente de casos de Sida e todos os estigmas ligados a essa doenca, levou a que as associacöes que trabalham de perto com as suas vitimas sentissem a necessidade de criar linhas telefónicas de apoio. Neste momento existem trés: duas financiadas pelo Estado (Linha Sida e SOS Sida) mas que, apesar disso, continuam a funcior ar apenas em horários parciais. O que, alias, merece a crítica da Associacäo Abraco, que decidiu abrir também, uma linha para pessoas com HIV/Sida: "Näo temos soloes para as coisas,. Tentamos encaminhar as pessoas, na medida do possivel", explica Maria Jose Campos,da Abraco. Muiios casos tém a ver com soiidäo. As vezes,as pessoas comeca por exprirnir dúvidas na terceira pessoa, depoís falam sobre o que as preocupa, e é muito fŕequeníe irem além do simples contacto telefónico. Os voluntaries, que recebem conhecimentos técnicos e no campo da prevencäo, convidam quem estiver interessado no atendimento pessoal a dar um salto ä Rua da Rosa, em Lisboa, sempře que seja preciso encaminhar as pessoas, tratar de buroeracias, etc. "Uma das nossas vantagens é termos seropositives na linha de atendimento telefónico: säo eles, melhor que ninguém, perceber o que sente quem telefona e dizer a coisa čerta no momento certo. E, para quem telefona, faz toda a diferenca saber que näo säo um caso únie o e que quem está do outro lado näo fala de cor...", afírma esta médica. Nestes casos, o que se deseja é urna relacäo de igual para igual, o que nera serapre se consegue com técnicos especializados: "Nós temos grupos de auto-ajuda, que acabam por ter um papel decisivo no apoio prestado a quem nos procura. E uma coisa que comecou no nosso Pais com os Narcóticos Anónimos e os Alcoólicos Anónimos, e que tem tido muito bons resultados noutros países. Nós, Portugueses, näo somos culturalmente dados a falar de nós com quem näo conhecemos, mas já se comeca a mudar a esse nível". T ant o ass im é, que na Abraco existem familiäres de pessoas que já faleceram mas que.depois disso, mantiveram o seu apoio como voluntaries. O mesmo sucede com gente que comecou por pedir apoio e que agora está a apoiar outros, depois de ter recebido formaeäo na Associacäo. Teiedependentes Ficar "agarrado" ao telefone para aquele "empurräo emocional" é coisa que neahuma das linhas SOS encara de modo pacífico e condescendente. E afinal, quem é que já näo deu consigo a pegar no telefone para matar a soiidäo ou o tempo, para quebrar a tensäo ou afastar certos medos, apenas para ter companhia. A falta de famuiaridade com vizinhos, a distäncia geográfica entre familiäres e os estilos de vida praticados nas grandes cidades - demasiado apressados, muitas vezeš sem espacos de convivio -resultam em vidas mais desgarradas, em que é dificil ter a sensaeäo de pertenca, täo importante ao equilibrio emocional. As vezes, diante de uma situaeäo cn'tica, o que pode estar mais á mäo é mesmo uma iinha SOS. A experiéncia pode ser täo positiva, e o vazio täo grande, que voltam a ügar: uma, duas ou dez vezes, aquelas que a alma pede. Muitas vezes, näo há vozes altemativas para ouvir, e corre-se o risco de ficar dependente de uma voz em linha, de um numero de telefone que faz täo bem ou melhor que um comprimido!: "Sempře que se ultrapassa a fronteira - o que näo é muito comum, mas também acontece - procura fazer-se com que a pessoa perceba a dependéncia em que está a cair e tome decisöes suas, autonomamente". Quando o problema é a droga A Liiilia Vida e o Ceatro das Taipas recebem, näo raras vezes, pessoas verdadeiramente desesperadas, quase sempře familiäres de consumidores de drogas. O objectivo é ajudar a pessoa a ver a situaeäo sob outros ángulos, a pensa-la e a seníi-la de outra maneira, a dar-lhe inrbrmacäo que necessita para poder lidar com problemas que nem sempře conhecem bem. Estäo iguaímente disponiveis para informar quem deseja saber mais sobre abuso das drogas, porque já experimentou e tem medo da dependéncia, ou para quem está já compietamente dependente e, eventualmente, quer deixar de o ser. O encaminhamento de casos agudos, a apreciaeäo de altemativas de accäo, ou a 51 Unidade 6 - Unnas SOS escuta silenciosa podem mudar a vida a quern liga, apenas porque näo guarda um problema que pensa ser o maior da sua vida só para si: "Ultrapassar barreiras e admitir que o problema existe, e que podemos falar anonimamente com quem sabe o que está a fazer, é muito mais importante do que eu pensava. Passou-se comigo, e nunca admiti que tinha um problema, até näo ser capaz de voltar arras sozinho", conta um ex-toxicodependente, que também pertence aos Narcóticos Anónimos: "Para mim, o primeiro contacto com as linhas de ajpda foi decisivo - o primeiro impulso que tive ao ligar foi desligar, mas controlei-me.Afina!, ninguém estava a ver-me... e alem disso, estava farto de andar äs voltas sozinho, precisava falar com alguém, alguém que eu näo soubesse ä partida o que iria dizer, provavelmente antes mesmo de eu acabar de falar... foi com se eu tivesse entrado num confessionário e. assumisse perante mim mesmo que tinha que tinha contas para ajustar, que agora o importante era descobrir como". Em no me de uma condicáo Servicos como o SOS Racismo, SOS Criaaca ou SOS Gravida provam que é possível abrir mais portas e ir ao encontro dos novos problemas sentidos pelas pessoas. A SOS Racismo pretende apoiar gente que se sinta descriminada pela raca, fornecendo informacäo jurídica e dando o apoio possível a quem eles recorre. Pretendem também servir de fonte de irtformacao a toda a gente que se interessa pelo estudo dos problemas de xenofobia, nomeadamente aiunos de escolas e liceus. Frisam bem que näo estäo aíi para proteger algumas racas mas para atender iodos os casos de racismo, sejam eles de brancos contra negros ou de negros contra brancos, etc., etc. O seu trabalho é particuiarmente complicado. já que em termos legais é sempre difícii provař que se traía de um acto de violěncia ou discriminacäo baseado na cor. A SOS Crianca é uma das mais antigas, e a ideia é que a tra věs dela as criancas possam pedir ajuda nas situa9Öes em que säo vúimas de violěncia psicológica ou física. de solidäo ou de abandono. E, ainda, que todos os aduitos que conhecem casos de maus tratos infantis possam - com a coberrura que o anonimato Ihes permite - denunciá-los, tornando possível ir ao encontro dessas famílias, tornando as medidas que no caso de menores assumem sempře um carácter urgente. Gracas a esta linha, dezenas e dezenas de criancas já viram a sua situacäo melhorada. Quem as atende, para alem de as saber ouvir, sabe indicar a- quem é que pode recorrer, coordenando depois os diversos servicos públicos existentes, de forma a que se socorram os casos mais urgentes. A linha SOS Gravida surgiu de um desejo de ajudar as mulheres (muitas ainda adolescentes!) que těm dificuldade em assumir ou levar até ao fim uma gravidez. A sua filosofia é mais ou menos esta: de que serve defender a vida, se depois näo há ninguém que apoie e encaminhe as mulheres que, ä espera de um filho, foram expulsas de casa pelos pais, säo ameacadas pelos maridos ou, pura e simplesmente, näo těm os meios económicos que Ihes permitam sustentar a crianca? Funcionado em anicul_9äo com outras iristituicčes, e com um núcleo proprio de medicos, psicólogos, advogados e outros técnicos, tem possibilidades de orientar as mulheres em desespero. É por isso que o telefonema se pode ficar apenas por um telefonema ou pode desaguar na marca9äo de urna ida ä sede para urna acompanhamento mais proximo. A verdade é que íodas elas, com mais ou menos apoio do Estado, proporcionam, de forma profissional, apoio emocional e pistas para agir sem ficar perdido no imenso mar da burocracia, ou no meio do simples desconhecimento. Por isso, da próxima vez que se sentir sozinho ou com urn problema que näo consegue resolver, näo desespere, Abra as primeiras páginas da lista telefónica e näo hesite... Mas, se sente que a sua vocacäo é para ouvir e apoiar. näo hesite também - a maioria destes servicos ficará mais do que feliz de encontrar urn novo voluntário! Revista Nolicias Magazine Unidade 6 - Unnas SOS Glossário * 115: numero nacionál de emergéncia. actualmente 112. abuso: uso excessivo; mau uso. aliado a: em conjunto com. ameacar: intimidar. barreira: obstáculo. confessiooárío: lugar na igreja, proprio para se confessar; local onde se fazem confidéncias. cougénere: do mesmo género ou grupo; iděntico. contrapartida: compensacäo. dar um salto a: ir rapidamente a; ir por um curto periodo de tempo. desabafar: falar de problemas que nos atormentam. desagmar em: acabar em. desgarrado: sozinho; isolado. discar: marcar. divulgar: contar; revelar. encaminhar: aconselhar um caminho ou um modo de acruacao. engrossar: aumentar. escutaate: aquele que escuta, que ouve. estigraa: marca. falar de cor: falar sem saber. frisar: sublinhar; acentuar; sublinhar: dar énJase. gracas a: por causa de; devido a. horário de expediente: o horário normal de trabalho ou de řuncionamento. lazer: o tempo livre. lid ar com: tratar com; reiacíonar-se corn. lišta telefónica: livro de consulta que inclui uma listagem dos números de telefone dos assinantes de uma determinada cidade. luto: situacäo de pesar resultante da mořte de alguém querido. madrugada: periodo que antecede o nascer do sol. mecenato: protec9_o dispensada as artes e ás letras por pessoas ricas. uso ser dado a : nao ter tendéncia para; nao go star de. patrocínio: ajuda ou apoio financeiro visando a concretizacäo de algo. pista: o indício, o sinal. por iim fio: por pouco. rosto: a cara. seropositivo: pessoa portadora do virus da SIDA. SHSíeaíar: manter; pagar a subsisténcia; defender uma ideia ou teoria. vioia^äo: acto de ter relacöes sexuais ä for9a; abusar sexuaimente de alguéra vital: fundamental. vocacionado: com voca9§o; com incüna9äo; com predisposicäo: com tendéncia. 53 Unidade 6 - Unnas SOS Conwreensäo 1. Enumere aJgumas das razoes que levara as pessoas a procurar a linha do Telefone da Amizade. Porque acha que säo as mulheres as grandes utilizadoras desta linha? 2. Quais säo os requisitos para voluntário destas linhas e qua! o seu papel? 3. Estas linhas trabalham em articulacäo com outras instituicöes ou outros professionals? Quais? 4. Complete o seguinte quadro: APAV SOS-Voz Amiga Telefone da Amizade Linha Vida Linha Sida SOS ". Racismo SOS Crianca SOS Gravida publico alvo objectivo modo de actuar 5. Porque é que, por vezeš, se torna mais täcil para as pessoas recorrerem a estas linhas? 6. Quern financia estas linhas'? O apoio que lhes é dado é suficiente? Justifique. 54 Unidade 6 - Linhas SOS Vocabuldrio 1. "A vida por urn fio ". A paiavra fio serve de base para muitos verbos. Procure na coluna da direita o significado adequado para cada verbo. 1. fiar a) desfazer em fios; relatar minuciosamente 2. desfiar b) provocar; desinquietar 3. enfiar c) nao ter confianca 4. desafiar d) fazer passar um fio por; por dentro 5. confiar e) ter confianca 6. desconfiar f) ajagar; alisar com a mao a barba on o bigode 7. cofiar g) reduzir a fio; dar credito 8. afiar h) agU9ar 2. Escreva frases equivalentes, de modo a clarificar o significado das seguintes expressoes: a. (...)" a fimcionar 24 horas, so mesmo o 115". b. (...) " funciona apenas em certos periodos do dia - alguns equivalentes ao horario de expediente que nao sao sequer os de maior risco" (...) c. " Ficar uagarrado" ao telefone para aquele empurrao emocional". d. " As vezes, diante de uma situacao critica, o que pode estar mais a mao e mesmo uma linha SOS". e. "Afinai, ninguem estava a ver-me (...) e alem disso estava farto de andar as voltas sozinho"'. f. (...) os adultos que conhecem casos de maus tratos infantis podem, com a cobertura que o anonimato Ihes permite, denuncia-los" (...) 55 Uni dácie 6 - Linhas SOS 3. Transforme os seguintes adjectivos em verbos, utilizando os prefixes: en/es/em/re/a. Näo se esqueca que. por vezes, terá que aíterar a palavra. proximo_ rico _ seguro _ belo _ profundo_ perfeito_ ligeiro _ claro quente _ direito eurto _ mole liso _■__ macio largo _ novo grosso _ velho doce Vazio a) Tente fazer urna frase com cada um dos verbos encontraclos. 1. _ 4 5 1_ 9. _ 10. 11. 12. 13. 14 15 16. 17 18. 19. 20 3. Com as letras que formám as palavras dadas. consírua trés novas palavras, independentemente do numero de letras que as formám.. engrossar voluntários necessidade 56 Unidade 6 - Linhas SOS aconselhamento | descomprometida anonimato GramMca 1. Preposicôes de regéncia verbaL Complete as frases segnintes, iriserindo a preposicäo adequada, se necessário contraindo-a com o artigo, conforme o exemplo. Pedem, cada vez mais, conselhos práticos. para lidar com situagöes de violěncia familiar._ a. Mais dia, menos dia, todas estas pessoas acabam_recorrer a uma destas linhas. b. É fŕequente que uma pessoa que se sinta discriminada pela raca recorra ______ numero de telefone do SOS-racismo. c. Muitas säo as pessoas que se tém servido _services telefonicos que se caracterizam _ ajudar todos aqueles que se sentem fragilizados emocionalmente. d. Como voluntária deste service tenho incentivado muitos jovens _ procurarem urna actividade lúdica que os estimule. e. Ultimamente muitos jovens tém aderido_Telefone da Amizade. f. "Temos deparado_casos bastante complicados ao ravel do foro psicológico", referiu uma das voluntárias. g. Verifica-se que muitos toxicodependentes enveredam_um tipo de vida alheia a rudo o que os rodeia. h. Os servicos como o SOS Racismo, SOS Crianca ou o SOS Gravida säo foreados _ abrir mais portas e ir ao encontro dos novos problemas sentidos pelas pessoas. i. Muitas criancas, vítimas de maus tratos, persistem_ocultar as situagöes durante longo s periodo s de tempo; ás vezeš estes periodo s traduzem-se em anos. j. E nosso lema iutar__ uma condicäo humana mais digna para estas pessoas desintegradas da sociedade por um o u outro motivo". 1. Permitimos_nosso s utentes a näo reveiaeäo das suas identidades. m. Conhecemos casos de alcoólicos que, apo s ajuda dos Alcoólicos Anónimos, reataram_a família e amigos de quem se tinfaam afastado. Unidade 6 - Linhas SOS n. Esta provado que muitas vezeš as pessoas se metem_conflitos sem se darem conta_isso. o. As pessoas idosas tendem a isolar-se_mundo e , as vezeš, até_ família. 2. Preposicôes de regéncia nominal. Complete as firases que se seguem com a preposicäo conveniente,contraindo-a com o artigo, se necessário, conforme o exemplo. Muitas vezeš, corre-se o risco de fícar dependente de uma voz em linha. a. Muitas pessoas nas grandes cidades vivem urna situa9äo de carěncia_ aiguém com quem partilhar as suas preocuparpöes. b. É necessário que näo se caia no erro _____ fícar dependente de uma voz em linha. c. Os jQvens que vém procurar auxílio na nossa instituÍ9äo ficam ansiosos pelo dia em que se väo poder sentir novamente livres e independentes__este produto täo nocivo. d. Um escutante tem forcosamente de estar com disposicäo _ ouvir pacientemente as pessoas que recorrem ä sua linha. e. Muitos de nós vivemos alheios_o que se passa á nossa volta. f. Várias linhas SOS väo ao encontro_muita gente. g. Muitas destas linhas funcionam em conjunto_outras instituÍ90es. h. Uma mulher que sinta dificuldade em assumir urna gravidez, poderá entrar em contacto_a linha SOS Gravida. i. A solidäo é, sem dúvida, uma das razôes que levam as pessoas a discar o numero da linha do Telefone da Amizade, uma vez que se sentem ansiosas_falar com aiguém. j. Se se encontrar numa destas ocasioes näo hesite em pedir ajuda_um destes escutantes que se encontram no třm de cada linha para o ajudarem. L A linha do SOS-Voz Arniga serve para ajudar aqueies que estäo na eminencia cometer suicídio. m. Muitas pessoas, embora se encontrem numa situacäo dificil, sentem-se mcapazes _recorrer a uma destas linhas. n. Todos nos devemos sentir preocupados _ os probiemas resultantes da evolucäo social. 58 Unidade 6 - Linhas SOS o. É necessário que, por vezeš, as pessoas que procuram estas linhas tenham a coragem_aparecer para um encontro cara a cara. p. Torna-se importante que aquele que escuta se mostre disponível_ouvir e aconselhar sem que para isso mostre querer ter uma influéncia_quem o procura. Temm para discussäo 1. "Quem telefona, quer apo i o emotional, alguém que seja capaz de ouvir de modo compreensivo e solidário, alguém com quem se possa desabafar, o que vai sendo cada vez mais raro nos dias que correm. " Comente a frase anterior, referindo em que medida é que « quem telefona » é vítima da sociedade moderna. Será que antigamente näo bavia necessidade de uma linha deste tipo ? Porqué ? 2. Relacione o terna do artigo, que reflecte a realidade em Portugal, com a situacäo no seu pais, ou na sua cidade. Os problemas säo os mesmos? Quais as diierencas? 59 Unidade 7 - Censora oensura NO TEMPO DO LAPIS AZUL A mäquina censöria atravessou todo o passado da Imprensa Portuguesa. Mas foi com a implatacäo do Estado Novo que a Censura surgiu como um corpo legal de suporte, assumindo-se como um service äs ordens do Regime. Nada era publicado nos jomais sem primeiro ser submetido ao exame arbiträrio dos censores. Uma realidade hoje, felizmente, ja bem distante da vida da maioria dos Portugueses. Mas como a memoria dos homens e muito curta, e sempre bom reavivä-la e lembrar como era nesses tempos, em que näo se comemorava o 25 de Abril, nem era permitido festejar o Primeiro de Maio... nem noticiar as iniciativas oü reivindicacöes dos trabaihadores. Carla Amaro Se este artigo fosse escrito antes do 25 de Abri! de 1974, seguramente näo passaria imune ä arbitrarieddade do "Lapis Azul". Constituida por Decreto-Lei, em 11 de Abril de 1933, a accäo censöria aprimorou-se ao longo dos anos, numa procura de crescente eäcäcia e operacionaiidade, apetrechando-se como uma teia de servicos nas capitals de distrito. Na evolueäo da pratica censöria, durante o Estado Novo, decisivos foram alguns documentos, dos quais se destacam a Constituicäo de 1933 e o decreto-lei n° 22 469 do mesmo ano, que instituiu a Censura Previa e acabou por anular o estabelecido na propria Constituicäo, que consignava a Liberdade de Expressäo entre os Direitos Fundamentais do ddadäo. Nada era publicado, sem primeiro ser submetido ao exame dos censores. Caso contrario, o regime castigava os periödicos com pesadas multas e sancöes ou, em ultimo caso, com a sua suspensao temporaria ou ierinitiva. Apesar do corpo legal que orientava a accäo dos censores, o regime dava-lhes total liberdade para intervir casuisticamente, de modo ilimitado e descricionärio. Na düvida, "os coroneis" cortavam ou suspendiam os textos, remetendo-os para a Comissäo de Censura de Lisboa. De qualquer modo, lambem o censor estava numa posicäo fragilizada. Ao minimo deslize sofria as consequéncias do seu descuido, podendo mesmo ser demitido. (...) Como funcionava a Censura? Subordinar a Irnprensa ás directivas dos órgaos govemativos era o objectivo principál de Salazar e, posteriormente, de Marcelo Caetano, cabendo as Comissoes de Censura alcan9á-lo. Mais do que fiscalizar previamente os jomais, os censores davam indicaeSes, nonnalmente por telefone, sobre o conteúdo dos comentários e determinavam a hora em que a notícia podia ser publicada. Quase tudo o que era divulgado na irnprensa era submeíido a censura: desde os assuntos de carácter político, económico, sociál, e religioso, até aos anúncios publicitários e necrológicos. Só as mformacoes divulgadas pelas agéncias noticiosas escapavam a este si sterna de controlo. Neste caso, era um fimcionário de cada jornai que se desiocava á sede da Comissao de Censura, levando as matérias para sérem exarninadas. Os textos eram enviados á Censura em "provas a granel", em triplicado ou, pontualmente, em quadriplicado (em Lisboa exigiam apenas dois exernplares). Os jomais mais irreverentes, que mostravam uma posicáo claramente discordante da do Regime, eram castigados, sendo obrigados a enviar "provas de página". Porém, em periodo de eleicoes era ířequente a Censura exigir aos jornais o envio de "provas de página". 60 Unidade 7 - Censura podendo, assim, controlar mais fecilmente a distribuicäo dos textos nas päginas e o relevo atribuido a cada urn. Dois exemplares regressavam äs redaceöes com dois carimbos: urn, com a indicacäo "Visado pela Censura"; outro, com o resultado do exams ("Autorizado", "Autorizado com cortes", "Suspenso/Retido" e "Cortado"). "Autorizado" significava que os jomais podiam publicar mtegralmente o texto. "Autorizado com cortes", que podiam publicar, desde que respeitassem as passagens cortadas (por vezes, o corte era de tal maneira extenso que a noticia se tornava imnteligivei). "Suspenso" ou "Retido" significava que as noticias eram sujeitas a uma segunda apreciacäo, normalmente por superiores hierarquicos dos Servicos de Censura Isso acontecia, sobretudo, quando os censores tinham düvidas sobre a imrxrtäncia e impacto dos escritos na Opiniäo Publica. O periodo de suspensäo tanto podia durar aJgumas horas como meses. "Cortado" significava a proibicäo de publicar a noticia. Chegadas as provas aos jomais, as noticias eram emendadas de modo a ficarem tal e qual a Censura ordenara. 0 fiincionamento dos Servi9os de Censura näo sofreu grandes altera9öes com a entrada em vigor da Lei de Irnprensa de 1972. Apenas mudaram de nome alguns dos carimbos: O "Autorizado com cortes" mudou para "Autorizado parcialmente", o "Suspenso" para "Demorado" e o "Cortado" para "Proibido". Nem os elementos das Comissöes e Delegacöes de Censura mudaram. Exceptuando um ou outro, os censores eram oficiais das Forcas Armadas. As noticias de origem internacional e do Ultramar, transmitidas pelas agendas noticiosas (ANI, France Press e Reuter), chegavam aos jomais Portugueses e aos Servicos de Censura atraves de teleimpressores. Depois das indica^öes da Censura, as agendas comunicavam äs redaceöes. pelo mesmo sistema de teleimpressores, as ordens recebidas. A esta transrnissäo de informacöes dava-se o nome "leitura da Censura". Antes dos teleimpressores, que surgiram em Portugal so no inicio dos anos 60, as noticias das agendas chegavam aos jomais atraves de folhas copiadas a stencil, depois de examinadas pela Censura. Durante a Segunda Guerra Mundiai, a Censura dava instru^öes äs agendas para que fizessem cortes '"tesourada" e, desse modo, os jomais näo tivessem conhecimento do material censurado. O sustentáculo do antigo regime Nos países onde as liberdades de expressäo do pensamento e de Irnprensa säo respeitadas é possível praticar um jomalismo objectivo e isento. Porém, em Portugal, durante o Estado Novo, tais liberdades eram condicionadas e o exercício jomalístico era penoso e tutelado peio Poder politico. As tenlativas de rigor jomalístico no tratamento de asuntos considerados sensíveis pelo Poder eram rápida e exemplarmente combatidas e os sens autores perudizados por tais atrevimentos "subversivos". Neste quadro, a Irnprensa näo só näo tinha possibilidade deisencäo, como estava irnpedida de se empenhar abertamente na luta em defesa de causas justas. Apenas era publicado, no cireuito legal, aquilo que o regime autorizava. Era um regime desenicionario, que näo aeeitava criticas, nem tolerava outros pontes de vista, privava a popula9äo de conhecer a reaiidade do Pais e impedia a circulacäo de opiniöes contrarias. É claro que, atraves de aigumas habilidades dos jornalistas, deterrrdnadas irďorrna9Ôes mcómodas para o Regime eram divulgadas, mas, regra geral, os censores impediam a sua difusäo. Compreendendo a influéncia da irnprensa na forma9äo da Opiniäo Publica, os regimes ditatoriais sempre proeuraram tutelar a ac9äo jomalística, irnpedir o Li vre exercício dos profissionais desta area e cercear a liberdade de irďormacäo. O regime do estado novo eternizou-se no Poder. Porque teve como base duas grandes instiuÍ9Ôes repressivas: além da Polícia Política, tiriha ás suas ordens a Censura, prindpal eixo da política de iruunracao de Salazar e de Marcelo Caetano, negando ao cidadäo os seus direitos mais elementares. Näo obstante, a Irnprensa portuguesa sentiu, numa tase iniciál, o efeito liberalizante da subida ao Poder de Caetano. Desde 1933, nunca como na "Primavera Marcelista" os jornais puderam falar de tantos assuntos-tabu. Nunca os jornalistas recorreram tantas vezes a discursos metaibricos como nos anos de 1968/69. Durante esse periodo, houve uma maior liberdade de crítica na abordagem de certos assuntos. Já se podia eserever sobre 61 Unidade 7 - Censura temas que, no tempo de Salazar, éram cortados de alto a baixo pelos censores. Mesmo a nível do noticiário estrangeiro (onde se fazia referencia e crítica ä poiítica de Salazar, confrontando-a com o período de liberaliza9äo iniciado por Caetano), os cortes da censura dimiiiuiram. O que näo significa, porém, que o Regime se descuidasse quanto á defesa da imagem do "velho" senhor. (...) Esta fase de čerta permissividade prolongou-se até Maio de 1969, altura da realizacäo do II Congresso Republicano, em Aveiro. (...) Depois do Congresso, houve de novo um agravamento da Censura, que só voltou a abrandar por altura das eleicöes de 1969, em resultado da pressäo internacionál, da luta das forgas democráticas e da necessidade de o Regime mostrar que alguma coisa de essencial tinha mudado em Portugal. Marcelo Caetano tinha consciéncia da irnportäncia exercida pelos meios de Comunicacäo Social na forma^äo da Opiniäo Publica. (...) As teses de Caetano quanto aos ''malefícios" da liberdade de Imprensa e á ""vantagem no aproveitamento pelos homens do estado dos meios de dirusäo" estäo na linha de raciocinio do proprio Hitler, para quem "'o Estado näo deve perturbar-se com o brilho da chamada liberdade de Imprensa... Ele deve antes, com decisäo implacável, assegurar-se desse meio de iníbrma9äo e colocá-lo ao seu servi90 e da na9äo." E foi neste enquadramento que Marcelo Caetano actuou na prática, embora essa realidade estivesse escamoteada por teóricas e talsas preocupa9öes do Regime em assegurar ao cidadäo o direito de inforrnar e ser ixiforrnado, inclusivamente com suporte legal e constitucionai. Sobre os Direitos e garantias F'jndamentais dos cidadäos, a Constiuicäo de 1933 coasagrou que todo o cidadäo tem o direito ä "liberdade de expressäo do pensamento sob qualquer iörma". Mas, mais adiante, o texto constitucionai estabeleceu leis especiais que "regularäo o exercício da liberdade de expressäo do pensamento. de ensino. de reuniäo e de associa9äo, devendo, quanto ä primeira, impedir preventiva ou repressivamente a perversäo da Opiniäo publica na sua run9äo de for9a social..." Daqui se infere que a "cantada liberdade de expressäo do pensamento sob qualquer forma, prevista na Constiui9äo, era prisioneira de leis especiais, destinadas a "impedir a perversäo da Opiniäo Publica". Na verdade, as leis especiais contradiziam e sobrepunham-se ä propria Constitui9äo, onde estavam consignados Direitos e Liberdades, mas que eram transformados em letras mortas. Liberdade de expressäo e de informa9äo implica mm prätica de comimicasäo sem constrangimentos ou limita9öes e a cria9äo de condi9öes para o exercicio responsävel e dentro de um parämetro de dignidade. No Estado Novo, um dos mecanismos represssivos usados contra essa liberdade era, precisamente, a Censura previa ou posterior ä impressäo. O direito ä liberdade de expressäo era violado, na medida em que näo havia liberdade para noticiar, comentar ou exprimir ideias e pontos de vista conträrios aos do Poder. Muitas pessoas- foram condenadas e perseguidas por terem manifestado opiniöes contrarias äs do Regime. Värios jomais foram suspensos e outros submetidos ao pagamento de pesadas muitas por terem publicado informa9öes incöraodas ao Regime. O direito de resposta, de esciarecimento e de rectifica9äo näo era assegurado a todos os cidadäos. Aspectos fundamentals, como a isen9äo, a objectividade e a verdade dos factos, eram tutelados. Näo estava assegurada a liberdade de acesso as fontes de informa9äo. Aos jornalistas näo era reconhecido o direito ao sigilo profissional. Outros exemplos poderiam ser dados como testemunho da repressäo que recaia sobre a Imprensa, sempre que esta tentava inforrnar os leitores sobre o "Pais real" e contribuir, desse modo, para a forma9äo de 'ama Opiniäo Publica devidamente documentada. Revista Noticias Magazine Unidade 7 - Censura Glossdrio abrandar: reduzir; dirninuir. anuiar: mutilizar. apetrechar-se: equipar-se. aprimorar-se: aperfeicoar-se. atrevimento: audacia; coragem. carimbos: peca em metal, madeira ou borracha que serve para autenticar papeis a tinta ou em relevo. casuisticamente: rninuciosamente. censor: aquele que censura; critico. cercean reduzir; diminnir. deslize: desvio do caminho do dever; erro; equivoco. difusao: emissao; transmissao. discricionario: livre de condicoes; arbitrario. emendada: corrigida; alterada; acrescentada; modificada. empenhar-se: dedicar-se; aplicar toda a diligencia. exilado: aquele que sofre a pena do exilic imune: isento; livre de. muita: pena em dinheiro; pena pecuniaria. aeerologico: relativo a necrologia, a morte, ao funeral, penoso: incomodo; que mete pena; dificil. retido: detido: preso. suspenso: pendente. sustentaculo: diz-se daquilo que sustem; apoio; base; suporte. tolerar: suportar. tutelado: que esta sob tutela; protegido. Compreemsih ;} 1. Expiique o sentido das seguintes expressoes, relacionando-o com o seu contexto politico. - a. (...) a Censura surgiu como um corpo legal de suporte (...). b. Mas como a memoria dos homens e muito curt a, e bom reaviva-ia (...). c. (...) nunca como na 'Trirnavera Marcelista" os jornais puderam falar de tantes assuntos-tabu. 63 Ifaidade 7 - Censura d. (...) o que näo sigrüfica, porern, que o Regime se descuidasse quanto ä defesa da imagem do 'Velho" senhor. e. (...) embora esta realidade estivesse escamoteada por teoricas e falsas preocupacöes do Regime em assegurar ao cidadäo o direito de inforrnar e ser informado (...). (...) as leis especiais contradiziam e sobrepuriham-se ä propria Constituicäo, onde estavam consignados Direitos e Liberdades mas que eram traiisformados, assim, em letras mortas. 2. Quai a evolucäo que a Censura sofreu ao iongo do seculo XX em Portugal? 3. Justifique a vantagem que o Estado tinha no aproveitamento dos meios de difusäo. 4. Ao longo do texto alem da Censura säo referidos outros elementos como suportes do regime salazarista Refira-se a eles. 5. Enumere as fases censririas a que una pubiicacäo era submetida Vocabuidrio 1. Ajgumas palavras que aparecem no texto podem ter mais do que urn significado. Faca duas frases para cada palavra, exempiificando do is dos seus sentidos. a. desiize 64 Unidade 7 - Censura b. onda c. consignar d. exemplar e. relevo f. redaccao g. passagem h. empeahar-se i. tecer j. impressao 1. vigor 2. Encontre antoriimos para as seguintes palavras. a. abrandar _ b. dirusao _ c. penoso _ d. isento____ e» malefic io______ f. posterior____ g. escamoteado _ h. irreverente Unidade 7 - Censvra 3. Agora encontre um smónirno para cada uma destas palavras retiradas do texto. a. rectificagáo______ b. fonte________ c. sigilo______ d. testemiinibo____ e. suporte _ f. emendado _ g. eternizar-se _:_ fa. interveniente _^_ h nao obstante j. sarKpao__ 4. Ao longo do texto nota-se, por vezeš, alguma crítica implícita em certos termos utilizados. Explique a ironia ou crítica subjacente nas expressoes sublinhadas.-a. (...) aprimorou-se ao longo dos anos ('...'). b. (...) uma teia de services nas capitals (...). c. Na dúvida. os "coronéis" cortavam ou suspendiam os textos. d. (...) a censura dava instru9oes as agéncias para que fizessem cortes á •iesourada" e, desse modo, os jornais nao tivessem conhecimento do material censurado. e. (...) da repressao que recaía sobre a ímprensa, sempře que esta íentava informar os leitores sobre o "Pais real" (...). 5. Palavras homógrafas sao aquelas que se eserevem do mesmo modo, mas que tem diíerentes pro nunc ias e sigriificados. Dé do is exemplos para cada uma das palavras que se seguem, de modo a clariScar os do is sigriificados que podem assumir. Atencao ás diferen9as na pronúncia! a. sede____ b. cor _ c. cerca _.______ d. molho________ e. este_____________ -__ f. gosto__ e. děste 66 Unidade 7 - Censvra Gramática 1. "(...) ela orienta a Opiniäo Publica no sentido que convém ao Governo (...)"• Há outros verbos derivados de vir. Por exemplo: advir, intervir ou pro vir. Assim como há verbos derivados de pór (expor, im por. supor), ver (prever, rever, antever) e dizer (contradizer, desdizer). Substitua a parte destacada de cada fřase por um destes verbos, conjugando-o correctamente. a. Embora o pintor tivesse querido apresentar todos os seus quadros, eles näo puderam ser apreciados devido á censura existente naquela época. b. Penso que vai haver uma exibicäo nesta sala a partir das 18:00. c. Do discurso proferido pelo presidente sobre a censura na Imprensa escrita resulíaram fortes críticas a algumas das suas afinnacöes. d. Oxalá os services de censura voltem a apreciar o projecto-lei sobre a iiberdade de expressäo nos media. e. Dificilmente se pode negar o facto de que a censura tenha surgido como um corpo legal de suporte do Governo. f. Deus queira que que eles näo se íenham intrometido na decisäo tornáda pelo chefe da redaccäo. g. Estabeleceram-se vários critérios para censurar os textos: autcrizacäo. suspensao, reten9äo, corte. h. Todos nós temos visto com antecipacäo quais väo ser as consequěncias, n um futuro proximo, de toda esta censura. i Já calculando que essa séria a reaccäo da Direccäo dos Servicos de Censura, o autor da obra decidiu näo a pubbcar. 67 Línidade 7 - Censura j. Ainda hoje sabemos que essa atitude perrnanentemente crítica deriva do tempo do "lápis azul". 1. Ainda que ele desmentisse sempře tudo o que nos dizíamos, acabou por näo conseguir provař nadá. 2. "(...) as noticias eram emendadas de modo a ficarem tal e qua! a Censura ordenara." ou: "(•..) noticias eram emendadas de modo a ficarem tal e qual a Censura tinha ordenado." Altere as frases que se seguem de modo a usar o Preterito Mais -que-Perfeito Simples ou Composto do Indicativo. a. De quaiquer modo, tambem o censor tinha estado numa posicao fragilizada. b. A imprensa divulgara mukös assuntos de caräcter politico, econömico, social e religiöse c. Fora proposto um decreto-lei para alterar o sistema de censura, quando surgiu a "Trimavera-Marcelista". d. Marcelo Caetano tinha exercido uma grande pressäo sobre os meios de comunicaeäo social reiativamente á formaeäo da opiniäo publica. e. A Imprensa de mformaeäo provocara ondas de emoeäo que agitaram mo mentaneamente a opiniäo publica. f. O texto constitucionai tinha estabeiecido leis especiais que regulavam o exercicio da liberdade de expressäo. g. A Constituicäo pre vir a que a "cantada" liberdade de expressäo do pensamento era prisioneira de leis especiais, destinadas a "impedir a perversäo da Opiniäo Publica". Unidade 7 - Censura h. Tudo tinha ido á censura, desde os assuntos de carácter politico, ao económico, social e religioso. i. A Imprensa informara os leitores sobre o "Pais real" e contribuira para a formacäo de uma Opiniäo Publica devidamente documentada. j. A lei consagrara o direito á liberdade de Imprensa algum tempo antes da mudanca politica e social verificada no pais. Temas para discussäo 1. Acha que a censura é um acto tipico de paises ditatoriais? Justifique. Sera que em democracia näo haverá também censura? 2. "Nos paises onde as liberdades de expressäo do pensamento e de Imprensa säo respeitados é possível praticar um jornalismo objecrivo e isento." Será que é sempře assim? E quando o jornalismo toma um carácter tendencioso (por exemplo, por razöes politicas) ou invade a privacidade do cidadäo livre de modo indiscriminado? Sera que em casos como estes näo deveria haver uma censura? 3. Comente a seguinte fräse do texto: "Mas como a memoria dos homens é muito curta." 60 Unidade 8 - Guia para Sobreviver. GUIA PARA SOBREVIVER AS SEGUNDAS-FEIRAS Va la, nao se irrite muito. Tanto esforgo paraesquecer que amanha e segunda-feira e vimos nos especar a noticia em letras garrafais! Tenha calma. Antes de atirar com 3 nossa querida revista, que tanto trabalhinho da a fazer, para o caixote do lixo mais proximo, repare que so o queremos ajudar. A suportar melhor a inevitavel desgraca. Isabel StilweO Há quem odeie as segundas-feiras. Quem comece logo no domingo á tarde a sentir uma ansiedade crescente, quase inexplicável, um cansaco antecipado, uma falta de paciéncia gigantesca. Para quem as manhäs do primeiro dia da semana säo um auténtico pesadelo. Oh nao, outra vez despertadores, criancas estremunhadas a quem é preciso enfiar meias, fílas intermináveis de tránsito, horas e horas á procura de lugar para estacionar o carro e, depois. cfaefes e colegas apanhadinhos pelo síndroma de segunda-feira... E näo säo täo poucos como isso. Segundo uma revista británica de medicína, há mais probabilidades de ter um aíaque de coracäo á segunda, e é neste dia que se dá a maioria dos acidentes de trabalho. E se chove, a brigáda de tránsito queixa-se imediatamente que os condutores meio adormecidos provocam mais desastres que em qualquer outra altura. É claro que urna parte deste desespero de início de semana, que nos atinge desde o berco, se deve a táctores psicológicos. Depois de dois dias em que os ho ráno s se flexibilizaram mais de acordo com os nossos verdadeiros gostos, em que conseguimos gasíar o nosso precioso tempo em actividades que reaímente gostamos, é claro que é d uro voltar aos toques de campainha, ás obrigacöes e á vida de correria que a maioria de nós, sabe-se lá porqué, tratou de arranjar para si. Mas há também factores físicos, nomeadamente a volta que damos ao nosso relógio biológico. Segundo os investigadores destas coisas do so no, säo exactamente as manhäs em que ficamos estendidos na cama até quase o sol se pôr que depois cobram a factura... Segundo os especiaiistas que estudam estas coisas, tudo se passa da seguinte forma: aos fins-de-semana, a maioria das pessoas deita-se muko mais tarde e acorda também mais tarde. De facto, é um equivalente biológico do jet lag. Quando o corpo, habituado a acordar ás sete da rnanhä, passa a acordar ao meio-dia, fica baralhado. Para ele, é o equivalente a urna viagem da Európa para Nova Iorque. E, pelo sirn, pelo näo, passa a considerar o meio-dia como a hora de acordar... Ou seja, nessa noite, vai recusar-se a adormecer ä hora habituai, e na rnanhä seguinte reivindica mais cinco horas de sono quando o despertador volta a tocar ás sete da rnanhä. Como se isto näo fosse já de si suficientemente grave - principalmente porque dá razäo ä minha mäezinha que desde sempre me seringou o juízo com teorias semelhantes a estas - parece que ainda agravamos as coisas com a "dieta" que escolhemos para sábado ou domingo. Ou seja, aqueles que se Unidade 8 - Guia para Sobrevŕver vingam nesses dias da fominha (e sede) que passaram ao snack proximo do emprego durante a semana também devem tomar consciéncia que a ressaca nao vai ajudar em nada o desenrolar da segunda-feira. Mas as desgragas já nós as conhecíamos. A questäo é: como é que se encontra uma fotma de as contornar, sem que os fins-de-semana se tornem absolutamente cinzentos e desinteressantes (ou será esse o objectivo? Quern odeia os fins-de-semana deve adorar as segundas-feiras...). Ora aqui se seguem algumas ideias, embora suspeke que provavelmente voce prefira, apesar de tudo, continuar a odiar o principio da semana. Relógio biológie© Po is é, meus amigos, parece que é mesmo fundamental näo ultrapassar em mais de uma hora a dose habitual de so no nas mannas de sábado e de dorningo. Generosamente, concedem-nos a possibilidade de dormir uma oequena sesta (näo mais de uma hora) a seguir ao almogo. Por rriim, passo. mas näo queria deixar de informar-vos dos resultados da investigacäo. Coma com cuidado Os aJirnentos pesados ou com muito picante perturbam o sono, em parte porque fazem aumentar a temperatura do corpo duraete a primeira parte do ciclo do sono. Isto diz a revista Mens Health, que recomenda que no dorningo á noite coma grelhados, carne sem gordura e afogue-se em copos de kite. Isto porque a carne e os produtos lácteos contém um aminoácido utilizado pelo corpo para produzir a serotónina, a hormona que regula o sono. Acorde raais cedo Isso mesmo. Recomendam que ponha o despertador para uma hora antes da hora de acordar, para depois poder levantar-se devagarinho, tomar um duché com calma, etc. e tal. Ou seja, no meu caso - e no de toda a gente que for como eu - uma auténtica armadilha, porque as probabilidades de voltar a adormecer como se fosse a prirneira vez säo enormes. De qualquer maneira, se tiver forga de vontade para tanto, garantem que os resultados säo espectaculares, principalmente se lhes somár um pequeno-almogo rico em hidratos de carbono, estilo cereais em vez de ovos estrelados... Näo vej a íeievisäo O British Journal of Psychology fez um estudo que revela aquilo de que a gente já suspeitava, ou seja, que os telejomais säo altamente depressivos. Quem os vé, fica mais ansioso e mais triste do que antes de acender a televisäo. Dai que, se for viciado em ter barulho á sua volta logo de manhä, deve é ter preparadinho no video uma cassete de desenhos animados ou outra, a gosto... Deixe a roaptnha pronta, ao fando da cama Se nem a sua mäe, nem a sua excelsa esposa cumprem esta tarefa que está mais que visto que lhes cabia, o melhor á ser vocě a fazé-la. Ter já pronto o que se vai vestir numa manhä de segunda-feira é muito importante, porque com a cabeca grogue como eia está nesses dias é provável que, se deixar a escolha para o momento, o resultado seja desastroso. E, depois, é um círculo vicioso, já que vocé passa o resto do dia a sentir-se infeiiz. Mesmo que näo haja espelhos por perto. Näo marque reuniôcs A memoria é uma coisa muito fraca. Todas as sextas-feiras ä tarde, com aquela energia característica de quem está quase em liberdade, vocé se esquece do horror das segundas de Unidade 8 - Guia para Sobrevtver. maiihä. E entäo, levado pelo entusiasmo, sobrecarrega a sua agenda de encontros e reuniöes. So que quando chega a altura, so lhe apetece desmarcä-las e mesmo que compare9a, so carbura a dez por cento. Por isso, trace mas e um risco em cirna de todas as segundas de manhä da sua agenda e assim o perigo e menor. E que se comecar a semana devagarinho e sem grandes pressöes, vai ver que tudo corre pelo melhor. Näo se agarre ao telemövel Tente que a viagem para o emprego seja um momento para por as ideias em ordern, ao som das suas müsicas preferidas. Mais vale pensar antes de desatar a agir. Alem do mais, sabe-se que hä cada vez mais acidentes de viacäo provocados pelo uso de telemövel, que, alias, e proibido em andamento, sem os mecanismos adequados. Se sornar este risco ao sono, vai perceber as queixas da brigada de tränsito. Marque um almo^o que lhe apetepi muito O dia fica completamente diferente quando, no seu decurso, vai acontecer qualquer coisa que nos apetece muito. Por isso, procure marcar para segunda 'am aknoco com alguem que lhe apeteca muito ver. Provavelmente, ate esquece em que dia da semana estä. Fuja dos coaflitos Hoje näo e dia para confrontos porque, lembre-se, o calendärio e uma coisa muito democrätica e e segunda-feira para toda a gente. Por isso. adie lä mais para a irente os confrontos compiicados. Vai ver que terca-feira, ja curado do Jet lag, tem outra capacidade de combate. Faca ama lista Uma das coisas que mais stress nos da e aquela sensacäo de que temos tanto para fazer que nem sabemos por onde comecar. Solueäo: faca uma lista e depois, encha o petto de ar, bata duas vezes, estilo Tarzan, e comece pela que menos lhe apetece. A partir dai, todas as outras lhe väo parecer canja. Vä äs compras De um saltinho ao Shopping mais perto e entretenha-se a ver as lojas. Quando a vida se complica, os compiicados väo äs comp ras, dizia um porta-chaves que eu tinha. E resulta sempre. Tente sair mais cedo Se tem um emprego em que isso e possivel, pegue no trabalho que estä a fazer e leve-o para - easa, se isso lhe permitir sair mais cedo. Chegado a casa, faca um cha e sente-se com a papelada ä volta. Vai ver que produz muito mais do que se estiver fechada num gabinete, a cabecear de sono. So o facto de conseguir fügir ao tränsito, vai dar-lhe logo uma sensacäo de vitöria E esse cansaco poupado vai repercutir-se na quantidade de trabalho que conseguirä produzir. Se o seu chefe näo acredita, peca-lhe uma oportunidade e prove-lhe que assim e. De gracas a Deus por odiar as segimdas-feiras Ja pensou que se odeia as segundas, e porque provavelmente adora os fins-de-semana? Garanto-lhe que uma mäe/pai de fllhos pequenos, que passa aqueles dois dias a correr aträs deles, a fazer papas e a mudar fraidas, e nos intervalos se dedica a visitar os pais e os so gros, olha para as segundas-feiras como o dia mais libertador da semana, ambicionando que o despertador toque para, finalmente, se enfiar num comboio sobrepovoado, mas onde ninguem lhe interrompe de dois em dois segundos os pensamentos. Lembra-se? Bern me parecia que arnanhä se ia queixar menos. Revistci Noticias Magazine Unidade 8 - Guiapara Sobreviver... Glossdrio baraihado: conluso cabecear: dormitar ; deixar pender a cabe?a por sono carburar: funcionar bem dias por coata: dias de folga especar: colocar de forma a ficar bem visivel estrernunhado: quando se acaba de acordar e ainda se esta meio entontecido pelo sono exceisa: excelente grogue: tonta serin gar (pop.): chatear Compreensao 1. Perguntas de compreensao: a. Porque e que ha quern odeie as segundas-feiras? b. Em que medida e que a adapta9ao a segunda-feira ;'e o equivalente biologico do jet lag"? c. Muitos conseihos nos sao dados no artigo para que as segundas-feiras nos corram melhor. Quais os que considera mais importantes? d. Concorda com a ideia que se se odeia as segundas-feiras, e porque provavelmente se adora os iins-de-semana? Vocabuidrio 1. evitavel -> inevitavel '< A suportar melhor a inevitavel desgraga. » marcar -> desmaxcar « So que quando chega a aliura, so Ihe apetece desmarcd-las. » Acrescente urn prefixo as paiavras dadas, de modo a obter o sen sentido oposto e construa uma frase. a. flexivel -> 73 LJnidade 8 - Guiapara Sobreviver... b. habitual -> c. consciéncia -> d. provável - > e. tra9ar -> f. ordern-> g. adequado -> h. conforrnado -> i. sensato -> j. confortável -> L previsto -> m. coerente -> n. controlado -> o. existente -> p. repreensŕvel - > Unidade 8 - Guiapara Sobreviver... 2. Encontre sinónimos para as seguintes palavras: repercutir-se desatar a garrafais reivindicar desastre contornar recomendar auténtica agravar perturbar suspeitar somar combate erifiar-se 3. Existem muitos verbos derivados de partes do corpo como é o caso de "cabecear" que aparece no texto. Complete as frases com os seguintes verbos na sua forma correcta: encabecar, pontapear, apear-se, maausear, manuscrever, eacarar, encostar-se, acostar, ajoelhar-se, acotovelar. a. Ele entrou na igreja,_e rezou. b. O jogador do Benfica_ e marcou goto. c. O navio _no porto de Lisboa. d. Quando a livraria abrir, as pessoas _para conseguir urn autógrafo de Saramago. e. No anúncio é exigido o Curriculum Vitae, acompanhado de carta f. É bem possivel que o Joäo_a derrota, sem dramatismo. g. Este produto terá de ser_______com muito cuidado. h. Ao sentir-se tonto,_á parede com medo de desmaiar. i. O presidente da Cámara _ a lišta de apoiantes da regionalizacäo. j. Os passageiros, cujo destino era a cidade de Visen._na estacäo de Coimbra. 4. Também alguns substantivos derivam de partes do corpo. tais como: carets, cabeceira, cabecalho, cabecada, peäo, pooíapé, tnanuscrito. Verifique no dicionário o significado dos que näo conhece e faca uma fräse exemplificativa de cada um. a)___________._ b) c) Unidade 8 - Guia para Sobrevtver d) _._ e) ZZZZZZZI IZZZZZ _ oZZZZZZZ ~ I ZZZZZI g)"_ZZZ_ ~~ _ 5. Há muitas expressoes em portugués que sao formadas com o nome de cores. "(-..) sem que os fins-de-semana se torném absolutamente cinzentos e desint eressantes(...)" Complete as frases com as cores dadas no quadro que se segue: negro / branco / verde / amaxelo / vermelho / cor-de-rosa / preto / roxo / azul a) Ele detesta qualquer tipo de conílitos. Sempre que há confrontos lá no escritório ele třeme como uma vara_. b) A Mariana marcou um almo90 de negócios para a passada segunda-feira, mas esqueceu-se. Quando Ihe telefonaram a dizer que estavam há quase duas horas á sua espeTa, ela ficou muito atrapalhada e ficou_____ como um tomate. c) Quando o chefe o despediu por chegar sistematicamente atrasado as segundas-feiras. o Artur ficou_como a cal. d) A Ana deseja sempre sonhos_á filha, quando a vai deitar á noite e) Ele achou que era melhor explicar tudo o que se tinha passado na empresa; por isso. resolveu pór tudo_no branco. f) Eles decidiram ir para a neve, mas nao levaram agasalhos; entao, ao fim de poucas horas já estavam__ de frio. g) Ofereceram-lhe uma viagem para duas semanas numa ilha do Pacifico. Ele ficou muito contente. Como tem andado bastante cansado, achou que a oferta era ouro sobre __. h) O novo engenheiro náo tern nenhuma experiéncia. Ainda tern muito que aprender, pois ainda está muito_. i) O César já Ibi preso duas vezes por iáLsificacáo de documentos. É a ovelha __da familia. que sempre ibi táo respeitada pela sua honestidade. 76 Unidade 8 - Guia para Sohreviver Gramática Juntě uma palavra de coluna A com ouíra da coluna B_ de modo a formar uma palavra composta. Por vezeš terá de usar a preposicáo de como elemento de ligacáo. Preste atencáo aos exemplos dados. 1. fint 2. segunda 3. pó 4. decreto 5. ferro 6. fogo 7. guarda 8. salva 9. mini 10 tira 11 chapéu 12 pé 13 azul 14 couve 15 abre 1. fim-de-semana 2, segunda-feira 3 4 5 6 7 (de) a. lei b. noctumo c. nódoas d. marinho e. velho f. flor g. saia h. semana i. arroz j. meia 1. feira m. sol n. latas o. artifício p. vidas 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 2. "Quem odeia os fíns-de-sernana deve adorar as segundas-feiras (...) " Encontre o plurál das seguintes palavras compostas. a) o páo-de-ló b) o guarda-fato e) azul-claro d) o capitáo-mor e) o mestre-de-obras f) bem-posío g) o porta-chaves h) o social-democrata i) o pé-de-meia 77 Unidade 8 - Guia para Sobreviver j) o para-choques 1) a couve-flor 3. Que conselhos é que autora dá? - "Tenha calma!" 0 que é que ela aconselhou? - Ela disse que tivesse calma. Complete de acordo com o exemplo: a. "Coma com cuidado!" Ela aconselhou que_ b. "Acorde mais cedo!" c. "Näo veja televisäo! d. "Deixe a roupinha pronta, ao fundo da cama!" e. "Nao marque reuniöes!" f. '"Näo se agarre ao telemóvel! g. "Fuja dos confEtos!" h. "Faca uma lista!" i. "V á ás compras!" j. "Tente sair mais cedo!" Tema para expressäo escrita: Se o nm-de-semana provoca este ódio ás segundas-feiras, é provável que apos um longo periodo de íerias surjam muitos mais problemas de adaptacáo. Escreva um artigo para o jo mal com o título: "Guia para sobreviver ao regresso ao trabalho após as férias". 78 Unidade 9 - Século XXI Seculo XXI Tudo vai ser possivel? Paulo Chitas e Filomena Lanca TRANSPORTES Ä veiocidade do ar Comboios que näo pecisam de carris e aviöes comerciais para passageiros - tudo vai ser possive! A viagem entre Lisboa e Moscovo num comboio que atinge os 550 quilómetros por hora e com todos os confortos possíveis - é uma reaiidade mais próxima do que seria de pensar. A Uniäo Europeia tem já elaborados os pianos para a construcäo de uma rede de alta veiocidade que atravessa todo o contineníe e promete uma concorrěncia cerrada ás companhias de avia9äo. Este sistema integrado deverá estar concluido por volta do ano 2020. Dez por cento do prqjecto sera Qnanciado por fundos comunitários, mas o resto fíca por conta dos vários Estados, o que poderá vir a atrasar a construcäo. Alem disso, há desde logo um problema a ser ultrapassado: para que o mesmo comboio possa atravessar a Europa, os diferentes pat'ses tém de uniformizar os seus sistemas de electriiicacäo e sinalizacäo. Isso exige avultados investimentos e, nalguns casos, uma remodeiacäo total das linhas. Para ser viável, esta rede exige novos veículos, e há dots projecíos a sérem desenvolvidos que revolucionaräo o sector no início do milénio. Um deles pertence á Companhia de Caminhos de Ferro do Japäo e outro está nas mäos de investigadores alemäes. Em ambos os casos, estes comboios, capazes de atingirem 550 Km/h e que quase näo precisam de carris, säo designados por Maglev. Quando a composicäo ganha veiocidade, as rodas levantam do chäo e o "monstro" ievita, utilizando as forcas da atraccäo magnética, fazendo menos barulho, consumindo menos energia e com custos mais reduzidos. SUPERSONIC OS Já existem alguns protótipos em teste, mas só daqui a uns anos se faräo as prirneiras viagens oficiais. Oliveira Martins, um dos ministros das Obras Públicas, Transportes e Comunicacöes do Govemo de Cavaco Suva, participou numa viagem experimental e garante que é inesquecível: "Näo se ouve o habitual barulho e, quando atinge velocidades mais elevadas, o comboio fica suspenso e caminha sobre uma lamina de ar, o que faz com que balance um pouco." Espera-se que este tipo de comboios faca grande concorrěncia aos aviöes, mas a indústria da aeronáutica prepara uma resposta literalmente á altura. A Boeing e a Airbus, os dois gigantes do sector, tém já projecíos capazes de revolucionářem o mercado e que farao passar á história o famoso Concorde. O da Airbus é o AX33, que transporta 580 passageiros (distribuídos por třes classes) em voos de longo curso e 840 em voos domésticos. Este jacto supersónico será mais confortável e permitirá fazer a ligacäo entre Londres e Tóquio em apenas trés horas. A McDonnell Douglas, recentemente adquirida pela Boeing, tem também em estudo um outro modelo de mega-aviäo. o quadrimotor MD-12, com uma fuselagem oval capaz de albergar dois convés de passageiros, bagagem e carga. Em ambos os casos, os fabricantes pretendem dupiicar a capacidade do tráfego com reducäo dos impactos ambientais e a precos concorrenciais. 79 Unidade 9 - Século XXI EDIFICIOS INTELIGENTES Casas que pensam As tecnologias da informacäo apücadas ao ambiente doméstico podem fazer dos nossos lares paraísos de descanso e conforto Sente-se confortaveimente no seu sofa preferido e ligue a televisao. Se ouvir a campainha da porta, nao se preocupe. E so carregar numa tecla do teiecomando e, num dos cantos do aparelho, uma imagem mostra-lhe quem esta a bater. Outra tecla permite-lhe deixar entrar as visitas. Se, entretanto, ouvir ruido nos quarto dos seus filhos, tambem nao precisa de se levantar: mais um toque no teiecomando e fica a saber se estao a dormir ou se ha algum problema. Tudo com o nunimo de esfor90. E os exemplos sao quase interminaveis: basta que a sua casa seja um "edificio inteligente" e esteja programada para isso. 0 resto fica por conta das tecnologias da iriformacao que, mesmo hoje, ja permitem fazer praticamente tudo. A sua aplicacao ao ambiente domestico vulgarizou-se no inicio dos anos 90, mas demorara ainda algum tempo ate se tornar fmanceiramente acessivel ao comum dos mortals. Casas como a de Bill Gates, o genio dos computadores e patrao da Microsoft, em que tudo funciona por computador, ainda nao estao a venda no mercado, mas ja e possivel conseguir algumas aproximacoes. Luis Cansado Carvalho, 31 anos, e socio da Domotica, empresa que se dedica a automa^ao de edificios. Apesar de a maioria dos seus clientes serem empresas, instalou ja aiguns circuitos integrados em casas particulares. A brincadeira ultrapassa ainda os 5 mil contos, sem con tar com o preco dos equipamentos, mas o avanco tecnologico podera permitir precos muito mais acessiveis dentro de meia duzia de anos. E as perspectives sao entusiasmantes. Nada fica ao acaso, ex plica Luis Carvalho: "Os edificios sao concebidos desde o inicio para serem funcionais, ergonómieos, seguros e económicos. Tudo sem penalizar o conforto." CARREGUE NO BOTÄO Uma única central gere todas as fin^öes e o sistema pode ser ligado á televisäo ou ao computador pessoal, ou ainda comandado á dištancia através do telefone. Por enquanto, as modalidades de autornacäo mais procuradas relacionam-se com a seguran9a, mas há muitas outras fun9Ôes que podem ser programadas: a gestäo do aquecimenío centra! e do ar condicionado, o controlo da ilurnina9äo com luzes que acendem quando se entra numa sala e se desligam quando näo está lá ninguém, ou o comando á dištancia de totíos os electrodomésticos caseiros, desde a torradeira á banheira de hidromassagem. De tal forma, que é possivel, antes de sair do emprego, pôr o frango a assar no micro-ondas, ligar a máquina de lavar ou preparar um banho de imersäo á temperatura desejada. Além disso, qualquer acidente é imediatamente detectado. Se houver uma inundacäo, a água é cortada, e em caso de incéndio o gás é desligado. Se se registar uma visita dos amigos do alheio, as luzes da casa acendem-se e apagam-se altemadamente, e o proprietário é avisado através de teiemóvel, do computador portátil ou do bíp pessoal. A central age de imediato e em ŕun9äo do programa que lbe introduziram. Com um sistema destes em casa, no emprego ou parado no meio do tránsito, o proprietário de um edifício inteligente pode fazer quase tudo. Basta carregar num botäo ou accionar o sistema com o som da sua propria voz. A casa faz o resto. Revisia Visäo 30 Unidade 9 - Século XXI Glossário accionan pör em accäo. av« itados: grandiosos. ergonómico: relativo ao estudo técnico da relacäo entre o trabalhador e o equipamento de trabalho. iinanciado: ajudado com capital necessário á execucäo de um empreendimento. fundos: capitais; recursos econórnicos. levita: eleva-se e fica suspenso no ar. viável: possível. Compreensäo 1. Perguntas de compreensäo: a. Para que a construcäo de uma rede de alta velocidade atravesse a Europa, quais säo as medidas a tomar pelos diferentes paises europeus? b. Segundo o texto "Ä velocidade do ar", quais säo os do is projectos que iräo revolucionář o início do novo niilénio? c. Porque é que se diz qua a Boeing e a Airbus säo os do is gigantes do sector da aeronáutica? d. Quando falamos de "edificios inteiigentes" a que é que nos referimos mais concretamente? e. De acordo com o texto "Casas que pensam", acha que ha seguranca com a utilizacäo das modalidades de automacäo enumeradas? Justifique. 8 i ünidade 9 - Século XXI Vocabulário 1. "Dez/?or ce«ro doprojecto šerá financiado por fundus comunitários(...). " "Isso exige avultados investimetttos e, nalguns casos, uma remodelacäo total das linhas. " As palavras sublinhadas estäo, de uma forma ou outra, relacionadas com dinheiro. Há outras palavras que também se relacionam com dinheiro. Escolha a mais apropriada e complete as frases. dívida impostos renda pensčo orqamento salário verba troco honorários saldo a. O ministro das Obras Públicas já solicitou a técnicos para fazerem um _relativo á melhoria da rede ferroviária. b. A_destinada á const rucäo de uma rede de alta velocidade que atravessa todo o continente é bast ante avultada. c. O Estado tem uma___________com a Uniäo Europeia, a qual terá de ser paga dentro de dez anos. d. O_ganho mensaimente pelos trabalhadores da empresa é bastante compensador em relacäo aos riscos que correm. As denominadas "casas que pensam" tem uma_superior ás que näo possuem um procssso tečnoiógico täo desenvolvido na sua concepcäo. f. Todas as pessoas com mais de 65 anos podem ser reformadas e passar a receber uma_que varia conforme os anos de trabalho efectivo. g. Fui ao banco para saber o__da minha conta ä ordern. h. Os__ que säo pagos anualmente ao Estado tem estado a sofrer aumentos graduais. i. Os _ praticados pelos advogados säo superiores aos dos engenheiros civis. j. -Desculpe, tem_de 5 000S00? E que preciso de comprar um maco de tabaco e näo tenho mais pequeno. 2. Em portuguěs há palavras que se dizem da mesma forma, mas que těm uma escrita diferente e também o significadc é diferente. Exemplo:__________ j * (...) uma concorréncia cerrada as companhias de aviacäo. i • Ontem á tarde encontraram uma árvore serrada na íloresta. Construa uma frase para cada uma das palavras dadas de modo a expressar bem o seu significadc. Unidade 9 -SeculoXXI russo 2. conserto 3. hera 4. conselho acento 6. coser ruido la) ruco 2a) concerto 3 a) era 4a) concelho 5 a) assento 6a) cozer 7a) roido 3. Tambem ha substantivos que na sua forma masculina tern um sentido eompletamente diferente da mesma palavra quando escrita no ieminino. Exemplo:_ • A casa de Bill Gates funciona por computador. • O caso em discussao ainda nao foi resolvido pelas entidades competentes._ Escreva uma frase para cada uma das palavras dadas de forma a esciarecer o seu verdadeiro sentido. 1. o capital 2. o cargo 3. o luto la) a capital 2a) a carga 3 a) a luta 83 Unidade 9 - Sécuio XXI 4a) a queixa 5a) a carteira 6a) a bola 7a) a polícia 4. Qual é a palavra que näo pertence á ordem lógica? Exemplo: porta / janela / jardim I parede larápio ladräo amigo do alheio desconhecido amealhar fanar roubar gamar ediScio apartamento prédio casa barcos carros veículos viaturas altura largura comprirnento cinnprimento sofá cama cadeiräo cadeira teste exame enxame experiéncia chega atinge alcanca tinge encarregado padräo paträo chefe assar cozer grelhar queimar Gramática i. Transforme a frase dada, comecando como irtdicado e näo alterando o sentido. Pode co mpletá-la sempre que considerar necessário. a. A Uniäo Europeia íem já elaborados os pianos para a construcäo de uma rede de aita velocidade. Embora _ b. Esta regra exige novos veículos. Apesar de___________ c. Já existem alguns protótipos em teste. O ministri) disse que_ 4. o queixo 5. o carteiro 6. o bolo 7. o polícia 84 Unidade 9 - Século XXI d. Espera-se que este tipo de comboios fa$a grande concorrěncia aos avioes. Esperava-se_ e. A Boeing e a Airbus tem já projectos capazes de revolucionářem o mercado. É provável que_ f. A McDonnell Douglas tem tambem em estudo um outro modelo de mega-aviao. Ainda que a McDonnell Douglas_ g. Basta que a sua casa seja um "edifício inteligente" e esteja programada para isso. Os técnicos disseram que_ h. Uma única central gere todas as funcoes e o sistema pode ser ligado á televisao. Se___o sistema poderá ser ligado á televisao. i. Os edificios sáo concebidos desde o início para sérem funcionais. Daqui a alguns anos_ j. É possível pór o frango a assar no micro-ondas ou preparar um banho de imersao á temperatura desejada antes de sair do emprego. Tomara que_ 2. Das duas possibilidades dadas, escolha a conjugacáo correcta. a. Antigamente muitas pessoas tiverarn / tinfaam receio de andar de aviáo. b. Quando os nossos fiJhos váo / forem para a Universidade, já muitas coisas terao avancado / teriam avancadó tečnologicamente. c. Embora eles tivessem tido / tinham tido conhecimento das desvantagens, nao hesitaram em continuar os ensaios em laboratório. d. Se nao tivéssemos feito este trabalho, nao teremos tido / teríamos tido conhecimento do impacto por parte do publico. e. Lamento que os nossos avós nao tenham visto / viram as "casas inteligentes" da nossa era. f. Para alem de tudo isto. ele fosse / fora um grande génio. g. Apesar de nós estarmos / estamos íáo cépticos, ainda acreditamos no futuro. h. Provavelmente vocé já compreenderá / terá compreendido o exercício, quando chegar a esta alínea. Unidade 9 - Século XXI i. Logo que estiverem / estarena terminados os resultados, serao publicados oficialmenie j. Tomara que os alunos gostera / teaham gostado do exercicio que se segue. 3. "A viagem entre Lisboa e Moscovo num comboio que atinge os 550 quilómetros por hora (...) ". "Os edifícios sao concebidos desde o initio para serem funcionais(...) ". Complete as frases que se seguem com as preposicoes: por ou para. Faca contraccáo sempre que considerar necessário. a. O hidrogémo e o oxigénio servem_ efectuar a reac9áo que produz electricidade e água. b. Noventa e cinco_cento das probabilidades dao como certo o resultado já avancado pelos técnicos envolvidos neste projecto. c. O comboio que passa_Toquio atinge uma velocidade impensável. d. O projecto encomendado á empresa de consuitoria tem de estar pronto _o final do proximo més. e. .As tecnologias da mformacáo aplicadas ao ambiente doméstico nao těm tido grande aceitacao _ serem alvo de cepticismo _ parte dos cidadaos em geral. f. O novo jacto partiu ontem,_as cinco da tarde,_o Sudoeste Asiático. g. Duas vezeš___ més sáo testados no vos meios de melhorar a rede de transportes. h. No ano passado foi comprada_cinco milhoes de contos uma "habitacáo inteligente" mesmo no centro da cidade. i. As casas_a popula9áo urbana těm estado a ser construidas sob medidas técnicas muito rigorosas. j. Toda a investigacáo foi feita_uma equipa técnica coníratada_um periodo de cinco anos. Temas para discussäo 1. Ac ha que efectivamente rudo vai ser possívei no século XXI? Porqué? 2. O que é para si um "edifício inteligente"? Inspira(m)-lhe connanca? Quais poderäo ser os aspecíos negativos deste "progresso habitacional"? 3. Pensa que no século XXI as pessoas väo comecar a utilizar mais o transporte ferroviário iníer-contineníal? Porque? 4. Todos os dias estamos perante a notícia de no vos avancos iecnoiógicos. A vida das pessoas parece estar cada vez mais facilitada através desses avancos. Dě a sua opiniäo sobre a possívei substituicáo do "Hörnern" peia "Máquina" num futuro (quem sabe?) proximo. 86 L'nidade 10 -A Vida é um Direito. A vida é um direito, náo uma obrigagáo Antonia de Sousa Lembram-se de Cs Cavalos também Se Abaiem? O títuio do filme ocorreu-me quando me documentava sobre o suicídio assistido, a chamada "mořte branca". As ideias comecaram a encadear-se e dei comigo a pensar no movirnento de compaixao que leva o ser humano a apressar-se a abater o seu cavalo terido ou doente. num cerimonial sempře exaltado no cinema como uma decisáo difícil e dolorosa. Acabar com o sofrimento do cavalo é sempře a prioridade do dono. Uma prioridade levada ao limite quando se trata de um animal de raca e tanto mais empolada quanto maior íbr a estimacao que o cavalo tenha despertado. Com os humanos nao tem havido o mesmo cuidado de o poupar á dor. O "tiro de piedade" é-lhes recusado, mesmo nos casos limite. Porqué? Que razoes culturais, éticas, religjosas levam a que se condene o homem á dor? A uma vida que, muitas vezeš, já pouco tem de humano? A cultura crista em que vivemos faz a apologia do sofrimento. O sofrimento como condicáo de expiacao e salva^áo. Todos os crucifixos multipiicados pelas ígrejas Católicas sao o testemunho dessa condenacáo. É neste contexto que se pode perceber, por exemplo, que madre Teresa de Caicutá, admirável em tantos aspectos, se recusasse a debelar o sofrimento dos seus protegidos, porventura para "os ajudar" a expiar os seus pecados e a merecer o céu. De há 2 000 anos para cá que a nossa civilizacao tem sido orientada nesse sentido. Esta apologia do sofrimento condicionou a propria investigacáo cientííica. Só há muito pouco tempo comecaram a aparecer as clínicas da dor e se comecaram a afinar os instrumentos que permitem debelar, hoje, o sofrimento em mais de 90 por cento dos casos. Há ainda menos tempo que comecau a ser aceite que. para combater a dor. sobretudo em doentes terminais. se possam utilizar medicamentos que eventualmente apressem a mořte. Esta nova atitude cultural surgiu quando congou a ser lancada com mais insisténcia a discussáo da eutanásia. Também foi preciso que nos aproxirnásseroos do terceiro milénio para que comecassem a levantar-se vozes a defender que só o correcto alívio da dor permite ajudar os doentes terminais a vivenciarem enriquecedoramente o processo da propria mořte. Antes de avan9ar, tenho de fazer uma ressalva. Nao tenho opiniáo formada sobre a eutanásia. Seria incapaz de condenar, mas também de absolver, quem a praticasse ou ajudasse a praticar. Eu náo sei a responsabilidade cósmica que uma tal decisáo envolve. E, por isso, acho que a eutanásia, tal como na questao do aborto, ou do suicídio, é um problema de consciéncia individual. E, como tal, tem de ser respeitado, sem juízos de valor. Nao podemos impor as nossas cren9as ou os nossos preceitos éticos aos outros, a todos os outros que tém o direito sagrado de náo pensar como nós. O sentido da evolu9áo cultural aponta, porém, para o reconhecimento do direito á eutanásia. O direito a viver sem dor. É inevitávei. As sociedades náo podem continuar a organizar-se tendo o sofrimento como paradigma. O homem comeca a ter consciéncia de que nasceu para ser feliz. Que a crucifica9áo se deu para devolver todos os homens á felicidade e á plenitude. E que chegou a hora de, no lugar do cruciSxo nas igrejas, se colocar a imagem de Cristo em todo o seu espiendor. Muito do sofrimento que se sofre hoje na cama dos hospitais é devido a um proiongarnento insano da vida, sem contempla9ao da sua qualidade. O a ta terapeutico tem, em muitos casos, servido simpiesmente para prolongar a dor. A no9áo de bom senso tem de ser restituida aos medicos e á medicína, que ao ens i no da doen9a tem de aliar o da saúde e da mořte. Os defensores da eutanásia o que pedem é a possibilidade de viver ou morrer sem dor. Com Unidade J O - A Vida é um Direito. dignidade. Poderiam reivindicar o direito a ser-lhes devolvido o sentido da morte, que foi destruido á medida em que a morte íbi afastada da comunidade familiär, escondida e negada. A conspiracäo do siléncio sobre a morte é um dos factores que mais tém contribuído para a destruicäo das sociedades e do proprio conceito de humanidade. O avanco técnico näo alterou a condicäo hurnana. Sornos mortais. É na morte, na nossa e na dos outros, que descobrimos a dimensäo e o valor da vida. E nos tomamos verdacteiramente humanos. É por isso que de novo se volta a íalar da necessidade de reintroduzir os rituais da morte. Para se reaprender a morrer. E a viver. xxxxxxxxx "A eutanásia directa näo é eticamente defensável. Nunca a praticaria", declarou ao DN o prof. Pratas Vital que, nurn derx)imento sobre a controversa questäo, explicou de que é que se íala quando se refere o problema da eutanásia. "Quando se fala de eutanásia esíá a ŕalar-se de um termo genético que engloba situacôes diversas e interpretacčes diferentes'"', afirmou o neurocirdxgiäo. "Num exemplo facil para se perceber: um doente tem uma situacäo maligna, foi operado, fez quirnioterapia, rádioterapia, a situacäo recidivou, fez-se tudo para tratar o doente, mas o prognóstico está íechado dentro de meses, tem seis meses, por exemplo, de perspectiva de vida. Nesses meses fala-se geraimente com os familiäres, porque a linguagem é dificil com o doente. Numa situacäo destas, que é que o médico deve ŕazer0" Praías Vital afirma que se deve "avisar os íarniliares do que vai ser o tipo de agravamento" e passar a fazer-se ao doente urna medicacäo de suporte. "Quando näo fizer já sentido fazer esse tratarnento é lícito que sej a abandonado, desde que näo haja sofri mento para o doente". adrniíe o neurocirurgiäo. Que aiirma: "A perspectiva é abreviar a morte sem sofri memo. Isto é a eutanásia passiva e näo é condenável em nenhurna parte do mundo." Há. entretanto, segundo o neurocirurgiäo, outra forma de eutanásia, chamada eutanásia indirecta, em que o doente tem também um prognóstico fechado dentro de semanas ou meses, mas em que a doenca e acompanhada de dores intensas e em que o medico utillza narcdticos (rr__rfinas), analgesicos e sedativos, com o objectivo de minorar a dor. "Como essas drogas säo depressoras", diz o medico, "o doente, que ja estä enfraquecido, com o acrescimo de depressäo acarretada pelas drogas, fica mais sujeito a complicacoes, nomeadamente infeccöes. Säo essas complicacoes que abreviam a morte." Este procedimento, segundo Pratas Vital, constitui "una eutanasia bndirecta que näo tern aspectos airmnais oü ilicitos, ja que a perspectiva do medico e aliviar o sofrimento e näo contribuir para a morte do doente". Ha, porern, outras forrnas de eutanasia, que, diz o especialista, "essas ja poem outro tipo de problemas, nomeadamente o suictdio assistido e a eutanasia directa". Para Pratas Vital, "o.suicidio assistido e uma forma de eutanasia: em que o doente, consciente da sua situa^äo, que sera terminal a breve prazo, soiicita aO medico que o ajude a morrer". Neste caso, diz o neurocirurgiäo, "o doente suicida-se com rr^c^mentos fomecidos pelo medico". Esta forma de eutanasia acarreta problemas diferentes. "Na minha perspectiva, a sua aplicacäo deve ser regulamentada superiorrnente", defenjde o professor Pratas Vital. "Esta forma de eutanasia passiva tern sido autorizada e regularnentada em van as partes do mundo: Australia, Holanda, etc.. Acho que esta prätica deve ser regulajnerrtada porque os doentes estäo no direito de decidir sobre a sua propria vida", sublinha ainda. A eutanasia directa, ainda segundo o neurocirurgiäo, e a fase em que o doente pede ao medico para o matar directamente atraves de utna injeccäo. Pratas Vital repudia esta maialidade em nome dos codigos de etica, da füncäo medica, da confianca do doente e da propria sociedade. "O medico e urn ser humano e estä preparado para tratar doentes. para aliviar o sofrimento, mas nunca para matar ninguem!" Declara entäo: "'Esta forma de eutanasia directa nunca a praticaria! Näo e eticamente defensävei em qualquer circunstancia! Quanto ao suicidio assistido, a eutanasia indirecta. a minha posicäo e que, devidamente regulamentada, deve poder ser aplicada." 88 Unidade 10 - A Vida é um Direito... Medos pessoais perante a morte e ética tém impossibilitado um debate desapaixonado da questäo Menos esclarecida, a sociedade rxirtuguesa está mais dividida, embora se aproxime a percentagem dos que estäo a favor da eutanásia dos que säo radicalmente contra. Todavia, nas nossas aldeias desde sempře existiu a figura do "abarador". Que tinha como runcao, precisameníe, a de ajudar o moribundo a morrer, nas situacôes de agónia prolongada. A decisäo de alguém se deixar morrer é ou näo um acto de eutanásia, embora passiva? Um caso célebre deu-se com a filha de D. Manuel, a iníanta D. Maria. Cansada de ser joguete da política portuguesa, noiva etema de sucessivos pretendentes, viu a sua mocidade passar sem poder casar nem poder sequer visitar a mäe, entäo rainha de Franca, á mingua de autorizagäo do irrnäo, D. Joäo III. A ela se atribui a frase: "Estou morta, porque näo vivo; estou viva, porque näo morro." Um dia adoeceu com uma pequena doenca que todos os Ssicos consideravam muito facil de tratar, mas ela decidira morrer. Recusou todo e qualquer tratarnento. Os medicos mandaram vir tabelioes para registar que a infanta recusava tratarnento, ilibando assim a sua responsabilidade. Morreu cerca de um ano depois. De suicidio assistido? Agora pergunta-se: se o suicidio nao e penalizado pela lei portuguesa, como podera ser penal izada a pessoa que ajude, por exemplo, um doente tenninal a morrer, quando e o doente, em plena consciencia, a servir-se do meio que o leva a morte? E bom, e necessario, e Lndispensavel que o debate sobre a eutanasia se aprofunde, sobretudo devido a certos excesses praticados no acto medico, em que o afa terapeutico tern servido muitas vezes so para prolongar o sofrimento, impedindo tantas vezes o ultimo direito da pessoa, que e o do direito a morrer com dignidade. Eutanásia divide Portugueses i SEXO IDAOE REGiÄO CLASSE SOCIAL INT VÓTO ass.ra. rrasc fen 18(34 >55 Gran* Hur. Lior. Inter. Bi 3á2(m.aä3 média PS psd SfiOS 3*3S Usboa Porto Ncrta Cairo Norte Sim 2B3 286 201 203 171 147 67 112 79 108 52 129 166 280 233 129 75,3 57, 73,9 75,7 53,6 89,1 77,9 76.2 63,2 56,5 55. 95,6 84,7 58,6 69,3 79,1 fife 95 3 139 71 65 98 « 19 35 46 33 J 33 S 30 198 183 34 24,7 32, 26,1 24, 366,4 10,9 22,1 23,8 38,8 43,5 34, 4,4 15,3 41,4 30,7 20,8 7 3 7 384 425 272 269 8 269 165 38 147 125 191 95 135 196 478 336 163 r - a T'*"*"' ' .r-„,í? . . . ... i_ SEXO 'DAQP TIEGÍÄO CLASSE SOCIAL INT. TOTO Ära. TB3C. fem 18(34 35(54 > 55 Grands Grsntžs Läor. Li«. Inter. Srn měcěa cs psi snos anas stös üsboa Porto Hotte Cairo Norte Sin 177 162 139 106 34 37 39 49 49 74 41 31 98 180 145 52 46,1 38,1 51.1 39,6 34,9 52,7 45,3 33.3 39,2 38,7 43,2 45,2 50,0 37,7 43,2 38 Näo '59 241 99 132 142 65 31 74 51 94 48 49 73 251 159 34 41.4 50,4 36,4 49,3 52,8 39,4 36 50.3 48,3 49,2 50,5 36,3 37,2 52,5 47,3 51,5 n.satoa 34 38 21 •9 30 8 13 iS 10 17 6 16 17 37 25 11 3.9 3,5 7,7 7 1 11,2 4,3 '5,1 10,9 a 3,9 6,3 11.9 8,7 7,7 7,4 5.7 íi. resp. 14 13 13 11 3 5 3 3 5 6 3 9 8 10 7 S 3,6 3.1 4,8 4,1 1,1 3 3,5 5,4 4 3,1 Q 5,7 4,1 2.1 2.1 3.7 amostra 364 425 272 268 269 165 38 147 125 191 95 135 196 478 336 163 Jornal D iário de Notícias 3C> Unidade 10 -A Vida é um Direito... Glossmio abater: rnatar, eliminar, acabar com. afä: trabalho penoso, canseira. alivio: dinoinuicäo de dor ou sofrimento. apologia: discurso para justificar ou defender. compaiiäo: dó, pena, piedade. crenca: fé. debelar: reprimir. empolada: enfatizada. encadear-se: ligar em série. expiacäo: castigo ou sofrimento de pena. mingua: escassez, faita do que é necessário. moribundo: aquele que está quase a morrer. paradigma: exemplo, norma, modelo, padräo. tabeílóesmotários publicos em épocas passadas. Comyreensäo 1. Qual é a sua opiniäo sobre a questäo: "A decisäo de deixar alguém morrer é ou näo um acto de eutanásia, embora passiva?". 2. ""(...) Acabar com o sofrimento do cavalo é sempře a prioridade do dono. Uma prioridade levada ao limite quando se trata de um animal de raca e tanto mais empolada quanto maior for a estimacao que o cavalo tenha despertado. Com os humanos náo tem havido o mesmo cuidado de o poupar á dor (...)". Qual é a sua opiniáo sobre esta diferen9a de comportamento em situa9oes de sofrimento? Parece-lhe justo e hurnano que a culrura crista faca a apologia do sofrimento? 3. Acha que a eutanásia é um caso de cobardia ou de coragem? Em que casos ou circunstáncias é que a aceita? 90 Unidade 10 - A Vida e um Direito. 4. Eutanasia / Suicfdio: poderäo ou näo ser o mesmo? Em que situagöes poderäo (ou näo) ser justificadas? 5. Analise os quadros: "Sabe ou näo o que e a eutanasia?" e "Concorda ou näo com a eutanasia?". Perante os dados mencionados, qual Ihe parece ser a opiniäo da populagäo em gerai? Vocabuldrio 1. Tudo sepode modificar... Quem estä doente pode-se curaritratar. Encontre verbos que representem o contrario do adjectivo dado. a. O que estä orientado pode-se_ b. O que estä esc uro pode-se_ c. O que estä frio pode-se__ d. O que estä cheio pode-se____ e. O que estä errado pode-se_ f. O que estä livre pode-se_ g. O que estä amargo pode-se_ h. O que estä avariado pode-se_ i. O que e fäcü pode-se_____ j. O que e ilicito pode-se_____ i. 0 que estä fraco pode-se_ m. Quem e culpado pode-se___________ n. 0 que estä sujo pode-se_____ o. O que estä iniciado pode-se__ p. O que estä ligado pode-se____ Unidade 10 - A Vida é um Direito.. 2. Profissôes / Ocupa^ôes... OR (ORA) - ISTA -EIRO (A) Quem trata do doente é o/a douior(a). Quem trata do s denies é o/a dentista. Quem faz/vende o päo é o/a padeiro(a). Agora diga voce qual é a profissäo / ocupacáo das seguintes pessoas: a. Aquele que conduz um camiäo:_ b. Aquele que escreve artigos para o jornal ou revista: c. Aquele que escreve livros:_ d. Aquele que trabalha no campo a cultivar: e. Aquele que trabalha na mereearia:_ f. Aquela que ensina:______ g. Aquele que apaga os fogos: h. Aquela que vende flores:_ i. Aquele que dirige urna universidade: j. Aquela que ajuda os médicos a cuidar dos doentes: Gramática 1. Há palavTas que se escrevem com "_2 " e outras com "_5 :", no entanto pronunciam-se da mesma maneira. (...) se o suicídio näo é penalijado pela lei portuguesa. Näo tenho opiniäo formada sobre a eutanásia._ Agora complete as palavras dadas com '* z "ou " s a. JUÍ 0 a. hipocri ia i ! a. i pra o b. reáli ar b. utili ar ! b. i indu ir c. preci ar c. u ar i j c. i autori acäo d. a ar d. bá ico d. de_ignar e. coi a e. cau a í ^ dema iado 92 1 Unidade 10-A Vida é urn Direito. 2. Complete as frases com uma das preposicôes dadas (faca contraccäo sempre que necessário): de / para / por / em / a / com a. Ela foi a segunda pessoa praticado a eutanásia. b. R. Sampedro conseguiu pôr termo um numero detenrünado tornar-se conhecida a sua vida ter a ajuda amigos. c. A necessidade debater a questäo está preocupar as sociedades mais evoluidas. d. Foi realizada uma sondagem_ 70_cento_populacäo aceita a prática uma cadeia de televisäo que reveiou que eutanásia. e. iMuitas _ as pessoas condenadas _ doeu9as consideradas ureversíveis optam_a eutanásia_tenninarem_o sofrimento. 3. Ligue as frases da coluna A com as da coluna B usando uma das preposicôes dadas. A B a. Dei comigo b. Esta prática serve por c. 0 suicídio é um tipo de para eutanásia com d. 0 doente disse ter tornádo em aquela atitude e. Há quem fique a de f. Ele revelou uma mentalidade 1. problemas éticos após esta prática. 2. ter perdido toda a esperanca que lhe restava. 3. pensar no movimento de compaixáo. 4. diminuir a dor do paciente. 5. que o doente solicita ao médico que o ajude a morrer. 6. grande coragem. 4."Também foi precise que nos aproximássemos do Terceiro Milénio para que comecassem a levantar-se vozes (...)". Escolha a forma verbal que considerar mais apropriada. a. Achamos que este probiema ainda íraz / traga / vai trazer muita discussäo. b. Era importante que sc faca/fizsssem/fizerem mais sondagens junto da opiniäo publica meno s irďorrnada. c. Os detensores deste método dizem que é conveniente ser mos / estejamos /' estarmos íodos bem esclarecidos. 93 Unidade 10 - A Vida é um Direito. d. Antigamente este terna era festova / foi absolutamente tabu em muitas sociedades . e. Oxalá já todos sejam / tenham sido /fossetn infbrmados pelos órgao competentes. f. Ontem, pelas 16 ho ras, tíve / tinha / teve lugar um debate, bem aceso, entre médicos e católicos. g. Há pessoas que dizem / dissessem / digam que a eutanásia é um acto de suicídio. h. Os médicos oncológicos dizem que se estivéssemos / estivermos / estamos bem informados, poderemos beneficiar. i. Após várias pesquisas feitas, chegardo / chegariam / chegou-se á conclusao que a esperanca de viver nunca acaba. j. Os pacientes inquiridos, apesar de estarem / este]'am / sérem na řase terminal, disseram que nao querent morrer. Terna para discussäo: Direito ä mořte ou direito a vida? Expresse a sua opiniäo sobre esta questao relativamente aos seguintes pontos: Eutanásia Suicídio Aborto Pena de mořte 94 Unidade 11 - Seguros para todas as bolsas A maioria dos seguros náo cobre as despesas com doencas psiquicas, "check-up" e exames gerais de saúde, cirurgia estéti ca, intoxicagáo alcoólica e uso de drogas. Algumas companhias vao mesmo mais ionge Seguros para todas as bolsas Maria Joáo Caetano Já säo 30 as companhias de seguros que tém um seguro de doenca e as opcôes tendem a aumentar. Näo sai caro e oferecem assisténcia em clinicas privadas em condigôes privilegiadas. Mas nem tudo é um mar de rosas... Seguros de vida, do automóvel, da casa. Seguros contra todos os riscos. E cada vez mais, também, seguros de doenca. Pensar agora no que pode acontecer depois porque, lá diz a sabedoria popular: "mais vale prevenir..." De acordo com estas seguradoras, as pessoas que mais procuram estes servigos pertencem a duas categorias: individuos com mais de 40 anos (e que, de repente, comecam a percebr que a idade näo perdoa...) e jovens que estäo a constituir família, tém filhos pequenos e muitas dúvidas quanta ao seu futuro. Ao florescimento do mercado dos seguros de doenca näo será alheio, precisamente, este cepticismo relativamente ao sistema nacionál de saúde. Os seguros säo talvez dos sectores que mais reflectem as preocupacôes e as incertezas da populacäo. Os Portugueses estäo tártos das listas de espera nos hospitais e centres de saúde, mas a alternativa privada continua a ser demasiado cara. A pensar neste grupo de insatisfeitos, as seguradoras tém uma gama de seguros de doenca que permite diversas opcoes: hospitalizacäo (a opcäo mais procurada, precisamente porque serve como complemento ás comparticipagôes ditas "oficiais"), assisténcia ambulatória, comparticipacäo nos medicamentos, gravidez e parto, com várias combinacôes e coberturas possíveis. Assim se explica o cresceníe numero de pessoas que procuram um seguro de saúde como complemento i assisténcia da Cai.xa, ADSE ou outras - em Portugal, ao contrário do que acontece nos Estados Uru dos, as pessoas näo podem optar por ter apenas assistencia privada e a inscricäo na Seguranca Social e obrigatöria. Apesar disso, as seguradoras tem, cada vez mais, uma gama de servigos, muitas ate com direito a um "cartäo de saüde", que as afästa do papel tradicional do seguro e as transforma em autenticos servicos de saüde, que resultam de acordos entre seguradoras, entidades medicas, bancarias ou outras. Num primeiro olhar pelos varios seguros de doenga existentes no mercado, a conclusäo imediata e que näo sai caro fazer um seguro. Com 40 mil escudos por ano, qualquer pessoa pode garantir assistencia medica individual com um rranimo de regalias. Mas ha que ter atengao. Nem tudo o que parece e. E e preciso ter sempre em conta que os seguros näo säo um sistema de apoio estatal mas um negöcio. Por isso, nem toda a gente pode fazer um seguro - so as pessoas saudaveis. Ou, como explica Vitor Muro, da Alianca UAP: "Nös corremos riscos, näo compramos sinistros." Mas hä mais: antes de assinar um contrato de subscrigäo, os segurados tem de preencher um inquerito bastante rigoroso. Pode ate parecer irrelevante, mas as companhias precisam saber se nos fumarnos, se praticamos algum dcsporto (e para os que praticam desportos perigosos hä cläusulas especiais, claro!), se temos antecedentes de doencas na familia. Uma pessoa com um metro e meio e que pese 80 quilos e um potencial de doencas, uma autentica "bomba" que terd alguma dificuldade em ver a sua subscricäo aceite... Nem todas as seguradoras exigent testes medicos (isso implicaria despesas insustentaveis para as companhias), mas depois de preenchido este inquerito hä quem seja convidado a fazer um "check-up". Finaimente, tome berr, atencäo as cläusulas do seu contrato. Hä seguros com ou sem Unidade 11 - Seguros para todas as bolsas franquia; há companhias que cobram a maior parte das despesas a cera por cento, outras näo. A maioria dos seguros näo cobre as despesas com doencas psiquicas, "check-up" e exames gerais de saúde, cirurgja estética, intoxicacäo alcoólica e uso de drogas. Os tratamentos de estomatoiogia, por sérem muito caros, tem geralmente cláusulas especiais. Algumas companhias Väo rnesmo mais longe e excluem também dos seus contratos a hemodiálise, os tratamentos de homeopatia ou mediana natural, as próteses, ortóteses, os efeitos de cataciismos da natureza, guerra, accöes de terrorismo ou perturba^öes da ordern publica. Repare bem, o que para si é um "acidente" pode, apesar de tudo, näo estar abrangddo no seguro de saúde - por exemplo, se esse ascidente estiver relacionado com a prática de actividades como o ski, a tauromaquia, a espeleologia ou a ca ca subrriarina Nem todas as seguradoras pagam as despesas com gravidez e parto, as que o fazem irnpöem cenas restricöes e um periodo de caréncia nunca inferior a 300 dias. Se for trabalhador independente é possívei que sej a convidado a subscrever também um seguro de trabalho, um seguro de vida ou outro. Se tem mais de 60 anos. esqueca. Deveria ter pensado nisso antes. Se, se, se - esta é a palavra mais vezeš repeticia quando se estabelecem as condicoes do acordo. Um seguro, que á primeira vista parece ideal, pode revelar-se completamente inútil. HIPÓTESES para TODOS OS gostos "Pela sua saúde!" é o iema da Médis - urn projecto que aposta forte na publicidade e na divulgacäo de uma imagem de seguranca e eficiěncia. Afinal, näo é isso que esperamos dos nossos seguros? Da responsabilidade da Ocidentai e do grupo BCP, a "Nova Saúde Médis" orérece trés hipóteses de subscricäo: a opcäo base (com um capital de dois mil contos para a hospitalizacäo e ambulatório); a opcäo singular (com um capital de 2 500 contos para hospital izacäo e trés mil contos para ambulatório) e a opcäo familiar (com um capital de cinco mil contos para hospitalizacäo e 500 contos para ambulatório). As comparticipacöes e reembolsos variam consoante se opte por um medico da Médis ou nao, podendo no primeiro caso atingjr os cem por cento. Subscrever a Médis significa também ter acesso a uma série de outras regalias (e é especiaunente nestes "extras" que se distinguem as diferentes seguradoras) - é que a Médis, mais do que um seguro, é uma rede de services de saúde, com direito a urn cartao de titular, as vantagens na marcacao de consultas nos medicos próprios e em clinicas com as quais a empresa tem- acordos. As regalias sao muitas e abrangem o modo de pagamento dos services: a iactura da despesa de saúde é enviada directemente para a Médis, libertando o médico e o paciente para aquilo que é verdadeiramente importante, os cuidados de saúde. O grande handicap deste seguro é, talvez, a sua cobertura geográfica. Os medicos, hospitais, clinicas e outros servicos (centros de meios complementares de diagnóstico, fisioterapia, servicos de ambuíáncia e servicos de enferrnagem) que razem parte da Médis situam-se em apenas tres zonas: Grande Porto, Grande Lisboa e Algarve. Em corriperisacao, este servico dispoe de uma linha directa - a Linha Médis - que proporciona assisténcia, pessoal e directa, 24 horas por dia. Através de uma simples chamada telefóraca pode ter ao seu dispor um aconselhamento de saúde, gratuito e corifidenciai, a que pode mesmo seguir-se, se for caso disso, o atendirnento medico domiciliário. Para poder responder as necessidades de toda a popuíacao, a Alianca UAP náo tern acordos com medicos nem obriga os segurados a consultarem uma lista limitada de profissionais. Mas, também por isso, a UAP náo paga directamente os services prestados, mas apenas mediante a apresentacáo de facturas. "O nosso contrato nao é com as entidades clinicas mas com as pessoas que usufruern dos seguros", explica Vitor Muro da Alianca UAJ5. Um sistema que, apesar de tudo, também tem as suas desvantagens, uma vez que para muitas pessoas o problema poe-se exactamente no momenta do pagamento. Mas a UAP garante que o reembolso é efectuado "o mais rapidamente possívei", num prazo de dois ou tres dias depois da apresentacáo das facturas. Mais exigente, a Tranquilidade nao permite que as pessoas com mais de 75 anos Unidade 11 - Seguros para todas as bolsas continuem a subscrever o seu linico seguro de doen9a. Mais modesta, a Tranquilidade näo pretende dar assistencia medica, tem apenas urn seguro que cobre 90 por cento das despesas de internamento hospitalar superior a 24 horas, ate ao limite do capital subscrito. As excep9Öes abrem-se apenas para as opcöes de assistencia medica domiciliäria e assistencia no estrangeiro. Caso de sucesso no mercado portugues parece ser o cartäo de saüde da Cruz Vermelha Portuguesa, da responsabilidade da companhia de seguros Fidelidade e que tem a vantagem de se apresentar com um nome ja conhecido e que, por isso mesmo, inspira alguma confianca. Neste caso, o seguro de saúde é apenas uma parte (pequena) das vantagens de subscrever o cartäo. Para aceder ao cartäo basta preencher um cupäo e pagar a quota mensal. Com vantagens que väo desde a assistencia medica no domiciüo a descontos em clinicas e subsidies por acidentes, o "cartäo porata" da Cruz Vermelha tem ainda uma clausula original neste tipo de servos: em caso de falecimento do benefíciário, o familiar indicado por ele ocupará a sua posi9äo, gratutitamente, por trés anuidades. PEQÜENO GLOSS ARiO Adereate: Pessoa segura, que preencheu o boletim de adesäo e o questionärio medico cumprindo os requisites necessario para ficar coberto pelas garantias da apolice. Apolice: Documento que titula o contrato celebrado entre o Tomador de Seguro e a Seguradora. Ocorreiicia/Säiilstro: Todo e qualquer evento suscepö'vel de desencadear o fundonamento das garantias do contrato. Acidente: Acontecimento fbrtuüo, subito e anormal, devido a causa exterior e estranha ä vontade da Pessoa Segura e que origjne nesta lesöes corporais. I>oeiica: Toda a alteracäo natural e involuntäria do estado de saude, näo causada por acidente e diagnosticada por medico. Deeaga pre-enstente: Considera-se doen9a pre-existente, ao contrato de seguro, qualquer doenca ou lesaö de que a Pessoa Segura deveria ter conhecimento, cujos sintomas eram evidentes, pela qual recebeu aviso medico ou tratamento antes da data efectiva do seguro. Premio; Pre9o pago pelo Tomador do Seguro a Seguradora pela contra9äo do seguro. Franqnia: Valor estipulado da despesa a cargo da Pessoa Segura. Prestafßes convenctonais: Presta90es garantidas pelo contrato de seguro que implicam a disponibüidade automatics perante a Pessoa Segura de uma rede integrada de m&iicos e outros prestadores de cuidados de saüde. Presta^öes indemoizatörias: Prestasöes garantidas pelo contrato de seguro que consistent no reembolso das despesas efectuadas em consequencia de um evento coberto pelas garantias da apölice. Penodo de carencia: Periode durante o qua! as garantias do contrato ainda näo estäo em runcionamento. Fraude: Conduta ilicita do Tomador de Seguro., ou de tereeiro, com vista a obter para si proprio, ou para outrem, um beneficio ilegitimo ä custa da Seguradora. Jamal Didrio de Nodcias Unidade 11 - Seguros para codas as bolsas Glossário alheio: estranho. ambulatórío: diz-se da doenca que nao o briga o doente a permanecer na cama ou do processo de tratamento dessa doenca. anuidade: quantia que se paga anuaJmente para usufruir de urn service beneficiário: aquele que obtém beneficio. clausula: condicäo que faz parte de um contrato. doraiciliário: servico que é feito no domicüio. espeieologia: estudo geografico da formaeäo das cavernas. grutas, fbntes e águas subterraneas, ou a sua exploracäo. falecimeato: mo rte. hemodiálise: processo artificial para substituicäo da funcäo renal. homeopatia: sistema de tratamento de cert as doencas através de processos naturais. mediante: com a condicäo de. ortótese: prótese dentária. prótese: peca artificial que substitui de um orgäo ou de uma parte do corpo. quota: prestaeäo; quantia que se tem de pagar regularmente para se pertencer a um grupo que beneficia de algo. reembolso: restituigäo de uma quantia devida ou paga. rssiricäo: ümitacäo; condicäo que limita. subscricäo; assinatura. íauromaquia: relativo ä arte de tourear. usufruir: poder gozar ou beneficiar de algo. Compreensäo 1. Qual a diferenca entre seguranca social e seguro de saude? 2. Quais os facto res que levam os Portugueses a procurar um seguro de saúde? 3. Quais säo algumas das condicöes especiais exigidas pelas seguradoras para que possamos assinar um contrato de subscricäo0 98 Unidade 11 - Segwos para todas as bolsas 4. Quais sao as situacöes que frequenternente näo säo abrangidas pelos contratos das seguradoras? Qua! pensa ser a razäo para tal facto? 5. Indique algumas vantagens que o seguro da Médis oferece. Qual é a sua grande desvantagem? 6. Qua! é a regalia especial que o beneficiário do Cartäo de Praia da Cruz Vermelha tem? 7. Insira as seguintes palavras e expressöes relacionadas com o terna de Seguros nas colunas que considera apropriadas: incéndio / inundaqäo / hemodiálise / estética / contra todos os riscos / internamento contra terceiros / passageiros / drogas / infütracöes / ferimentos / rouho / cataclismos / choque / alcoolismo / atropelamento / consulta /próteses / tratamento médico / hospital / sismo / intervencäo cirvrgica Situacöes que norraalmeote os contratos de Seguro näo cobreia Seguro de habitacäo Seguro automóvel Seguro de saúde Vocabulário 1. Explique as seguintes expressöes do texto: a) (...) e as opcöes tendem a alimentär. 99 Uni dacie 11 - Seguros para todas as balsas b) Mas nem tudo é um mar de rosas (...) c) (...) mais vale prevenir (...) d) (...) comecam a perceber que a idade näo perdoa (...) e) Nem tudo o que parece é. f) «Nós corremos riscos, näo compramos sinistros.>> g) (...) é especialmente nestes «extras» que se distinguem as diferentes seguradoras. 7. Complete o seguinte quadro: Substantivo Adjectivo cepticismo auténtica sabedoria disíinío alheio cirurgia privado Estado sistema individual 3. Muitas palavras em portugués tém mais do que um significado. Explique do is diferentes sentidos possíveis para cada uma das palavras que se seguern e insira-as em frases exemplificativas. cobrir sinistro 100 Unidade 11 - Seguros para todas as bolsas caro franco alheio capital parto nsco banco consoante Gramdtica 1. Conjuntivo on Indicative}'? Complete as frases com o verbo adequado, conjugando-o no tempo correcto. a) Antes da subscricäo de um seguro de vida, as Companhias querem saber se o cliente_em boa condicäo fisica. b) As Companhias normalmente näo fazem seguros de vida se o cliente __mais de 60 anos. c) Quem_fazer urn seguro de vida, terä de preencher urn inquerito rigorose. d) As pessoas desejam ter a sua disposicäo um servico medico que lhes _os seus probiemas, sem que tenham de esperar muito tempo. d) A Seguranca Social que os Portugueses_______obrigades a pagar näo parece suficiente. 101 Unidade 11 - Seguros para codas as bolsas e) Quando marcamos uma consuJta no hospital, nunca sabemos quando __atendidos. f) O empregado da Seguradöra explicou-me como eu_preencher o inquerito. g) As pessoas querem ter a certeza que quando_doentes, poderäo contar com um servico räpido e eficiente. h) Quern__desportos radicais, tern cläusulas especiais. i) j) Os clientes devem infonnar-se sobre quanto_de pagar para fazerem urn seguro de vida. 2. Complete as frases com a preposicäo adequada, contraindo-as quando for necessärio. a) As pessoas que dependem unicamente_os servicos medicos da Seguranca Social arriscam-se_esperar muito tempo_____ uma consulta. c) Os Portugueses que se dirigem ______ uma Seguradora deparam_ uma variada gama de servicos. d) Se quiser optar_fazer urn seguro de vida, terä de passar_uma fase um pouco burocrätica de preenchimento de um inquerito bast ante rigoroso. s) Para que se possa ter acesso _um bom servico de saüde muitas pessoas recorrem_Seguradoras para usiüTuirem_am seguro de saüde. f) As mas condicöes que o sistema nacional de saüde nos oferece näo säo alheias _____ o facto de muitas pessoas apostarem__ a subscricäo de seguros privados de saüde. g) Porern, quando se decidir_a subscricäo de um seguro privado de saüde, terä de estar bem atento__as cläusulas do seu contrato. h) Se muitas pessoas sonhassem_todas as condicöes que as Seguradoras Ines iriam impor, talvez desistissem _____ a ideia_subscreverem um seguro de vida. i) As Seguradoras näo podem correr o risco _aceitarem clientes que sejam, _a partida, potentials causadores de prejuizo para o seu negöcio. Temas vara discussäo 1. Qual e a sua opiniäo sobre o sistema de saüde portugues que o texto ihe apresentou? 2. Como funciona o sistema de saüde do seu pais? 3. Qual acha que serä a evolucäo dos sistemas de saüde e de seguranca social? Unidade 12 - Os Velhos que näo arrumam as botas OS VELHOS QUE NAO ARRUMAM AS BOTAS Os idosos Portugueses säo cada vez mais. E entre eies há também cada vez mais quem diga que existe vida depots da reforma - da verdadeira vida: vivida e trabaihada. Como John Glenn, o astronauta de 77 anos que acaba de chegar do espaco, onde foi cobaia para nos aumentar os anos. A comunidade científica internacionál prepara a resposta para este mistério: o que podemos fazer para contrariar a vánice? Ferreira Fernaodes e Paulo Chitas A lisboeta Canada do Corabro poderia ter sido vista do vaivém Discovery? Se fosse, o astronauta John Glenn, de 77 anos. veria os seus coleguinhas de teimosia. Ele, que viajou para o espa90 em 1962 e repetiu agora a dose, 36 anos depois, apreciaria a constáncia com que o barbeiro José da Silva Santos, de 73, continua a fazer o que sempře fez - na barbearia do n° 54 da Calcada do Combro, onde entrou como aprendiz em 1941. E também o dr. Eh'seo Montargil, de 85 anos - ainda morador no local onde nasceu, a vizinha Rua das F lores, no Bairro Alto - que continua a profissáo de toda a vida, ginecologista: na semana passada entrou no bloco operatório e fez mais um parto. Ou o também vizinho Joaquim Goncalves, de 88 anos que todos os dias, pleas sete da manhá, passa pela calcada a caminho de Xabregas, para dirigir a sua empresa de camionagem. Menos famosos que o astronauta americano, o barbeiro, o médico e o transportador lisboetas representam o mesmo fenómeno universal: a vida pode ser continuada e trabaihada. bem para alem da idade da reforma. E representam também a meihor maneira de viver essa formidável mudanca demográfica que o Mundo e o nosso Pais conhecem. No ultimo quarto de século, os Portugueses ganharam mais anos de vida - os homens, sete, e as mulheres. oito. "Comecámos mais tarde que os paises do Norte e do Centro da Europa, mas de um momento para o outro comecámos a envethecer de forma acelerada". diz a demografa Maria Joäo Valente Rosa, professora na Universidade Nova de Lisboa e especialista do envelhecimento da populacäo portuguesa. Os idosos säo mais e também me Chores. Quer dizer, entre as pessoas que ukrapassam a idade da reforma cada vez mais é necessário contar com o sub-grupo que quer e pode continuar a trabalhar. Mas Portugal näo reconhece essa mina de cabelos brancos: "Desaproveitamos urn capital enorme de idosos com capacidades muito superiores as que, pessoas da mesma idade, tinham no passado", diz Maria Joäo Rosa. APAIXONADO PELA PROFISSÄO Como näo há poh'tica para esse aproveitamento, tudo flea nas mäos de cada um. Os precursores säo aqueles a quem coube duas sortes que estäo ligadas entre si: a de terem urn bom corpo que Ihes perm it e a autonómia e terem uma profissäo que gostam de exercer. '"A situacao mais compiicada nas pessoas de idade vem da mudanca da vida activa, näo da sua saúde - um velho é quem velho se julga, o envelhecimento está ligado ä sensaeäo de se ter deixado de ser ú eil. diz Casanova Xavier, gerontologista. Unidade 12 - Os Velhos que näo arrumam as botas muito para contar: já aos 20 tinha morado era 21 casas, sete cidades e trés continentes. Em questáo de quilómetros acalmou um pouco depois, mas pode fazer esse balanco dos homens aventurosos, "fiz de tudo um pouco." Foi professora, dirigiu uma casa de repouso e desaguou, há trés anos, nos arranjos florais, abriu casa por conta propria. Truque: "Náo acarinho a doenca." Desejo (para quem já fez o AJasca e o transiberiano): "Falta-me ver a llha da Páscoa." A aventura náo procura tao longe o portuense Antero Pinto, de 70 anos. Reformou-se da Junta Autonoma das Estradas, pois reformou-se, mas isso é história de papéis. Na vida real, vai todos os dias para cima da Ponte D. Luis - e aquando se diz cima náo quer dizer o tranquilizador tabuleiro. Vai é para as vigas de ferro, a ver se elas mantém o vigor com que Eiffel as deixou. "Dez jovens fortes virados para ele, em homens para homem, de máos livres, levavam uma tareia", diagnostics Carlos Andrade, o director da TSF e praticante de karate. "Ele" é Kiyoshi Kobayashi, de 73 anos, o pai do judo portugues. E a hipótese é só académica: Kobayashi náo é de dar tareias e dez jovens que náo fossem cegos perceberiam que aquelas costas direitas e olhar direito náo sáo para testar. Aos dez anos era cinto negro e hoje é um dos quatro japoneses, fora do Japáo, com a alta graduacáo de 8° Dan. O judo de combate valeu-lhe quando foi kamikaze, as lendárias tropas suicídas, durante a Dl Guerra Mundial. E o judo seiiuku. a terapia ortopédica, que aprendeu, valeu-lhe desde cedo: "Na tropa, o pára-quedas náo abriu, parti as duas pemas e costelas, říz duas talas e andei oito horas durante quilómetros." Quando veio para Portugal, em 1958, foi para ensinar judo - a rederacáo Portuguesa de Judo foi criada no ano seguinte. Kobayashi p ratica trés vezeš por semana e a terapia pelo judo pratica-a com os muitos clientes que o procuram, gente anónima ou o Carlos Lopes, ou o general Ramalho Eanes, que precisou dele recentemente depois de ter ficado debaixo de um cavalo. Em Moura, Armando Rosa da Silva, de 67 anos, é conhecido como o Avô "Speed" (velocidade em inglés), alcunha ganha por causa da sua mota Honda XX, de 1 100 centímetros cúbicos. O catálogo marca 303 Km/hora, o que, evidentemente, é só um aviso. Engenheiro mecánico de empresas de petróleo, reformou-se, abandonou Lisboa e dedicou-se a tempo inteiro á herdade da família: 120 hectares de oíiveiras. No dia-a-dia de trabalho, utiliza pelos campos urna mota de 125 centimetres cúbicos. A Honda reserva-a para o vicio de motard, íermo que reivindica em vez de motoqueiro, com o mesmo horror de um gourmet tratado de comiläo. Faz com ela 25 mil quilómetros por ano... A mania das duas rodas ficou-lhe de urna Cucciolo, bicicleta a motor, com que o estudante Rosa da Silva, há 45 anos, fazia durante trés dias, a 20 Km ä hora, os 600 quilómetros entre o Alentejo e a Faculdade de Engenharia do Porto. Ainda há pouco, metia-se em corridas, no Campeonato Nacionál de Velocidade, numa Suzuki 750. Há dois anos, em Olhäo, ia em segundo lugar, decidiu näo abrandar nas curvas, o pedal embateu no asfalto e foi parar ao campo. Deixou-se de corridas mas näo deixou as duas rodas: "Todos os dias, faca sol ou chuva, tenho de montar urna mota." Senäo? "Senäo, sinto as articula9Ôes a prenderem", diz o avô "Speed" - falando em nome do pais de cabeíos brancos que se recusa a arrumar as botas. Revista Vlsäo 105 Unidade 12 - Os Velhos que näo arrumam as botas Glossário aicunha: nome, normalmente depreciativo, por que se designa alguérn e que surge em consequéncia de alguma das suas caracteristicas. aposentar-se: reformar-se. demógrafo: aquele que estuda a estatistica das poputeujöes humanas. herdade: propriedade rustica, normalmente constituida por monies, terra para cultivar e de habitagäo. mania: hábito, num sentido negativo. pára-quedas: objecto, em forma de guarda-chuva, que se usa para dimmuir a velocidade da queda dos corpos. parteira: mulher, cuja profissäo é assistir a partos (normalmente é uma enfermeira especializada). parto: acto de dar á luz. precursor: aquele que vai em frente/adiante; pessoa que anuncia antecipadamente um acoutecimento ou a che gada de alguérn. prescrever: receitar; estabelecer por escrito. tareia: pancadaria; acto de bater muito em alguérn. teimosia: obstinacao. viga: travé de madeira preparada para construcöes. Compreensäo 1. Concorda que "a vida pode ser continuada e trabalhada, bem para alem da idade da reforma"? Justifique. 2. Comente a afirmacäo: "Velho é, quem velho se julga." 3. O que é que acha que leva todas estas pessoas a manterem-se ocupadas? 4. Já imaginou que a sua "reforma" também um dia vai chegar? Está preparado(a) para ela? Como é que se vé (ou antevé...) nessa situacáo? 106 Unidade 12 - Os Velhos que näo arrumam as botas 5. Em sua opiniäo, quais os pros e os contras da reforma aos 65 anos? Acha que deveria ser mais cedo? Porqué? Vocabulário 1. Escolha múltipla. Escolha a palavra /expressäo que flie parecer mais aproximada da sublinhada. a. Ele viajou para o espaco em 1962 e repetiu agora a dose (.. .)• • repetiu o doce • repetiu a porcäo ° repetiu a viagem • repartiu a quantidade b. Mas Portugal näo reconhece essa mina de cabelos brancos. • riqueza de ser idoso • grande numero de idoso s • fonte de preocupacäo • grande numero de barbeiros c. Os turistas näo se enganam quando fazem fila ä porta para o fotografar a afiar a navalha (...). 9 intrumento utilizado para tratar do cabelo • tesoura • utensílio formado por uma escova na ponta • instrumente formado por uma lá^nina d. O suficiente para ocupar o quase nonagenário (...). • 90 anos • quase idoso • 19 anos • de muita idade e. Nunca fiz férias, nem um dia. Quando os filhos eram miúdos ia levar a iarnflia á praia (...). • estudantes • pequenos •jovens • grandes f. (...) segundo os medicos, este sub-produto afecta as céluias (...). • infecta • desinfecta • influencia • liga !07 Unidade 12 - Os Velhos que näo arrumam as botas g. Foi proiessora, dirigiu uma casa de repouso e desaguou. há 3 anos, nos arranjos florais (...). • desistiu de trabalhar em • comecou a dedicar-se a * decidiu iniciar-se em • acabou de fazer h. Vai é para as vigas de ferro, a ver se elas mantém o vigor com que Eiffel as deixou. * a energia * a sensibilidade ® a maleabilidade * a robustez i. (...) termo que reivindica em vez de motoqueiro, com o mesmo horror de um gourmet tratado po r comiläo. * aquele que só come comida francesa • aquele que come com requinte * aquele que gosta muito de comida requintada • aquele que come muito de tudo j. (...) o pedál embateu no asfalto e foi parar ao campo. • estráda 9 areia • parede * muro 2. 'Po r isso, os nutricionistas prescrevem dieías de vegetais e frutos ricos em substôncias anti-oxidantes, ou seja, com a capacidade de eliminar parte dos radicais livres do nosso organismo. " Para além desta expressäo, temos outras que Ihe damos em caixa e pedimos que coloque devidamente. porventura portanto entäo po is é salvo isto é salvo seja alias quer dizer a propósito a. As pessoas que těm mais idade nem sempře sao bem compreendidas quando pretendem ter uma ocupacáo._, sabe qual é a percentagern de 'Velhos que ainda nao arrumaram as botas"° b. - Čada vez é mais diilcil encontrar um lar de dia para passarmos o nosso tempo iivre. -_. Eu lambém tenho procurado. mas náo tem sido fácil: ou sáo longe de casa, ou pedem uma mensalidade muito alta, ou__sao as condigoes que nao me agradam. c. Todas as pessoas com mais de 65 anos podem praíicar desporto, _ aquelas que těm problemas de saúde mais graves, que as impedem de o fazer. 108 Unidade 12 - Os Velhos que nao arrumam as botas d. Andar de mota é muito prático,_torna-se rnais facil fxigir as filas de transito durante as horas de ponta. e. Ontem estava muito deprimido;_fui até ao clube mais perto de casa e fiquei a falar com os meus amigos. f. Tanto quanto sabemos, o elixir da juventude ainda nao foi "posto á venda". _varno s lá a nao desistir de viver e fazer aquilo que der mais alegria. g. -Tu que compras tantas revistas,_tens ai alguma que fale do problema dos radicais livres? -Por acaso tenho! _ tenho um jornal e uma revista. O que é que preferes? h. Hoje nao saio.Vou ficar em casa a ver televisao, _vou tentar ver o filme, mas tenho tanto sono... i. -Tens de ter mais cuidado ao atravessares a rua. O lha sempře para os do is lados, senao qualquer dia ficas debaixo de um carro e nunca mais vais poder andar... ? 3. Complete o texto que se segue com as palavras dadas: em / vias / cujos / habitantes / séculos / média / era / a / demográfica / baixa / taxa / desenvolvidos / mortahdade / nataiidade / yacinacao Vidas mais longas No initio da _ crista, a populacáo mundial rondaria os 250 milhoes de _ (menos do que a actual populacáo dos Estados Unidos da America). Dezasseis _ depois, esse numero apenas duplicou devido _uma ______ de crescimento muito _ - uma elevada mortalidade eliminou os efeitos da também elevada_. Porém, a partir do século XIX, a_ reduz-se nos países ocidentais, o que provoca uma explosao _ em parte responsável pelas grandes migra9oes intercontinentais (para a America e para a Australia). A seguir á Segunda Guerra Mundial, na generalidade dos países menos _ houve, também, uma melhoria das condÍ9oes de vida (acesso a medicamentos, _). Por isso, ocorreu uma segunda explosao demográfica, _efeitos ainda se fazem sentir (apesar de uma diinmwjao dos nascimentos, os niveis de fecundidade ainda sao muito rnais elevados nos países em_de desenvo Ivimento do que nos mdustrializados. Actualmente existem cerca de 6 mil milhoes de seres humanos no planeta (1/3 dos quais habitam na China e na India) que vivem, em , 63 anos (paises_vias de desenvolvimento) e 75 anos (países desenvolvidos). Mas as diferen9_s continuam: os japoneses vi.em, em média, o dobro dos zambianos... Notazos países estao classificados pela esperanca de vida á nascenqa das muikeres que é, regra geral, mais elevada do que a dos homens. Fontes: Coiin Clark. O crescimento da populacáo c a utiltacdo da terra (1971). National Geographic (Outubro de 1998) -3 ONU. A situacao da Populacáo Mundial (1998) Gramática 109 Unidade 12 - Os Veihos que nao arrumam as botas 1. O verbo passar pode ter mais de um significado. Para isso, contribui o uso de preposicoes diferentes: de / por / em / a / para Complete as frases com a preposicao adequada e, á frente, dé um smórnmo, como no exemplo. "(...) pelas sete da manna, passa pela calcada a caminho de Xabregas (...)". Ir air ayes de Estados Unidos. ter uma vida a. Talvez este caso se tenha passado_ b. Depo is de se reformar, ele passou mais saudáveL c. Ele tern quase 70 anos e passa ________ um jovem: pratica desporto, nao tem reumático, nem cabelos brancos... d. Se nao se importa, passe_aquele gabinete porque tem menos pessoas para atender. e. A nossa velhice nao passa _ um periodo de tempo ainda com muitas expectativas. 2. Há palavTas: grafia pronúncia significado exemplos HOMÓFONAS diferente igual diferente cinto (subst.) sin to (verbo) HOMÓGRAFAS igual diferente diferente vicio (subst.) feu) vicio (verbo) HO MOMMAS iguai igual diferente mina (subst.) mina (verbo) PARÓMMAS parecida parecida diferente area aria Complete o quadro coiocando os grupos de palavras no lugar adequado e expiique as diferencas. molho(sub.)/molho(v.) czla/'sela sao (v.j/sao (adj.) houve.ouve por/pór eminente/im inente rio(sub.)/rio(v.) paco/passo nadafv. )/nada(pron. > crer/querer parapdra pode pode despensa dispensa censo/senso perfeito/prefe it o comprimento/curnprimento deverfsub. )/dever(v.) 110 Unidade 12 - Os Velhos que näo arrumam as botas HOMOFQNAS HOMOGRAFAS HOMÓNIMAS PARONDVÍAS mo I ho (sub.) mol ho (v.) Unidade 12 - Os Velhos que näo arrumam as bo tas 11: Unidade 13 - Homerts e Mulher es.. HniuiPMQ f mi ii ypppQ ée ,f wlVIE.Plw C lflULilCf\Lv DF^fM IRRA AQ niFFPFNPAQ W USILiVi^liYny Que os homens e as mulhereá^o diferentes já voce sabía, pel© menos esperamos que sim, porque era grave se näo tivesse chegado a essa conciusäo antes de ter aprendido a ler. Mas aquiio de que taiyez näo tenha íanta consciéncia éatéque ponto säo distintos. M^^^^^^^mm machismos, nem^^uerfeminismos. Desia vez eslaifisabte de biológia. Teresa Telies Os hámg®&: vw^m. .ítoenos.: t^mpéŕ-' -... e as mníherss vivem. mais* Injustica divina? Näo, a explicagäa está aas hormonas, que as ditas tíaham de ter algama utilidäde, para alérn de tcřnarem as raulhěres cicHeamente em hisíéricas íacontrotávels^ O que acontece é que as hormonas feníninas protegssB as mu&eres das doen?as cardíacas,, que é a primeira causa- de morte nos homens. Para tornar a coisa mais negra para o sexo raascuíínOi saherse, ainda que a testostercna, aroa horraona masculina que está maiío ligada a agressividade, "encoraja" comportameiitos de risco. E é vě-ios a atiraresn-se para a estráda «; para oytaros. perigps, sem qualquer cauteia. O resultado daste rálpulso é, niuitas vezes, a morte em idades malto preeéees, Por outí& IadoT peto meaos até há pouco :srapo, os- ftamms bebíam, fumavčim e yabalhavam muito msis do que as mulheres ■ .udo factores. de alío risco. A medida que as mulheres adoptam este tipo de comportamentos, preyěrse que a sua íongevidade decresca e se iguale ä dos homens. Ficcäo? Ao que parece näo é, porque é o que está a acontecer na Suécia, onde os estilos de vida säo muítQ semelhantes nos dois sexos; . Por isso, se é mulher e o seu sonho é um dia ser "viúva aiegre", trabalhe menos & manteaha-se em forma. Säo as prisdpais vítimas da depressäo .. .aparentemente. Os estudos dizem que sim, indicando que em cinco depressives, trěs säo do sexo feminino. Mas os estudiosos destas coisas hesitam em tirar conclusöes. E que vivem na dúvida se šerá que elas säo mesmo mais depressivas ou é apenas que o confessam mais facilmente? Que těm coragem de ir a um médico dizer que näo estäo bem e querem ajuda, em lugar de meter tudo para dentro, morrendo depois de uma erise cardíaca, provocada por tanto mal-estar acumulado? Os indicadores de consumo de álcool entre os homens, exacerbam ainda mais as suspeitas de que eles těm formas subtis de fugir a assumir a depressäo. Mas a verdade é que se íaiamos de depressöes reactivas, ou seja em "resposta" a um acontecimento traumatizante ou a um "esgotamento por cansaco", de facto há razöes para acreditar que elas estejam entre a maioria das vitimas. E que divididas entre trabalhe. maridos, fiihos. as mulheres de hoje tem realmente razäo para ter um as erises de vez em quando. Mas atencäo, a depressäo trata-se. Quer com medicamentos quer com psicoterapias (o ideal é sérem as duas coisas conjugadas!) que podem ajudar a perceber onde é que se está a meter a pata na poca, nomeadamente na gestäo do Unidade 13 - Homens e Muiheres. tempo. E o tratamento náo tem sexo. É indispensávei, tanto para homens como para muiheres. "Elas passara a vida- aos médicos" ... mas _ao quer dizer que sejara mais doeates. É verdade que as muiheres vao mais vezeš aos médicos, e a mais médicos, do que os homens. "Těm mais tempo para essas coisas", argumentam eles. Mas, se de facto assim pode ser, nao é só de hipocondria que se trata. É que as muiheres, emboram tertham mais anticorpos no sagfíe^e estejam, em princípio, até mais bem definidas, sáo igualmente mais sensíveis as quebras do sistema uimunitário. Bašta, por vezeš, uma fase de grande stress para abrirem uma brecha na sua capacidade de reagir aos virus e outros agressores. Os homens toleram melboro álcool ... mas as muiheres andam a "aprender". Uma parte do álcool que bebemos é ímediatamente destruído no estómago por uma enzima. Ora, as muiheres tem uma menos concentracao dessa enzima, alias como as criancas e os asiáticos. Sendo assim, nas irsulheres, a taxa de alciilémia, ou seja de álcool que passa para o sangue, sobe mais depressa. Já se há problemas de alcoolismo na familia da mulher, a concentracao das enzimas é maior, o que prova que a hereditariedade joga aqui um pape! fundamental. E, quando se tolera bem o álcool, tem-se tenděncia a beber mais, e mais fřequentemente, o que associado a outros factores genéticos, pode levar a que a história se repita... De qualquer forma, essas enzimas vao sendo estimuladas sempře que se bebe, o que significa que se pode aprender a tolerar melhor o álcool -a questao é que isso taivez seja mais mau do que bom. Eles těm mais dores aas costas ...até aos 45 a nos. O "mal das cruzes", ou seja as dores no fiindo das costas, sáo geraimente consequěncia de uma actividade isiea mais pesada, tanto profissional como lúdica. Depois dessa idade, o mal espalha-se peias aldeias, para agravar a ravor das muiheres a partir dos 55 anos - principalraente dores nas articulacoes, provaveimente mais uma vez em consequěncia das hormonas ou, pelo menos, dos dan os provocados por elas na aitura da menopausa. Mapas é com eles ...por isso é qoe nunca querem perguntar o caminho. Os homens těm uma maior capacidade de se situar no espaco, o que os leva a revelarem realmente mais jeito para ler um mapa. Em média, claro, porque como em tudo há excepcôes. Pelo menos é o que provám os estudos que colocam os dois sexos a tentar seguir um intinerário num mapa. Geraimente säo os homens que chegam á meta mais depressa e tendo cometido menos erros. Pudera, elas andaram a memorizar os detalhes, como por exemplo, de que cor era o telhado da igreja, as flcczánhas na borda do caminho, etc e tal. Pelas mesmas razčes - usam mais o lado do cérebro que sabe fazer estas operacčes - säo os homens que tém mais capacidade de imaginar um objectono espaco a třes dimensôes e tudo o que tenha a ver com geometria espacial. Em termos práticos, isto significa que se pedir a um horném para imaginar quanto espaco vai sobrar se enfiar uma cama num quarto vazio, ele terá muito mais facilidade em Ihe dar uma resposta. O cérebro masčoimo pesa mais. .. JPois sim seniora, ě verdacle, o cérebro do aonaeies pfes&s em Més&&^ mais- 3,Q&: grama do qae o ucess* E aotedítava-se (leia- bem: acrediíava-se) que isso- os~ tomava mais inteligentes do que as mulheees* nomeadamente mais capazes para os t eis as cieotíficos, Ou seja, rudo o que näo tivesse a ver com o corte e COSÍUřa. . -y''"'ý-. \'"\:ľ:yr.. .- So qu£í entretanto, está mais. do: que provado que peso, forma & tamaho nSo tětů, qqaíquer laSuéncia no Quociesíe dfr Mťeľígfeeía^ Há mesmo verdaásiros gážte que t^siÄai CÄebro ainda mais levezihhd dis quš a médiá, que. ste sítuada nas L500 gramas.. Mas já ss dífefflcaseiirra es-djSiSíheaaisfeios podem ter aigura sigmfícado. O do& hcmens e mais jssiraétnco, tanto no tamanho dos hemisférios. como nas conexóes que se estabelecem entre eles. E a verdade é que o hemisfério direito e o esquerdo těm ŕuncôes completamente diferentes. O hemisfério esquerdo (que é Unidade 13 - Homerts e Muikeres. predominance nos que utilizam a mäo direäa) inchii os centres da Unguagan, o pensameatc conceptual e a análise; o direito, mais desenvolvido nos esquerdinos, domina as acíividades näo verbais, a percepcäb do espaco e o sentido musical e artísíko em gerat. E é exadampate este ulíino qua domina aos homens- - _ - Em termos präticcs, isto signifiea que Sao* de homens os qúé ^egoeos esses, cutsos a af?e! universitär». Mas, coma as meamas säo melhcres as cáicuio mental e provaveímente mais persistentes no estudo, aíé esta tendencia parece estar a inverter-se, ievando a peosar que provavelmente etes desenvolveram mais aquela parte do cérebrô simplesmente porque a exerchavam. já que culturalmente ihe éram atnbuídas essas firacôes na gestäo do lar e da vida,. ■ Mas os entendidos aiada näo chegaram a uma conclusäQ definitiva, já que descobriram que as raparigas com doses de testosterona mais alta, tinham mais jeito para a matemática do que as outrasraparigas... . Gordura é mais psrigosa para os feomens ... mas as molheres é que falam de dietas. E säo elas que tém mais doencas do foro mental associadas ao comportamento alimentär. Säo geralmente elas que sofrem de anorexia e bulimia e escondem na comida os seas problemas e angústias. Na anorexia, con věncem-se de que estäo gor das, apesar de estarem, de facto, abaixo do peso recomendado e iiterahnente matam-se á tome. Na bulimia comem compulsivamente, habituaimente para depois vom i tar em de forma a näo ganharem peso - ao contrario da anorexia, podem passar muito mais tempo despercebidas, porque apareníemente näo těm um peso que chame a atencäo e o acto de vomitar é geralmente guardado no maior segredo. Am bas säo doencas de facto, e näo um capricho ou uma mania. sendo necessário pedir ajuda a uma equipa multidiseiplinar que esteja especializada em tratar estes casos. Por outro lado, e como explica Sandrine Barruyer, as mulheres tomam mais medicamentos, nomeadamente a pilula que, segundo alguns estudos americanos, aumentaria o consume de vi tarn in as do grupo B e de vitamina C o que, por sua vez, induziria uma alteracäo dos comportamentos alimentäres. Da mesma forma, os medicamentos destinados a problemas do sistema nervoso central aumentam muitas vezeš o apetite, perturbando o sistema hormonal e tornando os acúcares irresistíveis. Mas, apesar de rudo isto, a gordura feminina é essencialmente subcutanea, enquanto que as reservas masculinas säo feitas nas profundidades, e esse tecido adiposo prorundo é perigoso. Ao libertär gorduras nas veias do abdomen perturba o metabolismo do figado e o funcionamento da insulina. Por isso, os homens que näo cruzem os bracos á "barriga de cerveja" e ao facto do ponteiro da balanca andar lá por cima... Os ossos das mulheres partem-se ... mas há tratameato. Näo é para desanimar, mas a partir do momento em que nascemos ou, pouco depois, comecamos imediatamente a morrer aos bocadinhos. A massa óssea diminui espontaneamente a partir dos 40 ou 45 anos. So que enquanto os homens perdem entre 0,3% a 0,5% por ano, as mulheres tern baixa da ordern dos 1 a 2%. Aos sessenta, estabiliza e volta a ter um ritmo semelhante nos dois sexos. Mas os estragos estäo feitos. A Osteoporose feminina (é assim que se chama) torna mais fácil as fracturas, com todas as consequéncias que delas advém. Mas há formas eficazes de combaté-la: tratamentos hormonais na menopausa e a seguir, actividade fisica regular, peso equilibrado e comer alimentos ricos em cálcio ou tomá-lo em forma de suplemento. E há, sobretudo, que evitar as quedas - as mulheres caem duas vezeš e meia mais vezes do que os homens. Porque? Usam sapatos estúpidos, tem problemas de equilíbrio, tomam mais tranquilizantes ou medicamentos para dormir e andam mais de um lado para o outro, nomeadamente dentro de casa. Revista Notícias Magazine Unidade 13 - Homerts e Mulheres. Glossário adiposo: gorduroso; gordo. argumentar: alegar; rebater; arguir. cautela: cuidado. compulsivamente: descontroladarnente; desmedidamente. detalhes: pormenores. enziraa: molécula de origem bio logica, produzida por células vivas, que aurnenta a velocidade de uma reaccao bioquímica específica, e que actua como catalisador orgánico. esquerdinos: aquele que usa habitualmente a mäo esquerda; canhoto. estragos: danos. exacerbar: agravar; irritar. hipocondria: doenca nervosa que torna o doente triste e melancólico. insu lina: hormona segregada pelo pancreas, cuja falta ou deficiente producäo causa a diabetes. so bran restar; ter emexcesso. tolerar: supertax; consentir tacitamente. Compreensäo a. Segundo o texto, quais säe as principais differences biológicas entre Homens e Mulheres? b. No texto: "Elas passam a vida nos medicos" fala-se em que, por vezeš, bašta uma fase de grande stress para abrir urna brechá na capacidade da mulher reagir ao virus e outros agressores. Como explica a expressäo sublinhada? c. Por que motivo seräo as mulheres as principals vitimas da depressäo? d. Porque é que se diz que as mulheres andam a "aprender" a tolerar melhor o álcooľľ e. No texto: ;"0 cérebro mascuiino pesa mais", explique a expressäo "(...) tudo o que näo tivesse a ver com o c o rte e costura.". 116 Unidade 13 - Homens e Mulheres. Vocabulário 1 .Encontre na coluna B o significado mais apropriado para as expressoes idiomáticas da co luna A. a. viúva alegre b. tomar a coisa mais negra c. alto risco d. falar com o coracáo na boca e. meter a pata na poca f. fazer ouvidos de mercador g. ter dor de cotovelo h. chegar á meta i. dar uma maozinha j. dar com a lingua nos denies a. b. c. d. e. f. fa. i. j- B 1. sentir inveja 2. atingir um fim 3. dizer rudo sem rodeios e emotivamente 4. pessoa idosa e bem disposta 5. fmgřr nao ouvir 6. divulgar um segredo ou aquilo que é suposto ser sigiloso 7. ajudar ou auxiliar alguém a fazer um trabalho ou tarefa 8. complicar a situacáo 9. cometer um disparate 10. perigoso 2. Escolha o verbo rnais apropriado e complete as fřases. a. Depo is de térem feito vários testes, os bió logos_ concíusao que as mulheres sáo muito mais resistentes aos cheques emocionais. 1. acabaram 2. chegaram 3. atinuiram b. Perante um problému grave, corao o álcool, por exemplo, é necessário ter coragem e__ a depressao que daí pode pro vir. 1. assumir 2. surnir 3. recuar b. Nem todas as pessoas tem a mesma capacidade de álcool em quantidades médias. a ineestáo do 1 !7 Unidade 13 - Homens e Mulheres. 1. ignorar 2. sofrer 3. tolerar d. Náo há dúvida que urna grande parte dos homens tem muko_.para ler os mapas das estradas. 1. sentido 2. habilidade 3. jeito e. Finalrnente o banco_um empréstimo para comprar urna casa nova. 1. concedeu 2. deu 3. facilitou f. Os biólogos tem estado a _ Morrnacoes sobre vários comportamentos humanos que se tern verificado nos ultimo s anos entre a populacao citadina. 1. seleccionar 2. escolher 3. recolher g. Já todos nós_atencáo á diferenca de comportamento entre homens e mulheres quando estáo perante urn problema idéntico. 1. pagámos 2. prestámos 3. fizernos h Depois de ter sido urn actor muito famoso. nos anos 70, _ no esquecimento da rnaioria de nós. i. caiu 2. saiu 3. entrou i. Quando ela virou a esquina, voltou-se para tras,_o braco, e disse adeus. 1. erguendo 2. mexendo 3. movimentando j. Eles já______ o sacrifício de ficarem sem férias durante cinco anos consecutivos. 1. deram 2. fizeram 3. tiveram Gramática 1. Coloque as palavras que se seguem nas colunas consoante o valor do x maximo / exemplo / flicco / excepcao / exibicáo / exactamente / texto / exerciiavam / exame / baixa / anorexia / abaixo / explica / exercício / repuxo / proximo / complexo / exonerar ch S3 \ Z cs taxa conexdes exacerbam sexo 118 ü Unidade 13 - Homens e Mulheres. 2. Porque ou Por quel a. * As mulheres gostam muito de ir ao medico_, assirn, controlam melhor o seu estado de saúde. • Nao sabemos_razao fieam as mulheres embriagadas com rnais facilidade do que os homens. • Os medicos também sabera _ motivo as mulheres tern mais dores de cabeca. • Eles decidiram combater o stress do dia-a-dia___estavam á beira de uma depressao. * _pesa rnais o cérebro masculino? Tao ou Tan to? b. • Eles těm tido_tempo livre, que se tem dedicado á pintura do azulejo. * Ela tem estado_bem disposta que eu ate acho estranho! 9 O filho da min ha amiga é____obeso, que o médico já o mandou fazer uma dieta muito rigorosa. * Com _ preocupacoes, nao admira que pareca rnais velho do que na realidade é. m Eles be bem_ao fim-de-semana que ficam doentes até ao meio da semana. estudas rnais, nao vais conseguir fazer o exame. * Este ano nao comprei_uma carnisola grossa para o frio. * Este exercício tem apenas um_ : é muito cansativo! tens tempo, acabas isso arnanha. Náo há problema. • Decidimos nao resolvex este problema______ com a responsavel pelo departatnento. Contudo ou com tudol d. • Eles ainda pensaram acabar o trabalho ontem, ____, ä ükirrja da hora, surgiram värias düvidas que eles näo conseguiram ultrapassar. ® Eu ia ate la,______ja e muito tarde e eu näo tenho carro. Desculpe! • ______________ aquilo que ela me disse. eu ainda estou muito magoada e triste. • Ela öcou muito triste_____o que se passou Sä no escritörio. ® Estä bem, podes sair e voltar um pouco mais tarde,_amarihä tens de te levantar bem cedo para ires para as aulas. 119 Unidade 14 - Missa sem Tambor MISSA SEM TAMBOR Afastamento de bispo negro em Salvador acirra a polemica sobre o sincretismo na Bahia Cintia Campos Na Bahia, o sincretismo religio so sempre foi urn assunto delicado para as autoridades eclesiasticas. E uma heran9a antiga, ainda do tempo da escravidäo. Proibidos pelos senhores de engenho de praticar o candomble, os escravos desenvolveram uma forma de religiosidade na qual os simbolos e rituais afros se niisturaram aos catölicos e vice-versa. Como resultado, hoje e comum encontrar nos terreiros de canbomble imagens de santos com nomes de orixas, da mesma forma que o atabaque e o r^rimbau se incorporaram äs festividades catölicas. Com grau maior ou menor de toleräncia, durante seculos a hierarquia catölica conviveu com essa mistura. Nas ultimas semanas, porem, a questäo ganhou contornos de crise. O motivo foi a decisäo do cardeal-arcebispo de Salvador, dorn Lucas Moreira Neves, de transferir para uma regional distante da capital baiana o primeiro bispo negro a ocupar urn cargo importante na Igreja Catölica local. Dom Gflio Felicio. 48 anos, gaücho de Lajeado, Ibra nomeado pelo Vaticano bispo-au.xiliar da arquidiocese no inicio do ano. Antes mesmo de esquentar a cadeira foi transferido para a cidade de Cruz das .AJmas, a 160 quilo metro s de Salvador. A comunidade negra ficou ofendida porque dorn Gilio, alem de negro, ve com naturalidade o sincretismo. Dom Lucas, ao contrario, opöe-se a ele. "Para entender a Bahia e precise entender a dualidade religiosa", reciama Alberico Paiva Pereira, mestre de novicos da Irmandade de Nossa Senhora do Rosärio dos Pretos, fundada por escravos e negros libertos no imcio do seculo XA/TH. "As pessoas aqui acreditam sinceramente, e com toda a forca, em Jesus, nos santos catölicos e nos orixas." Pereira e, ele proprio, um bom exemplo dessa dualidade. Membro de uma irmandade catölica, em seu peito convivem, sob uma camiseta com a estampa de Zumbi dos Palmares, uma guia de Xango (colar de contas que, no candomble, invoca a protecäo dos orixas) e urn crucifrxo. Dom Lucas, por seu lado, detesta esse tipo de combinaeäo. "You continual combatendo o sincretismo", tem afrrmado em entrevistas recentes. "Quando as religiöes afro-brasileiras eram perseguidas e proscritas, ainda ha via sentido. Agora, com a liberdade total de crenca no Brasil, cada um tem se seguir sua fe, sem misturas." Curioso e que existem lideres do candomble que concordam com o cardeal. "Näo podemos mais esconder nossa fe sob os altares dos brancos. 0 sincretismo näo tem mais lugar.", diz o antropölogo Jaime Sodre, ogä, do terreiro He Axe Opd Afonjä, um dos mais tradicionais de Salvador. Ele reconhece. no entanto, que hoje a realidade religiosa de Salvador e mais complexa do que a simples veneraeäo a Santa Barbara como fachada para o culto a lansä, ou a reverencia ao Senhor do Bonfim como disfarce ao cuko a Oxalä. "Realmente, boa parte doa baianos tem fe nas entidades das duas !20 Unidade 14 - Missa sem Tambor religioes" diz. Uma prova de que a mistura entre ritos afros e catolicismo taivez já näo possa ser desfeita está no censo do IBGE. Embora Salvador seja uma cidade que se veste de branca as sextas-feiras, em reveréncia a Oxalá, onde a cada esquina se tropeca num ebó (oferenda) e quase todos sabem qual é o seu "santo de cabeca" (orixá protetor), no ultimo censo apenas 0,1% dos baianos se declararam adeptos do candomblé. A percentagem é menor do que na maioria dos outros Estados e só se iguala á do Parana e ä de Sergipe. No Rio de Janeiro, quase 2% da populacäo diz seguir o candomblé. Na Bahia, ao contrario, a imensa maioria da populacäo se declara católica. Ate Mäe Menininha do Gantois, a mais famosa mae-de-santo baiana, dizia ser católica. Dom Gulo é militante de longa data dos pastorais de negros. Cumpriu dois mandates como presidente do Instituto Manama, ir^ituicäo que reúne padres, bispos e diáconos negros e se dedica a estudar a espiritualidade afro-brasileira. Para ele, o sineretismo é um assunto que deve ser estudado e tolerado pela Igreja Católica. "Existe profunda identidade entre a fé católica e o candomblé", afinna o bispo. ;'0 culto aos antepassados, feito no candomblé, é similar á crenca na vida eterna dos cristäos. Os mitos da criaeäo do mundo da Nac/äo Nagö säo muito semelhantes aos do livro Genese, na Biblia. Por isso, o sineretismo é uma reaüdade que desafia a acao pastoral. Nunca o ódio, a intoieráncia e a exclusäo podem estar presentes nas relacöes da Igreja com o cuito africano." Festa afro Dom Lucas vai numa direcao o posta. Desde que chegou a Salvador, em 1987, o cardeaL que também é presidente da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, tenta por ordern na casa afastando os elementos do candomble que se incorporaram ao ritual catölico. Por ordern dele, a lavagem da Igreja do Bottfirn, uma festa carregada de simbologia afro, passou a ser -feita apenas nas escadarias. O adro da igreja foi fechado äs baianas com seus jarros de ägua de cheiro. Em 1993, ele proibiu a missa comemorativa dos vinte anos do bloco lie Aiye porque os cänticos seriam acompanbados por instrumentos de percussäo afiicarios. Em Cachoeira, no Recöncavo Baiana, a traditional Irmandade da Boa Morte, fundada por muiheres negras ha 200 anos, deixou de ser tolerada por padres leais ao arcebispo. Nesse clirna, e compreensivel que a reaeäo ao aiastamento de dorn Güio tenha sido grande, dentro e fora da propria Igreja. iCNäo posso afirmar que dorn Güio foi afastado por suas ideias a respeito do siricretismo, mas acho estranho o feto de ele ser o unico bispo auxiliar que atuara fora do centro po iitico-decisörio • da arquidiocese", reclama Alfredo Dörea, päroco da igreja do Rosärio dos Pretos. Enquanto a pole mica aumenta, os dois principals envolvidos evitam comentä-la. Publicamente, dorn Güio näo reclamou da transferencia para a regional de Cruz das Almas. Suas declaracöes, ao contrario, foram bastante euidadosas ate agora. "Ouvi as especulac;öes e crelo que os afrodescendentes estäo frustrados", afirma o bispo. "Ha o entusiamo do povo negro pelo irmao de raca numa rx^sicäo de destaque. Afinal, os negros catölicos säo muitos, mas säo poueos os bispos negros, embora haja muitos padres negros com quaiificacäo para ser bispos." Revista Ve'ja Unidade 14 - Missa sem Tambor Glossdrio acirrar: incitar; provocar adepto: o conhecedor dos principios ou dogmas de uma seita, reiigiao, ou corrente filosofica adro: terreno em frente da igreja agua de cheiro: perfume de lavanda utilizado nos rituais camiseta: especie de camisa de malha, com mangas curta e sem gola candomble: a reiigiao dos negros iorubas carregado (fig.): cheio censo: conjunto dos dados estatisticos dos habitantes de uma cidade, estado, etc. colar de cootas: ornamento para o pescoco feito de missangas crenca: acto ou efeito de crer; fe reiigiosa; conviccao intima culto: ritual; venenu^ao; adora9§o ou homenagem a alguma divindade disfarce: ac9_o de disfar9ar(-se); de ocultar (-se); de esconder algo eciesiasrico: da igreja ou relativo a ela; sacerdote; clerigo ;padre entidade: o que constitui a essentia de uma coisa; ente ou ser. especalar: examinar com aten9_o; averiguar estampa: figura impressa; ilustra9_o gaucho (bras.): individuo que nasce no Rio Grande do Sui/ Brasil incorporar: dar forma corporea; juntar num so corpo: materializar-se; reunir-se novico: novato; homem que se esta a preparar para professar alguma reiigiao orixas: divindade de religioes afro-brasileiras proscrito: aquele que foi desterrado; condenado; afastado; expulso reverencia: respeito as coisas sagradas; considera9_o senhor de engenho: proprietario de grandes fazendas ou propriedades produtoras de cana-de-a9ucar sincretismo (bras.): fusao de elementos culturais diferentes ou ate antagonicos tambor: qualquer dos instrumentos de percursao. com uma ou duas membranas esticadas, que tocadas reproduzem sons (muito utilizado nos rituais africanos) terreiros (bras.): lugar de culto dos fetiches afro-brasileiros tropecar: encontrar impecilho inesperado; hesitar; vacilar yenerar: adorar; reverenciar; ter considera9_o Compreensdo: I. Qua! é o problema levantado por este texto? 2. De acordo com o texto, o sincretismo religiose sempre foi urn assunto delicado. Concorda com essa opiniáo? O que pensa sobre a possibilidade de mistura e/ou de coexisténcia de elementos culturais ou de religioes diferentes? Quais pensa que seráo os probiemas ou as vantagens que dai poderao advir? Unidade 14 - Missa sem Tambor 3. Como interpreta esta afirrnacäo feita peio autor no texto: " Quando as religiöes afřo-brasileiras eram perseguidas e proscritas, ainda havia sentido."? 4. Refira-se ä situacäo que se vive no seu paus em relacäo á existencia de cuituras ou de religiöes diferen'es. 5. Voltando ao texto, em que aspectos é que as posicöes de Dom Gflio e de Dom Lucas se opöem? 6. Relacione a primeira coluna com a segunda, para que as frases tenham sentido: a. Curioso é que 1. dois mandatos como presidente. b. Antes mesmo 2. a cada esquina se tropeca num ebó. c. Cumpriu 3. de uma irmandade católica, em seu peito convivem uma guia de xangö e um cmcifixo. d. Onde 4. de esquentar a cadeira foi transferido para a cidade de Cruz das Airras. e. Agora, 5. existem Udereš do candomblé que concordam com o cardeal. f. Membro 6. com a liberdade total de crenca no Brasil, cada um tem de seguir sua fé, sem misturas. Vocabuiário 1. Faca frases com sinónimos das seguintes palavras do texto: cargo - combat er - conviver - delicado - detestar - entender - fachada - Unidade 14 - Missa sem Tambor festividades - oferecer - sincere- - veneracao - 2. Escreva os antónimos das seguintes paiavras do texto: real -____________ encontro -__ tolerancia -_______ distante -______ afirmar -______ comum -____________ complexo -___ recente -______,_____ fazer -__________ excluir -_____________ semelhante -____________ 3. Expíique o significado das expressôes ou frases abaixo: a) a questäo ganhou contornos de crise b) esquentar a cadeira c) seguir sua fé d) em cada esquina se tropeca num ebó e) para entender a Bahia é necessario entender a dualidade religio sa f) de longa data g) pór em ordern Unidade 14 - Missa sem Tcmbor h) existe profunda identidade entre a fé caíólica e o candomble 4. Encontrou no texto algumas diferen9as entre o portugues de Portugal e do Brasil, referentes aos aspectos da acentuacäo, ortografia e lexico: Exemplos:_ camiseta (Brasil) - T-sbirt (Portugal) polemica (Brasil) - polemica (Portugal) arual (Brasil) - actual (Portugal)_ Veja se consegue encontrar os termos em portugués de Potugal para as seguintes palavras que se usam no Brasil. a) o banheiro _ b) umcara _;_____ c) bater papo__ d) fato _ e) estar duro__ f) estar de saco cheio _ g) estar a curtir _ h) exceto _ i) direto _ j) ônibus _ k) planejar________ 1) esporte _ m) sorvete__________ n) bonde _ 5. Selecione a alternativa que melhor se aproxima da palavra assinalada: SINCRESTISMO PROSCRITO MILITANTE FACHABÁ CRENCA INCORPGRAK aproxrrrraoäo permitido combatente aparéncia adepto mergTjJhar fusäo nomeado praticante vista espiritualidade reunir respeito proundo protetor pai_rama fé penetrar 6. Complete os espacos de acordo com o exempio: proibir a proibicäo proibido afastar o afastamento afastado a) frustrar b) envolver c) reclamar d) nomear Unidade 14 - Missa sem Tamhor e) venerar f) ofender g) auxüiar h) libertär Gramdtica 1. Transforme as frases da voz passiva em voz activa: Exemplo:_ Dom Gflio fora nomeado pelo Vaticano. Q Vaticano nomeou Pom Gflio._ a. Antes de esquentar a cadeira, ele foi transferido para a cidade de Cruz das Almas. b. As religiöes africanas eram perseguidas e proscritas. c. O adro da igreja foi fechado äs baianas com seus jarros de ägua de cheiro. d. O sincretismo deve ser estudado e tolerado pela Igreja Catölica. e. Talvez a mistura entre ritos afros e catolicismo ja näo possa ser desfeita. f. Dom Gilio fora nomeado pelo Vaticano. 2. Transforme as seguintes frases de modo a contrastar as diferencas entre o portugues do Brasil e o de Portugal. a) Vou continuar combatendo o sincretismo. b) Cada urn tern de seguir sua fe. c) Näo podemos mais esconder nossa fe. d) Dom Gflio se dedica a estudar a espiritualidade alto-brasileira. 3. Complete as paiavras que se seguem com e ou /. Ex: requisites. dificio acor_ano al atörio nunciado Unidade 14 - Missa sem Tambor xacto am_aca pent_ar pant_ao barb_aria pr_vilégio esqu_sito d_spensável ans_ar pscina art ficio aqu_sicoes suburbo rnal_ável pers_ana v ziiiho 4. Complete as palavras que se seguem com o ou u . Ex: autonomia. f_mentar esf_rcar rem_neracao g_loso op_rTunidade pers_adir s_jperar sjprar pit_resco aod_a ca_s ch_ver njento eng_lir costume ab_licao tort_ra t_5sir rem_er compr_misso Tema para discussao: As diferencas religiosas těm causado e continuam a causar grandes corxflitos sócio-poSíticos. Até que ponto podemos, hoje em dia, anrmar que a religiáo tem sido e continua a ser usada com fins politicos? Unidade 15 - O Sábado do Nosso Contentamento SABADO DO NOSSi CONTENTAMENTO Elizabeth Ceita Vera Cruz Á funjada de sábado dos angolanos, é uma ode á vida e á liberdade. Ao fdlhearmos urna revisía ou jornaL um qualquer periódico de um qualquer pais afřicano - com algumas honrosas excepcôes - em que a inseguran9a é (quase) a única certeza, verifica-se que o seu conteúdo näo vai para além de noíícias breves e ligeiras, sobre a actualidade do pais e do estrangeiro. Raras säo as vezes em que o conteúdo dos artigos é um misto de cultura e lazer e onde a cultura assuma o seu lugar cimeiro enquanto e como expressäo de um po vo. de urna comunidade, de um pais, onde passado, presente e iuturo se entrecruzanx Perguntar-se-á porqué? Muitas säo as pessoas habilitadas para este tipo de jornalismo, á falta de criatividade e imaginacäo, näo esquecendo que o c lima politico, social e económico também incorpora o leque de justificacôes desta panaceia. Vem tudo isto a propósito das tipificacôes que se podem encontrar e fazer, com mais o u menos seguranca, a propósito de um po vo. No presente caso os angolanos, mais precisamente os luandenses, também conhecidos por caluandas. Por isso, nada melhor do que um pouco de história, salpicada de curiosidades. Forjados e tidos como sendo a "jóia da coroa" do e pelo entäo império colonial portugués - á semelbanca da India para os ingleses - os angolanos, e mais precisamente os luandenses, em muito parece térem "assimilado" esta faceta de um bibridismo transcontinental. Este elemente pode ser considerado catalisador daquilo que é hoje o luandense: um indivíduo com tudo o que as grandes cidades tem de bom e de mau, e mais qualquer coisinha. Com cerca de 3 milhöes de habitantes á volta de um pais que tem 1 246 700 km2 de superfície, Luanda é uma cidade multifacetada. De dizeres, de quereres, de sentires, Luanda é neste momento um laboratório único onde passado, presente e futuro se ■!entre)cruzam, buscando näo se sabe bem o que. Neste cadinho em que muito do que parece näo é, em que gent.es de Cabinda ao Cunene vivem, guerreiam, choram e riem, há algo que sobressai e identifica o luandense: o ritual de sábado da funjada. Unidade 15-0 Sábado do Nosso Contentamento Se, num passado näo muito longinquo este nao era certamente urn elemento identitario do luandense (pelo menos do mesmo modo como é hoje) - aqui e all havia pessoas que o fazdam, e näo necessariamente ao sábado, podendo mesmo isto sirn, funcionar como símbolo e factor de marginalidade, pois que quern comia ou comesse funge era proveniente de extracto social considerado baixo (a saber, negros) porque pobre, mas também porque näo civilizado -, hoje o funge calaliza unindo, identificando numa só voz os luandenses. Numa perspectiva polftica, socio logica e cultural, pode considerar-se a 'ixmjada", como urna conquista do angolano, (um)a vitória da liberdade sobre a opressäo, a "autencidade" -entenda-se angolanidade - sobre o --ssmiilacionismo. 0 funge ao sábado é uma religiäo. For isso. cedo comeca a r o maria até aos múmeros mecados que puluíam pela cidade e zonas lhrútrofes. Oleo de palma, peixe fresco e seco, quiabo, girnboa, rama de batata doce e abóbora -ás vezes - tomate, cebola, farinha de bombó, farinha de mandioca (da fina e/o u musseque), banana rnadura, estes säo os condimentos essenciais da íuncäo.Por volta do meio dia, comeca o labor. Liropar, descascar, cortar, sobrepor e eis a panela ao lurne. Meia hora depols, já se comeca a sentir o cheiro a funge, enquanto o feijäo de óleo de paJma se presta a rnais urna rnexidela. Lá fóra, os miúdos puíam, brincam - é dia de foiga, dia de festa nacionál, dir-se-ia, pois o luandense acha que Angola é Luanda. Nesta galhoía sem parar, as musicas (pre)enchem o ax, pois nadá acontece sem música. Em todas as casas reina um ambiente pré-íunjada, enquanto os corpos se azaíarnam para bater o funge, ponto final desta verdadeira odisseia. Com urgencia o funge é batido, e com a mesma urgencia re reúnem todos á mesa, pois o funge sabe bem é quente. Sai o vinho e a cerveja, que a gasosa é para a miudagem. Neste autentico hino nacionál com o momento solené no auge, a variante mufetada - de preferencia de cacusso -, com batata doce e mandioca cozidas, com o respective molho de limao e gmdungo, a farófia e o bendito feijäo - pois ele é o remate final de qualquer funjada que se preze -, säo auténticas dádivas do céu. A pedir bis, ao mesmo tempo que empanturra, o feijäo do nosso contentamento enaltece o funge, mostrando urna vez mais que vale bem a pena viver. Mäes, pais, filhos, avós e netos, passando pelos primos e sobrinhos, rematando nos amigos, säo todos urna mesma família que arrota e suspira prazeres. Para os mais sortudos, o prazer é redobrado quando o festim se faz no quintal, dé preferencia debaixo da mulemba, ou, á falta da mesma, debaixo de urna qualquer árvore, porque urna sombrazinha faz sempře falta. Com as quetas da moda a gritarem alto, seguem-se uns pezinhos de danca para ajudar a retemperar agilidade e mais urna cei^ejinha a estalar, porque assim é que se está bem, este é um sábado bem passado - sim senhor, gra9as a Deus -, que na próxima semana há mais. A noite, bem á noitinha, pode ser que caia na farra... haja Deus! Revisia Angole 129 Unidade 15-0 Sábado do Nosso Contentamento Glússário a estalan bera fřesca; gelada arrotar: ac9§o de soltar gases que saem do estdmago com ruido assimiiacionismo: doutrina que funciona como contraponto ao "Estatuto do Indigenato" e como prorrogativa mque é, contemplava a concessáo, ao indigena, da cidadania do pais colonizador e, por este facto, concedia-the o Bilhete de Identidade. auge: ponto mais elevado azafamar: dapressar; trabalhar com actividade hater: mexer; misturar cacusso: nome de peixe do rio cataUsadonaccáo de acelerar ou retardar a velocidade de uma reaccao cimeiro: de cima; proneipai empanturrar: encher, enfartar eoaitecer: exaltar; tornar grande farinha de bombo: farinha grossa extraida da mandioca; fuba farófia: farinha de mandioca com sumo de laranja, cebola picada. etc. folhear: consultar; ler forjado: enganado fange: massa feita de farinha de mandica ou milho e que é acompanhada nornaalmente com um molho de peixe ou carne fuojada: comida tipica de Angola gimboa: legume gindungo: piri-piri limítrofe: limite mexidela: ac9áo de mexer ou misturar mufetada: comida tipica de Angola muleinba: árvore de grande porte com grande tradÍ9áo em Africa multifacetado: com muitos aspectos diferentes ode: poema palma: da paimeira pular: saltar pulular: abundar queta: musica quiabo: legume reinan predorninar; dominar sobressair: ser ou estar saiiente; distinguir-se Compreensáo: 1. Porque é que segundo a autora "a íunjada de sábado dos angolanos é uma ode á ida e á Uberdade"? 2. Qual foi a evokupao do sigmficado simbólico do hinge? 130 Unidade 15-0 Sábado do Nosso Contentamento 3. Embora os angolanos vivam momentos táo difíceis vive-se no texto um ambiente que, como a autora refere, mostra que "vale bem a pena viver". Como é isso possível? 4. Após a leitura do texto, tente definir o povo angolano, especialmente Luanda, com trés adjectivos e justifique-os. 1. Volte ao texto e explique as seguintes expressoes nela inseridas: a) ..jóia da coroa...":___ b) "... de dizeres, de quereres, de sentires...": c) "Neste cadinho em que muito do que parece näo é...": d) "Neste auténtico hino nacionál' e) "... säo auténticas dádivas do céu..." 2. Neste exercício o verbo correspondente a cada substantivo inclui um prefixo. Forme o verbo correspondente a cada substantivo e faca com ele uma fräse. Ex.: casca ^> descascar } ve lnice - juventude - riqueza - pobreza - bencäo - tristeza - paixäo - Unidade 15-0 Sábado do Nosso Contentamento manhä - tarde - noite - coragem - _ -— „„„ frente - cara - terra - pressa - caminho - caixa - proveito - j.Relacione cada palavra da co luna da esquerda com uma da co luna da direita de acordo com o significado que tem dentro do texto. 1. mřudagem a) jornal 2. labor b) festa 3. galhofa c) descanso 4. romaria d) ambiente 5. faceta e) remédio 6. farra f) trabalho 7. foiga g) característica 8. clima h) peregririacäo 9. periódico i) crian^as 10. paxtaceia j) alegria Gramátíca 1. Já deve ter verificado que o texto é rico em diminutivos. Os diminutives, em portugués, muitas vezeš tem um sentido mais aťectivo. como nos exemplos que se seguem: coisinha / pezinhos / sombrazinha ' cervejinha / noitinha !32 Unidade 15 - 0 Säbado do Nosso Contentamento Mas também podem ter um sigruficado um pouco mais desprezivel. Por exemplo: mulherzinha Forme dirninutivos dos seguintes substantivos e tente chegar a uma conclusao sobre a sua sigruficacäo: boca_ dia__ sol_ chapéu janela _ ponte_ café carta _ beijo_ jardim escada favor cadeira mäe_ seto calor _ vento nmsica faomem colher Agora forme os aumentativos das seguintes palavras, juntando ö sufixo correcto. Ex: pane la <=> paneläo rochá_ ba mlh o voz porta sala _ fa ca _ casa camisola booiem _ raulher boca_ pra to _ cbuva_ cadeira copo_ peito_ sábio_ pata_ cäo rapaz Coloque o acento correcto (agudo ou circunflexo) aas palavras que o exigem. negoceio expenencia experiente experimentavamos negociante necessano necessidade necessitariamos contrapos contrapor co ntrapunhamos tirnido timidez entirnidou heroismo hero i heroina organico organicidade organizado ťrequencia rřequentador frequente lossemos foramos formo s 133 Unidade 15-0 Sábado do Nosso Contentamento caracter caracteristica caracteristico veem viamos vimos tra-lo fe-lo fizemo-lo tera teremos íivessemos dor doi doeu dificil dificeis dificuldade util utilidade utilitario individuo mdividual individualista musica musical musicado economico econornia economista papel papeis papelada mantem mantivemos mantiveramos Temas para discussáo 1. Como se poderá justificar que po vos que vivem urna situacáo dificil, a tantos níveis. possam rnanter tal alegria como a que o texto ilustra, quando em países com muito melhores condicoes se encontra, na maior parte das vezeš, um ambiente muito mais pessimista. 2. Qual será, no seu país, a festa ou o ''rituál" que pode ser comparado, de algum modo, ao que se vive no texto? 134 SOLUOOES Unidade! Vocabuldrio 1. a. (...) havia uma minoria que se dava ao luxo de usufruir (...). b. (...) estou quase a dear em doida. c. (...) cujos quartos daopara o mar. d. (...) que adore dar unspalpites sobre o trabaiho (...). e. (...) Ja nao e a primeira vez que dou com ela a chorar (...). f. (...) pianeado as Caraibas deu-em aguas de bacalhau, utna vez que (...). g. (...) que nao se dao com locais isolados (...). h. (...) ivlas por rauito cansado que se sinta, nunca da o braco a torcer. 1. - i. 2. -g. 3. -J. 4. -a. 5. - e. 6. -h. 7. -c. 8. -f. 9. - d. 10. - b a. estender b. estoiram c. tostar d. se atirarem e. estoirou f. gozar g. estender h. toste i. gozar j. atirado a Gramdtica (...) pode dar-lhes para que se atirem (...). Caso se inclua no (...). Caso o chateiem com bocas (...). d. E natural que nao se contentem com (...). e. Nao e aconselhavei que pare (...). Embora / Ainda que muitas pessoas tenham possibilidade (...). f. a. Na semana passada por mais que eu quisesse. b. Embora hoje ele esteja cansado..... c. Se no proximo mes eu liver tempo livre.... d. Espero que eles acabem..... e. Para que durmamos bem.... f. Agradecia que me dissesse..... g. Enquanto eu gastar tanto dinheiro.... h. Caso venhas no proximo sabado.... i. Logo que eia chegue.... j. Era preferivel que voce fosse..... k. Na semana passada por mais que eu quisesse. 3. falemos / pensarmos / seja / casasse / tivesse / possuisse / aconteca / tenha / iute / abandone / nos lembrarmos / continuera / seja / concorde SOLUCOES lMdade2 Quase todos m p&ftuguesesse consideram feiizes! Vocabuldrio a. o desespero; o desgosto; opressao. b. destacar; apontar; fazer notar; distinguir. c. corajoso; atrevido. d. o amor-proprio. e. cuidadoso; prudente. f. aborrecer; macar; importunar. g. acreditar. h. a fe; a conviccao. i. desapontado. j. o destaque; a enfase. 1. o nivei; a categoria; a classe; o leque. m. protegido; ajudado, privilegiado. n. o comeco; o inicio; o principio. 0. lamentar; protestar; reclamar. p. o destino; a direccao. a. b. 8. c. 5 d. 2 e. 1. f. 9 g- 4 h. 3 i. 6 j- 1 10. Gramdtica 1 • a. Ontem mal cheguei a casa o telefone comecou logo a tocar. b. Se bem que ele tenha imenso trabalho, esta sempre bem disposto. / Mesmo que ele tenha imenso trabalho, esta sempre bem disposto. c. Dado que hoje o tempo esta muito desagradavei, vamos ficar em casa a ouvir musica e a ler. / Hoje o tempo esta muito desagradavei, portanto vamos ficar em casa a ouvir musica e a ler. d. Dado que hoje o medico nao da consulta esta tarde, decidi marcar para a proxima semana. / O medico nao da consulta esta tarde, portanto decidi marcar para a proxima semana. e. As pessoas gostam muito de ir as compras quando se sentem infelizes, bem como de ficar horas ao telefone a conversar. f. Muitos Portugueses consideram-se feiizes, contanto que nao tenfaam diticuldades hnanceiras. g. Como secretaria, nunca aceitou criticas ao seu trabalho, mesmo que viessem do patrao. 2- a. Embora eles tenham saude e um bom emprego, nao se consideram feiizes. b. Quem trabalha por gosto nao cansa, desde que nao trabaihe mais de dez horas por dia nem aos fms-de-semana. C. Logo que se instalaram na casa nova, comecaram a convidar os amigos para conviver. d. A Raquel precisou de consultar um psiquiatra, uma vez que ! visio que ja pen sou. por varias vezes, suicidar-se. e. A'mda que Ihe facam uma proposta tentadora, nao se esqueca que nem tudo o que !uz e ouro. Caso tenha tarefas domesticas rotineiras, nao desespere! Sorria e va em (rente! SOLUCÖES UmáaÉeí Vocabulário 2. a. 2. b. 1. c. 1. d. 3. e. 2. f. 3. g- I-h. 2 Substantive» Verbo Adjectivo j o homem/a humanizagäo/a humanidade humanizar hamáno \ o sínsbolo simbolizar simbólico a heraa$a herdar herdeiro A concepcäo conceber concebido i a previsao prever previsto 1 o tormento atormentar atormentador/atormentado 1 infectar infecíado a tosse tossir tússico a proveniéncia provir proveniente ' a fraquezai o enfraquecimento jraquejar/enfraquecer enfraquecido a. O Alfredo ia morrendo com a gastroenterite que apanhou em Cabo Verde. b. Os vírus passaram a oferecer resistěncia aos medicamentos anteriormente eficazes. preocupando os cientístas em todo o mundo. C T endo m an dado abater todas as galinhas da cidade, as autoridades sanitárias de Hong-Kong controlaram o perigo de uma epidémia. / As autoridades sanitárias de Hong-Kong mandaram abater todas as galinhas da cidade, controlando, assim, o perigo de uma epidémia. d. Modificando um óvulo já feeundado, será possível corrigir os defeitos da heranca genética. e. Os cientístas väo investigagdo aquilo a que chamam genoma, para procederem a urna identificacäo dos genes que constituem o ser humano. f. Identifícando os genes, será possível aos cientístas identificarem casais de risco. g. A malária caracteriza-se por febres elevadas, podendo provocar a morte em poucos dias. h. Muitos turistas contraíram salmonela, tendo ingerido marisco ern mau estado de conservacäo. i. As autoridades comunitárias decidiram combater a doenca de CREUTZFELD-JACOB, obrigando ao abate de tedos os bovinos Lnfectados. a. Estes cenhecimentos abrem novas portas ä Medicína, possibilitando form as inovadoras de tratamento: as terapias genéticas. Gramática BA C.6. A.2. - A investigaeäo do genoma, que tem estado a ser feita pelos cientistas, irá trazer beneficios para todos nos. - O dentista, com quern tem os estado em contacto, vai apresentar um relatório no proximo eongresso. / Temos estado em contacto com o dentista que vai apresentar um relatório no proximo eongresso. - Hoje haverá um debate no Grande Auditório da racuidade de Medicína, cujo tem a é: "Ética ou Saúde?". D. !. - O laboratoři o, jonde estäo a ser feitas as análises, está 'oem equipado.. .As análises estäo a ser feitas no laboratório que está bem equipado. E. 5. - A causa, pela quai todos nós nos temos batido nos Ultimos anos, tem sido bastante apoiada por várias ínstituicoes. / Nós temo-nos batido, nos Ultimos anos, por uma causa que tem sido bastante apoiada por várias Ínstituicoes. F. 3. - No novo milénia iráo continuar muitas doencas infecciosas para as quais se procura encontrar uma solueäo eficaz. SOLUCÖES Unidade 4 Cruzes Canä&to Vocabulário 1. dizer preparados justificacäo solucionar falha comportamentos reflectidos antigos medo incrédula procura entomar bem-considerada a. tentativa / tentacäo / tentador / tentado b. provocacäo / provocatório / provocador / provocante / pr avocado C. espirito / espiritismo / espirituoso d. morrer / mono/ mortifero / mortal / mortandade e. susto / assustado / assustador / assustadico f. chover / chuva / chuvoso / chovisco g. maldicäo / maldito / amaldicoado h. hörnern / humanidade / humanitário / humanismo 1. k g 3. a 4. 0 5. b 6. n 7. m 8. d 9. 1 Í0. e 11. j 12. f 13. i 14. c 15. h 5. a. aspirar o pd do chäo, das carpetes ou tapetes b. pregar pregos c. cozinhar d. guardar coisas e. fritar alimentos (batatas fritas) de modo mais räpido e electncamente f. pör a cinza do tabaco g. guardar livros h. fritar alimentos sobre o fogäo i. estender a roupa para secar j. passar a ferro k. cozinhar assados ou fazer bolos 1. colocar objectos em exposi9äo dentro de casa m. fazer furos nas paredes ou em materials de gründe resistencia n. lavar / limpar o chäo o. guardar livros e papeis para transportar p. transformar alimentos em papas ou em forma liquida q. acender cigarro ou fogäo r. guardar alimentos a temperatura muito baixa SOLUCÓES Gramática a. (...) proferi-la (...)/ a proferir b. (...) tocar-lhe (...) isolá-io. c. (...) lhe dao forca. d. (...) destrui-lo (...). e. (...) atirar-lho directamente (...). f. Usam-no para a atrair para si. g. Pedem-lfaes para o sérem. h. (...) onde a passarao (...) i. (...) náo o eram no passado. j. (...) deverá té-la / devě-la-á ter para cima a. sejam b. afastarem C. tenham ouvido d. tenhas e. ter visto f. dizeres g. termos posto h. tenham comprado / térem i. seja j. tenham reparado SOLUCÖES Uüidade 5 VMlMcim Infanti! - ä culpa náo ésó da iěiévism Vocabulário a. Ao mesmo tempo / Em simultáneo b. outras pessoas c. zangam-se d. com medo / assustados e. outras coisas f. a televisäo g. feita / eíaborada / reaiizada h. sublinhar / destacar / cnamar a atencäo i. modifícados / alterados / melhorados a. a mäo b. pé c. cabeca d. a barriga e. ouvidos f. cotovelos g- oihos h. cotovelo i. a boča j- dente 1. á lingua m.o nariz n.o braco a. pelas brasas b. água no bico c. os pontos nos ii d. a corda e. a mostarda ao nariz f. a viola no saco a o- a casaca h. água pela barba i. a sete pés j- aos arames Gramática 1. 1. a. Aos sábados e domingos de manhä näo somos chateados pelo despertador. b. Caso tenha sido escolhido o espaco infantil do Canal I da RTP, (...) c. Somos aconselhados pelos especialistas da in tanci a a conhecer os heróis dos nossos filhos. d. Psicólogos teräo efectuado vários testes sobre com portám en to infaiitií. e. Demasiados padröes vioientos de comunicacäo säo veicuiados peia televisäo. f. As criancas věem indiscriminadamente a programacäo. g. Talvez a televisäo prejudique violentamente as criancas. h. Geralmente o conto era contado por um adulto. i. A capacidade de representacäo e elaboracäo do simbóiico tem sido alterada peia televisäo. j. Em bora os filhos fossem in form ados peios pais sobre a programacäo, os media näo ajudavam SOLUCÖES l- a. tentem b. haja / mereca c. tenham tido d. modifiquem e. tenham dado f. surjam g. se tenham esforcado h. tenha chegado i. tenham j. tenham sofrido 3. a.terá acontecido b. terá estado c. Iräo d. teräo visto e. haverá f. poderäo g. Šerá h. Teräo i. terá provocado j. teräo boicotado 4. a. responsável b. educativo / educado c. rotineiro d. aquático e. seguro f. principál / principiante g. desiaibido h. afectivo / afectuoso i. crescido / crescente j. agressivo 1. violento m. ausente n. televisivo 0. estável p. conflituoso SOLUCÓES Unidade 6 Limám SOS - Votes que sobem ouvir Vocabuláriú lg) 2. a) 3. 3. 4. 5. d) b) e) 6. c) 7. f) 8. h) aproxiraar assegurar aprofundar aligeirar aquecer encurtar alisar alargar engrossar adocar enriquecer embelezar aperfeicoar aclarar endireitar amolecer amaciar renovar envelhecer esvaziar 4. grossa / rosa / gesso / raso / gás / genxo / ar / nos / nossa rio(s) / vários / lutar / luta / voto / lua / untar idade / cidade / sede / nesse / dia / ida sem / canto / lama / conto / mentol / mania / sal / conselho / mental preto / cem / sem / dom / compro / compra / compor / medida mato / ano / torna / anónimo / mao / mata / mota Gramática a. por b. ao c. dos / por d. a e. ao f. com g- por h. a i. em j- por i. aos m. com n. em / disso (de+isso) o. do / da a. de b. de C. děste (de+este) d. para e. ao f. de g. com h. com i. por j- a 1. de m. de n. com o. de p. para / sobre SOLUCÓES Unidade7 j Cemúra-no TempuiůLápisAzmí Vocabulária 2- a. acelerar b. concentracao; centralizacao c. facil; acessível d. tendencioso e. beneficio f. anterior g. assumido; declarado h. respeitador a. correccao b. causa; origem; princípio c. segredo d. depoimento; prova; sinal e. apoio f. alterado; corrigido g. prolongar-se (no tempo); perpetuar-se h. medianeiro; participante i. no entanto; contudo pena; castigo Gramática 1- a. (...) tivesse querido expor (...) b. Suponho (...) c. (...) advieram (...) d. (...) revejam (...) e. (...) contradizer (...) f. (...) tenham intervindo (...) g. Impuseram-se (...) h. (...) temos antevisto (...) i. (...) prevendo (...) j. (...) provém (...) 1. (...) desdissesse (... )/contradissesse a. (...) estivera (...) b. (...) tinha divuigado(...) c. Tinha sido (...) d. (...) exercera (...) e. i...) tinha provocado (...) f. (...) estabelecera (...) g. (...) tinha previsto (...) h. (...) fóra (...) i. (...) tinha infonnado / tinha conrribuído (...) j. tinha consagrado SQLUCÔES lMdáíie8 Gaís fiera sobreviver ás segundes-fsirm Vocabulário: 3. inflexível desabitual inconsciéncia improvável desíracar desordem inadequado inconformado insensato desconfortávei imprevisío inccerente descontrolado inexisteníe irrepreensível a. ajoelhou-se b. pontapeou c. acostou d. acotovelar-se-äo e. manuscrita f. en čare g. manuseado h. encosíou-se i. encabe9a / encabeijou / encabecará j. apearam-se 2. repercutir-se = reflectir-se desatar a = comecar a reivindicar = exigir desastre = acidente contomar = uiírapassar recomendar = aconselhar auténtica = verdadeira; reál precioso = valioso agravar = piorar perturbar = incomodar suspeitar = desconfiar somár = adicionar; acresceníar combate = luía enfiar-se = meter- a) verde b) vermelha c) branco d) cor-de-rosa e) preto f) roxos g) azul h) verde i) negra Gramática 1. 3. pó-de-arroz 4 decreto-lei 5 ferro-velho 6 fogo-de-artíficio 7. guar da-noctumo S.salva-vidas 9. mini-saia 10. tira-nódoas 1 l.chapéu-de-soi 12. pé-de-meia 13. azul-marinho 14. couve-flor !5.abre-!atas a) os päes-de-ló b) os guarda-fatos c) azuis-claros d) os capitäes-mor e) os mestres-de-obra f) bem-postos g) os porta-chaves h) os social-democratas I) os pés-de-meia j) os pára-choques 1) as couves-flóres 3. a) Ela aconselhou que comesse com cuidado. b) Ela aconselhou que acordasse mais cedo. c) Ela aconselhou que näo visse televisäo. d) Ela aconselhou que deixasse a roupinha pronta, ao fundo da cama. e) Ela aconselhou que näo marcasse reuniôes. f) Ela aconselhou que näo se agarrasse ao telemóvel. g) Ela aconselhou que fugisse dos conflitos. h) Ela aconselhou que tizesse uma lista. i) Ela aconselhou que fosse äs com pras. j) Ela aconselhou que teniasse sair mais cedo. SOLUCÓES 1Ja_ads9 Štéé^XM" Tudo vsi set passive!? Vocabulário 1. a. orcamento b. verba c. dívida d. salário e. renda f. pensáo g. saldo h. imposíos i. honoráři os troco 4. desconhecido amealhar apartamento bercos c_Q-prúnento cama enxame tinge padre grelhado J Gramática a. (...) a Uniáo Europeia ten ha já elaborado {...). b. (...)•esta regra exigir (...). C. (...) já existiam alguns protótipod em teste. d. (...) que este (aquele) tipo de comboios fizesse grande concorrěncia aos avioes. e. (...) a Boeing e a Airbus tenham já prqjectos de revolucionářem o mercado. f. (...) tenha também em estudo um outro modelo de mega-aviao-(...). g. (...) bastava que a sua casa fosse um "ediflcio inteligente" e.estivesse programada para isso. h. (...) uma única central gerir fodas as funcčes (...). i. (...) os edificios seráo concebidos desde o início para sérem funcionais. j. (...)seja / fosse possível pór o frango a assar no mjicro-ondas ou prepara um banho de imersao á temperatura desejada antes de sair do emprego. a. tinham b. forem - terao avancado c. tivessem tido d. teríamos sabido e. tenham visto f. fora g. estannos h. terá compreendido i. estiverem j. gostem a. para b. por C. por d. para e. por / por i. pelas / para g- por h. por i. para j. por / por SOLUCÓES A vMb éamášreiM, nůo ttMa abrigagSa Vocabuiário a. desorieníar/desorganizar b. iluminar/aclarar c. aquecer d. esvaziar e. corrigir f. ocupar g. adocar h. arranjar i. dificultar j. legalizar S. fortalecer m. ilibar/perdoar/desculpar n. limpar/lavar o. terminar/concluir p. desligar a. camiooista b. jomalista c. escritor d. agrícultor e. merceeiro f. professora g. bombeiro h. florista i. reitor j. enfermeira Gramática 1 ■ a. juizo -• a. a / por b. realizar b. a / com / de / de C. precisar C. de / a d. azar d. por / por /' da / da e. coisa e. das / a / pela / para f. hipocrisia g. utilizar h. usar L básico j. causa 1. prazo m. induzir n. autorizacao 0. designar p. demasiado 3- b. Esta práíica serve para diminuir a dor do paciente C. O suicídio é um tipo de eutanásia em que o doente solicita ao médico que o ajude a morrer. d. O doente disse ter tomado aqueia atitude por ter perdido toda a esperanta que the restava. e. Há quern fique com problemas éticos após esta prática. f. Ele revelou uma mentalidade de grande coragem. 4- a. trazer b. fizessem C. estarmos d. era e. tenham sido í. teve g. dizem h. estivermos 1. chegou-se j. estarem SOLUCÖES UMdä# li ■jSegui-m para iedä&'ßs tote?' Vocabulário Substantívo Adjectivo céptico autenticidade sábio / sapiente / sabedor distingäo alheamertto / alheio . ~ .[......------- ..'Ti .-«f?_. _ . — _ cirúrgico prcvaczíiaáe estaíal sistemáíico I sistematizador individualisme) í individua / individual idade Gramática a) está b) tiver c) quiser d) solucione (resolva) e) säo f) somos (seremos) g) deveria (devia) b) estiverem i) praticar j) teräo (íérn) a) dos •/ a / por b) a / com c) por 7 por d) a / as / de e) ao/na f) pela / as g) com / da / de h) de/ä SOLUvÖES iliáeděn Os veikůš que mm armmom os búůsS Vocabulário 1. a. repetiu a prceza b. grande numero de idosos c. instrumento formado por uma lamina d. 90 anos e. pequenos f. infecía g. comecou a dedicar-se a h. a robustez i. aqueie que come muito de rudo j. estráda a. a propósito b. pois é / entäo c. salvo d. quer dizer (isto é) e. entäo (portanto) f. portanto g. porventura / alias h. isto é (quer dizer) i. salvo seja era habitantes séculos a taxa baixa natalidade mortalidade demográfica desenvolvidos vacinacäo cujos vias média em Gramática a. nos - acontecer/ocorrer b. a - comecar finalmente c. por - parecer d. para - mudar e. de ir além de HOMOFONAS HOMÓGRAFAS HOMONTNAS PARONIMAS cela/'seia houve/ouve pa9o/passo censo/senso molbo/molho por/pôr para/pára pode/'pôde säo/säo rio/rio nada/nada dever/dever eminente/im in ente crer/querer despensa/dispensa perfeito/prefeito comprimento/cumprimento SOLUCÖES Üaidade 13 VocabuMrio a. 4 b. 8 C. 10 d. 3. e. 9. f. 5, g- 1 h. 2, i. 7 j. 6 a. 2 b. c. a c?- h. i. j- d. 3 e. 1 f. Gramática 1. ch ss cs taxa conexôes exacerham sexo excepcäo proximo exemplo fluxo baixa complexo exactamente anorexia abaixo máximo exerciíavam expiica exercicio repuxo exonerar texto exam e exibicäo 1 a. b. c. d. 9 porque 9 tanto • Se näo # contudo # por que 9 täo • senäo s contudo • por que 9 täo 8 senäo • Com tudo • porque • tantas & Se näo • com tudo 8 Por que • tanto * senäo • contudo SOLUCÓES IMíáMe 14 _Sfissa. sem tambor Vocabulário fungao 2. irreal bater-se com; contestar desenconíro compartilhar intoleráncia embara90so (fig) próximo odiar negar compreender, perceber incomum aspecío, aparěncia (fig) simples festas, comemoracoes passado; antigo dar desfazer verdadeiro, auíěntico incluir adoracao diferente 3. a)foi objecto de discussao, de polémica b) estar muito tempo na řuncao c) ser constante na sua cr en ca d) deparar-se com um despacho (trabalho/ritual) realizado pelos adeptos do Candomblé. e) é necessário compreender a fé religiosa que se vive na Bahia para melhor a apreciarmos f) muito tempo g) ordenar, arrumar a situacao b) há grande semelhanca entre o catolicismo e o candomblé 4. a) casa de banho t>) um indivíduo (indeterminado); um homem c) conversar d) situacao; facto e) estar sem dinheiro f) estar farto de; estar cansado de; náo suportar mais g) estar a divertir-se h) excepto i) directo j) autocarro k) planear 1) desporto m) gelado n) camioneta a) a frustracao - frustrado b) o envolvimento - envolvido, envolvente c) a reclamacao - reciamável, reclamante, reclamador d) a nomeacáo - nomeado e) a veneracao - venerado (venerador) f) a o fen ca - ofendido g) o auxílio - auxiliar, auxilianie, auxiliário h) a iibertacao - iibertado. livre 5. řusáo proibido praticante aparěncia fé reunir Gramática 1. a) Antes de esquentar a cadeira, transferiram-no para a cidade de Cruz das Almas. b) Perseguiam e procreviam as religioes africanas. c) Fecharam o adro da igreja ás baianas com seus jarros de água de cheiro. d) A Igreja Católica deve estudar e tolerar o sincretismo. e) Talvez já nao possam desfazer a mistura entre ritos afros e catolicismo. 0 O Vaticano nomeou Dom Gílio. SOLUCÖES a) Vou cootinuar a combater o sincretismo. b) Cada um tem de seguir a sua fé. c) Näo podemos esconder mais a nossa fé. d) Dom Gílio dedica-se a estudar a espixitualidade afŕo-brasileira. edificio a]_atório exacto pentear bar bear i a esquisito ansiar artifjcio subúrbio persíana acoreano enunciado am__ca panteäo privilégio dispensável piscina aquí'sicčes maleável vi'zinho fomentar remaneracäo opörtunidade saperar pitoresco caös nojento costume törtura rcmoer esfor9ar gíiloso persaadir soprar nódoa cböver engolir abolicäo tossir compromisso SOLUCÖES Unidade 15 O Sábado do nosso cottíatímnetgto Vocabulário: 2. enveJhecer rejuvenescer enriquecer empobrecer abencoar entristecer apabconar(-se} amanhecer entardecer anoitecer encorajar enfrentar encarar enterrar apressar encaminhar encaixar aproveitar Gramática ■ I. 2. 3. I.i) 2. f) 3. j) 4. h) 5-g) 6. b) 7. c) 8. d) 9. a) 10. e) boquinha escadinha diazinho favorzinho/favorzito solinho cadeirinha/'cadeirita chapeuzinho mäezinha janeiinha netinho pontezinha calorzinho cafezinho ventinho cartinha musiquinha beijinho homenzinho/bomenzito jardinziiiho/jardinzito coLherinha/co iherzinh a rocbedo boqueiräo barulhäo pratalhäo vozeirao cbuvada portäo cadeiräo saiäo copäo facalhäo peitH9a casaräo sabichäo camisoläo patorra homenzarräo cäozarräo mulherona rapagäo/rapazäo expengncia necessário negócio ^xperrnentavarnos necessitanamos contrapôs tím i do f j- herói ^oncrapunnanos orgänsco fŕequencia ŕossemos fôramos caracter música característica dói característico veem difícil económico víamos difíceis trá-lo útil te-lo utilitário papéis terá indivíduo mantém/mantém [ivéssemos mantivéramos