Hoje em Dia QECR Níveis C1/C2 Portugués Lingua Estrangeira/Língua Segunda/Lingua Näo laterna d UdlMIHdl ä aiKd 0 aprendente terá a oportunidade de desenvolver o uso da lingua, quer a nível escrito quer a nível oral, e, simultaneamente, tomar conhecimento de diferentes vivéncias nos países onde é falada a lingua portuguesa. e de grama'tica, temas para comentar e a respetiva Herminia Malcata St i ri7. 1 "mwl< Icones da Cidade: Renato Borges de Sousa p je Aceite o Desafio P Hoje em Dia... e uni livro coiistidaido por textos que se debrucam sobre temas da vida quotidiana e atual no mundo lusofono e destina-se ao dcscnvolviniento do portugues como lingua estrangeira, lingua segunda e lingua nao materna para alunos ja com conhccimentos da lingua (niveis CI — Autononn;i/C2 — Mestria do QECR). Acraves dos temas abordados, que vao desde o futebol no feniinino, a arte urbana dos graffiti, a expressao cultural capocira e as hortas urbanas, as cimrgias plastica.s, os alunos (de grau avancado) sao levados nao so a rever as estxuturas gramaticais, supostamente ja adquiridas, mas tarnbem a trabalhar a area lexical. O aprendente tera a oportunidadc dc desenvolver o uso da lingua, quer a nivel escrito quer a nivel oral, e, simultaneamente, tornar conbecimento dc diferentes vivencias nos paises oride e falada a lingua portuguesa. Aprcscnta^ao | 5 Este livro e composto por texcos, glossärio, exercicios de compreensäo, de vocabulario e de gramätica, temas para comentar e a respctiva chave dos exercicios. Farias passadascömos avos? Fazem mft .< •■-•--.4«^:' A Exercfcios de compreensäo ▼ Exercicios de vocabulario Aceite o desafio [Pag. 10] • Texto lacunar • Palavras: sinönimas / homöfonas / homögrafas / homönimas / parönimas • Proverbios • Revisäo verbal • Pronomes pessoais de complements direto e indireto • Diferencas entre: portanto / por tanto; senäo / se näo; contudo / com tudo; decerto / de certo Futebol [Pag. 22] • Expressöes futebolfsticas • Expressöes idiomäticas • Proverbios • Palavras: antönimas • Revisäo verbal • Verbos derivados de pör • Preposicöes B • Texto lacunar • Revisäo verbal T jcones da cidade • Palavras: sinönimas • Discurso direto / Discurso in- P • Nome / Verbo / Adjetivo direto ] [Pag. 341 • Expressöes idiomäticas • Preposicöes • Texto lacunar • Revisäo verbal Arle urbana • Estrangeirismos • Conectores • Prefixos • Verbo passar + preposicöes [P.iq. 44] • A Boa Esorita • Texto lacunar • Revisäo verbal Ser supersticioso • Etimologia das palavras • Conjungöes da azar...? • Analogias • Preposigöes • Expressöes idiomäticas com o verbo dar 1 [Pag. 5-1] • Prefixos J • Expressöes idiomäticas com o verbo pör • Revisäo verbal Velhos säo os trapos • Palavras: sinönimas • Nomes coletivos • Pronomes relativos • Pronomes pessoais de com- • Verbo mais apropriado plemento direto e indireto -* i [Pag. 64] • A Boa Escrita 6 i Apresentacäo Itidice I 7 .;• ii ti'h'ffoil'fyf*'Ä.OJSf;fM»aS*fc>Bj-j»;S3J~ti%B*»ííímtVSííJfiiísKW¥(íaí«vlft;;-řSíi"i • Texto lacunar • Preposigöes I • Texto lacunar • Discurso direto / Discurso in- A sesta • Nome / Verbo / Adjetivo • Proverbios • Verbos derivados de ter • Conectores Espelho, espelho meu... • Diferengas lexicais entre portugues euro-peu e portugues do Brasil direto • Conectores [Pag. 74] • Etimologia das palavras < • Expressöes com o verbo apropriado • Preposigöes [Pag. 138] • Plural • Texto lacunar • Expressöes idiomäticas • Verbo mais apropriado • A Boa Escrita • Revisäo verbal • Preposigöes • Pronomes pessoais de com-plemento direto e indireto I" - Seräo os Portugueses felizes? [Pag. 84] i ji ÍH-jTnmé e Principe... • Texto lacunar • Diferencas lexicais entre portugues euro-peu e portugues de Sao Tome e Principe • Palavras: homonimas • Revisao verbal • Preposigdes • Conjungoes e locugoes i Como e que ficamos • Palavras cruzadas • Revisäo verbal [Pug. 150] • Nome / Verbo / Adjetivo • Expressöes idiomäticas com o verbo andar • Analogias • Verbo mais apropriado • Indicativo ou conjuntivo? • Conjungöes täo chatas? [Pag. 96] jf Sol Nascente ou... Loro Sae • Texto lacunar • Lexico em tetum • Expressoes com o verbo apropriado • Revisao verbal • Preposigdes • Pronomes pessoais de com- Ferias passadas com os avös? • Palavras cruzadas • Revisäo verba! • Feminino • Nomes patrios plemento direto e indireto • Expressöes idiomäticas • Preposigöes [Pág. 160] • Proverbios • Conjungöes [Pag. 106] • Nome / Verbo / Adjetivo Ssudade e morabeza • Texto lacunar • Lexico em crioulo de Cabo Verde • Infinitivo pessoal simples e composto • Texto lacunar • Expressöes idiomäticas no portugues do • Revisäo verbal • Diferengas entre: [Pág. 174] • Etimologia das palavras • Expressoes com o verbo apropriado • Conectores • Preposicoes Capoeira Brasil • Diferencas lexicais entre portugues euro- porque / por que; enfim / em fim; ■h • Texto lacunar • Revisao verbal peu e portugues do Brasil demais / de mais; Os Sobas e a tradicao • Expressoes idiomaticas em Angola • Pronomes mdefinidos • Palavras cruzadas porquanto / por quanta • Diferengas lexicais entre portugues euro- • Preposigdes [Pag. 114] • Locugöes finais [P.-'.j. 184] peu e portugues de Angola • Nome / Verbo / Adjetivo • Texto lacunar • Gerundio Brasil, o rei do ritmo e dos espetäculos [Pag. 126] ■ Expressöes idiomäticas no portugues do Brasil • Diferencas lexicais entre portugues euro-peu e portugues do Brasil • Etimologia das palavras • Verbos derivados de vir • Preposigöes :'!i< Macau [Pág. 1961 • Proverbios em patoa • Analogias • Acentuacao • Interjeigoes • A Boa Esorita • Revisao verbal • Indicativo ou conjuntivo? • Preposigdes 8 Indice ceite esafio nha cultivar f a sua ft m quintal? Nao faz mal. m pode criar a sua pro-rta... urbaiia. Hie vai faltando tempo e pa-Dara estar nas filas do super-i, este artigo e mesmo para si. jine-se a ter uma horta na sria casa. Va la, nao faca essa \ mesmo possivel. ns Portugueses ja apostaram ultura "caseira'\ Para A. Silva necou ha cinco anos."0 Life ig surgiu quando iniciamos ta no jardim como um hobby. ;o do tempo fomos experi-lo diferentes tecnicas de cul-uirmdo o conbecimento e a Lcia, c ate uma cstufa tcmos no comcya per coritar. Hojc cm mpresa visa inspirar e incenti-ssoas a cultivarem os seus pro-nentos em espacos reduzidos lateriais reutilizaveis. trecemos produtos que per-riar uma horta de ervas aro- e microvegetais biologicos ie casa, possibilitando, assim, mentacao mais saudavel e o ambiente. A prova disso e a ha pouco tempo a Grow Box de microvegetais Life in a Bag recebeu uma mencäo honrosa nos Food and Nutrition Awards", acrescentou A. Suva. Na opiniao desta nova agricultora, "isto das hortas em casa talvez seja uma moda", devido a cada vez mais serem utilizadas pclos grandes chefes de cozinha c em programas de culi-nária, "mas acaba por se tornar uma necessidade näo só a nivel financeiro, mas também porque é benéfico para a saúde", conclui. Também A. Terroso se aventurou nas hortas com 'uma pequena horti-nha em casa a fim de fazer algumas experiéncias". O projeto evoluiu e A. Terroso comecou a ver a agricul-tura de outra forma: dou mais valor ao trabalho das pessoas que fazem desta atividade a sua vida. Este projeto fez com que alterasse urn pouco os incus hábí to s alimentäres e come-cassc a fazer refeicoes mais saudáveis. Ajudou-me a experimcntar produtos que até entäo dcscorihccia e que säo benéíicos para a saúde", diz ainda. Por isso, se está com vontade de poupar, ouca os conselhos de quern sabe: "Uma vez que temos estes produtos em casa, nao precisamos de nos deslocar para os adquirir, o que torna via a sua obtenfäo mais económica. Alem disso, tém outro sabor, pois foram semeados e plantados por nós com todo o carinho e dedicaeäo", conclui A. Terroso. Posto isto, é só pegar na matéria--prima e... comec^ar a cultivar. ▲ Texto adaptado, Patricia Tadeu in Metro s ■f Levar as raizes ä cidade O fcnomeno das hortas urbanas e recente cm Portugal, mas os agricultures ntadinos estao a aumentar dia apos dia. A ocupacao de tempos livres. o alivio do stress e a prätica dc agrkul-tura de autossubsistencia parecem ser os motivos niais plausiveis para este fen.6m.eiio. As hortas urbanas, familiäres ou comunitarias, sao pequenas parcelas de tcrreno arrendadas a particulates para a cultura de legumes, flores e fru-cos em plena cidade. Em Portugal, esta atividade co-mecoii a ser implementada e divul-gada hä pouco tempo, apesar de este fen6meno ja ter surgido hä mais tempo - durante a segunda metade do seculo xix — em paiscs do norte da Europa. Dado existir um a necessidade crescente, por parte da populaeäo, em contactar com a natureza e dar uti-lidadc a espacos verdes, foi criado o projeto Horla a Porta, o qual pro-move a qualidade dc vida da populaeäo, atraves de boas präticas agricolas, ambientais e sociais. A criaeäo dc hortas na cidade pretend e, por \im lado, garantir a autossubsistencia atraves de produtos hordeola'; e, por outro lado, promovcr a ccossustentabilidade. As hortas dc subsistencia tern coiJio objetivo ajudar na qualidade de vida das populacoes. Desde que esles projetos comee.aram, tern sido inau-guradas pequenas hortas citadinas ern várias cidades do pais. Inclusive na capital! As Cámaras Municipals dispo-nibilizam talhöes de, no miniino, 25 metros qiudrados, para atividades agricolas. Uma das regras impostas é que seja assegurada a utilizacäo exclusiv de produtos biológicos. Para tal, os interessados tcm de preencher uma ficha de candidature, e os criterion de selecäo e distribuicäo obedecem a parämetros de cariz social, nomea-damente se o proponente se encontra em situaeäo de desemprego sem au-ferir o respetivo subsídio, se é benefi-ciário dc prestacöes de apoio social e sc estas representam a única fonte de rendimento ou. ainda, se é de ten tor do menor rendimento do agregado familiar. Nem so de legumes vivem as hortas... Se pensa que as horlas urbanas ser-vem so para culuvar legumes, thru ou ervas aronuticas, cngana-se! Ha tarnbem quern aprovcitc o espaco para construir uma capoeira, ou galiriherro, local onde se albergam galinhas, patos, perus, etc. Estas aves domesticas sao ali-rnentadas com aquilo que se produz na horta, principalmente vegecais k W GLOSSARIO auferir; ganhar, receber; lucrar estufa: reemto fechado em que se estabelece calor artificial nutrir: alimentär; sustentar parämetro: padräo; modelo plantar: cultivar plausível: aceilável; razoável; ad mi ssi vel semear: deitar ssmentes na terra subsistencia: estabilidade; conservag-äo; sustento visar: ter em vista; ter como finaiidade ou objetivo Explique o sentido das frases de acordo com o text o. 1. "Alem disso. tem outro sabor, pois forarn semeados e plantados por nós com todo o carinho e dedicagäo (.. 2. "Levar as raizes ä cidade." fblhosos.A couve-galena e urn vegetal cultivado na maioiaa destes espacos urbanos e nao so serve para a ahmen-tacao himiana, como tarnbem para nutrir estas aves de capoeira. Os de-fensores destes espacos afirmani que sempre que se pense em criar animais domesticos para alnncnracao, se deve providenciar uma boa area dc plantio desta conve, tarnbem conhecida por ''hortas". Avcs criadas com uma boa ali-mentacao fornecem ovos e carne de excelente qualidade. A nossa saude agraJece. pois somos aquilo que comemos... ."(...) promove a qualidade de vida da populagäo, atraves de boas práticas agricolas, ambientais e sociais.,: 4."(...) somos aquilo que comemos." 5. "Nem só de legumes vivem as hortas.. 12 [ Ac cite o desafio Aceite o desafio | 13 ABULARIO plete os textos com as palavras dadas. A. trair _ Hortas citadinas I . de o homem trabalhar a . . é uma questäo de . o homem só pela_ oferecidos pelas_ Tem raízes mais . natural de_ _, para mas a atrac _sente pela atívídade agrícola nšo s _de aceder a outros sabores que näo a\ _dos supermercados. a que näo é alheia uma do ambiente urbano e de . misto de ócio e trabalho em contacto. ifundas terra urbano Tientos direto isidade te lei ras ontade retorno evasáo ivéncia Hortas citadinas II lo inúmeros os_das práticas agrfcolas em meio _, com destaque para o_que poderäo repre- ir na_familiar e na qualidade da alimentagäo, alem jrmitirem a redugäo de matéria orgánica no_indife- ado e de funcionarem como_lúdico, de recreio e te- jtíco. A substituigäo de espacos vazios da_publica, ís vezeš deixados ao_e em degradagäo progres- ľlurante_, pela geometria dos canteiros agrícolas e diversídade das suas cuíturas pode ser também, desde que _com alguma disciplina, um_importante para com a n lixo urbano papel abandono via beneficios anos contribute recurso economia geridos Ouanto a .-. ^-grafia, as palavras podem ser: homófonas, homógrafas, homónimas e parónimas. alidade da paisagem da cidade. icordo com os textos, escolha a palavra alternativa que mais se aproxima do significado da a/expressao destacada. :entivar aumentar motivar modificar isentar ) máti co saboroso saudável odorffero colorido íncáo honrosa prémio medalha diploma certificado rcela unidade fragáo diminuigäo soma >ergar proteger desalojar desamparar recolher trir encher esvaziar sustentar completar svidenciar determinar santificar prover contar ciéncia doenga saúde agilidade tranquilidade ,tc o desafio orerente igual diferente conserto {nome - reparagäo) concerto (nome - obra musical) igual diferente diferente sede (nome - vontade de beber liquido) sede (nome - lugar onde se encontra o poder) lyual igual diferente säo (adjetivo - saudável) säo (verbo: 3." pessoa do plural do Presente do Indicativo do verbo ser) semelhante semelhante diferente area {nome - superficie) ária (nome - composigäo musical) ..omplcte o quadro posicionando os grupos de palavras na coluna adequada. gelo / gelo despensa / dispensa molho / molho cumprimento / comprimento manga / manga cinto / sinto perfeito / prefeito fecho / fecho cozer / coser nós / noz dúvida / duvida governo / governo canto / canto ouve / houve vicio / vicio nada / nada crer / querer rio / rio tráfego / tráf ico cela / sela lonstrua urna frase para exemplificar o significado de cada palavra do exercício anterior. •m plo: pôr geto no refresco. 10._ .nverno, geto quando saio ä rua sem agasalho. _ 11. 4. Forme provérbios juntando um elemento de cada coluna. B 1. colhe tempestades. 2. como o que fica ä porta. 3. nasce a luz. a) Cada um colhe b) Gräo a gräo c) Quem semeia ventos d) Täo ladräo é o que vai ä horta 4. näo acaba a primavera. e) Näo se pode ter sol na eira 5. aquiío que semeia. f) Da discussáo gj Por morrer urna andorinha 6. nunca fizeram mal a ninguém. 7. e chůva no nabal. h) Cuidados e caldos de galinha 8. enche a galínha o papo. j. cxplique o sentido dos provérbios do exercício anterior. 12. 13. b) 14.. c? 15.. d}. 16. e). 17. 18. 9). 19. S h; Aceite o desafio GRAMÁTICA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Se !he vai faltando tempo e paciéncia para estar nas fílas do supermercado, este artigo é mesmo para si, Caso_ b) A ocupacäo de tempos lívres, o alívio do stress e a prática de agricuítura de autossubsisténcia parecem ser os motivos mais plausíveis para este fenómeno. O agricultor disse que_______ c) Em Portugal, esta atividade comegou a ser implementada e divulgada há pouco tempo. Ainda que____________ d) As hortas de subsisténcia těm como objetivo ajudar na qualidade de vida das populagöes. Apesar de_ e) As Cámaras Municipals dísponibílizaram talhöes para atividades agrícolas. Talhöes para__ «A_. Z hstttua a parte destacada pelos pronomss psssoais de complemento direto. a) Vamos plantar a nossa horta com produtos hortícolas da época. b) Ao longo do tempo, experimentaram técnicas de cultivo com grande empenho e dedicagáo. c) Ofereceremos as mesmas oportunidades a todos os que se quiserem juntar a nós. dj Eles disseram que também ocupariam os tempos livres a ajudar os amigos e familiäres nas hortas. e) As Cámaras Municipals disponibilizam talhöes para atividades agrícolas. f) Para isso, os interessados těm de preencher uma ficha de candidature. g) Os defensores destes espacos nunca defenderiam outro tipo de plantacáo. h) Comeremos sempře os legumes da nossa quinta. IS I Aceke o desafío Acdte o desafío j 19 complete com: portanto / por tanto, senao / se näo, con tu d o / corn tudo, dscerto / de certo. ^final, o que é isto_uma agricultura inteligente? _evámo-los até lá já_preparado. Näo foi preciso fazer mais nada. Eles nasceram no Alganye,_, sao algarvios. Eies näo se importam de fícar a viver aqui,_precisam de ter um jardím para plantar algumas flores rvas aromáticas. 3e vocé quíser, pode ficar neste talhäo,_tempo quanto o necessário. \ quem,_aos agricultores, se deve o ambiente de muita alegria e esperanga no futuro? Deixei-lhe uma mensagem. _ expllcado sucintamente. Eles preenchiam todos os requísítos necessários, de. foi-lhes cedido o direíto de uso da proprie- _trabalho que tiveram, agora recebem os benefícios. _que eles virao antes da hora marcada. Sáo sempře muíto pontuais. _der para virem amanhá, adíamos para outro dia. 3a irá,_, optar por ficar aqui. É um lugar muito bonito para passar uns días. O que há_ou nao, isso eu náo sei. _fosse estar desempregado, nao teria comegado nesta ativídade. Gostamos muito de viver na cidade,_falta-nos a tranquiiidade do campo. Fa! ar _ •a elas. _assunto, como, por exempío, agricultura de autossubsísténcia é sempře muito complicado ■MMR» ■111111 MKm 'Jmi i* r13T. />/? / PAfíA COMENTAR • i coa que os ciberjogos, como o FarmVille, por exemplo, těm influenciado uma nova camada da :"opu!acäo urbana no cultivo das suas hortas? ' uando vamos ao mercado biológico, encontramos produtos cultivados em pequenas hortas, sem áitivos, mas mais caros do que os que compramos nos hipermercados. Qual é a melhor opcáo? orque? * s hortas deviam estar só em lugares fora da cidade ou longe da poluicäo. -utebol Desporto de/ para jonjens mulljefes Num mundo em constante mu-ca hi fenomenos que extravasam la essencta c transpdem areas que, principio, lhc estariam vedadas. tutebol, grandc competteao des-uva ainda nos dias de hoje, e um niplo deste fenomeno. E um pro-o de giobalizacao. Praticamente em todo o mundo, ides de pessoas compartilham o mcsmo interesse: o futebol como desporto de massas ou desporto-rei, como alguns lhc chamam. E, sem dúvida. uma índústria de entretenimcnto que age inten-samence na cultura e na economia dos países. Move multidôcs qualquer que seja a nacionalidadc, a faixa etá-ria ou, até mesmo, o scxo: homens e mulheres säo adeptos deste desporto. Jogam-no. Vibram nos estádios ou em frentc ao eera. Utilizam um lé-xico próprio que, por vezeš, só eles mesmo entendem. Foi pedido a pessoas, de idades e profissóes diferentes, que se pronun-ciassem sobre a nova rcalidade que é o futebol no feminino. Futebol - Desporto excíusivamente msp.culino? Penso que näo. Sem dúvida, o jogo foi cnado em Inglaterra por homens e para homens. Mas naquele tempo o dcesso da mulher ao desporto era muito limitado. A mulher devia prote-ger a pele do sol porque os cánones de beleza exigiam que tivesse a pele muito branca. Mesmo quando prati-cava tenis ou equitacäo, e até quando comecou a ir á praia, usava roupas que cobriam o corpo. E pensava-se que a mulher, como "sexo fraco", näo aguen-taria a dureza do jogo. Hoje, a realidade é bem diferente. Há milhôes de mulheres que jogam futebol e outros desportos igualmente duros. Čada vez mais clubes těm uma equipa feminina. E näo há nada no jogo que a mulher näo possa fazer: correr, passar a bola a outra jogadora com os pes ou com a cabeca, chutar, parar urna bola, ter pontaria, aplicar Futebol Futebol 23 a tática, jogar em equipa, sofrer jm encontrao, driblar, fazer bluff, |ir-se inocente depois de uma i... Só depende do gosto e da habili-le de cada uma. E já se sabe que fm corre por gosto... Eu gosto de um born jogo, rápido, emocio-te, sem interrupcöes constantes, i bons jogadores, com golos boni-(principalmente da minha equipa). ; nunca me senti inclinada a jogar. zmeňte näo somos todas iguais, sar de ainda soar algo excéntrico ■ uma mulher escolha essa profis-tradicionalmente masculina, Penso o que faz mais falta ao jogo é tica desportiva". E preciso que se lementem meios técnicos (que os para evitar a corrupcäo dos juízes e dirigentes, o favorecimento vergo-so. A meu ver, a injustica dos jogos que mais desanima os adeptos e os ta dos estádios. Com isso é que os lens e mulheres se deviam preocu-< V. Pinto-Coellio ebol no feminino Jma bola, 22 jogadores. Duas equipas rsárias, mas nao inimigas, metade de ladu. Fóra das quatro linhas, fícam os tos e adeptas das duas equipas. Mui-'ezes agrupam-se em claques de apoio quentemente vestem-ie a rigor com as ;oías, cachecóis, bonés e gorros do. dube apoiam. Um jogo é uma festa e quanto importante for essa partida, rnaicr é o iiasmo dos sens adeptos. *Jos primórdios děste desporto, eíe eia idalmente praticado e apoiado por adep-íasculinos. Com o passar do tempo, o in-se por parte da populacao feminina tem intado, nao so no que respeits á sua prá-:omo ao acompanhar o derby no estádio ravés da televisáo. \é entusiastas de futebol de ambos os ; que seguem nao só a vida do seu dube do coracao, mas também a Selecao Nacionál. As opcöes técnicas do treinador sao ques-tionadas ou apoiadas consoante os resultados que a equipa vaí obtendo, e ambos os sexos o íazem com o mesmo fervor. Argumentes e contra-argumentos säo digíadiados, ás vezeš intensamente, entre os adeptos dos vános clubes. Homens e mulhe-res que seguem este desporto acabam sempře por opinar sobre o que o treinador devia ou nao ter feito duiante o jogo e sobre as jogadas polémicas no final do encontro. Essas pequenas picardias säo geralmente discutidas antes, durante e depois dos jogos. Säo as grandes penalidades, os golos invaiidados, os foras de jogo ou a justfca dos cartoes distríbuí-dos pelo árbitro aos jogadores. A verdade é esta: quem gosla de futebol, seja hörnern ou mulher, sente entusiasmo com as vitórias da sua equipa e sofre mais ou menos intensamente com os resuitados negativus. <]. Pronto O futebol também é um desporto para mulheres? Eu penso que sim. E porque näo? Já iá vai o tempo em que o desporto, pelo menos com carácter cornpetitivo, era interdito äs mulheres. O desporto consistia em jogos entre amigos e conhecidos e näo éram, de forma alguma, jogos para as grandes massas. Näo arrastavam multidoes. Hoje é diferente, os tabus foram derrubados e o desporto comecou a ser praticado indistintamente por homens e mulheres. Hoje em dia, há equipas de futebol feminino que o praticam de forma muito agradável. Se me perguntarem se o boxe ou a luta livre também säo desportos para mulheres, direi redondamente: näo! Säo desportos que exacerbam uma brutalidade e agressividade que me parecem condenáveis.Até mesmo para homens! Mas o futebol é diferente, tern lances interessantes, emotivosf que ex-ploram a velocidade e habilidade dos jogadores. Por outro lado, também é emotivo pela expectativa do resultado final. Näo sendo um jogo essenciairnente agressivo - ainda que viril -, acho que as mulheres de hoje também assistem com muito fervor a derbies emocio-nantes. Conhecem as regras do jogo, mesmo quando säo só espectadoras. Puxam pelos jogadores ou jogadoras. Fazem parte das claques: cantam e gritarn entusiasticamente. Eu cá gosto de bom futebol! Näo jogo nem nunca joguei, mas sempře fui uma adepta do desporto-rei. Nunca faltei a urn jogo do meu clube favorite; nem o meu marido e o meu filho. Todos os domingos lá íamos nós, de cacheeol ao pescaco. Agora... ougo os relatos no rádio. A M. A. Ajú Futebol - Oesporto de/para homens e mulheres Desde sempre que o futebol foi associado a um desporto para homens, devido ä sua vi-rilidade. E frequente ouvir frases do tipo "futebol e para homens" ou "paiece uma menina a jogar ä bola". A verdade e que tudo islo se enquadra numa filosofia em que o hörnern e simbolo de virilidade, brutalidade, forca. Elementes necessarios para a prätica de um desporto como o futebol. 0 futebol fol criado por homens e para homens ha mais de cem anos, numa socie-dade em que 3 mulher tinha poticos direitos e era vista como mais sensivel, menos viril e cuja principal funcäo era a de casar e ter filhos. Poucas (oram as mulheres que envere-daram pelo desporto. 0 desporto era para homens. Evidentemente que iiwita coisa mudou nos Ultimos cem anos e muitos direitos foram adquiridos pelas mulheres, desde o direito a votar ate ao de ocupar posicöes outrura so de homens. Há rnilhôes de mulheres que jogam futebol c outros desportos igualmentc duros. Cada vez mais clubes tém uma equipa feminina. E näo há nada no jogo que a mulher näo possa fazcr (.." Futebol Futebol GLOSSÁRIO abarcar: integral", abrangen conler cänone: modelo, regra; paciräo digladiar: confrontar enquadrar: ajustar; combinar entretenimento: divertimento enveredar (por): seguir determinado rumo ou destino exacerbar. agravar; tornar intense extravasal transbordar; ir para alem de; oxteriorizar emocäo ExpS. i i o sentido das frases de acordo com o texto. 1. O futebol "é um produto de globallzacäo". fervor: entusíasmo implementar: realizar; executar; levar a cabo opinar: rnanifestar opiniäo outrora antigamente picardia: provocagäo piropo: galanteio; palavra ou frase lisonjeira dirigida a alguérn primórdios: princlpío: inlcio de relato: descricäo; narracäo; reportagem residual: aquilo que resta de No cdso poitugues, pof exemplo, só após 3 revoludo de 1974 é que comecaram a aparecer mulheres a conduzir autocarros e a assumii algumas prolissöes antes lestritas aos homens pelo lalor forca e masculinidade. No desporto foi igual. Hoje em din vemos mulheres a jogar futebol e oulros desportos como, por exempío, o boxe, coisa impensável há uns anos. Ja nďo é surpresa encontratmos grandes jogadoras de futebol a usar a forca para vencer, jogando tal como os homens. 0 ojrioso é que o futebol feminino ern muitos parses como os EUA, a Norüega ou a Dinamarca já conseguiu triunfos a nível rnun-dial e olírnpico, nunca antes alcancado pelos homens destes países. Em conclusao, alualmente qualquer desporto pode ser praticado por ambus os sexos, sem que haja discriminacäo, havendo até algum respeito por essas mulheres que tém sucesso quer no futebol quer noutros desportos. 0 caminho para a igualdade de oportuni-dades eslá criado e seré cada vez mais urna certeza. o. couto Futebol - Desporto para homens e mulheres? O futebol é um daqueles temas sociais globais que abarca todas as estruturas sociais - da política ä eco-nomia -, étnicas, etárias e de género. A ideia de virilidade, de disciplína militarista, remete o futebol para o uni-verso masculine, quase guerreiro, um desporto de homens. Tal nao significa que as mulheres näo o pratiquem, mas säo sobejamente conhecidos os dis-cursos, mesmo na imprensa especia-lizada, a rogar a fronteira do sex/smo; e, mesmo fora da imprensa especiaii-zada, todos conhecemos os píropos que se produzem sobre o terna, o corpo do sexo fraco que se julga näo apropriado aquelas lides, e um traje desportivo contrario a uma feminilí-dade recatada. Ou seja, as mulheres que invadem os terrenos desportivos considerados masculínos estäo sempře sujeitas a discursos mordazes, e no futebol isso näo é excecäo. A atestar este afastamento da mulher do futebol, como prática des-portiva, está o facto de o přímeno jógo oficial e regulamentado de urna equipa feminina ter tido lugar em Franca, em 1984, isto, tendo em conta que se trata de um desporto com ori-gem em meados do século IV, em tn-glaterra, e cujas regras básicas foram definidas em 1863. Claro que hoje existe futebol feminino organizado, mas a desvalorizacao do mesmo pa-rece ser uma evidencia, quando se constata que muitos depreciam o Mundialito de Futebol Feminino, dis-putado anualmente no Algarve, desde 1994, para näo falar naqueles que o desconhecem em absoluto. Atendendo äs estatfsticas de aná-lise sociológica que tém sido elabora-das, confirma-se que a priori o senso comum considera que o futebo! é, na sociedade portuguesa, um desporto de homens, com participacäo residual das mulheres. ^ A. Luis 2. O íuíebol é um "desporto de massas". 3."(...) nunca me senti inclinada a jogar." 4. "Fora das quatro linhas, ficam os adeptos e adeptas das duas equipas.' 5. "A; i opgóes técnícas do treinador säo questionadas (., 6."(. I säo sobejamente conhecidos os discursos (...) a rocar a fronteira do sexismo (., Futebol I 27 JĚĚKKĚĚĚĚtĚĚĚĚm m&r-~:-~- - ■ «»jr» "i-^i- ,"WT' HUH - - ; ■* ■ŕ—» ' .'J ■■■ - - -A »CABULARIO icontre na coluna B o significado para as expressôes fuíebolfsticas da coluna Ä. 2. ■ ■ ässöes idiomáticas com partes do corpo. Er-roiv.plo: A Maria fez o exercício com uma perná äs costas, mäo perná cotovelo a) Sem querer, fugiu-lhe a '.í-iqua _para a verdade. garganta boca bí A Raquel näo consegue ter_ mäo costas .no filho. perná c) Quando os volteí a ver, ao fim de muitos anos, emocionei-me e flquei com um nó na. Oiarganta boca oreiha c3) Ficámos de_atrás com as coisas que eles nos contaram. cotovelo joelho pé e) É preciso que se tomem decisöes de. cnbeca testa f) Ela näo sabe dangar. E mesmo um . osso pé _fria. mäo _de chumbo. coracäo •K' i) Adversário ) Jogo amigável S Árbitro 1. Local onde os jogadores vestem o equipamento de jogo e/ou tomam banho 2. Infragao cometida pelo jogador que, no momenta em que Ihe e pas-sada a bola, tern apenas urn ou nenhum jogador da equipa adversaria entre ele e a baliza g) Ele nunca compreende nada do que se Ihe diz. E mesmo urn . co rapa o testa cabeca h) O Luis irrita-me, está sempře a mandar. cabelos boca s _dura. 3. Forme provérbios juntando urn elemento de cada coluna. I Balneário 3. Jogo no qual o resultado nao vale pontos para a competigao ou campeonato A B Bracadeira 4. Vitória por muitos golos de diferenga a) Quando a esmola e grande, 1. queima-se. Cabazada 5. Nao concretizagao de uma oportunidade flagrante de golo b) Mais vale ir 2. nunca pior. Reviravolta 6. Falta c) Quem brinca com o fogo 3. näo merece castigo 7. Uma equipa ou um atleta oponente d) A culpa 4. que feche a loja. Falhanco 8. Ganhar um jogo depois de ter estado a perder e) Quando mal, 5. o santo desconfia. Fora de jogo 9. Pessoa credencíada pelas entidades oficiaís para fiscalizar um jogo de futebol TĚCN/CA! f) Quem confessa a verdade 6. morreu solteira. ro O Jvre o Q g) Quem näo sabe ser caixeiro 7. desespera. 10. Faixa de tecido colocada á volta do brago do jogador, identificando que é o capítao da equipa ď h) Quem espera 8. do que mandar. ■#pj;| ■■PIP" ■■W/N --•sir-q- ■ I 5. Escreva antónimos para as seguintes palavras a) organizado b) interdito c) agressividade d) fervor e) apoio f) adquirido g) dúvida h) proprio 1. "Num mundo em constante mudanga hä fenömenos que extravasam a sua essencia e transpöern äreas que, em principio, Ihe estariam vedadas." Alem de "transpor", hä outros verbos derivados de "por": com por / dispor / interpor / opor / pressupor / propor / repor / supor. Escolha o verbo mais apropriado e conjugue-o corretamente. a) Os adeptos_que o jogo comegasse äs 16 horas, mas, afinal, comegou uma hora mais tarde. b) Era necessärio que os jogadores _____ no campo de acordo com as suas posigöes. c) 0 presidente do clube pediu aos adeptos para_um hino para o Campeonato. d) Dadas as circunstäncias, a Diregäo_que o jogo tivesse lugar noutro campo, e) E necessärio que se_a verdade dos factos. f) Houve quem se_ä realizagäo do jogo entre aquelas duas equipas. _restricöes ä entrada de adeptos no campo, isso levará a uma situagäo penosa h) O comportamento dele_näo só conhecimento do facto, como também uma boa educagäo. g) Caso a Diregäo para todos nos. Fiitebol ! 31 ansforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la are que considerar necessário. :ho que as mulheres de hoje também assistem com muito fervor a derbies emocionantes, acho que_. deia de virilidade, de disciplina militarista, remete o futebol para o universo masculine )ra_____ sndendo ás estatísticas de análise socíológica que těm sido elaboradas, confirma-se que a priori o senso m considera que o futebol é, na sociedade portuguesa, um desporto de homens, com participagáo jal das mulheres. lalista disse que___ m mundo em constante rnudanga há fenómenos que extravasam a sua esséncia e transpoem areas que tao vedadas. jtebol move multidoes qualquer que seja a nacionalidade, a faixa etária ou o sexo. |ue__é necessário que iitebol foi criado por homens e para homens há mais de cem anos (...)" ilete as frases com a preposicáo mais adequada: por / para. Faca contragáo com o artigo lo necessário. _a inauguragao do pavilhao desportivo, vai haver música popular e bifanas grelhadas. io proximo més voces forem de férias__o Norte, náo se esquegam de visitar Braga. fomos_a serra até chegarmos ao miradouro. A partir dali, dirigimo-nos_o santuário. o eu saiba _ .onde é que eles andam, mando-te uma SMS. uanto eles veem todos os programas na televisáo, eu só vejo os debates duas vezes_semana. _s deixar esta discussáo_a nossa próxima reuniáo. fonaram-me a dizer que estáo num engarrafamento e náo sabem a que horas váo chegar, cidi trocá-los____substitutes. lisamos de tempo. . treinar _ _ o jogo do proximo flm de semana. hi >x\\\X\X\X v • Futebol, um desporto tradicionalmente masculine. . As futebolistas těm mais civismo dentro do campo do que os futebolistas. • Futebol, um desporto que mexe com a economia do pais. -r t cones idade T Ascensor da Gloria Vscensores de J^isboci isboa é conhecida como a cidade iete colinas — ä semelhanja de la - e foi Frei Nicolau de Oli-, no século xvil, quem se refe-clas pela primeira vez no Ltvro Irandezas de Lisbon. Poréin, com scimento urbano da cidade ao i dos anos, o numero de colinas atou. ra ŕ'acilitar a vida da populacäo i veneer os declives naturais da foi criado, nos fínais do século m programa de obras públicas ouxe ä cidade os emblemáticos ares: do Lavra, da Glória e da :m destes trés, sob a forma do mal elétrico,existe um outro de ícäo diferente, mas näo menos iante: o elevador dc Santa Justa. iscensor do Lavra, construído oul Mesnier du Ponsard, enge-trances, foi inaugurado a 19 de : 1884. É o elevador publico tigo de Lisboa que ainda está cionamento. liga o largo da ida ä Rua Cämara Pestana, a calcada íugreme com 188 Tem capacidade para trans-;rca de 42 pessoas e é movido, '15, a eletricidade. ubirmos neste ascensor, de-nos com uma magnífica vista sobre a cidade a partir do Jardim do Torel. Na colin a oposta, o ascensor da Gloria transporta os passageiros desde a Praca dos Restauradores ate ao Jardim de Säo Pedro de Alcäntara, numa subida fngreme de 265 metros. Este e um dos ascensores mais utilizados quer por moradores locais, quer por visitan-tes, pois no terrnino superior encon-tra-se o ponto de ligaeäo entre tres bairros com caricter bem diferentc: Chiado, Bairro Alto e Principe Real. Este ascensor tambem foi cons-truido por Ponsard, e foi inaugurado a 24 de outubro de 1885. As caracte-risticas säo semelhantes as do ascensor do Lavra: dois bancos corridos, colo-cados de co.stas para as janelas. Nas proximidades do rio Tejo, e com atributos cemcos da zona onde se localiza, encontraiiios o ascensor da Bica. Faz um trajeto menos ingreme do que os anteriores: so 70 metros.Tambem diferente e o local onde comeca a viagem: a partir de um pre-dio setL-centista na Rua de S. Paulo. Fsta subida proporciona uma vista impar sobre o rki, ao mesmo cempo que atravessa um bairro populär e ti-picamente alfacinha. O ascensor da Bica tambem foi coristruido por Raoul Mesnicr du Ponsard e inaugurado oíto anos dc-pois do primeiro. F. igualmcnte com-posto por duas carruagens, cada urna com trěs compartimentos desnivela-dos e de acesso independente, com capacidadc para transportar 23 passageiros {nove sentados). Os trés ascensores, que sao semelhantes ao tradicional elétrico da cidade, foram reconhecidos como Mo-uumentos Nacionais em 2002. Diferente destes trés ascensores, mas nao menos interessante, é o elevador de Santa Justa. Ascensor de estruťura vertical e consdtuído por duas torres metálicas interligadas entre si obedecendo ao estilo nco-gótico, foi construído entre os finais do século XIX e o início do século xx. Há quem diga que esta construcao se deveu a Gustave Eiffel, contudo pa-rece que foi o já referido engenheiro Ponsard quem se responsabilizou por esta construcao em conjunto com o arquiteto trances Louis Reynaud. Utilizaram técnicas e materials já uti-Hzados em Franca. O interior do ascensor é revestido a madeira, espelhos e tem capacidade para 24 passageiros. Este ascensor sobe até uma altura de 45 metros, e faz a ligacao desde a baixa da cidade até ao Largo do Carmo. \ \ í_ • V* li ^11 »#4ľ ':i im' 'tt li™* vm ■ fV—--^ -i v US if * da cidade ^ilas & páteos partir tle meados do século xrx a cidade boa comecou a ter uina maior coiicen-de mail de obra operária como resul-Lo processo de industrializaclo. A popu-da cidade aumentou: -vicram pessoas do >r do pais ä procura de trabalho. A com-o social da cidade modificoii-se. iquela época assistiu-se ao desenvol-to da burguesia e ä diversificacao em s sociais ao mesmo tempo que uma operária comecou a emergir. Para sanar ;ssidades de alojamento dos rnenos fa-ios economicamente, forarn criadas ^erárias. as vilas refletiam a imagem da indus-cao, ocupaiido pequenas areas e reu-ndo ao maximo o espaco. Ainda hoje Ic observar o desenho cuidado das is com elegantes varandas de ferro, as até parecem condomínios fechados äo falta a mercearia, o talho, o cafe... )oa chegou a ter cerca de 350 páteos e .as muitos deles já desapareceram. en-outros foram reabililados, mantendo cterísticas originals. Existem atual-planos de revitalizacäo habitacional ncais, de modo a trazer diferentes fai-ias, sociais ou étnicas. tes locals cruzam-se reformados com ;asais, estudantes-trabalhadores, desig-nalistas, pintores, etc. stanca, uma portiiguesa nascida na ba, é uma das mais recentes niorado-i vila. Com 25 anos, Constanca está um doutoramento em Ciéncias da .cacao na Univcrsidade Nova de dá aulas de Portuguěs a estrangeixos. Lravés de amigos que encontrou a casa e com o namorado, Tí^aul que é pro-música mima Academia em Lisboa. ■4 Vila Sousa Paga 500 € de reiida, a meias com o namorado, e desfrutam de uma vida calma e integrada com outros moradores. '"Quando nos mudámos para esta casa, näo conliecíamos tienhum vizinho. Mas íoi sol de pouca dura, porque logo no prirneiro fim dc semana o casal que vi ve no andar de baixo convídou-nos para tomarmos café e provarmos uns bolinhos que tinham tra-zido da terra...", conüdenciou Constanca. ''Depois fomos convivendo nra com uns ora com outros. Muitos säo casais Triais ou menos da nossa ídade.'" Georgina Silva, 72 anos, moradora numa vila em Lisboa, qucixa-se de que quase toda a vizinhanca 'já partiu" e, agora, os que ali vivem saem de manhä cedo para o trabalho e só voltam a noite "quando já estou a ver a telenovela". diz. "Näo conheco a nraior parte deles, mas há gente de vários sítios. Na casa ao meu lado vivem uns brasileiros rruiito alegres, ali... cm freute... sei que vivem uns in-dianos que tem dois filhos que já falam bem portugués, andam na escola, está visto! Aqui há de tudo. E vive-se beni. A minha renda é que é muito alta para mim que sou viúva e reťormada", acrescentou esta simpática moradora. Há muitas vilas espalhadas pela cidade, das Amoreiras até Sapadores, passando pela Rua Pascoal de Melo, Campo Pequeno, Gráfa e Campolidc - poderu encontrar-se vilas habitadas por uma populaeäo diferente daquela que originou estes espacos ha dois séculos. Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Nas proximidades do rio Tejo, e com atributos cénicos da zona onde se localiza (...)" 2."(...) assistiu-se ao desenvolvimento da burguesia e ä diver-sificagäo em estratos sociais (...)" 3. "Paga (...) renda, a meias com o namorado, e desfrutam de uma vida calma (...)" 4. "Mas foi sol de pouca dura (...)" 5."(...) quase toda a vizinhanga já partiu I Tcon« da cidade | 37 s da cidade OCABULARIO complete o texto com as palavras dadas. S, Complete o quadro. ruido cidade ascensor distäncias papel esforco vida desenvolvimento habitante Lisboa dos Ascensores O ascensor teve na_dos moradores dos bairros deste äntinho_täo acidentado, como é a nossa capital, um _preponderante a que é precíso fazer justiga. Este_trouxe uma carga simbólica ao _ aproximavi sboa, uma vez que, encurtando as _ Bssoas. Volvendo os olhos para o passado, facilmente com os da valiosa contribuigao desse meio de locomogao, par _das mentalidades das pessoas circunvizinhas, A cidade renascia, surgindo uma_e aliciante poi 3tiva, numa dimensao nova, mais dinamica que os documer 3evos enaltecem e descrevem, patenteando a forga ambicios espfrito bairrista, a saudavel preservagao do seu cantinho, til _coletivo e representative dos pequenos mundos enc 'ados dentro do muro do velho burgo, onde palpitava o cora 3 portugues alfacinha. Esta_, urbe cosmopolita, da-nos de tudo, desd _a vertigem, desde o deslumbramento a aventura; )s oferece ladeiras para galgar, uma vez que o_ajuc as nao elimina por complete os desnfveis existentes, que sac iz do soberbo panorama que extasia o recem-chegado a cidac Maria Amelia Lemos Alves portugues nova transporte HI >e acordo com os textos, escolha a palavra alternativa que mais se aproxima do significado da avra/expressao destacada. burgo coevo galgar locomogao urbe volver burguesia contemporaneo correr transporte condomínio regressar aldeia antigo escorregar movimento urze virar abastado medieval cair comboio cidade repetir castelo perdido escalar promogäo vila rever _____ crescido fácil inaugurar o transporte a concentragäo com por a habitagäo calmo alegre 4, No texto aparece a expressäo "mao de obra". Há outras expressôes idiomáti- Jj. cas com a palavra "mäo". H Substitua o que se encontra destacado nas frases por uma das expressôes H seguintes. ■ deu a mäo a palmatóría dar uma mäo em segunda mäo de mäo beijada em mäo em boas máos ponho as maos no fogo abrir mäo de a) Eies näo podem reclamar. Tudo Ihes tern sido dado com a maior das facilidades. b) Uuem é que está disposto a recusar uma oferta täo tentadora? c) A mäe da Patrícia está a ser bem cuidada. O medico que a trata é muito competent d) Eu confio plenamente no Joäo. Ele é uma pessoa Integra. e) O diretor entregou o relatório pessoalmente. f) Só ao fim de muito tempo é que ela admitiu o erro. § 9) O Frederico comprou um carro já usado. g h) Estava täo cheia de trabalho que a minha colega teve de me ajudar. [cones da cidade 5. Explique o sentido das expressóes idiomáticas destacadas. a) A D. Georgina abriu o coracáo oonnosco. b) Ela anda feita barata tonta sem saber o que fazer. c) O referido casal decidiu riscar do mapa os antígos vízinhos por sérem arrogantes. d) O marido de Georgina Silva foi desta para melhor. e) Foi preciso muitos anos a virar frangos para construírem aqueles ascensores. f) Quando o primeiro ascensor foi inaugurado, houve muito rebeubéu, pardais ao ninho. GRAMATICA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Quando nos mudámos para esta casa, náo conhecíamos nenhum vizinho. Logo no primeiro fim de semana, o oasal que vive no andar de baixo oonvidou-nos para tOmarmos café e provarmos uns bolinhos que tinham trazido da terra. Constanca disse que_,___ L). Georgina lamentou que _ , acrescentando que _ d) Nao conhego a maior parte dos novos vizinhos, mas ha gente de varios sitios. Na casa ao meu lado vivem mis brasileiros muito alegres e simpaticos. Cumprimentam-me sempre quando saem para o trabalho e per-guntam-me se preciso de alguma coisa. A septuagenaria ainda disse que_ b) Há trés anos que morarnos nesta vila e estamos muito felizes pelo ambiente calmo que aqui se vive. Esta-mos longe do rebuligo da cidade. A moradora acrescentou que_ c) Quase toda a vizinhanca do meu tempo ja partiu. Isso e triste, mas tenho de saber levar a vida em frente. Como vivo sozinha, entretenho-me a ver televisao, a fazer palavras cruzadas e tambem saio para fazer as minhas compras. j: fej Também gosto de dar os meus passeios pela cidade. Ás vezeš, apanho o eiétrico até á Baixa e depois dou * | a i mnha voltinha. Gosto de apanhar o ascensor do Lavra e caminhar até ao Campo de Santana. Tenho uma ') ^ 3 ni9a Que vive ali perto. é. £ 1 | D. Georgina desabafou que___ 40 | íccmes rfa cidade ícones da cidade 41 quadro. haja tenha havido subirmos subirmos for virem tivessem visto virem venham tiveremos tivesse posto tenha posto texto com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne- por para sobre Do cimo do elevador de Santa Justa descobre-se toda a Baixa lísboeta e o Casteío de Säo Jorge. Situado_pleno cora- gäo pombalino_cidade de Lisboa, o elevador de Santa Justa é um verdadeiro ex-líbris_capital portuguesa, tor- _ qualquer turista, nacionál ou e fotográfíca - é essen-_ era da arquitetura _ meio num pilar de betäo armado e, . torre metelica_45 metros nando-se visita obrigatória _ estrangeiro. Além de ser uma atragäo turística ■ cialmente um transporte publico, _ _ferro. Este vistoso e fotogénico elevador tem uma estru- tura_ferro, construída_um viaduto metálico de 25 metros, apoiado_ num dos extremos,_ _altura. Daí ser fácil perceber a emogäo que se sente _os escassos minutos_lenta viagem, rumo _céus, Mas quando se sai, quando as portas se abrem d vento fresco acaricia a cara, é um mar de beleza que temos _nossa frente. ^TV- í 771" i i « , .■TiWfcwir.j ■■- PARA COMENTAR Se ja conhece algum dos fcones da cidade, qual e que mais apreciou e porque? a sua cidade tarnbem existe um icone. Fale/escreva sobre ele: faca uma descricao o mais fiel possfvel. O uso de transportes publicos, em vez de privados, numa grande cidade. Quais as vantagens e desvantagens de ambas as opcoes? cAfte para todos OS ciue passam Por todo o pais cncontramos espacos publicos com as pa-redes pintadas de mode menos ortodoxo. Sao verdadeiras, galenas de arte cujo teto e o ceu. O conceito de arte urbana surgiu para designs r os tno-vimentos artisticos relacionados com as intervencocs visuais das grandes cidades. Deparamo-nos com este novo conceito que, no inicio, era considerado um moviniento underground. Com o passar do tempo foi ganhando forma e estmturou-se com graflsmos ricos cm detalbes, que vao do graffiti ao stencil, passando por cartazes chamados poster-bombs. Ti^te tipo de arte serve para que v> an tores passam ex-pressar a i,ua oprmao sobrc o que os rodeia.E tambem atraves desta expressao artistica que divuigam mensagens sobre o que sentem, muitas vczes como se fossem poem as, mas na forma de desenho. Graffiti ou grafiti e o nome dado as inscricoes feitas nas parcdes desde o Imperio Romano. Pode ser uma inscricao em forma de caJigrafia, um desenho pintado ou gravado sobre uma siiperiicie que normalmente nao e a prevista, num espaco publico. Pelas cidades ja se fazem visitas guiadas para ver, apreciar e tomar contacto com riovos nomes da arte. Arte urbana [ 45 1 ▼ Senhora das Olaias Sainer é um desses noracs. Este artista polaco notabili?ou-sc řnterna-cionalmente com os seus gigantescos e estranhamente ťamiliares murais. Na lateral de um prčdio numa praca de Lisboa, pintou a Senhora das Olaias: uma senhora idosa, corn um saquinho, a carninhar distraída e a furnar um cigarro atraves de uma bo-quilha. Aos pes, um pato e um cáo aos quais ela se mostrá alheada. No dedo, ura anel com um boncco dc neve (as-sinatura de Sainer). Uma senhora. ao passar por aquela parede, vai virando a cabeca para trás, na dirccao do mural, em movimentos ascendentes e des-cendentes. Olha-nos e diz: "O quc quer que lhe diga? É uma pintura bonita. Passo por aqui todos os fins de semana e nunca me canso de a admi-rar. Há gente com muko talento. Náo hí dúvida!" O artista foi elevado por mna grua para fazer esta pintura. Jré-la sem qualquer projccäo prévia, em qite o desenho da mäo tem pro por™ côes duas vezeš maiores do quc o ta-manho de Sainer. Alexandre Farto. mais conhecido conio Vhils, pin-tor e graiiteiro lisboeta que cresccu ni matgem sul do Tejo. Conhecido pelos seus "Ro.stos" esculpidos em pa-redes nao so em Portugal, mas tambeni alem-frontcrras. Digamos que Vhils destroi para criar. Da higar a ms-tos (algims anonimos, outros nao...) gravados nas pare-des com a tecnica pela qual. liojc, o mundo o reconhece. Retira camadas a. parede para nela criar as iiguras. Ele proprio reconheceu numa entrevista: "Gosto rnuito de experimentacao pura, de desbastar os preconceitos de utilizar materiais que nao sao tidos conio nobres. ou rccorrer a processos que nao sao valorizados. O rticu trabalho tcm uma dimensao destrutiva e abrasiva muito forte, embora csta scja esseiirialmerite processual, rae-todologica. (...) O objetivo c criar atraves de processos destrudvos. Isto tern uma vertente simbolica muito grande. Gosto de atingir restdtados poeticos atraves destes nieios destrudvos. Gosto tambeni de refledr e levantar questoes sobre a valorizacao do que cbamamos arte. ŕ' (S- <í)t- - ' A. Marinheiro robo £ muito interessante, por exemplo, poder retirar urn pe-daco de parede do seu contexto normal, do espaco publico, expô-lo numa galcria e observar o modo como passa a ser visto, como tendo urn valor muito mais elevado do que tinha." Na parede de urn armazem junto ao rio uma niulhcr parece esperar o marido, no mar, abracada por urn robo. Obra de Pixel Pancho. E urn artista de rua italiano, natural de Turim. E urn especialista em grandes murais e deve ser considerado como um dos meüiores na sua area. Gosta de trabalhar com um esquema 46 I Arie urbaiia de cores da terra para trammitir um sendmento mais antigo. Cria iiguras robódcas inspiradas em ambicntcs di-ferentes: praia. mar. ůoresta, etc. Pela cidade ericontramos trabalhos dele cm conjunto comVbils. Mulher abragada por um robô Nos aiios trinta, Vicente Inácio Martins era urn rnenino que vendia pássaros pelas ruas da cidade de Se-túbal Naquela época foi fotografado pen- Américo Ribeiro. Agora Sergio Odeith baseou-se nessa fotografia píra homenagcar o fotógrafo c repro-duziu o Rapaz dos Pássaros. Sergio Odeith levou nove dias a pmtar o mural, tendo utilizado uma tecnica mista que variou entre a pintura com rolo e o grajJUi. A obra tem rerca de 20 metros de altura e pode ser vista de longe por quem passa pela r.'-iiicipal avenida da cidade. A obra é essencialmente pintada s preto e branco. tendo como exce-côes os pássaros quc säo apresentados de forma colorida. Uma caractcrística do artista está nos adornos tridimensionals que acrescentou ao mural e que nao fa Ham parte da imagem original. Assim como a moldura da pintura e a assinatura no fundo do mural, que transmits uma sensaeäo de profundi-dade. Odeitli e um dos miters mais anri-gos e coniiecidos da cidade de Lisboa. Há muito que se tornou conhecido fora de Portugal. Pode encontrar-se o talcnto do artista espalhado por Lon-dres, Dubai, Nova Orleäes ou Abu Dhabi. O trabalho de Odeith destaca--se pelo anamorfismo que Joga com perspetivas para fazer o graffiti saltar do muro, quase literalniente. O rapaz dos passaros ► S COMPREENSÄO . xplique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Säo verdadeíras galerias de arte cujo teto é o céu.' GLOSSARIO abrasive: aquilo que desgasta por friccao adorno: enfeite alheado: absorto nos seus proprios pensamentos; distraido anamorfismo: formacao de minerals complexos a partir de substancias mais simples boquilha: tubo por onde se iiima cigarro caligrafia: forma de letra desbastar: polir; aperfeigoar; desbravar grua: gulndaste homenagear: galardoar; distinguir; bonrar ortodoxo: que segue fielmente urn prinefpio, uma norma ou uma doutrina llliillllk HEM: 2. "Fě-la [a pintura] sem qualquer projegäo previa (...)" 3. "Gosto muito de experimentagäo pura, de desbastar os preconceitos de utilizar materiais que näo säo tidos como nobres, ou recorrer a processos que näo säo valorizados. O meu trabalho tem uma dimensäo destrutiva e abrasiva muito forte (...)" 4. "Uma característica do artista está nos adornos tridimensionals que acrescentou ao mural (.. Arie Urbana I 47 ABULÁRIO 3. Construa uma frase com cada uma das palavras em portugues que corresponde ao estrangei-risrno do exercfcio anterior. íplete o texto com as palavras dadas. nabita ntes populagäo reai s favela Vhils em Providéncia, Rio de Janeiro _mais antiga do Rio de Janeiro, com uma _ moredores demollcäo lunidade lhares de pessoas, foi marcada por um processo de exproprin ntes do Mundial de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos ď srca de um tergo da_, com 832 casas, foi ame com a_das suas habitagóes a fim de dar lugar a u _de reabilitagáo no valor de milhóes de_. >ntudo, esse investimento náo ia atingir os_da favel i meados de setembro de 2012, o artista urbano portugui 3 a sua equipa passaram um més em Providéncia. Á iuz c sso de_e demoligáo, desenvolveram um projeto £ , no qual envolveram os__cravando os retratos c ; daqueles que tinham sido despejados no que restou das su< a um video sobre este trabalho de Vhiis em http://youtu.be/PVATJR-eriQ. Kto encontramos palavras como: graffiti, stencil ou poster-bomb. Säo estrangeirismos. i, entre as hipóteses dadas, aquela que corresponde ao significado do estrangeirismo. chance acaso oportunidade troco croquis esbogo jovem pintura gaffe deslize raridade facto nuance semelhanga nebuloso cambiante premiére estreia primeira bob matinee filme peca sessäo da tarde scanner cämara digitalizador fotocopiadora jeans calgas calgas de ganga calgäo vitríne montra janela vidro groggy atordoado enjoado doente e). i,-9)- 4. Escolha um dos seguintes prefixes e encontre a palavra contrária. Escreva uma frase utilizando essa nova palavra. des- I- ir- im- in- a) responsável * _ _ b) legal c) fazer d) habitado e) feliz f) harmonia g) perdoável h) coerente i) previsto j) real 5. - .', -.v>ita. Assinale as palavras que náo estáo corretamente escritas e -eescreva-as. Pode haver mais de uma em cada alinea. a) adocao / rececao / coaccao b) tractor / diretor / ator c) accao / transaccao / infecao d) humilde / humano / eléctrico e) Optimo / decepcionado / adocáo f) veem / leem / deem g) diariamente / facilmente / cafézinho h) f im de semana / guarda-costas / dia a dia i) cor-de-rosa / couve-flor / ervilha-de-cheiro j) bem-estar / cor-de-laranja / mal-educado GRAMATICA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Este tipo de arte serve para que os autores possam expressar a sua opiniao sobre o que os rodeia. Emfaora_ b) É também através desta expressao artfetica que divulgam mensagens sobre o que sentem, muitas vezes como se fossem poemas, mas na forma de desenho. c) É uma pintura bonita. Passo por aqui todos os fins de semana e nunca me canso de a admirar. Há gente com muito talento. Náo há dúvida! Ela confidenciou-nos que___ d) Nos anos trinta, Vicente Martins foi fotografado por Aménco Ribeiro. Américo Ribeiro_ e) A obra tem cerca de 20 metros de altura e pode ser vista d© longe por quern passa pela principal avenida da cidade. tlete as frases com o corrector mais adequado. alem disso taivez ou seja com efeito com o intuito de para que dado que apesar de _a Arte Urbana estar em franca expansao, ainda há muitas pessoas que náo reconhe- ilor destes artistas. po de estudantes estrangeíros organizou uma visita pela cidade . murais repletos de graffiti. _ o momenta náo seja o mais apropriado para falarmos desse assunto. fotografarem 3 trabalho foi exposto na galeria. apreciar a obra do artista. passeia peías ruas pode encontrar arte em cada esquina,_ s dimensoes: musicos, workers, maiabaristas, homens-estátua, etc. vive-se numa época em que a arte faz parte do nosso dia a dia, e nos deslocar a lugares distantes para a podermos apreciar. _todas as pessoas tivessem a mesma oportuni- vemos artistas de : ja nao preci- quei-me a Setúbal para ver o mural de Sergio Odeith e, , é um trabalho espeta- ,i. "Uma senhora, ao passar por aquela parede (...)". O verbo "passar" é usado com diferentes preposlcoes, tomando diferentes sentidos. Substitua a expressao assinalada por uma equivalente, tendo em atencáo a conjugacáo do verbo. passar por passar de passar de... a passar-se em passar a passar para r-«) Se já tivesse mudado desta casa para a nova, estaria mais perto de voces. b) Finalmente comecei a ter mais cuidado com a allmentagäo. c) O caso do qual te falei aconteceu nos arredores da vila onde moro. d) Ela fala muito bem alemäo, até parece uma alemä. e) Até que enfim! Os exames terminaram e ele transitou de ano. '.; Ele é um pouco negiigente. Pouco ou nada faz, por isso mesmo, näo consegue ir de empregado a chefe. 3 o privilégio de ter arte urbana aqui e ali. Somos bafejados pela sortě de termos jovens talentosos e 3 que se dedicam á arte._, também há pessoas que usufruem do resultado děste .rte. Náo nos esquegamos do que vimos no link mencionado num exercicio anterior. PARA COMENTAR ) graffiti e uma expressao artistica ou uma atitude de rebeldia? \ arte urbana e aquela que e assinada pelo artista; graffiti e a que aparece anonimamente. ) graffiti e uma maldicao nao so para as paredes e outras areas urbanas imaculadamente pinta- as, como tambem para comboios, tuneis, etc. 1 ■Í.-J Ser supersticioso dá Sorte Ao longo dos tempos, algumas supersticoes tetn-se fixado tia memoria, nos costumes ou na cul-rura de uma .sociedade, de um povo ou do individuo. Subsisrem nas socie-dades modernas, e todos nös, do leigo ao ciencista, sucumbimos a esses atos por algum considcrrados inscmatos. Porque sera que evitamos passar por baixo dc uma cscada? Porque c que bateinos com us nos dos dedos na nu-deira depois de expressannos olimismo e dizemos "cruzes, canhoto!"? Porque e que cli'zcmos "Deus te ajude" depois de alguem espirrarr Pols e. todos nös evitamos esta ou aquela sit.ua.9a0, ''nao va o diabo tece-las",e mesmo jssim ainda admi-timos näo ser supersticiosos.A vcrdade e que as superstates tern passado de geraväo em gcra^äo c as mais populäres tem gauho terreno, espalhando-se e resistindo ao tempo e ao avanco da tecnologia. E daro que näo tern qual-quer base cientifica, mas ha gestos que evitamos no nosso dia a dia. Näo se. sabe ao certo a origem de como as supersticöes come^aram a intluenciar a vida do hörnern, mas certamente tem uma origem bem distantc no tempo. 54 j Ser supcrsticioso tia azar...? 2 Ha supersticoes que sao resquicios de cukos ou rituals religiosos que ja de sap are c cram. Muitas pessoas per-petuam-nos, mas nao sab em explicar a razao ou a origem de uma deter-minada supcrsticao. Na maioria dos casos sobrevive apenas a nogao de que, se aquele comportarneiito nao for ob-scrvado, o pior podera acontecer. Pensando bem... o que a pessoa supersticiosa quer e mauler o cou-trolo da propria vida. algo que e im-possivel.ja que o futuro e incerto... Ha quern diga que a superstigao "deve ajudar as pessoas a lidarem con-si go e com o mundo a sua volta, tem urn aspeto positivo e agregador (...)"■ Vamos la conheccr a origem de certas supersticoes. Tamo quanto se sabe. e claro! eles, a figura triangular reprcsentava a trmdade dos deuses, e passar por um tnángulo era profani-los. Ora, uma escada encostada a uma parede forma ujii triangulo... Segundo Charles Panati, ''esta crenca atravessou os tempos e, secu-ÍO1- mais tarde, os seguidores de Jesus Cristo usurpararn a supers ticao, mter-pretando-a a luz da morte de Cnsto. (...) Como uma escada descamou contra o cruciiixo. toniou-se um síni-bolo de maldade. de mořte c traicao. Passar por baixo de urna escada irazia desgraca". Mais tarde, por volta de 16U0, na Inglaterra os criminosos cram ohnaa-dos a eamirihar debařxo de uma escada no can-mill o para a forca. Má sone! Da azar passar por baixo Espelho partido, de uma escada sete anos de azar Ha quern diga que esta supersticao Era costume, na Grecia Antiga, & \ teve origem hi 5000 anos no Antigo pessoas consultarem um "vidente de Egito. Os egipcios consideravam a espelho", o qual se debrucava sobre a forma triangular sagrada (lembremo- sortc de quern o procurava atraves da -nos das lamosas piramides). Para arialise das sua;- reflexoes. Refte^Qes m Agar? est^ que se Lmeavum na adivinhagao atraves da água e de um espelho. A este processo chamava-sc catoptro-rnancia. Mergulbava-sť o espelho na agna e uma pessoa uo* iik eia convidada a ulhar para o recipiente. Se a ima-gem aparccia distorcida. nao havia dúvida: a morte apro-ximava-se. Mas se a imagein era clara, etitao essa pessoa viveria inuitos anos. Posteriormente, no século i d. O, os romanos in-troauziram uma. ressalva nesta supersticao. Acrcditavam que a saudc das pessoas mudava em ciclos dc sete anos. Brjtao. uma im.igein distorcida rci-iiltante de um espelbo pattido significava sete anos de azar e falta de saúde. OuLra vez, má sortc! Gato Dreto que se atravessa á ní>?,s'0 frente Neste caso, iiá quem acredite que traz ;izar ou boa - sortě.Va-se lví saber! Tambem no Antigo Egito os gatos eram reveren-ciados, quer fossem pretos ou nao. Um gato pre to que se cru7^c no caminho de alguém trazia-lhe boa sortě. Nao fosse a adorada Den sa Baste; ter cabeca de gato... :- Porém, dumáte a Idade Média, em muitas partes da Euiopa, as pessoas acreditavam que o gato preto trazia a?ar Consideravani que os gatos pretos tinliam uma , aliariQa. tom as bruxas c. por isso, crazar com um gato preto přením riava azar. • Afina!: sorte ou azar? i Sal derramado Se isto acontecer, o melhor é mesmo dcitar uma pitada para trás do onibro es-querdo. Assim evita-se o azar... Esta erenca vem dos Sumérios, por volta do ano 3500 a. C. Eles acreditavam que podiam armlar o cfeito do azar se assim procedesscm, já que o sal derramado era considerado um efeŕto de má sorte liá já nuliiares de anos. Mas, aťinal, qual era o valor do sal? Bem, se consideramos que era um bem precioso (uma espécic de ouro para os roman os) devido is propriedades que tinha para conservar os alimentos, der-ramá-lo significava desperdicar algo de muito valioso. Dali näo vinha sorte al-guma! Abrir o guarda-chuva dentro de casa Há quem considere que esta creni/a também teve origem no Antigo Egito. Que eles éram supersticiosos, todos nós sabemos inas, aHnal de contas. os histo-nadores apontam para uma época mais rcccntc c na IngUterra.aépoca vitoriana. Charles Pan a t i esereveu que no sé-čulo xrx, em Londres, os guarda-chuvas ä prova de água éram de metal. O meca-nismo para o abrir era bastante difícil, o que o tornava num oojeto perigoso para ser aberto dentro de casa. Se um destes guarda-chuvas fosse aberto repentma-mentě numa casa pequena, podia parnt algum objeto ou, até mesmo, ŕenr gra-vemente uma pessoa. Mesmo que pro-voeasse um acidente de menores pro-porcôes. nmguém se hvrava de proierir palavras desagradáveis ou imciar uma briga, o que era !>inal de azar numa família ou entre amigos. Daqui se uifere o sábio conselho: dentro de casa, o guarda-chuva deve ficar sempre techadrnho. GL0SSÁR1O briga: desavenga; luta; dišputa derramar: verter; entornar inferir: deduzír; tirar por conclusao leigo: desconhecedor; ignorante profanar: injuriar; ofender; macular resquício: vestígios: icstos ressalva: excecáo sucumbir: ceder; acabar; desaparecer tecer: inventár; intrigar; tramar usurpar; apoderar-se violentarnente do que pei Lence a outrem COMPRIENSÄO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1, "A verdade é que as superstícôes tém passado de geragäo em geragao e as mais populäres tém ganho terreno (...)'' 2. "Pensando bem... o que a pessoa supersticiosa quer é manter o controlo da propria vida (.. 3. "Acreditavam que a saúde das pessoas mudava em ciclos de sete anos ( 4. "Consideravam que os gatos pretos tinham uma alianga com as bruxas (...) .:<) Imagine trés situagóes em que se apliquem as seguintes expressóes: 1. "Cruzes, canhoto!" 2. "Deus te ajude." y,| § 3. "Näo vá o diabo tecě-las.' 50 Scľ supcisticiOii) clá azar. Ser sripcrsridoso dá azar. .| 57 VOCABULARIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. chaves aranha comichao decorative sabe cultural orelha acred itam dinhoiro sorte tradic Oes enfeitar mao pé porta gato quando dinheiro \ Só os Portugueses säo supersticiosos? Tanto quanto se „ , näo. Cada pais tem as suas _ e crengas, de tal modo que muitas vezes ate fazem parte do patrirnö-nio_. Vejamos alguns casos. Na Suecia da azar pousar ou deixar as_em cima da mesa; na Italia consideram que o espirro do_traz sorte; na Grecia a terga-feira e o dia do azar; no Japäo, matar uma_ de rnanhä e destruir uma alma humana; na Polönia, da_ agarrar num botäo_se ve urn limpa-chamines. Os Portugueses tambem näo gostam nada de sentir a_ esquerda muito quente, porque é sinal que estäo a falar mal deles. Para dar sorte e evitar a falta de_, é bom ter um elefante a_ _ um móvel, mas sempre com a tromba erguida e de cos- tas para a. _da entrada. (Atencäo: trata-se de um elefante _. Nada de ter um verdadeiro dentro de casa, porque se pode virar o fettigo contra o feiticeiro.) Se se tiver_na palma da_, e sinal de que se irä receber_; mas comichäo na sola do_ja significa outra coisa: uma viagem ao estran- geiro. Tambem nas areas rurais, os habitantes däo muita enfase ä adoracäo dos santos, porque_piamente que seräo curados por eles quando estäo doentes. Daf que se diga: "Se Deus quiser!". 2. Palavras com a mesma raiz etimológica. Escreva duas palavras da mesma famllia das seguintes. a) memoria _ e) cientista _ b) antigo c) sorte d) azar f) simbolo g) razäo h) morte i) cnminoso j) anular k) vida I) luxo i, Analogias. Há uma relagäo logica entre a primeira e a segunda palavras. Descubra as relacöes lógicas em falta. a) azar azarado g) sorte b) vida viver h) morte c) certo acertar i) errado k d) pequeno pequeníssimo j) grande > e) antes anterior k) depois f) caminhar caminhante I) andar 4. No texto aparece a expressao "dá azar". Há outras expressöes idiomáticas com o verbo "dar". Encontre na coluna B o significado das expressöes da coluna A. a) Dar um passo em falso b) Dar conta de c) Dar medo d) Dar o berro e) Dar musica f) Dar andamento g) Dar o nó h) Dar graxa B 1. Amedrontar 2. Deixar de funcionar 3. Tomar uma má resolucäo 4. Casar 5. Lisonjear 6. Aperceber-se de 7. Enganar 8. Despachar 58 j Ser supeTsticioso dá azar. Ser supcrsticioso dá azar...? | 59 5."(...) todos nös (...) sucumbimos a esses atos por alguns considerados insensatos." Escolha um dos seguintes prefixos e encontre a palavra contraria. Escreva uma fräse utilizando essa nova palavra. des- i- ir- im- in- a) agradável b) proprio * c) limitado d) prudente * e) mobilizado * f) responsável * g) habitado * h) repreensivel * i) satisfeito * j) capaz * - GRAMÁTICA :. Transforme a frase dada, comecando como indicado e nao alterando o sentido. Pode completá-la í sempře que considerar necessário. 'li I a) Há quem diga que a supersticao deve ajudar as pessoas a lidarern consigo e com o mundo. • Ha pessoas que__para que_ ill Ha supersticöes que säo resquícios de cultos ou rituais religiosos que já desapareceram. Embora_ c) "Esta crenga atravessou os tempos e, séculos mais tarde, os seguidores de Jesus Crísto usurparam a supersticao, ínterpretando-a a luz da mořte de Cristo." Charles Panatí afirmou que__________ d) No século i d. C. os romanos introduziram uma ressalva nesta supersticao, 'Jma ressalva_ e) Há quem acredite que o gato preto traz azar ou boa sortě. Ainda que__ f) Eles acreditavam que podiam anular o efeito do azar se assim procedessem. Ainda hoje eles__caso I g) Se um destes guarda-chuvas fosse aberto numa casa pequena, podia ferir gravemente uma pessoa. i No caso de amanhá_ h) Acreditavam que a saúde das pessoas mudava em ciclos de sete anos. 2. Conjuncöes. Complete as frases da coluna A com as da coluna B. 3. Complete o texto com a preposigäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-oessário. a) Näo gosto de entornar sal na mesa b) Odeio ver gatos pretos ä minha frente, c) Näo nos importamos de ter os guarda--chuvas dentro de casa, d) Eles procedem e) A tradicäo é de tal modo arreigada, f) Bateu com os nós dos dedos na madeira g) Fíz figas com os dedos, h) A Maria está feliz i) Näo te esquecas de dizer "Saude" j) Quando ela cá vier, vou pôr uma vassou-ra de cabeca para baixo atrás da porta 1. consoante as crengas nas quais acreditam. 2. que eles näo se conseguem libertär das su-persticöes. 3. mal ouviu os colegas dizerem que era um tipo com muita sorte. 4. enquanto ia passando por baixo de umas escadas quando vinha para o trabalho. 5. porque dá azar, 6. porquanto achou um trevo de quatro folhas. 7. se alguém espirrar perto de ti. 8. embora goste muito de animais. 9. conforme me recomendaste. 10. conquanto näo estejam abertos. para Na passagem de ano dá azar... Ter os bolsos vazios. Se passar a passagem_ano_dinheiro _a algibeira, ou_carteira, pode ter a certeza que o novo ano íhe trará esta data pode azar nas finangas. Vestir roupas escuras. Dizem que quern assim se vestir_ atrair azar e momentos turbulentos_o ano que se vai iniciar. Usar roupas velhas também näo é aconselhável. Já pensou que se vai entrar _um novo ano deve deixar_trás tudo o que já viveu_as trás _ roupas passadas? Passar o réveillon sozinho(a). Ponha as tristezas_ tas e cerque-se_amigos (ou conhecidos...) e familiäres divertidos. Dance, cante, salte e beba muito espumante! Deitar cedo. Já a minha avozinha dizia (e ela era sábia que quem assim faz pode esperar um ano_oama. Doente, é claro! Cruzes, canhoto! Queremos um ano melhor! estas questôes,..) PARA COMENTAR ticha que a supersticäo é um hábito "dos mais fracos"? ■■Mais säo as supersticôes mais conhecidas no seu pais? E voce, acredita? Tem alguma? Amuletos. Para que servem e quem os utiliza. Si—-uptriLic:oäo .lá arcri 5| ťíi Velhos säo os trapos Ja estäo reformados, mas tern Lima genetica que näo lhes permite parar, bai-xar os bracos e ticar enfiados no sofa a ver televisäo. Senteni-se com energia para fazcr coisas que tiunca tiveram tempo dc pör em prätica. Querem apren der aquilo que a vida näo lhes facultou. Näo se querem sentir no fim da vida. Se para uns e dificil tomar a decisäo de dar um novo ruino ä vida isoladamente, para outros e uni desafio para provareni, a si proprios, que ainda säo capazes. jMaria Alzira tern 72 anos e enviuvou hä poucos anos. O unico filho trabalha no estrangeiro. Como as saudades eram mui-tas, e so falar ao telefone näo bastava, de-cidiu inscrever-se uuni curso de iiiformä-tica para a terceira ldade. Comprou urn portatil. Agora, alem dos e-mails qtic troca com o fiJlio, tambem. ja utiliza o Skype c todos os dias tern umas horas destinadas ao convivio familiar: conversa com o.s netos e acompanha o crescimeiito deles; fala do dia a dia por cä e quer saber o que se passa por lá... Isto é. quer vé-los e näo sentir a dištancia. Mas esca fantástica fer-ramenta tarribém llie serve para contactar as amigas, "falamos niuito e apoiamo-nos umas äs outras.Acé já plancámos umas vi-sitas ao Norte. Quando n ma dc nós näo está oniine, já as outras se preocupam e ten tam saber o que se passa. É urna com-panhia1'. referiu Maria Akira. G. Pinheiro, aos 66 anos, é urna mullier dinámica. Foi professora e fez um curso de Administracäo Escolar, nias a vontade de se manter ativa levou-a a aceitar o desafio e iiiscrcvcu-sc como voluntária para a Ilha do Princípe. Foi dar formacäo a professores do en-sitio básico e do secundário. Aos sábados, dava formacäo sobre gestäo de conflitos e indisciplina na escola. Estcvc ao abrigo dc um projeto da Gulbcnkian no qual tam-bém colaboravam jovens. "Há urna rede de escolas muito organizada e completa que cobre toda a ilha. Mas os professores näo säo professores e os educadores também ä 64 I Velhos sä.o os trapos nao. O magisteři o é feito cm Sao Torné e poucos těm conduces ecoiiómicas. para o tazer"', reťeriu G. Pinheiro. Nao seiitm qualqner dificuldade na adaptacäo a "uma nova vida", nem táo pouco no alojamenro.Vivia mima casa na qual só havia cletricidade a ccrtas horas do dia, devido ao forncci-mento por gerador a gasólco. As vezeš até a luz era cortada para poupar o gerador. A água tambcin era uma res-tricao "tomava bariho äs escuras e dc cócoras, para aproveitar a água". O t\ome dc^ta voltmvíria. 6cou conhecido enure a comunidade onde vivcu. Ainda hoje. algumas pessoas lhe pedem ajuda sobre a administra-cao escolar - "Apareciam dúvidas dc como fazer um regulamento interno, um processo elcitoral ou uma avalia-cäo. Tinliam uma enorme ansia por ap render." Seguír o que o cora^ao diz", foi o lema de Maria Adelaide. Após uma longa e inrensa vida de trabalho, com pouco tempo para ela c com mu i ta voulade de poder ajudar os outros, decidiu mserever-se para rra-balhar como voluntária nu m hospital oncológjco da cidadc. O tempo que lá estevc loi gratificante. Nao tinha horário para "trabalhar" e nem dava pelo cansaco. Ja para o hospital logo de tnanh.i e tinha urna palavra amiga para cada doente. Ouvia-os atenta-mente e elcs ucavani-ihe gratos. Lia--llies notícias dosjornais. Ajudava-os a comer, quando eles já näo tinham forcas. Estava presentc quando acor-davam da anestesia após as dramáticas cirurgias. Oferecia llorcs á quiiita--ťeira a cada doente. Sorria, sempře! Um dii, também ela part.ru.Todos os que a conheciam disseram: "Parte com o coraeäo cheio." Mas ainda há uma considerável mina de cabelos brancos que viaja,näo só dentro, mas cambém para fora do pais. Alguns säo sócios de associacöes de verteilte cultural. Esculhem luga-res com os quais sonharam durante anos. Väo com aniigos, ou näo. Isso nao import a. porque o fundamental é conhecer e sociabüizar. Sentem-se, uma vez mais, realizados e compensatio^. Volum com as rotos e as Vustórias para c on tar aos que ficarani... Georgína. casacU c iá avó, seilte que nos sc us 65 anos pode fazer oiitras coisas que näo sejani só i r as com pras, arruuiar a casa e fa?er o comer. Per-tencc. desdc há alguns anos, a um coro. Duas veze.s por semana tem ensaio e aos fins de seraana há uitia exibicäo cuja reccita reveite a favor de urna or-ganizacao que se dediča aos rnenos fa-vorecidos da cidade onde mora. Georgína diz: ''agora sinto-mc realizada. Os filhos estäo criados e os netos tam-bém. Ü tempo agora c meu.'' Também os ginásios cém visto au-mentar o numero tie frequentadore.s semores. frequentam-nos essencial-mentě para se sentirem melhor fis tea e psicologicaanente, mas também aprove i tam o facto para térem um motivo p?ra sair e conliecer outras pessoas. quer dizer: talár, porque o silěncio do dia a dia é duro, quando a faiiiília já está demasiado redu7ida. Também as universidades těm cnado Cursos Livres em areas diversi-rir.adas nos últimos anos. Nao sao cursos destination exelusivamente a idosos, COMPBEENSÁO mas a verdade é que clcs sao a maio-ria que os rrequenta. Já há mni to que dcixaram os estudos, mas o desejo de saber e de se nianterem ativos intelcc-aialmcnte leva-os a insereverem-sc, a participarem e até a fazerem trabalhos de grupo. As Universidades da Terceira Idade (ou de Seniores. como alguns preferern chamar) tém sido uma boa aposta para todos aqueles que nao querem arru-ttiat as botas. GLOSSÁRIO aposta: desafio; opgäo cobrir. envolver, ocupar cócoras: ayachado; sentado sobre os calcanhares envíuvar: estado civil após a motta do marido ou da mulher facultar: cedet; dar; olerecer gerador; dispositive que transforms energia mecänica. química ou calorífioa em energia elétrica gratificante: satisfatório; recompensador magistério; proíessorado reverter: destinar lucro/ganho a favor de senior: mais velho; idoso Ě>;plique o sentido das frases de acordo com o texto. 1,,!( . ) tém urna genética que näo Ihes permite parar, baixar os bragos e ficar enfiados no sofá a ver televisäo.' 2. Dar um novo rumo ä vida. 3, Seguir o que o coracäo diz. ) mina de cabeios brancos.. 5."(. .) falar, porque o silěncio do dia a dia é duro, quando a famflia já está demasiado reduzida." ..) aqueies que näo querem arrumar as botas." 66 I VelJios silo r>s topo: Vclhos säo os trapos | 67 VOCABULARIO 1. No texto aparece a expressao "pór em prática". Há outras expressoes idiomáticas com o verbo "pór' Encontre na coluna B o significado das expressoes da coluna A. a) Pór em causa b) Pór a boca no trombone c) Pór a nu d) Pór a escrita em dia e) Pór a careca á mostra a alguém f) Pór a cabeca em água a alguém g) Pór a andar h) Pór as maos no fogo B 1. Descobrir 2. Contar/ficar a saber as ultimas novidades 3. Acreditar em absoluto em alguém 4. Mandar alguém embora 5. Duvidar 6. Divulgar uma verdade ou segredo 7. Fazer desesperar alguém 8. Desmascarar alguém 2. Escolha a palavra ou expressáo mais aproximada da que se encontra destacada. a) Těm uma genétíca que náo Ihes permite baixar os bracos. [_| náo těm forca nos bracos r_' nao gostam de estar ocupados FJJ nao gostam de estar sem atividade b) Falamos muito e apoiamo-nos umas ás outras. \~_) encostamo-nos umas ás outras [_l ajudamo-nos reciprocamente ~_| oonversamos muito umas com as outras c) Tinham uma enorme ánsia por aprender. fj muita vontade de aprender [~~] muito nervosismo por aprender muitas dúvidas se podiam aprender d) Seguir o que o coracáo diz. [7J náo arriscar rj ir ao cardiologista l fazer o que mais deseja 68 | Velhoi sao os trapo >" ifř* $r # f fw' e) Há uma considerável mina de cabelos brancos. ] jovens com o cabelo pintado [~J idosos — adolescentes i) É uma organizacáo que se dedica aos menos favorecidos. aos que těm mais dificuldades económicas J aos que nao gostam de sociabilizar rj aos que nao těm família g) Os filhos estáo criados. fj estao em casa dos pais r_l vivem em casa de amigos [3 sáo independentes h] Todos aqueles que náo querem arrumar as botas. (_1 usar sapatos deixar o calcado debaixo da cama r~J deixar de estar ativos Velhos sao os Lrapos | 1)9 3. "Pertence, desde há alguns anos, a um com". Encontre na coluna B o significado dos nomes coletivos da coluna A. A B ill a) Assembleia 1. Conjunto de artistas (cinema ou teatro) 'í b) Elenco 2. Grupo de ladroes i. c) Frota 3. Grupo de pessoas ou coisas \ d) Magote 4. Grupo de pessoas que se revezam em determinado servigo i I e) Pomar 5. Grupo de pessoas reunidas para determinado fim i Í f) Quadrilha 6. Conjunto de navios ou avióes g) Réstia 7. Grande extensao de vinhas í 1 h) Turno 8. Conjunto de ceboias ou alhos atados pelo caule fl i) Vinhedo 9. Conjunto de árvores de fruta i' j) Constelacáo 10. Conjunto de estrelas 4. Escolha o verbo mais apropriado para completar as frases. a) Eles gostam muito de_ dar formulář elogios aos amigos, tecer b) Ao_conversa com o vizinho do lado, deu-se conta de que tinham os mesmos interesses. comeoar entabular ouvir _ a responsabilidade? c) No oaso de a viagem nao se realizar, quem é que vai_ dizer guardar assumir d) Todos nós sabemos que nao vale a pena_esperangas, quando já náo existem. acalentar lamentar viver e) É necessário_contacto com os outros interessados no curso, a fim de sérem informados da data de início. abrír estabelecer fazer f) Pontualmente, vamos_ pedir medir 70 | Vellios sao os Impos _ uma excegao para este caso. abrir S. A Boa Escrita. aj Escreve-se com g ou j? baga_em _ej umělo_io al_ibeira b) Escreve-se com ch ou x? e_celente _ávena bru_a mo_ila cj Escreve-se com c, 9 ou ss? erup_So a_entuar cora_em _eitoso e_agero quei_a ■ S gro_eiro pě_ego impre_jonar tenděn_ia GRAMAT1CA í. Complete o quadro. 1 ' - apoiávamo-nos nos apoiemos fazeres tivesses ferto vivia tenho vivido viver tém visto virem escolherem escolham preferiam tivessem prefendo frequentares frequentares Velhok ^an trapos | 71 onstrua uma so frase, utilizando um pronome relative para juntar as duas frases dadas. scolheram o voluntariado. Vivem intensamente para ele. Di dar formagao a professores do ensino basico. O ensino basico esta a atravessar uma crise economica. s idosos inscreveram-se num Curso Livre da Universidade. O curso terminou no passado mes. recisamos de gente dinamica. Gostavamos de trabalhar com eles, stes sao os meus amigos. Vou viajar com eles na primavera. n grupo de varios idosos organizou um coro. Cantam no coro todos os sabados. aria Alzira tern uma amiga de infancia. Sai com a amiga todas as tardes. li ser organizada uma viagem cultural. Todos os idosos podem participar nela. 3. Substitua a parte destacada pelos pronomes pessoais de compfemento dlreto ou indireto (ou ambos, contraidos). a) Ate ja planeämos umas visitas ao Norte. bj Maria Antonia fez um curso de artes decorativas em regime pos-laboral. c) Depois de se reformarem teräo mais oportunidades com toda a certeza. d| Quando voltam, mostram as fotos aos amigos que ficaram. eS Perguntaram a mim e ao meu marido se quenamos ir para o ginäsio deles. fj Escreveria ä Maria Amelia se tivesse o e-mail dela. Mas näo tenho. g) Ela quer as compras feitas ao fim de semana. hi Enviaremos as fichas de inscricäo aos candidatos. A ■—■—. a de Já Van Gogh a pintava... E nós pcr-gu.ntamo-n.os: sim ou näo ä scsta? A palavra sesta tern origcm na expressao latina hora sexra que no calendário romano (o dia iniciava-se as 6 da manhä) correspon-dia ä sexta hora a partir da manna ou seja: ao meio-dia. Tanto quanto se sabe, esta tradicao surgiu na Europa, no século xiii, e, apesar do pro-gresso da humanidadc c do ritmo acelerado da vida moderna, ťoi-se espalhaiido, ao longo dos anos, por alguns países. É um hábito em alguns deles, como a Esparma, por exemplo. Mas a mfluéncia espanhola propagou esta tradicao de dor mir durante o dia até muitos paises latino-americaiios. A explicacäo está principalrnente nas altas tcmpcraruras que se fazeni sentir a mcio do dia, geralmente após o almoco, e as pessoas optarem por dormix nas horas mais quentes do dia e trabalhar duran-tes as horas mais frescas. Mas näo se pense que é um hábito de dormir horas e horas a fio ä espera de que o tempo arrefeca. Longe disso! Segundo os cspccialistas em sono, é re-pousaote descansar näo mais de 40 niinii-tos porque, após este periodo, o organisrno comeca a entrar em sono proíimdo, e acor-dar nesta fase pode ser pior. Quer isto drzcr que as pessoas acabariam por acordar com urna sensacäo de cansaco, Icntidao e confu-säo mental. Ora, näo c isto o prctcndido para quem prccisa de continuar a atividade laboral. A vontade que a maioria de nós sente em fazer uma soneca surge devido ao facto de o aumento da temperatura do corpo humauo ťavorecer o dito sono. Com esta explicacäo já fieainos mais descansados e nao nos culpabÜi-icaiiios a pensar que somos preguicosos. Por outro lado, também o sono que nos ataca após o almoco tem uma justŕhcacäo: o que se passa é que grande parte da energia do corpo está voltada para a digestäo dos ali-mentos que acabamos de ingerir e o fruxo sanguíneo coricentra-sc no aparclbo diges-tivo, deixando o cérebro de lado. C oni o é o sangue que transporta o oxigénio, o cérebro acaba por rcceber menos quantidade e tica cansado, sonolento... É por tudo isto que precisamos de dor-mitar um pouco para nos regenerarmos e melhorariiios o nosso poder cerebral c a memoria. Scrá que os nossos c.hefes säo 74 I A sesta AsĽsta I 75 sensíveis a esta iniperativa necessidade? Humiiini... Em Portugal, o hábito de fazer a sesta está longe de ser en cara do como uma questao que mereca discussáo publica. Em 2003, foi eriada a Associacäo Portuguesa dos Amigos da Sesta, tendo mexido com as hostes nacionais. Num curto espaco de tempo passou de 4 para 246 associados, entre os quais pessoas de diversos ramos e estratos sociais. O entäo presidente desca associacäo afir-mou que "a sesta é uma causa social''1 e acrcsccntou que "há quem leve o terna a sério, mas outros levam-no como uma paródia." Em Foz Coa, algumas pessoas ten-taram implementar este rituál numa empresa, mas a necessidade de apro-veitar a hora de alrnoco para tratar de assuntos buroeráticos foi mais forte. O presidente da associacao disse ainda que :'os empresários deveriam eriar condicocs para quc os funcionários pudessem repousar. porqxre podemos sentir-nos muito cansados c com stress ao řinal da manha, mas se dormirmos alguns minutos, retomamos o trabalho como novos". Entao, chefes, vamos ou náo ter o dircito á sesta? GLOSSARIO estrato: carnada fluxo: fluido; Ifquido qus corm hoste: muliidao: grande numero de pessoas imperativo: que se irnpoe; fundamental implementar: pór em prática; executar paródía: brincadeira; animagao: pándega propagar: alastrar; transmitir soneca: sono curto COM PRE E NSÄO r-:xplique o sentido das frases de acordo com o texto. 1."{...) dormir horas e horas a fio (,..)" 2. "Em 2003, foi criada a Associagäo Portuguesa dos Amígos da Sesta, íendo mexido com as hostos nacionais." 3,"(...) a sesta é urna causa social (...)" 4. "(.-■) há quem leve o terna a sério, mas outros levam-no como urna paródia,'1 JŕOCABULÁRIO '!. Complete o texto com as palavras dadas. presenca corpo sesta rsputacäo ignorancia memoria biológicos boas-vindas decisoes cardíaco ócio mediterränica associacäo porta aereditam Faca a sesta, mude a sua vida! Ja que bateu ä nossa_. faca favor de entrar, a casa e sua. A APAS - Associagäo Portuguesa dos Amigos da Sesta dä-lhe as e congratula-se com a sua_. Somos uma de pessoas diligentes que_ na boa prática da cultura _ , benéfica para a harmonia dos ritmos _ e de todo adequada ä saúde física, psíquica e mental. Vítima de má pelos seus detratores que por _ a conotaram com a preguiga e o micos e científicos o comprovam o u maldade _, bem pelo contrario - estudos acadé- a sesta reduz o stress, revigora a , impulsiona a criatividade, minimiza o risco de colapso , clarífica a tornáda de , melhora a produtividade... De resto, a sesta é um procedimento natural; o pede-a. Aos humanes, aos outros mamiferos, äs aves. Informe-se e divulgue. Bem-haja pela sua visita. Volte sempře. Antes ou depois da . A http://amigosdasesta.org 76 I A sesci A sesia | 77 2. Complete o quadro. 4. Explique o sentido dos provérbios do exercício anterior. a origem acelerado optar a confusäo a digestäo preguigoso sensibilizer implementar repousar burocrático 3. Forme provérbios juntando urn elemento de cada coluna. 1. sua sentenga. 2. faz a forga. 3. nem tanto ä terra. 4. trancas ä porta. 5. pouco siso. 6. é que se torce o pepino. 7. aqui se paga. 8. do que quern b) _ c) . 5. Palavras com a mesma raiz etimológlca. Escreva duas palavras da mesma família das seguintes. a) fio _ e) digestäo _ b) dia _ f) merecer c) atividade _ g) causa__ j d) humano__h) empresa _ : 4 GRAMÁTICA |. 1. Complete o texto com a preposicao mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-cessário. para par em com sem de a enl.e | Dormir a sesta näo significa pregar olho toda a tarde! É uma discussáo recorrente cá_casa e que nunca termina_forma consensual. Na ver- dade, é uma questäo que se tem posto muito poucas vezeš desde que o Manuel nasceu, mas, ainda assim, volta e meia é debatída. E o que é que está_causa? As sestas. _mim, uma sesta é um pequeno repouso, normalmente após o almogo, uns minutos____ que a pessoase encosta um bocadinho,_o sofa,_acama, e passaligeiramente_ as brasas__chegar a entrar num sono profundo. É um descanso que dura_15 e45 minu- j tos,_o maximo. Isto é uma sesta, é o concerto__sesta. ! _a minha mulher, nšo - isto näo faz sentído. Uma sesta é uma pessoa dormir_a tarde, mas dormir a sério, um pequeno descanso que vai_as 2 horas e a tarde toda. Já a vi dormir ses- < tas_as trěs e meia e as sete e meia,_exemplo, sobretudo_aqueles domíngos mais frios_que näo temos vontade_sair das mantas_o sofá. Isso,__ mim é impensável. Eu sou um pouco paranoico_as perdas de tempo, e näo sou propriamente um apaixonado_dormir,_isso comego_ficar stressado e vejo as horas a correrem e eu ali deitado,_fazer nada. Mas a verdade é que nem é sequer isso que me faz dormir pouco_a tarde, as tais sestas, que normalmente duram 20 a 25 minutos. O meu corpo näo pede mais, mesmo quando estou cansado. Tenho : uma espécie ._relógio biológico que dá horas_o fim_esse tempo, e que me i deixa restabelecido e_sono. Se assim é, porque é que hei de ficar deitado_a cama a olhar_o teto? Estou a escrever este texto precisamente_um desses momentos. Mäe e bebé estavam ferta j dos_o sono quando fui almogar (fui correr 20 quilómetros_manhä só_tirar a ferrugem äs pernas, e eles comeram primeiro). Terminei o almogo, fui ter__ eles, encostei-me um | bocadinho e adormeci 20 minutos. Acordei, tentei arrancá-!a_a cama_irmos dar um passeio, mas ela é que me mandou passear. O que vale é que o puto daqui a nada está_berrar e näo haverá como ela näo acordar. 2. "Para nos mantermos despertos e mais produtivos, necessitamos de fazer uma sesta no maximo de 20 ; minutos." Alem de "manter", há outros verbos derivados de "ter": abster-se / conter / deter / entreter-se / jier / reter. Cscolha o verbo mais apropriado e conjugue-o corretamente. a) Uitimamente o Joäo_bastante com o jogo que Ihe démos no ano passado. Nem tem feito a sesta! fa; Esta unidade_um longo exercício de preposigóes. c) Embora eles_autorizagäo para descansarem após a hora do almogo, optaram por tratar de assuntos burocráticos. é) Ainda que muitos_, eu acho que vamos conseguir fazer valer os nossos direitos. et Tive de esperar algum tempo até me entregarem os documentos. Informaram-me de que os_ i por näo estarem devidamente preenchidos. , fi Ontem fiquei preocupado porque já era tarde e ela ainda näo tinha chegado. Quando chegou, pediu-me ; desculpa e disse-me que_a falar com uma amiga da universidade. i g) Depois de eu ter visto uma ínjustica täo grande, näo_e disse-lhe tudo o que pensava. Já ; há muito que andava para o fazer. 1 h) Na semana passada a polícia_trěs imigrantes ilegais. 80 [ A sesta A sesta [ 81 3. Complete as frases com o conector mais adequado. ainda assim apesar de contudo náo obstante nem que no errtanto embora ao passo que a) Eles trabalham muitas horas por semana,_těm sempře tempo para ajudar os amigos. b)_estarmos cansados, nao queremos fazer uma sesta. É uma perda de tempo. c) Vou preparar o jantar, d) As informagoes que nos deram foram esclarecedoras iocar. eles tenham dlto que traziam uns petiscos. _, ainda ten! 3 umas questoes a cc e)_a doenga, mantém-se sempře bem-disposta e náo tem faltado ao trabalho. f) O prego da gasolina tem aumentado bastante nos úitimos tempos,_o prego do gasoleo tem mantido. g) Já fiz uma sesta das 3 ás 5, h) Eu preciso que me ligues_ _sinto-me cansada. _seja á meia-noite. Preciso de falar contigo. li ■~'ARA COMENTAR - sesta deveria ser institucionalizada em todos os paises. S6 traz beneficios. ' s'jdas as empresas deveriam ter um ginasio, um SPA ou um gabinete de massagens dos quais os empregados pudessem beneficiar durante uma hora por dia. Isso traria maior rentabilidade no empo titil de trabalho. • Todo aquele que se sente cansado depois do almoco e preguicoso. A.sesta I S3 Seräo os Portugueses felizes? Claro que säo. Ou melhor: säo moderadamcntc fclizcs. Adas ser moderado e uma caracteristica intrin-seca dos Portugueses. Quando per-guntanios a alguem "Como estä?", a resposta provavclmcntc sera urn "Mais ou menos.ou "Vai-se andando...". Nunca se consideram totalmeiite felizes ou satisfeitos. Faz parte da nossa cultura näo estarmos nein iriuito rnal nein muito bem. Estamos itrvariavel-meiite no meio. Somos mcsmo muito mo der a dos! Quando pesarosainente lastima-mos a sorte de outrem, nao e raro ouvir uma resposta do tipo "Pois foi, mas podia ter sido pior." Temos o dom de minimizar algumas dores fisicas ou espirituais e de dar a volta par cima. Para o sociologo Rui Bri-tes e necessario ''contrariar o discurso pessimista que se ve em todo o lado de que os Portugueses sao os mais in-felizes da Europa". Ao falarrnos de felicidade, estamos a refer ir-nos a ela em varias dimensoes: padröcs maieriais dc vida, sa.údc, c ducá c-äo, atividades pessoais e política. E claro que todos nós sabemos que näo há felicidade completa em qual-quer uma destas diinensoes. Sonios lú-cidos e näo enterramos a cabe^a na aiňa perante as diGculdadcs pelas quais pas-samos, tais como: insarisfacäo política, desemprego, caresria de vida, etc. A insatisfacäo política tem au-mentado nos Ultimos anos e é neste ambito que os Portugueses tém aban-donado a posicäo do "meky . Segundo os dados do ultimo ln-querito Social Europeu, somos o pais da Europa que menos se interessa pela politica. Desta insatisfacao resulta que todo aquele que nao se interessa pela politica tambem nao e capaz de tomar decisoes politicas. R.ui lirites vai mais longe ao di7er que as pessoas passam muito tempo a discutirfutcbol e a dizer mal do governo, ainda que niuicas delas sejam alheias a politica. Mas a razao parece estar no facto de o sala^arismo ter deixado marcas mais profundas do que pensamos, c cstas práticas demorarem muito tempo a passar. Naquele tempo as pessoas näo eram motivadas para terem uma presence politica, porque ela era reser-vada exclusivamente aos politicos. Dai que ainda hoje haja muita abstencäo de voto. For um lado, porque as pessoas cstao descontcntes com a politica que se faz no pais, por outro, porque nao acreditam que o seu voto ví ser-vir para alguma coisa... "porque isto já näo se endiieita". Estatisticamcntc, os jovexis säo os que mais se abstěm, enquanto os idosos säo os que mais väo äs urnas. A estes airida Ihes resta uma esperanca e algum sentimentu de dever cívico. Sera que estamos...? Umas vezes mais do que outras, mas ca vamos remando contra a mare. Nao tivessemos sido umpais de gran-des inarinlieiros! 84 I Seräo os Portugueses relives? Seräo os Portugueses felizes? | 85 Alguns portugueses těm refeko a sua vida profissional após momentos dramáticos. Uns porque perderam ü emprego, mas deitam mäos ä obra e criam novas atividades; outros, porque nao encontram traballio compatível com as qualincac;.öes e decidem emi-grar. Ningucin parte com a felicidade no coracäo, mas tambcm nao se dei-xam derrotar. Maria Borges, 26 anos, é um dos muitos casos que vale a pena analisar. Quando acabou os estudos (estudou Erifexmagem) e semperspetiva de traballio, decidiu pardr. Foi dificil deixar a ťamília e os ainigos, mas era neces-sário tomar uma decisäo e nao fremde bm$os cmzados. Partiu para Pcniba, Mocambique, para tra.ba.lhar mima organÍ7.acao de voluntariado. Tra-halhou com doentes irifetados com VIH/sida. alguns já cín fase terminal, mas sempře lhcs dcu um sorriso amigo e muito carinho. Foi rccom-pensada com o bem que rransmitiu: voltou com o "coracäo cheioc a sentir-se mais completa.Viu gente a morrer, mas sempře com esperanca. Deu-se conta de que havia gente em sjtuacöcs de vida bem mais dramatical do que a dela. Relativizou muitas coisas äs quais dava grande importäncia. Agora diz ser uma pes-soa mais tolerante, šeřena c feliz. Ela propria diz "agora aprccio mais um arco-íris mim céu azul". Miguel Silva iiasceu numa al-dcia na Beira Baixa e aí viveu até há quatro anos. Trabalhava numa tabricí textil que acabou por fechar devide á erise no setor. Casado e com doií íilhos viu-se sem trabalho aos 32 anos Ao abrigo de um programa do Institute do Emprego e Fonnacäo Pro-fissional fez um curso de Hotelaria t Restauracäo e depois estagiou come rececionista num hotel na Covilha Mais tardc conseguiu um traballio en: Coimbra. Nos primciros tempos er; iinpossível ir a casa com fřequéncia mas com o apoio da mulber c restante família, esta dištancia tornou-sf menor. "Se a nrňriha família nao me tivesse apoiado tanto, näo sei comc teria sido. Para mim é uma enormt felicidade ter um núcleo faniiliar solido'', referiu Miguel. s" Se- eskou, só, rja&ro häo esíar, Se- KÄc esten, sjuero nshur só, EnifW, a^vro sewpre- esW n ; Ser -feixz- é- se*■ cujaeÍA, PbrcjK«. pe+vsu, áe-irbro áeic- Mas -faíka- se- o n&fl -ftzer, f itA, peráiÁo mí, teoraA»,. •* Fernando Pcssoa GLOSSÁRIO abstencäo: privagäo ou desisténcia voluntatis de um direito politico, cívico ou social ao abrigo: sob a protecäo de carestia: carěncia; escaasez dom; talento; capacidaae intrínseco: que faz palte da es-sěncia; inerente núcleo: árnago; essencia; ponto principal outrem: ouíra pessoa pesaroso. desgostoso COMPREENSÄO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Vai-se andando.,.". 2. "Temos o dom de (...) dar a volta por cima." 3."(...) näo enterramos a caberpa na areia (...)" 4."(...) porque isto já näo se endireita". 5."(...) cá vamos remando contra a maré". 86 j Serao os Portugueses feiizes? Senio os pomigucses feüzes? | 87 VOCABULÁRIO 1. Complete o teste com as palavras dadas e depois responda ás perguntas. Näo se esqueca de conferir o resultado. felicidade problemas colegas prazer sonhos alegre donne desafios coisas imagem lotaria •'.f.'i'i'. opiniao reiagäo Imadieto Tosto realizado pela psicóloga Martha Zouain ► E voce, é fp|Í7 no emprego? • Quando acorda para ir trabalhar, sente-se_disposto(a) e entusiasmado(a)? • Tem urna relagäo de harmónia e integracáo com os seus_? • Sente_nas pequenas conquistas no seu trabalho? • As outras pessoas veem-no(a) como urna pessoa_e positiva? • Sente constantemente urna sensagäo de__no trabalho, mesmo que näo haja um motivo específico? ■ Tern pianos e_para o seu futuro? • No dia a dia de trabalho, acontecem-lhe com frequéncia_ tes? > Quando se vé ao espelho, gosta da_refletida? _ interessantes e motivan- 1 Quando se deita, adormece de . noite sem acordar? • Considera-se otimista em_ _ e, na maior parte das vezes, toda a _ ä vida? • E considerado(a) urna referencia na sua profissäo e, como tal, recorrem a si para emitir urna _ou ser consultado(a) sobre um assunto? • Minimiza os_que ihe acontecem e sobrevaloriza as coisas boas? • Encara os obstéculos do trabalho como_a serem superados? • Se ganhasse a_, continuava a trabalhar ainda que a um ritmo mais tranquilo? • Se pudesse voltar atrás, escolhia a niesma profissäo? Agora some os SIM e veja o resultado. De 14 a 15 respostas SIM: Parabénsi Escolheu urna profissäo que o(a) realiza. As suas atitudos tendem a ser positivas e favo ráv&is perante a vida. Tem tendencia a aproximar as pesseas de si, e estas a considerá-lo(a! urna referencia profissional. De 12 a 13 respostas SIM: E provável que tenha feito a escoiha čerta. No entanto, está a dispersar energias que podem ser mais bem canalizadas. Se nada fizer, poderá ficar cada vez mais longe da täo procurada ielicidade. De 10 a 11 respostas SIM: Cuidadc! O seu mornento é critico. Refiita sobre a sua vida como um todo. Entenda que a felicidade está ao dispor de todos e voc§ tem a responsabiíidade de encontrar o meihor caminho para chegar até eia. Abaixo ou igual a 9 respostas SIM: Todo o profissional (quer seja cm início de carreira ou näo) deve saber com objetividade onde quer chegar. Só assim alcanga a felicidade. A CORAGEM é o seu maior desafio. 88 Seiľao os poraigijesps ťelizesr Seräo os ponugueses felizcs? | 89 2. No texto aparece a expressáo "náo enterramos a cabeca na areia". Encontre na coluna B o significado das expressoes idiomátícas da coluna A. a) Passar-se dos carretos b) Náo me aquece, nem me arrefece c) Ir na esgalha d) Fechar-se em copas e) Pór-se a pau f) Ir dar uma volta ao bilhar grande g) Meia dúzia de gatos pingados h) Fazer de olhos fechados i) Estar nas sete quintas j) Ser um paz de alma B 1. Nao dívulgar o que sabe 2. Poucas pessoas 3. É-me indiferente 4. Ter cautela 5. Fazer sem dificuldade 6. Ser muito calmo 7. Perder o juízo/enlouquecer 8. Estar á vontade 9. Ir incomodar outro 10. Ir com muita velocidade 3. Construa uma frase usando cada uma das expressoes idiomátícas do exercício anterior. a)- b). d). 9). j)_ WĚĚT 3t&~J.'..^£t.. 90 | Serao os pomigueses felizes? Scráo os portugueses felizes? | 91 4. Escolha o verbo mais apropriado para completar as frases. a) Perante qualquer que seja a diflculdade, näo se deve_ encolher baixar erguer b) Ao_tamanho desinteresse, näo vai conseguir o que ambiciona. dar demonstrar mostrar _os bragos logo a primeira. c) Ele trabalhou bastante ate_ siting «r perder _ os objetivos. encontrar d) Se voces quiserem_o sacrificio de trabalhar ao säbado de manhä, para melhorarem a situagäo, estarnos dispostos a ajudar-vos. fazer e) Elas decidiram _ fazer f) E melhor voce atender trazer _uma piada sobre a situagäo ridicula que viram. tevar atirar _äs aulas diariamente, porque caso contrario vai ter dificuldades. assistir tomar g) E desaconselhavel___ colooar levar GRAMATICA em causa tudo o que se ouve. Nem tudo säo boatos! pör 1. Complete as frases usando as palavras dadas e conjugando o verbo. a) No ano passado / por mais que / (eu) / tentar... b) Nao acho que/(ela) / chegar... c) Para que / (voces) / ter boas notas .., d) Agradego que / (os senhores) / dizer. 5. A Boa Escrita, Assinale a palavra cor-j'stamente escrita. f) Enquanto / (voces) / estar / em casa . g) Era melhor / (tu) / apanhar. I i.) Havia quern / dizer. 92 Scräo os Portuguese* t'elizes? Seräo os Portugueses fclrzes? | 93 rimplete as frases com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ssário. de po r para Segredos que nos guiam até ao bem-estar, até ä felicidade • Expressar gratidäo, através do exercício das trés béncaos (acabar o dia a identificar as trés coisas boas que nos aconteceram); • Näo se comparar_os outros; • Praticar pequenos atos_generosidade, aprendendo_perdoar; • Cultivar, conscientemente, as amizades; • Deixar que as emogoes, boas ou más, se libertem; • Fazer uma pausa_o frenesi_o dia a dia; • Arranjar tempo_o exercício físico regular; • Meditar; • Ir alem_o destino, interpretando o que nos acontece e o que fazemos; • Näo se vitimizar; • Se quiser ser bem-disposto, finja que é e acabará_ser; • Brincar mais_a vida, despreocupando-se. jbstitua a parte destacada pelos pronomes pessoais de complemento direto ou indireto (ou os, contraídos). z já o teu nome! j teria comprado a tal enciclopédia, se näo fosse täo cara. ss escreveriam aos amigos, se soubessem o enderego. 3 eu te pedisse, trar-me-ias a encomenda dos Correios? Obrigada. io me agradegas. Fiz isso com muito gosto. nso que ela emprestará o iivro ao colega. es teräo visto o filme? a quer o assunto resolvido quanto antes. Icľio as Portugueses felizes? m PARA COMENTAR • interprete o poema de Fernando Pessoa "Felicidade". • C; ,.|ue é que faz as pessoas sentirem-se felizes no seu pais? • "r> (iinheiro näo traz felicidade, mas ajuda muito!" Como é que ficámos täo chatas? Dantes, a vida era simples. Nao era preciso mandar 30 e-mails e 58 SMS para combinar qualquer coisa. Agora, ace tomar cafe com uma amiga exige mais or-gairizacao do que urn golpe de Estado. Como e que, de repente, nos tornamos pessoas tao complicadas? A agenda DANTES - Ligávamos a algucm pot volta das l2h45."Marla, anda dai comer qualquer coisa." Rcs-posta: "Esta bcm. Quern ehegar tarde é um ovo pod re." AGORA - Hurnm... Hoje tenho a iiora do aknoco livre.Von ligar á Marta. "Ai, hoje nao posso porque tenho de acabar uma coisa urgente". Ninguém pode. Uma vai a casa ao almoeo porque o bebc nao para de vomitar. outra Lein aula de zumba, outra.já combinon com outra pessoa, outra está na 'lailaii-dia, outra agora nao almoca, outra nao responde, outra mudou de numero... "Está bem. entáo se nao poděs hoje vamos combinar outro dia, que já nao te vejo há anos". Entáo: "Amanlia tambern nao posso porque tenho uma reuniao. na terca eu posso, mas tu nao, na quarta vou á minha mae, quinta e sexta vou tirar dois dias..." Quando damos por isso, a marmita é a nossa melhor amiga. 96 I Como é que ficamos tio chatasř A omenta DANTES - Nem viamos o que e que linhamos no prato, o que interessava era a conversa. AGORA — Toda a genfce teni algum tipo de "restrieäo" alimentär. Uma nao come gorduras. a outra näo come fritos, a outra nao come nada que näo seja bio, a outra näo come, ponto. Uma e alergica ao gluten, outra des-cobriu que e alergica a lactose, outra nao come carne, outra näo come acu-car, outra näo come päo, outra näo come sal, outra näo come hidratos de carbono porque a Maria Jose näo deixa. outra nao come a partrr das sete, outra näo come antes das sete. E preciso paciencia! DANTES - Falävanios de tu do - das pessoas, de filmes, de vestidos, de livros, de namorados, de coisas serias, de coisas parvas. AGORA — Acaba-se sempre numa das duas hipoteses: a fotografar o prato de salada e espeta-lo no Facebook com o conicntärio: "Al-moco com amigas que näo via ha anos: que sandaaaaades!" E a ficar em stress ä espera de mais tun like e a fazer comentärios. Ou: a rodar o ecrä do telemövel ä procura de fotos dos filhos para mostrar äs outras. De repente alguem diz: "Ai, isto para a joana estä a ser uma chatice, que ela näo tem filhos." A Joana, que tinha estado a publicar no Facebook ,;Mas porque e que as pessoas näo se calam com as gra-cinhas das criancas'\ acorda de repente, tenta fazer um ar simpätico e diz "Näo, näo... eu ate gosto de vos ouvir':,fazendo uma nota mental para nao voltar a almocar com alguem que tenha filhos, netos ou cäes pequenos e ainda estejam na fase do deslumbre. Como e que ücänios Lao cliala A relacao DANTES - Aino-te. Amas-me? Claro que sim. Fixe. Quanios ífflios queres? Imensos.Está bem. AGORA — E preciso levar as criancas ao médico, é preciso lavar a loica do jantar, e antes foi preciso fazer o jantar, e verificar se fizeram os trabalhos de casa, c mesino que nao hajá filhos há outras coisas, o trabalho, o chefe, a "mesrnice" do dia a dia. É verdade que uma relacao também é feita disso, de nao se ter paciěncia, de nao se ter tempo, de nao ter de pintar os olhos para estar com aqucla pessoa, dc nao ter mascaras... Isto é tao romántico,nao se pcrccbc que a rotřna seja tao insultada em nome de uma inocén-cia adolescentoide que já passou. De qualquer ma-neira, as vezeš temos pena de que tudo passe ž řřente do romantismo que ainda podíamos ter, de que hajá tempo para ir as compras e para arrumar a casa, mas nunca para namorar. Mas pronto, É a vida. DANTES - Ligávamos á Rita: "Liga á Maria e á Leonor e pergunta-lhes se querem vir acampar para a quiuta do men tio Zé". Punham trés vestidos na mochila e estava a andar. Ou, entao, dívídia-se um esiúdio 110 aldeamento. AGORA — O Sul é quente, mas tem "viquingucs" cs-trangeiros e filas para a praia e nao apetece pegar no carro. O Nořte é sossegado c charmoso, mas nao tem praia, tem frigorífícos, e chove metade dos dias ou o nevoeiro só le-vanta lá para as trés da tarde, e pelas trés da tarde já metade das criancas adormeceu outra vez, fez birra ou partiu a ca-beca íe o jarrao chines da residencial). O sonlio de uma vida era ir para tun hotel de luxo, mas descobre-se que há uma exphcacao para os sonhos terem uma fantástica propensáo para nunca se realizarem (...). Acabamos no mesmo aldea-mento para onde sempře fomos. E mau e caro, mas pelo menos já sabemos com o que é que contamos. Dantes nao eramos perfeitas e nao queríamos saber. Agora queremos: e dá % : trabaaaaalho. Ficamos perfeitas... e chatas. A vida coniplicou-se: nao porque * i estamos mais velbas, mas porque tudo á nossa volta mudou... O visual DANTES — Banho. Calf as de ganga.T-shirt. Ou um vestido. E pronto. AGORA —Já se invencaram produtos para cada centímetro do corpo: há cre-mes especiais para o contorno dos olhos, para o pescoco, para as inaos, para a barriga, para as pernas, para os pes; há seruns c cremes e locoes. Há anticelu-Kticos, e hidratantes (...), c águas dc Colónia, e parfum, e eau parfum, e eau de nao sei do qué, e eau hidratante, e haumes, isto para nao falar na lišta imensa de tralha para o cabelo (...). E ainda nem sequer abrimos o armário: dantes tudo nos ficava bem. Agora há dias em que nos sentimos um clone de baleia. E há aqueles dias em que nada nos cai bem (...). Era suposto aprendermos o "des-pojamento" com a idade, mas a idade só nos ensinou que a idade dá trabalho... Vantagem: o consolo de estarmos inuito melhor do que as nossas avós com a nossa. idade... ^ Texto adaptado, Catarina Fonseca in Actíua COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1."(...) quinta e sexta vou tirar dois dias..." GLOSSARIO chatice: magada; aborrecimento deslumbrar: fascinar; seduzir; ofuscar despojamento: privacao; renúncia; rejeigao fixe: formidável; excelente marmita: recipiente com tampa, para transportar comida parva: palerma; pateta; idiota tralha: amontoado de coisas com pouca ou nenhuma utilidade vomitar: expelir pela boča substáncias que estáo no estómago 2."(...) isto para a Joana está a ser uma chatice ( 3."(...) fazendo uma nota mental para nao voitar a almogar com alguém que tenha filhos, netos ou cáes pe-quenos e ainda estejam na fase do deslumbre." 4."(...) a mesrnice do dia a dia." 5. "0 Nořte é sossegado {...), mas nao tem praia, tem frigoríficos, e chove ( 6. "E há aqueles dias em que nada nos cai bem ( 98 | Como é que ficámos tao chatas? Como é que ficámos tao chatas? | 99 VOCABULARIO 1. Palavras Cruzadas. Escolha o adjetivo mais adequado. Horizontals 9- Aborrecido Verticals 4- Corajoso 5- Avarento 10- Genti/ 2. No texto aparece a expressäo "anda dai". Hä outras express Oes idiomäticas com o verbo "andar". Encontre na coluna B o significado das expressöes da coluna A. A B a) Andar äs aranhas 1. Andar muito ä procura de alguma coisa b) Andar äs turras 2. Estar distraido c) Andar seca e meca 3. Tentar conquistar alguem d) Andar na lua 4. Näo saber o que fazer; estar confuso e) Andar ä deriva 5. Discutir sem chegar a acordo f) Andar na mä vida 6. Andar a divertir-se sem fazer nada de ütil g) Andar aträs de 7. Levar uma vida de ilegalidade h) Andar na boa vida 8. Näo ter objetivos definidos 3. Analogias. Hä uma relacäo log tea entre a primeira e a segunda palavras. Descubra as relacöes lögicas em falta. a) simpatico simpatia g) antipätico b) alguem ninguem h) algum c) ligar desligar i) acender d)sossego sossegado j) barulho e) trio arrefecer k) quente f) hörnern rosto i) animal 100 I Conn e que ficämos täo chatas? "Žil if,..- 4. Escolha o verbo mais apropriado para o respetivo complemento. a) entabuiar 1. efeito b) tecer 2. uma divida c) surtir 3. um poema d) arregalar 4. conversa e) contrair 5. os olhos f) recitar 6. conta g) tomar 7. elogios MBit.' v-^ 5. Construa uma frase em que utilize os verbos e o respetivo complemento do exercicio anterior. a)___ .RAMAT1CA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Está bem. Quern chegar tarde é um ovo podre. Ela respondeu que_e que____ b)_ c) d) 9)- 102 I Como é que ficánios tao chatas? b) Nem viamos o que e que tfnhamos no prato, o que interessava era a conversa. Embora nem___ c'j Uma relacao tambem e feita de nao se ter paciencia. Ainda que_ d) O sonho de uma vida era ir para um hotel de luxo. Apesar de__ e) Era suposto aprendermos o "despojamento" com a idade, mas a idade só nos ensinou que a idade dá trabalho... 4 É suposto que _ Como é que ficámos tao diatas? | 103 plete as frases com os verbos no modo indicative ou no modo conjunťivo. tu a Maria, diz-lhe que amanhä temos um jantar com as nossas amigas. tu _muita televisäo todos os dias, é natural que näo tenhas tempo para ler. caso de voces . ao jantar, por favor: deixem os telemóveis em casa. ícísava de saber se ele tambénn . 'guntou-me como é que eu_para o restaurante. spondi-lhe que näo se preocupasse comigo, porque_como lutos. . demorava só dez mamente os dias ia ótimo se amanha já _ . muito cansatívos. _sábado. lentei que a Joana näo_ 3U Ihe_um presente, já lho teria dado. Näo achas? o namorado com ela. Parece que é um tipo simpático. nedes. Complete as frases da coluna A com as da coluna B. B lando eles entraram no restaurante, 1. eu vou telefonar para o restaurante. il ele se sentou á mesa, 2. respondi-lhe imediatamente. mpre que nos encontramos, 3. ficaram surpreendidos por nos verem lé. quanto voces leem este artigo, 4. aconselho-te a náo comegares outro. nedida que o tempo passa, 5. eles estáo a ficar sem paciéncia para acampar. >ois que soubemos da notícia, 6. ainda náo fizeste outra coisa senáo telefonar. >im que recebi o e-mail, 7. telefonámos-lhes a felicitá-los. i que tenhas terminado o livro, 8. comegou logo a publicar no Face. de que chegaste, 9. liga-me para te ir buscar ao aeroporto. o que chegares, 10. eis está cheia de pressa por causa das eriangas é que ficámos tao chatas? PARA COMENTAR Publicar no Facebook em que restaurante se está e o que se come é um hábito (bom ou m«.-i...7) los nossos dias. __ Hoje em dia as mulheres estáo mais bem conservadas devido a var.ada gama de cosmet.cos. Mac os homens náo Ihes f icam atrás. Já náo se pode viver sem agenda: eletrónica ou náo. Ferias passadas com os avós? Fazem bem fecon\Gf}dicLrn-SQ\ e Os avos sentcm-se rejuvenesci-dos e os netos vivcm experien-cias diferentes, enquanto os pais ganham tempo para dcscansar ou namorar. Especialistas dizem que todos ganham com o cruza-mento das geracoes. As primeiras ferias de Leonor com os avos foram aos seis anos. Agora, com 12, 6 mipeiisavel passar urn verao seni aquela semana "na casa de Peni-che". Divide-se entrc a praia e a piscina, vai ao mercado com a avo fazer as compras para o alinoco, passeia com o avo de barco, pinta conchas e pe-dras. ouvc historias do "antigamentc". E afnda en con era ''os amigos de Pem-che'VE muito fixe ir para la. Existem regras, claro, mas eles sao avos, dao mais mimos e deixam-mc fazer mais coisas." Qnando surge o convite, alguns pais quescionam-se se devem dei-xar os filhas ir de ferias com os avos. Ou porque acham que sao muito pequenos ou porque nao sabem se agnentam as saudades. E ainda ha a ideia dc que os avos os "estragam" com mimos. Por esta altura, e urn tenia que alimenta 106 . r-erbs passarias com os avos? discussôes nos fóruns online. Os dois especialistas ouvidos pelo DN — J. Morgado e Teresa V. Marques — sao unänimes em ahrmar que a experiéncia é boa para avós, pais e netos.E recomenda-se. Näo há uma idade ideál para as férias com os avós. "Depende da autonómia da erianca e da experiéncia dos avós", defende 1. IVlorgado. Nao há dúvida de que os avós säo bons cuidadores, acrescenta o especialista. "Mas h á pais, mais obsessivos com a seguranca, que acham que fazem sempře melbor do que os avós, mas tam-bém pensam isso em relacäo a todas as outras pessoas. Por isso, ganliam mais ansiedade e ficam mais inseguros." Gcrahnente, as férias com os avós imphcam "fugir ä rouna", pelo queť'é sempře uma experiéncia nova". Con-mdo, destaca o psicólogo, "é preciso que os avós percebam que tém de adaptar a sua rotina ä erianca e eriar bábitos consoante a sua idade. Nao väo passar trés horas num restaurante, por exemplo". Como nao säo cuida-dores a tempo inteřro, diz J. Morgado, "tendem a facilřtar na imposicäo de regras e limites. Mas as férias com os avós só fazem é bem, nao väo estragar a educacäo dada pelos pars ao longo do ano". Ansiedade dá lugar äs saudades Dcsafiada pelos avós. Matdde, dc 10 anos, resolveu ir este ano, pela primeira vcz, com eles para o Al-garve, sem os irmáos. Normalmente, Maria, de 15 anos, e Tornás, de 13, também väo. Demorou alguns dias a tomar a decisäo. Fez perguntas, anah-sou os pros e os conn_as e resolveu ír. A mäc par dlhou a história no blogue. Dando-lhe o seguinte dtulo:"A Ma-tilde foi de ferias... que saudades!". "Nós temos muitas saudades. Estamos sempre a olhar para o telefóne para ver se ligám, mas eles até se esque-cem", conta ao DN. Aléni das saudades, há urna ligeira ansiedade, "mas nada de anormaľ1. (...) ''Custa um pouco mais passar a responsabilidade para os sogros"'. Mas todos ganham com a experiéncia. "Os avós até se sentem mais novos. Qua títo aos netos, esse carinho dire-rente faz-lhcs muito bem ao erescj-mento.''" Naturahnente, segundo a mae FáiaS passaďas c <; avós? I 1U7 de Matilde " tem de ser figuras mais permissivas. Däo-lhes mais mimos, mas lilo desediieam". Sem esquecer que ''também é bom para os pais". Teresa P. Marques, psicóloga na árca do comportamento infantil, re-forca quc "os pais ficam mais livres para namorar, sabem que os avós cui-dam bem dos Ethos, tal como cuida-ram deles, e todos ganham com a expcriěncia". Como tém mais tempo e paciencia, re.fere a psicóloga, os avós "contam-lhes histórias c. quando vivem na provincia, proporciou am-lhes experiéncias que näo tém nas cidades, como o contacto com os aniniaís e as hortas". Quem näo sente nostalgia ao re-cordar os tempos em casa dos avós? i. COMPREENSAO "Sao experiencias muilo enriquece-doras. £ para os avos e uma lufada de ar fresco", indica Teresa P. Marques. Contudo, ressalva, ha regras que tem de ser cumpridas, nomeadamente no que diz rcspeito äs horas de souo e ä alimentaeäo. "Desde que sejam as-seguradas, e muito beuefico para as crianeas." Quando sao adolesccntes. "os pais devem ainda instruir os avos quanto äs regras para sair ä noite, por exemplo". Näo raras vezes, as ferias säo tambem um encontro de ge-racöes: avos, pais, netos. "Desde que se entendam. 8 muiro interessante a partilha de experiencias entre as vä-rias geracöes", conclui a espccialista. A Tcxto adaptifio. Joana Capucho in Diana de Natiaas GLOSSÁRIO aguentar: aturar; tolerar: suportar concha: involucre caloário do cot po de certos moluscos fixe: diz-sG daquilo que agrada ou tern qualidades positivas lufada: sopro forte mimo: gesto ou condescendence gonerosa para com outro permissivo: tolerante; indulgente rotfna; häbito de fazer alguma coisa sempře da rnesrna maneira Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Especialistas dizem que todos ganharn com o cruzamento das geracoes.'' 2. "[Os avós] tem de serfiguras mais permissivas/' 3. "E para os avós é uma lufada de ar fresco." VOCABULARIO U Palavras Cruzadas. Escolha a palavra mais adequada. 00 Horizontais 1- Pai do mando 4- Rlho dos tios 5- Relaxar 8- Paí do paí 9- Há muito tempo Vertical's 32:o,S°POdra2erse^eom-o 6- Mäe da mulher 7. Gostar muito dealguém 2. No texto aparece a expressäo "os amigos de Peniche". Esta também é uma das muitas expressôes idio-máticas na lingua portuguesa. Encontre na coluna B o significado das expressöes da coluna A. a) Amigos de Peniche b) Abrir o coraeäo c) Agarrar com unhas e dentes d) Bater na mesma tecla e) Chatear o Camöes f) Estar com os azeites g) Levar a peito h) Paninhos quentes i) Riscar do mapa j) Trocar alhos por bugalhos B 1. Insistir 2. Estar aborrecido 3. Fazer desaparecer 4. Amigo deslea! que nao merece confianga 5. Confundir factos ou histórias 6. Ofender-se 7. Desabafar; declarar-se sinceramente 8. Näo desistir de algo ou de alguém facilmente 9. Ir incomodar outra pessoa 10. Com todos os cuidados 108 I Férias passadas com os avós? Férias panadas com os avós? | 109 3. Forme proverbios juntando um elemento de cada coluna. ., Complete o quadro. a) Quem tem telhado de vidro b) 0 pior cego c) Quando um burro fala, d) A vinganga e um prato e) Quem conta um conto, f) Quem quer vai, g) A ociosidade e a mäe h) Dois olhos B 1. e aquele que näo quer ver. 2. acrescenta um ponto. 3. os outros baixam as orelhas. 4. de todos os vioios. 5. que se serve frio. 6. veem mais do que um so. 7. näo atira pedras ao do vizinho. 8. quem näo quer manda. 4. Explique o sentido dos proverbios do exercicio anterior. a)_ b) g). h)_ o cruzamento mimar unanimar a ansiedade habitual o desafio rejuvenescedor a ideia fugir tender HO I Ferias passadas com os avos? Tetias passadas com os avös? i 111 RAMATICA S. ;:onjuncóes. Complete as frases da coluna A com as da coluna B. iomplete o texto com a preposigáo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-sário. A B por tie ate Avós do século xxi ultrapassarem, e muito Segundo as estatísticas, há cada vez mais Portugueses_ □o, a barreira psicológica_os 65 anos, aquemuitos ainda chamam "terceiraidade". Masparece muitos deles näo ligám "pevíde" aesta designagäo e sentem-se_dinämica_cuidarem netos. Zomo a presenga_os avós é muito mais do que urna questäo demográfica, eles säo a espinha ;al_a sociedade portuguesa. _o apoio_os avós, ínúmeras famílias näo seguiriam, pura e simplesmente, funcionar. Muitos avós tém a missäo_acompanhar os netos _a escola, ir buscá-los (estamos a referir-nos_os mais pequeninos...), dar-lhes o lanche ;ompanhá-los_os TPC. Tudo isto porque os pais veem-se obrigados a cumprir horários mais entes e pesados e precisam_este imprescindíveí apoio familiar. _outro lado, muitos deles dedicam-se_atividades versáteis que gostam_ ílhar_os netos sempre que estes estäo_térias ou,_mesmo,_o . semana. Uns gostam. . os levar a viajar. _ o pais (ou até mesmo . . atividades desportivas (as vezes um pouco radicais...); ainda há os que _ as criangas que ama- i; outros iniciam-nos_ :am_os ievar a espetáculos ou visltar museus. )s avós säo uns bons companheiros_o crescimento saudável. seräo adultos. ansforme a frase dada, comecando como indicado e nao alterando o sentido. Pode completa-la ipre que considerar necessario. nteontem os avos foram ao concerto com os netos adolescentes. jisse que___.___. omo nao tSm muito tempo disponfvel, nao podem fazer a viagem que tinham planeado. iles_ necessario proceder de modo sensato. cessario que nos_. manna, partiremos para a serra as 11 horas. mha por estas horas ja_. om mais tempo, terfamos conhecido melhor a cidade. Férias passadas com os avós? a) Se eles forem fazer surf, b) Caso o seu filho näo tenha aulas, c) Desde que tenham tempo, d) Falem mais devagar 1. podem aproveitar para ir ao castelo. 2. a fim de que vos possa compreender. 3. devem levar o equipamento adequado. 4. vamos ao evento. s) Para que tivesses passado no teste 5. eles estäo a ficar sem paciencia para acampar. f) Dado que recebemos o convite, 6. inscreva-o em atividades desportivas, g) Conquanto a casa seja grande, 7. porquanto o assunto ultrapassa a minha competéncia, ,1) Näo posso tomar urna decisäo 8. deverias ter estudado mais. Á inedida que o tempo passa, 9. exceto se forem ver um filme de terror. ■ You com voces ao cinema, 10. ela nunca convida a família para lá ficar. •V f s3ARA COMENTAR ■s avós säo as melhores "infraestruturas" dos netos. ;:nar näo é deseducar. -ntagens e desvantagens de passar muito tempo com os avós. j - i LjAttosm^ ] 113 Capoeira Capoeira e uma expressao cultural brasileira que mistura arte marcial, dcsporto, müsica e cul-tura popular. A origem remonta ä epoca da escravatura no Brasil, seculo xvi. JVluitos negros foram Icvados de Africa para o Brasil a fim de tra-balharem nas fazendas de cafe, nas rocas ou nas casas dos senhores. Muitos destes escravos eram de Angola, tambem antiga colonia por-tuguesa. Sabe-se que os angolanos gostavam de fazer dancas ao som de musicas niuito ritmadas. Ao chcga-rem ao Brasil, estes escravos africa-nos aperceberam-se da necessidade de desenvolvcrcm formas de pro-tecäo contra a violencia e repressao por parte dos colonizadores brasi-leiros. E foj assim que eles come-caram a prati-car capoeira durante os rntervalos do trabalho, porque era uma forma de treina-rem nao só o corpo, mas tambem a ruente para eventuais situacócs de comb ate. Os donos proibiam qualquer que iosse o tipo de arte marcial pra-ticada, mas os escravos persistiram ainda que de uma mancira enco-berta. como se se tratasse de uma inocente danca recreativa. Mais tarde, no seculo xvii, alguns escravos conseguiram fugir e forma-ram territórios escondidos, mas go-vernados por eles próprios, os deno-miiiados quilombos. Alguns destes quilombos, que no initio eram asscntamentos simples, evoluiram com o tempo c foram atraindo mais escravos em fuga c até mesmo indigenas. Mesmo depois da abolicao da escravatura, em 1888, a proibicäo de praticar capoeira manteve-sc. Era vista como uma prática violenta c subversiva. Os guardas tinliain ordens para prender os capoeiristas que a praticavam, mas eles nao só continuavam a praticá-la, como a aperfeicoavam com o tempo. E assim contiimou, apesar de proi-bida, até 1930, quando um importance capoeirista brasileiro. Mestre Bimba, teve urna enorme im-portancia no desenvolvimento da mesma. Ao pcrceber que esta arte estava a perdcr o seu valor cultural e a enfraquecer, enquanto luta, misturou elementos da capoeira tradicional com o batuque (luta do nordestc brasileiro extinta com o passar dos anos), criando assim um novo es-dlo de luta que podia ser praticada por qualquer um, com movimentos mais ra-pidos e acompauhada de miisica. Desta forma, clc conseguiu que esta expressao cultural conquistasse todas as classes da sociedade. Foi Mestre Bimba, um eximio luta-dor e, acirna de tudo, um grande mestre, quern apresentou a luta ao en tao presi-dencc Getulio Vargas.'Tanto quanto se sabe, o presidence gostou de tal forma desta arte que a transformou em des-porto nacional brasileiro. Convidou um grupo de capoeira para se apresentar oficialmente no Palacio do Catete, libe-ralizando, assim, a capoeira. 114 Ca.pod.ra Capoeira ; 115 Instrumentos Urna característica que distingue a capocira da maioria das outras artes mar-ciais é a sua musicalidade. Quern a pratica tambem aprcndc a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Säo vários os instrumentos que fazem parte desta arte: Herimbau E consötuido por um arco e uma cabaca e toca-se com uma ba-queta. produzmdo sons atraves da vibracio do arco. Este e o mstru-mento prmcipal da Roda, que vai definir o ntmo da müsica e tambem do combate de capoeira. Onginalmente o benmbau tmha a funcäo de alertar os comba-tentes para chegadas moportunas. Agogo Este mstrumento tambem. foi mtroduzido no Brasil pelos africanos. O nome agogö per-tence ä lingua nagö e significa "sino". E um mstrumento de ferro c c tocado com o auxfho de uma vara. Atualmente, e o mstrumento de percussäo mais agudo que se usa na capoeira. Atřihřiquc É um instrumento musical de percussäo afřo-brasileiro. E cons-atuído por um tambor cilíndrico ou ligeiramente cómeo, com uma das bocas cobertas de couro de boi, veado. ou bode. E tocado com as mäos, com duas baquetas ou, por vezes. com uma mäo e uma baqueta. GLOSSARIO alertar: inforrnar; aviaar assentamento: porgao de terra para cultivar eximio: excelente: muito hábil extinto: terrniriado; acabado fazenda: propnedade rural indigena: pessoa natural da regiao onde habita inocente: inofensivo recreativo: diz-se daquilo que distrai ropa: terreno onde a sementaira é plantada entre o mato; casa de campo um poueo luxuosa e original subversivo: revolucionário Reco-rcco Tambem e urn instrumento de percussad, de origem afro-brasileira. composto por um tubo de bambu com golpes transversals num. dos lados. Sobre cstes golpes faz-se des-lizar uma varmha de mo do a pro-duzir o som. t Atabaque i'andeiro E um tipo de tambor. com pele fina e. embora näo tenha carxa de ressonáncia, geralmente tem um som mais agudo do que o ataba-que.Tem uma forma circular c ao redor tem umas platrne-las duplas de metal. O som é produzido com o bater da mäo ou dos dedos na men-brana. ihr** imtÚ COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1."(...) era uma forma de treinarem näo so o corpo, mas tambem a mente (...)." 2."(...) os escravos persistiram, ainda que de uma maneira encoberta, oomo se se tratasse de uma inocente danga recreativa." 3. "Era vista como uma prática violenta e subversiva." 4."(...) ele conseguiu que esta expressäo cultural conquistasse todas as classes da socii VOCABULARIO . Complete o texto com as palavras dadas. logo circulo focada musical algum aplicar batendo inicia berimbau treino entre berimbau Roda de capoeira A roda de capoeira é um_ batéria_em que a capoeira é jogad; tada. A roda serve tanto para o_ de capoeiristas com uma _e can- , divertimento e espetá- culo, quanto para que os capoeiristas possam_o que aprenderam durante o _. Os capoeiristas colocam-se na roda cantando e _palmas ao ritmo do_, ao mesmo tempo que dois capoeiristas jogam capoeira. O jogo ,_estes dois capoeiristas pode terminar quando o tocador de_o determinar ou quando_outro capoeirista da roda "compra o jogo", ou seja, entra no jogo dos dois primeiros e_um novo jogo com um deles. 116 I Capoeira ressöes Idiomáticas no portuguěs do Brasil. Encontre na coluna B o significado das expres-a coluna A. B 1. Morrer 2. Descarado; sem-vergonha 3. Construa uma frase usando cada uma das expressöes idiomáticas do exercício anterior. a)__ Pór minhoca na cabeca Abotoar o paleto Arrumar sarna para se cocar Botar pra quebrar Cara de pau Levar um fora Andar feito barata tonta Acertar na mosca Bater papo Pisar na bola 3. Fazer algo com muita intensidade (geralmente em sentido positivo) 4. Estar distraído/indeciso 5. Pensar sobre problemas inexistentes 6. Conversar informalmente 7. Cometer deslize 8. Procurar problemas 9. Acertar com precisäo 10. Ser desprezado 4. Abaixo, estäo listadas algumas diferengas lexicais entre o portuguěs europeu e o portuguěs do Brasil. Portuguěs europeu Portuguěs do Brasil a) agrafador » grampeador b) autocarro ~+ ônibus c) boleia » carona d) oasa de banho _». banheiro e) fato de banho . maiô f) peäo - pedestre g) penso rápido esparadrapo ou bandeide h) relva -» grama i) sumo .... suco j) telemóvel —> celular a) Escreva urna frase para cada uma das palavras no portuguěs do Brasil. Grampeador:_ Ônibus: Carona: Banheiro: Maiô: Pedestre:. 120 I Capoeira a¥ras Cruzadas. Encontre a palavra mais adequada no portuguěs do Brasil. Korizontais 3. Bica 6- Hanear a prapmas 9- Autocarro 10- Traváo Verticais 1. Talho 2- Eletnco 4. Atacador 5. Combo/o 7. Sandes 11- Peoes b) Ao chegarem ao Brasil, estes escravos afrioanos aperceberam-se da necessidade de desenvolverem for-mas de protegáo contra a violéncia e repressao por parte dos colonizadores brasileiros. Quando__ o) Os donos proibiam qualquer que fosse o típo de arte marcial praticada, mas os escravos persistiram, ainda que de uma rnaneira enooberta, como se se tratasse de uma inocente danga recreativa. Embora os donos_ d) A capoeira era vista como uma prática violenta e subversiva. Os donos_ e) Getúlio Vargas convidou um grupo de capoeira para se apresentar ofícialmente no Palácio do Catete. Um grupo de capoeira_ mplete com: porque / por que, enfim / em fim, demais / de mais, porquanto / por quanto. _, aquilo que quer dizer é que näo gosta de jogar capoeira. Näo é verdade? __comprou este berimbau? iham cuidado, porque voces jogam_. 3 acho que seja nada_, näo se preocupe com isso. je descansado,_ela vai telefonar logo que chegar. reformaram-se porque já estavam_de carreira e tinham atingido a idade. quipa näo atingiu os objetivos, _ näo houve boas condigöes de trabalho. _ razäo näo veto ao treino de ontem? xicöes finals. Forme frases juntando um elemento de cada coluna. B )espache-se, V fim de que fale bem portugués, em de comprar urn bom dicionário, emos de procurar urn desporto 1. para que nos sintamos melhor. 2. se sente täo desmotivado? 3. para que ainda apanhe o autocarro. 4. para que o oucamos. ara que ela possa viajar nas próximas férias, 5. para que se possa pedir o visto. >me este medicamento, 6. a fim de que possamos resolver o seu caso. or que motivo 7. precisa de estudar mais. sm de voltar amanhä, 8. para que Ihe passem essas dores. io se esquecam do passaporte, 9. tern de trabalhar bastante. ir favor, fale mais alto, 10. para que adquira mais léxico. Para si a capoeira é uma arte marcial ou uma expressäo musical? Que t pos desporto considera que estao mais irrteriigadosco.«am.nte? , Será que ainda existem diferentes tipos de escrav.dao nos d.as de hoje. *». Í, f.. Brasil, o rei do ritmo e dos espetáculos Sk Para muitos, o Brasil é sirióninio de sul, piaia e mar. Associa-se o Brasil a Säo Paulo e Rio de Janeiro, a Tpanema c Copacabana. Para mukös, o Brasil é (.arnaval. Contudo, é muko mais do que isso: e um pais vasto quer na di-mensao geográflca quer social e cultural. Čada regiao tem o seu cncanto e as suas tradicöes, muitas delas säo comuns em alguns aspetos, por exemplo, a alegria do povo brasileiro que se reflete, tao bem, na criatmdade que os caracteriza. Säo reis no futebol. no teatro. ms telenovelas, na míisica, na dan ca, 110 ritmo... Se. no íiiício, o futebol era apenas praticado por uma elite, agora é por todos aqueles (e säo muitos...) que tem talento e preparacáo fisicapara este des-porto. Mas voltemos atrás no tempo, rc-cuando até 1895, quando o paulista Charles Miller, após uma viagem pela lnglaterra, levou duas bolas de futebol para o Brasil e comecou a converter a eomumdade de expatriados britänicos (que viviarn em Sao Paulo) de jogado-res de críquete emjogadores de futebol. Chegon a eriar um clube de futebol, mas como era uma čerta aristoeracia quem domin ava. a prática děste des-porto restrmgia-se a uma elite branca. As classes sociais menos ťavorecidas e até incsmo os negros só podiam assistir. Apenas mais tarde, em 1920, é que o tutebol se massificou com a aceitacao dos negros neste desporto. Durante o governo de Getúlio Vargas ťoi feito um grande esfbrco para im-pulsionar o futebol no país.Trinta anos mais tarde, e akida durante o governo de Vargas, foi construído o Maracanä. Mas a música tem uma relacäo force entrc os brasileiros, onde quer que estejam. Quem näo gosta de bossa nova? Falámos com alguns brasileiros e todos foram unánimes na resposta "Opa! É um ritmo bacaná." A história da bossa nova é a Iris-tóna de uma geraeäo de jovens artis-tas brasileiros, na década de cinquenta, que aereditava no futuro e conseguia realrz.ir o soimo de levar a música aos quatro cantos do mundo. As primei-ras manifestacoes děste tipo de música ocorreram na /ona sul do Rio de Janeiro. Cantores, músicos, poetas, intclcc-tuais c amantes do jazz americano par-ticiparam no nascimento děste género musical, que juntou a alegria do ritmo brasileiro com a harmonia do jazz americano. Muitos nomes ficaram ligados ä bossa nova: Antonio Carlos Jobim,Vi-nicius dc Moraes, Joao Gilberto, Nara Leao, Dur val Ferreira, Elizeth Cardoso e tantos outros. Nos anos sessenta, houve dois factos que iiiarcaram a consolidaeäo da bossa nova näo só no Brasil, mas também no mundo: primeiro foram os espericulos na Facuidade de Arquitetura e na PUC (Pontiflcia TJmversidade Católica); depots seguiu-sc o show no Carnegie Hall e com ele a explosäo do ritmo brasileiro pelo mundo. Mcií conw é que se pode caracterizweite gk.nc.ro musical? Esta é a pergunta que alguns desconhecedores fazem. Pois bem, caracteriza-se por uma maior integraeäo ciitre melodia, harmonia c ritmo, com poemas mais elaborados e hgados ao quotidiano, valorizando as pausas e o silencio, cantando de modo mais despojado e intimista do estilo que vigorava ate entao. Näo so a bossa nova tem um ritmo intrinsecaniente ligado ao Brasil — exisre tambem o samba. O samba desen vol veu -se como genero musical urbano no Rio de Janeiro, nas primeiras decadas do século xx. Na origem. era urna forma dc danca. acompanhada dc pequenas ŕrascs melódicas e reŕfôes de cnacäo anónima. Foram os negros que migra-ram da Babia - na segunda metade do século xix - que o drvulgaram. Quer o tipo dc danca quer o género musical tém raiz nos ritmos e mclodias africanas, como o lundum e o batuque. Em meados do século xix, a palavra samba era usadá para deiinfr diferentes tipos de música mtroduzidos pelos escravos africanos, sempře acompanliados por diversos tipos de batuque. mas que assumiam caracterísricas proprias em cada Estado do Brasil. Esta diversidade de caracterísdcas baseava-se nas diferen^as de cada tribo de escravos, assim como na peculiaridade de cada regiäo cm que se estabclccerani. Tradicionalmentc, a música é composta pelo acompanhamento de cavaquinho, varios tipos dc violäo e o rei do utuio e dos pspmculos Brasil, o rei do ritmo t dus cspĽtáculos | 127 GLOSSARIO converter: mudar; transformar elite: referents ao que existe de melhor numa comunidade, sociedade ou grupo estereótipos: opiniao proconcebida expatriados. expulsos da pátria imensurável: que nao se pode medir massificar: influenciar os individuos no sentido de transformar e unitormizar comportamentos peculiar: próprio; particuiar; invulgar restringir: limitar dilerentes Instrumentos dc percussao. Por influéncia das orque<>tras americanas, em voga depois da II Guerra Mundial, tam-bém passaram a ser utiiizados o trombone e o trompete e, por iiixluéncia do choro, a flauta e o darin etc. Ao longo dos anos, os ritmos latinos e americanos tém inťlucnciado o estilo do samba. O mornento alto desta influéncia surgiu entre os compositores das eseolas de samba dos morros cariocas, näo propria-mente ligados ä danca. mas sob a forma de improvisacöcs cantadas, individualmente. alternadas com estribilhos conhecido1- e li uuAis pela assisrčncia. 1 loje em dia, nao podemos dissociar T> miba do Carnaval brasileiro. Estäo nterligados. Quando se fala de espetácu-los brasileiros, tendemos a pen-sar de ŕmediato no Carnaval. Näo há dúvida de que ešte é o espetáculo que movimerita niuita gente - além dos participant es, há um numero knensurável de pessoas que sc deslocam para ver os desfi.-les. É um espetáculo que, além de alegre c colorido, tem bastante upacto na e c on o m i a do pais, •las näo só o Carnaval faz parte da ''indústria" dos espetáculos brasileiros. Todos nós apreciainos - de urna nianeira ou de outra. com mais ou nienos assidui-dade — as telenovelas. Este é um espetáculo com largos anos de producäo e se, por um lado, c bem vis to por uns, que o consideram um prodíHo de entretenimento bem conseguido, há outras pessoas que veem na telenovela a alienacao da populacáo e a ilustracao do Brasil como um lugar dc estereótipos e de caricaturas. Concordando ou nao, há que adimtir que a representacao dos atores é bastaute au-téntica e, por consegnintc, tem feito eseola. Por outro lado. as telenovelas brasileira.s tem abordado temáticas essenciais da so-ciedade brasileira, além de térem passado para o eera obras literárias que acabaram por chegar mais per to de algum público, por exemplo, o caso da obra eserita por Jorge Amado Gabriela, Cravo e Canda ou Dona Flor e Seus Dois Maří dos, entre outras. Talvez por tudo isto, que dantes era visto minia perspetiva negativa e precon-ceituosa, tenha ganho novos contornos, c a rudimente tem sido teitas diversas pes-quisas (até em mcios académicos) com o objerivo de estudar a importáncia e a inÚuéricia das telenovelas na sociedade brasileira. Resta acrescentar que as telenovclas brasileiras p rovem das radionovelas dc grande sucesso dos anos qiurenta e cin-quenta. Com o aparccimento e o cresd-mento de um novo meio dc comunica-cáo no país — a televisao — as radionovelas entraram em decadéncia, dando lugar as telenovelas. Quaiido surgiram, erani trans-mitidas ao vivo em dois dias da semana. Quem sabc se nao é por esce motivo que ainda hoje os atores brasileiros těm grande á-vontade a representar cm palco, isto é, no tealro, onde sao exímios. COMPREENSÁO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Brasil, o rei do ritmo e dos espetáculos." 2. "(...) comecou a converter a comunidade de expatriados británicos de jogadores de críquete em jogadores de futebol." 3. "Apenas mais tarde, em 1920, é que o futebol se massificou com a aeeitagäo dos negros neste desporto." 4. "Esta diversidade de características baseava-se nas diferengas de cada tribo de eseravos, assim como na peculiaridade de cada regiäo em que se estabeleceram." 5. "[O Carnaval] tem bastante impacto na economia do pais." 6. "(■■■) há outras pessoas que veem na telenovela a alienacao da populacáo ( brielci k^avo, ct cane VOCABULÁRIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. sentimental violäo palavra surgiy chorosa apenas reuma estilo origem salôes tarde colonial O Choro _ O Choro brasileiro . no Rio de Janeiro em 1870 e teve na sua _ _a fusäo de ritmos europeus com ritmos afro-brasileiros. Entre outros instrumentos, éram utilizados o_, a flauta e o cavaqui- nho, que dávam ä música um tom_, melancólico e "choroso". O nome deste_musi- cal parece ter derivado da época_ "xolo", que era um tipo de baile que os escravos organizavam na Mas tambem ha quern defenda que o nome se deve a maneira_com que os musicos suavizavam certos ritmos da sua epoca. No inicio, era_um grupo de instrumentistas que aos sabados e domingos se_na casa de um deles para fazer musica. A partir de 1880, o Choro popularizou-se nos_de danga e nos suburbios cariocas. Mais_, ja no seculo xx, comegou a ser cantado, deixando de ser apenas instrumental. 2. Expressôes idiomáticas no portugués do Brasil. Encontre na coluna B o significado das expressôes da coluna A. B 1. Resolver um problems complicado 2. Manter um segredo 3. Atrapalhar o namoro 4. Tomar consciencia 5. Conversa fntima 6. Criar confusao em publico 7. Quando alguem se da conta de algo 8. Improvisar; ajudar a resolver um problema 9. Agradar 10. Cometer excessos a) Armar um barraco b) Segurar a vela c) Pé na jaca d) Descascar o abacaxi e) Quebrar o galho f) Boca de siri g) Cair na real h) Conversa de pé de ouvido i) Cair a ficha j) Fazer a cabeca Construa uma frase usando cada uma das expressôes idiomáticas do exercício anterior. g) . h) 130 I Brasil, o rei do rittuo e dos espetáculos Bľasil, o red do litmo c dos espetáculos | 131 4. Abaixo, estáo hstadas algumas <.. ~ . |exicais entre o portugués europeu e o portuguěs d Brasil. Portugués europeu a) apelido b) bilhete c) camisa de dormir d) camisola e) dormitar f) falador g) fita-cola h) gelado i) guarda-costas j) simpático Portugyés do Brasil sobrenome ingresso camisola blusa de lá cochilar boca mole durex sorvete capanga bacano ; Escrcv.i um.i tuii.0 pnia cnd.i uma das palavras no portugués do Brasil. Sobrenome:____ Ingresso: Camisola:. Blusa de lá: Cochilar: _ Boca mole: Durex: _ Sorvete:. Capanga: Bacano:. 132 j Brasil, o rei do ritmo e dos esperáculos Biasil, o rei do rilmu e dos cspetáculos | 133 5. Palavras com a mesma raiz etimológica. Escreva duas palavras da mesma família das seguintes. a) mar _ f) dimensäo _ b) criatividade _ g) sonho _ c) aristocracia _ h) desfile _ d) entretenimento _ i) despojado _ e) improvisacäo _ j) assistencia _ - - ■ :# "í GRAMÁTICA 1. Portugués do Brasil. Transforme as frases usando o gerúndio. a) Ele estava a ser observado pelos amigos. b) Andei a fazer um inquérito sobre o Carnaval. c) Depois do desfile, a Neusa vinha a arrastar os pés de cansago. d) Estavam todos a dormir quando eu entrei. e) Eles iam a cantar e a dancar pela rua quando encontraram a Polícia. f) Ela continua a escrever para novelas. g) Quando vocé me vir a dormir frente ä televisäo, näo me acorde. h) Vocé está a perguntar isso a quem? 2. "Restaacrescentar que as telenovelas brasileiras provem das radionovelas de grande sucesso (...)." Ha outros verbos derivados de "vir": advir / convir / intervlr / provir. Escolha o verbo mais apropriado e conjugue-o corretamente. a) Näo me parece que Ihe_passar o carnaval na Bahia este ano. b) Antes de eu entrar na sala de reuniöes, eles ja_sobre o assunto que tinhamos pendente. c) Mesmo_de uma familia nobre, gosta de participar nestas festas populäres. d) O cansaco que ela sente_de tantas noites sem dormir. e) Lamentamos que näo te_vir assistir ao desfile na semana passada. f) Para nös_no debate, temos de preparar bem o tema. g) Tudo o que_do investimento feito, e do nosso agrado. h) Todos nös sabemos que o Carnaval_do Brasil! 134 I Bnsil, o rei do ritmo e dos espetáculos Brasil, o rei do ritmo e dos espetáculos | 135 3. Complete o texto com a preposicäo mais adequada. Faca contragäo com o artigo quando ne cessário. contra História do Carnaval no Brasil A história do Carnaval brasileiro teve inicio . o periodo colonial. Uma manifestagöes carnavalescas foí o Entrudo, que era uma festa . __os escravos na colónia. Eles saiam pelas ruas,_ _origem portuguesa e praticada _ os rostos pintados, atirando farinha e bolinhas de ägua de cheiro äs pessoas. Mas... nem sempre eram cheirosas! Ainda que o Entrudo fosse uma festa bastante popular, tambem era considerada corno uma prätica ofensiva e violenta, dado que as pessoas eram atingidas__objetos diversos. Este era o motivo_o qual as famtlias mais abastadas fi- cavam_casa nessa altura. Contudo, estas familias tambem tinham os seus divertimentos: as mocas jovens desta elite ficavam__as janelas a atirar ägua_os transeuntes. Em meados do seculo xix, a prätica do Entrudo_o Rio de Janeiro comegou a ser criminalizada, apös uma campanha_esta manifestagäo popular e que foi levada a cabo_a imprensa. Enquanto isto, a elite do Império criava os bailes de Carnaval. clubes e teatros. Foi esta mesma elite do Rio de Janeiro que veio a criar as chamadas sociedades. as quais comegaram a desfilar as ruas da cidade. Mas as camadas populäres näo desistiram_as suas práticas carnavalescas. No final o século xix procuraram uma forma de se adaptarem_as tentativas de disciplína imposta a Polícia. Criaram os cordôes (incluíam a utilizagäo da estética das procissöes religiosas com manifestagöes populäres, como a capoeira e os zés-pereiras que tocavam grandes bombos) e os ranchos (cortejos pratica-dos principalmente_as pessoas do campo). Ainda__o século xix surgiram as marchinhas de Carnaval, ou Chiquinha Gonzaga, como eram mais conhecidas. Na Bahia, os primeiros afoxés (cortejo de rua durante o Carnaval) surgiram nos finais do século xix e princípio do século xx,_o objetivo_relembrar as tradigôes culturais africanas. Também _o Recife passou a ser praticado o frevo (ritmo musical e danga) e o maracatu (ritmo musical, danga e ritual de sincretismo religioso cristäo com as crengas africanas)_as ruas de Olinda. Na década de vinte apareceram as escolas de samba, as quais eram o desenvolvimento_os cordöes e ranchos. A partir dos anos sessenta, as escolas de samba e o carnaval carioca passaram _uma importante atividade comercial. Espelho, espelho meu... O Brasil é eonsiderado o campeäo das cirurgias plásticas, o que causou um acréscimo lexical: lipoescuitura, ab-dottiinoplastia c únoplastia, entre outras, säo técnicas de cirurgia plastica que passaram a fazer parte do vocahulário da maioria dos brasileiros,independent tementc da classe social ou idade. Por-que se quer atingir a pcrfeicäo estética ou porquc se quer ficar parecido com um{a) tal ator/atriz de Hollywood, ou ainda porqne sim, as intervencöcs esté-ticas passaram a ficar táo banais quanto comprar um carro ou fazer urna via-gem a um lugar longínquo. Capricho? Bein, cada um sabe de si. A verdade c que nem é preciso ter muito diiuieiro, apenas encontrar urna empresa que financie o numero de vezes adequado em relacäo ao orcamerito do chente. No Brasil hi consórcio com pianos de pagamcnto ate oito anos. Em 2014 o Brasil conquistou o primeiro lugar no ranking de países que fazem mais cirurgias plásticas. Sabe-se que os especialistas brasilei-ros tbram responsáveis. por 12,9% das 11 ,6 milhôes de intcrvencöes estéticas realizadas no mundo. Näo nos pode-inos esquecer de que muitas destas cirurgias foram de reconstrucäo após acidente ou doenca. A Sociedade Internacionál de Cirurgia Plastica Estética fez um le-vantameuto e mostrou que no Brasil 13H . Espcllio, espelho men... Existe no mundo ^alguém metis, befo do que eur se realizam anualmente cerca de 1.5 tmlhoes de cirurgias: um milhäo säo procedimentos estéticos e 500 mil säo reparadoras. Mais do que um reeurso para adiar o efeito do tempo, a cirurgia é um meio para conseguir a aparéncia desejada erri qualquer idade. Em 2013 verificou-se que o numero dc plásticas em adolescentes — entre os 14 e 18 anos — tinha aumen-tado 141% em quatro anos. Ncsse mesrao periodo, o numero de cirurgias estéticas realizadas em adultos tinha erescido 36,8%. Hoje em dia, o Brasil tem mais cirurgiôcs plasticos por habitante do que os Estados Unidos. Segundo a Sociedade Brasileira dc Medicina, há um especialista para cada 44 mil pes-soas, cnquanto nos Estados EJnidos a proporcäo é dc 1 para 50 mil pessoas. Nos anos cinquenta o cirurgiao plástico niineiro Ivo Pkauguy ganhou fania no Rio de Janeiro. Trabalhou com outros cirurgioes de renome e, em 1961, ganhou notoriedade ao criar urna equipa dc voluntários para aten-der as vítimas do incéndio do Gran Circm Norte-Ameriamo que sc apre-sentava em Niterói. Muitas foram as vítimas deste enorme acidente. Ape-sar de Pitanguy ter conquistado fama por rejuvencscer o rosto dc atrizes e ŕiguras farnosas da sociedade brasileira, trahalliou na sua especialidade a fim de corrigir as lesöes provocadas pelo incéndio, e assřm ajudou o Brasil a ga-nhar destaque nesta area da Mediana. Mas o espelho pede mais, quer corpus hem deiinidos —, nein que para isso se tenha de passar boras intindá-veis na maUutcäo. Nos Ultimos anos o "culto do corpo" virou preocupaeäo gcral, atm-gindo as mais difcrences classes sociais e faixas ctárias. A imprensa - revistas, jornais, tc-levisäo - dedica cada vcz mais espaco näo só aos bcneficios/efeitos da cirurgia estética, mas também a produtos de cosmética c alimentäres que aju-dem a melhorar a forma tisica. Somos bombardeados com publicidadc a novas formulas de succsso. Ningucm duvida dos benetícios de um bom piano alimentär e exerci-cio físico, mas dentro de um programa adaptado a cada pcssoa.Nao podemos ser a irnagem decalcada da atriz do ultimo filme que vimos; näo podemos ter o corpo trabalhado como o adeta profissional. Temos de procurar o bem-estar físico e psiquico dentro de certos limites. Quais? Cabe a cada. um deüni-los e näo entrar em profunda ansiedade. Correr no calca-dao ou fVequentar o gínásio é uma boa opcao qualquer que seja a idade. Sor~ rir também dá bem-estar. GLOSSÁRIO abdominoplastia: cirurgia aa ventre para retirar goruuia banal: sem originalidade; sem valoi consorcio: giupu operagöes comuns decalcar: capiar; imitar de empresas que těm lipoescuitura: cirurgia plastica pata remodfilagao da iorma do corpo malhacäo: prática dc exeracio físico renomé: concertuarío rinoplastia: operagao cirúrgica para corrigir deformidades do nanz Ninguéni é ígual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.' ' C','iflrti Pnimmonil Jo ínďa'l Espelho, espcllio i COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Espelho, espelho meu, existe no mundo alguém mais belo do que eu?" 2. "O Brasil é considerado o campeäo das cirurgías plásticas (...)." 3. "(...) um milhäo säo procedimentos estéticos (...)" 4."(...) recurso para adiar o efeito do tempo (...)" 5."(...) o 'culto do corpo'.(...)" 6. "Somos bombardeados com publicidade a novas formulas de sucesso." VOCABULÁRIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. personagens vestuárío pegou estilo vitrína pegas figurinos atores A influéncia das novelas no consumidor brasileiro Sabe-se que a novela influéncia e muito o. _ de milhares de brasíleiros. A novela é uma espécie de _ com a qual as pessoas se identificam, inclusive com as personagens, desejando o seu _ Nao importa qual a classe social, gosto ou estilo, há sempře alguém que se inspira nas produgoes das novelas. Mas aquilo que muitos náo sabem é que, na verdade, na maior parte das vezeš as_nao langam tendéncias. Sáo as indústrias de moda que se aproveitam da exposigáo dos_para langarem as suas próximas colegóes. Esta história comecou com a chegada de uma figurinista da Rede Globo, que percebeu que seria muito mais prático procurar_nas lojas do que produzir um figuríno inteiro a partir do zero. Depois desta iniciativa, muitas marcas comegaram a interessar-se por este canal de televisáo e a promover as suas colegóes. Este estilo de publicidade_tanto, que já há estudos que apontam no sentido de as novelas sérem a maneira mais eficaz de in-fluenciar o consumo. Há uma grande percentagem de espectadores de novelas que utilizam os_como inspiragšo na hora de comprar. Isto acaba por ser uma coisa boa para todos; os fabricantes podem expor as suas roupas, os lojistas conseguem direcionar os produtos, e os consumidores acabam por se sentir mais seguros na sua escolha ao saberem que determinado tipo de produto já foí usado e afirmado como status de beleza. 140 I Espelho, espelho meu. Espelho, espelho meu... | 141 2. Abaixo, estäo listadas algumas diferengas lexieais entre o portugués europeu e o portugués do Brasil. Portyguěs europeu a) afia-lápis b) assistente de bordo c) aterrar d) berma e) eastanho f) chávena g) elétríco h) fato i) rebucados j) sésamo Portugués clo Braši! apontador aeromoga aterrissar acostamento marron xícara bonde terno balas gergelim a) Escreva uma frase para cada uma das palavras no portugués do Brasil. Apontador:__ Aeromoga: Aterrissar: _ Acostamento:. Marron: w 1? Xícara: Bonde:. Terno:. Balas: _ Gergelim: _ 142 ! Espelho, espclho mm. Espdlio, espelho meu... | 143 5. Qual e o plural de...? a) atriz _ b) örfäo__ c) cristäo _ d) anäo _ e) bagagem f) banal _ g) couve-flor h) cidadäo _ i) corrimäo___ j) nuvem__ k) cäo__ I) virus _ m) hotel ___ n) olival__ GRAMÄTICA 1. Passe para o ctecurso fcdireto. a) O Brasil e considerado o campeäo de cirurgias plästicas, o que causou um acrescimo lexical Eies disseram-nos que______ b) A verdade e que nem e preciso ter muito dinheiro, apenas encontrar uma empresa que financie o numero de vezes adequado em relacao ao orgamento do cliente. Informaram-nos de que _ c) A Sociedade Internacionál de Círurgia Plastica Estética fez um levantamento e mostrou que no Brasil se reaíizam anualmente cerca de 1,5 milhôes de cirurgias. Foi-nos dito que__________ ĚĚĚĚĚSĚ \ J í d) O espelho pede mais, quer corpos bem definidos, nem que para isso se tenha de passar horas infindáveis na malhagäo. Ela disse-me que_______ e) Näo podemos ser a imagem decalcada da atriz do ultimo filme que vimos e näo podemos ter o corpo tra-balhado como o atleta profissional. Temos de procurar o bem-estar físico e psiquico dentro de certos limites. Cabe a cada um defini-los e näo entrar em profunda ansiedade. Correr no cslgadäo ou frequentar o ginásio é uma boa opgäo qualquer que seja a idade. Sorrir também dá bem-estar. Por fim, ela aconselhou-nos a_______ 146 I Espclho, espclhn men. EspdWspdhomcu... | 147 2. Complete as frases com o conector mais adequado. a meu ver a fim de porem decerto a) Eu näo vi esse filme, b) Ela interessa-se por moda, do mesrno modo com o intuito de li o livro no qual o fitme foi baseado. _que se interessa por píntura. logo por conseguinte c) Tenho trabalhado bastante e nao tenho tido ferias. Na proxima semana vou para o Brasi fazerferias. d) Os alunos fizeram um bom trabalho durante o curso e passaram no exame com sucesso: merecem descansar nos proximos dias e antes de retomarem o segundo semestre. e)_, optar por constantes cirurgias plásticas näo é saudável. f) A Florbela vai comegar as aulas de ioga_de melhorar a capacídade de concentracäo g) No proximo fim de semana vou para fora,_näo contem comigo. h) Acho que hoje eles väo entregar os íivros que requisitaram__já os leram. 3. Complete as frases com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando necessário. de a por para com a) Precisamos_chegar a horas_apanharmos o comboio. b) Eies apressaram-se_entrar antes que os outros chegassem. c) Estava preocupado_eles, mas acabei_receber notícias_e-mail. d) Ela faz anos_4_fevereiro. Temos_Ihe telefonar_dar os parabéns, e) Eu näo permito_ninguém que träte mal os animais. f) Eles ficaram contentes_as notícias e aproveitaram_ir festejar. g) O miúdo desátou_chorar quando deixou_ver a mäe na praia. h) Eles foram condenados_pagar uma multa_falta de documentagšo atualizada i) Reparaste_aquela pintura? j) Elas näo querem estar sujeitas_medidas_esse tipo. 148 I Espelho, espelho mel]... PARA COMENTAR • "Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar." • A cirurgia plastica só se justifica em caso de necessidade de reconstrucáo na sequěncia de um acidente. • Sorrir é um meio de ultrapassar depressöes e falta de autoestima. ^-Espellio, cspcllio men... | 149 Säo Torné e Principe.. de 1001 km nyxgici Dona Carlota re c us a dizer a idade e tem toda a razäo. Porquc ha-veria um "branco" - que ela näo co-nhece de lado nerihum — de querer saber tai coisa? "TJuxe o barco e depots fa'z perguntas!'' Assim seja. Durante tins longos c penosos minutos. liomens, mulhercs e criancas puxam a pequena embareacao areia acima, carregada de peixe. A tareía eseava ternrinada, mas Dona Carlota gosta mais de interrogar do que ser inter-rogada: "Nunca viu pescadores na vida? Somüs pobres, a nossa sorte é o mar farto'", explica esta habitante de Neves, urna das principals cidades de Säo Tome e Principe. "Tem quan-tos ülhos?" Um dedo indicador serve de resposta. "So um? Tristeza. Tenho cinco", explica ela, enquanco as suas rnäos calejadas agarram um volumoso atum. Atareíada e sem grande vontade de fazer conversa mole, despedc-se de forma subita, mas amistosa: "Nao es-queca, isto é terra de Deus!" Olhando ä volta, é dificil de dis-cordar. Apesar do lixo espalhado pela praia, apesar das humildes casas de madeira, apesar das águas pouco re-comendávcis do rio Provaz, esce é um território rnágico. Bašta sair desta aglomeracäo urbana onde residem perto de sete mil afmas c regressar ä estráda reabilitada recentemente, com dinlieiros da TJniäo Europeia. A paisagem virgem acaba por se impor e deixar desconcertado quem nunca aqni pôs os pés. E bem provável que tenha sido essa a sensacao que teve o fidalgo D. Joao de Paiva e respetivos acompanhantes quando fundearam por estas bandas, em 1485. No lugar de Anambó sobrevivc urn velho padrao que assinala esse desembar-que e a ehegada dos primeiros co-lonos Portugueses - na sua maioria, judeus e prisioneiros condenados ao degredo por D. Joao II, que percebeu a importaiicia estratégica do arqui-pélago, suposeamente desabitado ate entao. Em certos sltios, parece que cs-tauios no principio dos tempos e, mesmo quando a mao do hornem marca presenca, logo a natureza se encarrega de fazer das suas. É o que acontece quando alguém atravessa o tunel de Santa Catarina, rumo a nořte, e cornea a ver o que o espcra do outro lado: coqueiros, muitos co-queiros, de cor alaranjada. Claro que tudo nao passa de urn mero efeito de ótica gracas ao sol e á localizacao das árvores.Já agora, convém fazer urn es-clarecimento: estanios a falar da costa ocidental de Sao Torné, que a gene-rahdade dos especialistas e dos sáo--tomenses considera até nem ser a mais bonita do pais. Gostos nao se devcm discutir, mas, na qualidade de escriba independente, aprovcita-mos para dar um manifesto e singelo exemplo de uijustica: a Lagoa Azut. Sim, o famoso hlme homónimo, pro-tagonizado por Brooke Shields, foi feito na Jamaica, rnas também poderia ter sido aqui rodado. Contemplar a baia c as águas turqucsas do Atlántico desde o morro do Carregado e de-pois serpentear até á praia da Lagoa Azul é uma experiéncia C[ue dispensa quaisquer comentários. E que só fica completa após prestarmos o devido respeito ao centenátio embondeiro que serve de referenda a quern vai a bauhos ou mergulha com o propósito de ver os corais que ficam entie os 10 e os 30 metros de profundidade. ísto para nao falar de outras praias até ao extremo sul da ilba e dos ilhéus que ponuiam toda a orla oeste. Seja como for, subiiiihe-se a in— justica de ser uraa regiao demasiadas vezeš ignorada pelos folhetos turisti-cos ť que praticamente nunca aparecc enrre os ex-libris do território. O mesmo se poderia dizer do Parque Obó. que cobre quase urn terco do pais — 235 quilómctros qua-drados em Sáo Torné c. outros 85 no Principe (que Limbem fazem parte da biosféra da UNESCO desde 2012). E ai, no centre das duas ilhas. que se concentra toda a floresU prhnitiva e as nascentes dos 50 rios que depois correm até ao oceano. Uma eriorme e luxuriante mancha vcrde que as vezes parece confundir-sc com os ce-nários de Parque Jurássico, de Steven Spielberg, c que em muito contribui para o carácter enenntatório desce que é o segundo mais pequeno Bs-tado de Africa. A fotógrata e cineasta 1. Goncalves, que trocou Lisboa por Sao Torné há cinco anos. rostuma dizer que estas sao '4ilhas mágicas". E isso noca-se quando nos embrenha-mos na vegetacao densa ou nos dete-nios a ver os pontos mais altos.muitas vezes envoltos nuni misterioso maiito de nevoeiro. Os adeptos dos despor-tos radicals e de aventura nem fazem ideia do que tem aqui ao sen dispor. Bašta dizer que o Pico Cao Grande - uma elevacao de origem vulcanica com 300 meeros de altura — é uma das imagens de marca do pais, serve mais de retiro espiritual aos feiticei-ros locais do que aos poucos alpinistas que cometeram a proeza de chegar ao top o. O mesmo se aplica aos outros picos e montanhas ainda mais altos, onde os stlíjotis unitu e os bohdá de ininja (os curandeiros e os massa-gistasj encontram tudo o que pre-cisam pata tratar todos os males da humanida.de. Parece exagero? Talve7 pense de forma diferente após ouvir os guias do Jardim Botanico explica-rem as aplicacÓes terapéiuicas e ini-lagrosas dc platitas como o tmtamhii.Q pau-purga, o cubango c a Mimosa puďua — flor que encolhe quando tocada e c tambem conhecida por "rnulher por-tuguesa". Mrtos e lendas que fazem pane dc unia nil tin* crioula que tern em J. C. Silva urn dos scus cxpocntcs mais populares. O carismatico chefe nunca perde uma oportunidade para subli-nliar a hnportancia dos saberes tradi-cionais: "E nao e so na cozinlu, e em todas as artes." Se bem o diz, melhor o faz na Roca de Sao Joao dos An-golarcs, onde fica o seu incontonia-vel restaurante e a casa grande con-vertida em boutique-hotel com uma vista de postal ilustrado.A sua ementa 150 I Säo Torné e Principe. Säo Tonic e Principe... | 151 - variável nias sempře crlativa -continua a seduzir os coniensais mais exigentes c faz jus aos pratos c produtos indígenas, incluindo a feijoada de búzios (com os ditos a provirejn da terra e nao do mar), a pedir um aromático mollio picaiite ironicamente chamado fura-cueca. Para os menos avisados. é im-perioso alertar que nenhmiia visita a este país de 1001 quilómetros quadrados, bem no centro da Terra — onde a Imha do Equador sc cruza com o meridiano de Greenwich —, estará completa sem tuna desloca-cao a ilha do Principe. Com apenas sete mil habitan-tes, ainda mais verde e selvagein do que Säo Tomé, é um mundo ä parte que a dupla insularidadc eriou para o melhor e para o pior. Para o conliecer, näo chega íicar uns quantos dias nos resorts turís-ticos que existem. E preciso falar com as pessoas que lá vivem e procurar - a pé, de barco ou num todo-o-terreno — o muito que há para descobrir. Conio diz o pro-vérbio säo-tomense. "aqiiilo que Deus näo nos deu, näo pode-mos tomar á forga"... _Texto adaptsdo. Filipe Fialho ht Viiäo glossArio calejado: endurecido; que tem calos carismatico: fascinante comensal: que come com outras pessoas na mesma mesa; convidado decjredo: pena de desterro imposta judicialmente como castigo por urn crime grave embrenhar-se: envolver-se; enirarpelo mato farto: repleto; abundante fundear: alracar insularidade: relativo a vida numa ilha; constituidn por uma ou rnais ilhas luxuriante: exuberante; vigoso orla: margem penoso: difici! COMPREENSÄO Explique o sentido das frases de acortio com o text o. 1. "Atarefada e sem grande vontade de fazer conversa mole ( 2. "Näo se esque9a, isto é terra de Deus!" 3."(...) mesmo quando a mäo do hörnern marca presenca, logo a natureza se encarrega de fazer das e 4. "A sua ementa (...) continua a seduzir os comensais mais exigentes e faz jus aos pratos e produtos índí-genas (...)." 5."(...) aquilo que Deus näo nos deu., näo podemos tomar ä forca." VOCABULÁRIO 1. Complete o texto com as palavras dadas aceitavam zangadas aviso festa refúgio educados Lenda do Canta Galo Diz a lenda que há muitos, muitos anos, Säo Tomé era o _ _de todos os galos do mundo. Viam-se galos por todas as partes da ilha. O cocorococó dos galos era ensurdecedor. A ilha parecia estar sempre em _por causa da algazarra e do cantar dos galos, a toda a hora e por todo o lado. A alegria era infernal. Mas os galos monopolizavam a ilha, esquecendo-se de que näo eram os únicos habitantes. Havia quern estivesse_com os galos, por causa da alegria deles. Era uma alegria contagiante e, por isso, achavam adequado e_o barulho feito pelos galináceos. Também havia quem estivesse indiferente a tanta algazarra. Mas existia um terceiro grupo de habitantes da ilha (o mais numeroso) que achava impróprio o barulho feito pelos galos. Estas pessoas estavam muito _com os galos e, como já näo podiam aguentar mais o barulho, mandaram um_, através de um mensageiro, aos perturbadores "Aconselhamo-vos a emigrarem e a fixarem-se num local afastado de nos. Caso contrario, haverá guerra entre os nossos grupos no periodo de 48 horas. O vencedor ficará no terreno." Como os galos eram muito_e delicados, optaram pela primeira hipótese e convocaram imedia- tamente uma_com o objetivo de escolher o rei para chefiar a expedigäo que se iria realizar imediata- mentě. A escolha recaiu sobre um galo preto, muito grande. Depois dos preparativos, a emigragäo comegou. Deram voltas e mais voltas äs ilhas e ilhéus, procuraram incansavelmente um sitio bom, que reunisse todas as condigöes para terem uma vida alegre. Depois de muito andarem e proourarem, encontraram o lugar ideal, que parecia ter sido criado de propósito para eles. Ali se flxaram. A partir desse momento nunca mais se ouviu galos a cantar desordenadamente de nořte a sul, de este a oeste, mas, sim, num determinado lugar e a _certas. Entäo, os habitantes das ilhas passaram a chamar a esse lugar Canta Gab. 152 I Säo Tomé e Principe. Säo Tomé e Principe .. | 153 a) Escreva uma frase para cada uma das palavras no portugués de Säo Torné e Principe. Chuvisco:_ Cacharamba: Saliente:. Bendencha: Cacula:_ Geleira: Capanga: Piucú: Mongonha:. Roga: _ 154 j SäüTomee principe. Säo Tome e Principe... 155 3."(...) a LagoaAzul. Sim, o famoso filme homónimo protagonizado por Brooke Shields (...)" Em portuguěs há muitas palavras que podem ter mais de um signifícado. 4. Complete o quadro. Escreva duas frases para cada palavra dada, de modo a ilustrar os diferentes sentidos. r a) dó ! 1. ; a embarcacäo ---------------- a aglomeragäo 2. condenado b) vaga i 1. contemplar ignorar 2. encantatório c) vale -—-_ , -iffiseum a fotografia cXt imr d) cachorro 1._ 2._ e) saia 1._ 2._ f) manga 1. 2._ GRAMATICA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e näo alterando o sentldo. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Puxe o baroo e depois faz perguntas. Dona Carlota respondeu que_ b) Näo se esqueca de que isto é terra de Deus! E acrescentou que_ c) E bem provável que tenha sido essa a sensagäo que teve o fidalgo D. Joäo de Paiva. Seria bem provável que___ J, d) Os adeptos dos desportos radicais e de aventura nem fazem ideia do que tém aqui ao seu dispor. i Ainda que____ jjj e) Talvez pense de forma diferente após ouvir os guias do Jardim Botánico explicarem as aplicagôes terapěu-8 ticas e milagrosas das plantas. •■; i Talvez_se_ 156 | Sio Tomŕ e Principe. Sio Torné Ľ Principe... | 157 2. Preposicöes. Caca ao erro. Em cada fräse pode encontrar um ou dois erros. Assinale e corrija a) Eu näo confio nele, porque se esqueoe sempre nie avisar quando näo vem trabalhar. b) E frequente ele meter-se com assuntos que näo säo da conta dele. c) As condicöes säo favoräveis de mudancas de clima. d) Costumo ir no aviäo para Säo Torné, mas desta vez penso de ir de barco. e) Eies esforcam-se muito em agradar äfamilia que os acolheu. f) Discordando com as afirmacöes feitas durante a reuniäo, ele salu batendo ä porta. g) Todos se queixam do clima, mas ninguém faz nada por melhorar as condicöes ambientais. h} Confesso que simpatizo por eles, säo bastante amáveis. i) Eies sempre foram muito generosos com os turistas, acolhendo-os äs suas casas. j) Este artigo é bastante acessivel por as pessoas que ainda näo co-nhecem o arquipélago. 3. Conjuncöes e locucöes. Complete as frases da coiuna A com as da coluna B. a) Enquanto voces visitám a ilha, b) Sem duvida que esta ilha B 1. de repente, caiu uma enorme carga de ägua. 2. nös näo nos importamos de nos mudarmos para cá c) Estávamos a caminhar pela praia e, 3. tanto melhor para todos nös. d) Desde que nos deem condicdes, e) Quanto maior for o silencio, f) Voltaram para o pais deles, g) A medida que o tempo passa, h) Embora estivessemos cansados, 15K | Sao Tome e Principe... 4. assim que terminaram a reportagem. 5. eu vou aproveitar para ir pescar. 6. mais eu aprecio estas pessoas que aqui encontrei. 7. fomos ajudar os Pescadores. 8. tem algo de mágico. o Viver num arquipelago e estar longe da qualidade de vida. • A natureza e cada vez mais importante para o mundo que nos espera no future » Destruir florestas e sinal de que se esta a dar trabaiho aos mais carenciados. Sol Nascente ou... Loro De quantas [íngtCC^S se faz um pais ? O primeiro contacto dc Timor coin a lingua portugucsa foi prova-velmente em 1511, quando Francisco Scrrao a visitou. O portugues come-cou a espalhar-se pelas costas das terras dommadas politic a mence pela Coroa portuguesa e, a. mcdida que a sobera-nia portuguesa sc foi cstabelecendo, o portugues impos-se como lingua de adminiscranio. A principal via dc difu-sao da lingua portuguesa em Timor -Leste foi a missionacao. Durante os primeiros 1.50 anos forain os missio-narios que se ocnparam do ensino. desenvolvendo o primeiro manual bilingue para ensinar portugues.Tam-bem to ram eles que implementaram as primeuas escolas primarias. Fnquanto colonia do Imperio Portugues, no seculo xvi, o pais era conhecido como Timor Portugues. So depois adquiriu a designacao de Timor-Leste. Assini continuou a ser ate a independencia, proclamada uni-lateralmente a 28 de novembro dc 1975. Pore.ni, pouco tempo depois a Indonesia (que faz rfonteira terres-tre pelo lado ocste do pais) invadiu Timor e consequentementc a lingua portugucsa foi proibida durance 24 anos, o tempo que důrou a ocupacao. Passou a ser o indonésio a lingua mais farad a. Em. 2002, Timor-Leste tornou-se urn pais independente e, entäo, quer o portugues quer o té tum foram as linguas adoiadas como oůciais. Na prática, o tétum é a lingua mais dissemmada: é falada em todo o território. Segnndo Mari Alkatiri (líder da Fretilin) iLo portugues näo é a lingua da unidade, mas é a lingua da identidade." De acordo com a Cons-tituicäo de Timor-Leste (artigo 3.")."i. O Jornal da República é publicado em ambas as linguas oficiais. 2. As versöes em portugues e em tétum säo publicadas lado a lado, ocupando a primeira o lado esquerdo. 3. Em caso de divergencia entre ambos os tex-tos, prevalecerá o texto em lingua portuguesa." Toda esta complexida.de de linguas faladas em território timorense levou as autoridades do pais a soiici-tarem a análise da situacao por parte de linguistas. Como o té turn é uma lingua pouco desenvolvida, pois näo tem uma tradicäo esenta, carece de vocabulário e tem uma enorme com-plexidade gramatical, Geoffrey Hull — linguista australiano — estabeleceu regras ortográůcas e dc evolucao para a lingua timorense. Tendo concluído que "'as palavras que ?iäo existem devem ser roubadas ao portugues". Acrescentou ainda que "o mais im-portante símbolo nacionál c, sem dú-vida, a lingua e, se ela se descnvolver recorrendo ao inglés ou ao babasa do Indonesia, o tétum acabará por desa-parecer, engolido por aquelas linguas, que tem muito mais forca na regiäo. Mas, se se desenvolver com o portugues, o tétum assumirá uma especifi-cida.de que o tornará irredutível e um símbolo de identidade" Contudo, há quem pergunte: "Porque é que depois da indepen-dencia ainda há uma csmagadora maioria da populaeäo que näo fala portugues?'1. O jornalista portugues Paulo Moura explicou: "Aprende-ram bahasa Indonesia e ingles como segunda lingua c falatn tétum em casa, alem de alguma "'V.'- ; as*. -;» 160 I Sol Nascente ou... Loro Sae S■ -'"Iři~ á®*11 ..-,1 COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "No princípio era a saudade..." 2."í...) sem nenhuma referencia de terra." 3. "Mais tarde, fundindo na mestigagem essas saudades de continentes diferentes ( 4."(...) peseador desde que se iembra (...)" 5. "A morna (...) reflete a realidade insular do povo de Cabo Verde.' 176 i Saudade e mnrabeřa SauJade e rnoratie7a | 177 VOCABULÁRIO 2. Como se diz em crioulo de Cabo Verde? (e escreve) o que está na coluna A. Quer tentar descobrir? Procure na coluna B como se diz 1. Complete o texto com as palavras dadas. popular enorme moeda moda antigas artes tecelagem tear vasos aguardente argila ilha ř- -w ■P mm Artesanato cabo-verdiano O artesanato tem uma gem säo__ muito apreciadas neste arquipélago, pois näo só expressam a cultura também säo objeto de utilidade. No que se refere ä_ importäncia na cultura cabo-verdiana. Quer a cerämica quer a tecela- _, como é digno de destaque o pano de terra (bandas de tecido produzidas em . manual, com desenhos geométricos, que no passado chegaram a ser usadas como . de troca na atividade comercial). Ao longo do tempo, tem sido introduzido no vestuário, assim como bolsas e outros acessórios, tornando-se_e objeto de grande procura. A cerämica é das atividades mais_, provavelmente herdada dos muculmanos chegou ä Ilha da Boavista pela mesma via utilizada pela tecelagem: escravos-pastores vindos de Santiago no século XVI. A existencia de quantidades inesgotáveis de_nesta_facilitou a introducäo e o desenvolvimento da olaria na Boavista. Em cerämica, säo feitos vários utensílios, tais como:_e vasilhas; pegas em barro ou em pedra. Mas a arte artesanal näo se fica por aqui. Entre os produtos artesanais na area alimentär e de bebidas, Cabo Verde produz os tradicionais pont- che (bebida doce, ä base de_, acúcar e fruta) e grogue (aguardente de cana sacarina) além de muitos outros licores. *" Compotas e geleias de frutas säo outras das apreciadas i iguarias, assím como o queijo de cabra. Em portuguěs a) Olá, Cabo Verde b) coxo c) rninha vida nasceu d) o meu doce amor e) bébedo f) empurrar g) desespero h) minha paixäo i) muito/a j) atirar Em crioulo de Cabo Verde 1. nhá vída näce 2. fúscu 3. afrónta 4. pintchä 5. nhä paxô 6. tchéu 7. Ôi Cábu Vérdi 8. botä 9. máncu 10. nhä dôci amor 3. Palavras com a mesma raiz etimoiógica. Escreva duas palavras da mesma família das seguintes. a) sal _ fjamável - b) ilha c) danca d) selva e) poesia g) visita h) gentil i) origem j) cultura S.uidadc c morabezí | 179 4. Escolha o verbo mais apropriado para o respetivo complemento. a) apanhar b) f azer c) andar d) prestar e) tirar f) sofrer g) passar h) chegar i) reconhecer j) dar an 5. Construa uma frase em que utilize o verbo e o respetivo complemento do exercicio anterior. a)_ b) . c) _ d) e) _ f) 9) h) . i) GRAMATICA 1. Conjugue os verbos no infinitlvo pessoa! simples ou composto. a) Ao_(chegar) ao Mindelo, näo se esquecam de visitar o Fortim del Rei. Este forte, apesar de _(construir) no século xix, está bem preservado e tem uma magnífica vista sobre a cidade e o Porto Grande. b) A cachupa é a comidatradicional de Cabo Verde. Para a_ pois nem todos gostamos de comidas täo fortes, ainda que deliciosas. _ (provař), temos de ser urn bom garfo, 180 i Saudade e uiorabc c) Confesso que gostava de_ d) É bem possivel eles nem_ e) A fim de_(conhecer) melhor este povo, temos de lá voltar. _ (visitar) todas as ilhas, mas infelizmente näo five oportunidade. _ (beber) grogue, pois sairam antes dos anfitriöes_(brindar). Saudade e morabczn j 181 2, Complete as frases com o conector mais adequado. salvo se a men wer a nao ser que assirn que ostou em crer que isto é a) Estamos a pensar em ir passar uns dias ä líha do Sal,_chegarem as férias, b) Por mim, vou,_acontega algum imprevisto. Mas penso que isso näo vai acontecer. c) Muítos cabo-verdianos tém emigrado ao longo dos anos, mas eu_ eles nunca esquecem as orlgens. d) Estou a pensar em Ír aprender a dangar o funaná,_tu näo me quíseres acompanhar. e)_,vocés tém todas as condigöes para estarem felizes: tém saúde, trabalho... que mals querem? f) Gosto muito da gentileza do povo de Cabo Verde, gosto da comida, gosto da música, gosto da despreo-cupagäo com o tempo,_, adoro Cabo Verde. 3. Complete o texto com a preposigäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-cessário. Artes plásticas por para a independéncia . Cabo . surgir Só depois _ Verde,_ 1975, é que comecaram alguns artistas plásticos, quer_o campo_ a pintura quer_a escultura. Numa primeira fase, todos os trabalhos pictóricos evidenciavam a necessi- dade urgente_liberdade e_alegria___ a independéncia. Era o fim . . séculos marcados a esoravatura e o colonialismo. Atualmente, Cabo Verde está aberto . _ o resto do mundo. Os artistas väo buscar influéncias_o estrangeiro e também é_lá que alguns väo es- tudar. Há urna čerta globalizagäo . . as artes ca- bo-verdianas, ainda que se mantenham certos sinais as raizes africanas, evidenciados sobretudo a escolha_as cores. Os artistas tern exibido os seus trabalhos _ muitas exposicoes, nao so_o seu proprio pais, mas tambem_o estrangeiro. Portugal tern tido o privilegio_ser escolhido_muitas_ estas exposigoes. PARA COMENTAR • Viver num arquipélago torna as pessoas nostálgicas. • Todos aqueles que emigram näo voltam mais äs origens. • Os ritmos de vida variam conforme os paises. A capacidade de adaptacäo também. ■«Jlfl'a'1 Os Sobas eatradigäo TracHf 5es rázem parte da cultivra de cada continente. Umas mais preser-vadas do que outras, mas que chegam a atravessar a história de um pais. Säo estas que nós encontramos quando nos debrucamos sobre Arřica. Vamos referir-nos a uma figura tradicional em Angola: os Sobas, autoridades re-gionais e tradicionais neste pais. Existem dois tipos de Sobas: o Soba Grande (aquele que lidera os outros dentro da comunidade) e o Soba propriamente dito. Desde há muitos anos que existem, em Angola, alem das autoridades governamentais, as autoridades tradicionais, com o objetivo de gerir e moralŕzar as comunidadcs. Este é um ripo de liierarquia muito tradicional c, por isso, muitas vezes torna-se diŕícil deŕinir com clareza os papéis e res-ponsabihdades dc cada um deles, na medida em que cstäo interligados pela cultura e contexto locais. Mas quem é que tem poder para se tornar urna destas autoridades tradicionais? Como se chega a Soba? A resposta a cstas perguntas, encon-trámo-la num encontro com Agui-naldo Caholo. "Nem todos os cida-daos podem ser Soba, porquc existe urna genealógia que se deve seguir, com rigor." Este nosso amigo ango-lano aerescentou: "O que se passa c que mesmo segumdo a genealógia, existem sobrinbos e outros membros da família que näo rnostram ter ca-pacidade intelectual c cultural. Além disso, também näo conservam os tra-cos dos antepassados." Quisemos saber o proccdimento em casos como este, e Caholo prosseguiu: "Nestes casos. o Consellio de Sobas escollie um outro indivíduo, no seio da comunidade, que reúna os elementos necessários para a sna congregacäo. Após a es-colha ter sido feita. organiza-sc urna cerimónia tradicional para o empos-saniento do Soba escolhido". Ficámos ainda a saber que a idadc näo e um fator impedidvo, bašta ser ^wmKUm oriundo de urna genealógia de Sobas e que tenha urna conduta aceitávcl aos olhos dos anciäos. Quando urna autoridadc tradicional morre, é es-colliido o cidadäo que demonstre ter um comportarnento irreprcensível na sociedade, a ŕim de que seja bem aceite e respeitado por todos. Estas autoridades säo rcconbccidas näo só pela respctjva comunidade, mas também pelo Ministério da Adrniiiistra-cäo do Território e pelo Miuistério da Cultura. Säo autoridades dotadas de legahdade. Como autoridadc tradicional, tem a obrigacäo de se fazcr respeitar pe-rante a comunidade e respeitá-la, resolvendo os problemas inerentes ao seu bom funcionamento. Tém obri-gacôes específicas, tais como desem-penhar o papel de juíz e prevenir o surgimento de certos constrangimen-tos externos a comunidade, como a feiticaria. Os Sobas mformam as autoridades governamentais sobre os pro-blemas que as comunidades enfren-tam,investigarn as suas causas e obtém solucôes. Resolvem Jocalmente os di-versos diferendos tradicionais, tomam decisôes, orgamzam eventos especiais (no caso de morte, doenca, assuntos ocultos) e estabelecem regras a sérem aplicadas.Tratam localmente dos pro-blemas sociais e redigem um relatório glossário anciao: aquele que tem uma idade avangada e merece respeito congregacao: reuniáo; assembleia empossamento: tomar posse; iniciar funcoes genealogia: linhagem; estirpe; ramificae-oes cle umafamília gerir: administrar; dirigir inerente: relativo a no seio de: ambiente; molo preservar: conservar; manter veredicto: resposta dada pelo juiz; decisao para apresentar ao Soba Grande que o irá analisar e; em colaboracäo com outros Sobas, dam o veredicto final. Mas no caso de haver descontenta-mento local, é o Soba quern represents o povo perante a Adnnnistracäo Municipal a fim dc expor os proble-rnas e os tentar solucionar. Se se tratar de casos dc crime, a situacäo é entre-guc ä Polícia Nacionál. Despediino-nos do nosso interlocutor e viajámos ate ao interior do pais para tomarmos contacto com a reahdade local. Foi. no mínimo. sur-preendente. ľomos bem recebidos por gente amável e cpnsciente do seu papcl na comunidade, na sociedade. 184 [ Os Sobas e a tradií"äo Oi Sobas e a tradicäo \ 185 IMPREENSÁO ique o sentido das frases de acordo com o texto. imas (tradigöes) mais preservadas do que outras, rnas que chegam a atravessar a história de um pais,' i näo conservarn os tragos dos antepassados; äo autoridades dotadas de legalidade,' i prevenír o surgimento de certos constrangimentos externos ä comunídade (., ■) gente (...) consciente do seu papel na comunidade, na sociedade." r *- '?K- VOCABULARIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. areas cultural danca ettiias enorme angolano valor crianca Riqueza cultural A riqueza cultural de Angola é . . e manífesta-se em _diversas. As festas tradicionais, que säo promovidas pelas_locais, tém um enorme_cultural. As- sociada a estas festas está a danga no dia a dia do_, sendo produto de um contexto_apelativo para a inte- riorizagäo de estruturas rítmicas desde cedo. Iniciando-se pelo estreito contacto da_com os movimentos da mäe (äs costas da qual é transportada). Também os jovens těm uma liga-cäo forte com o ritmo angolano, fortalecido através da participa-gäo em diferentes celebragöes sociais (näo esquegamos que säo eles que mais se envolvem), onde a_se revela determinante enquanto fator de integracäo e preservacäo da identidade e do sentimento comunítario. Numa outra perspetiva, também o artesanato tem um papel muito relevante no ämbito cultural. Destacam-se as estatuetas em madeira, os instrumentos musicals, as mascaras para as dangas ntuais, os objetos de uso comum e ricamente ornamen-tados dada a variedade de materials usados. A qualidade artis-tica de Angola está igualmente patente nas pinturas a óleo e areia que se encontram expostas em museus, galerias de arte e feiras. TííiíiíIf/iJíäíiiiíS; "T * f.......« ..... 2. Expressöes idiomáticas em Angola. Encontre na coluna B o significado das expressöes da co-iuna A. A B a) Bern cacimbado 1. Subornar; dar gorjeta b) Boelar 2. Simular c) Dar bilingue 3. Näo reagir d) Dar gasosa 4. Näo há problema e) Dar jajäo 5. Näo falha f) Estar paiado 6. Mentir; enganar g) Näo há maca 7. Ir embora h) Näo maia 8. Com algum tempo livre i) Tirar o pé 9. Ter díficuldade em alguma situagäo j) Ver fumo 10. Estar metido em problemas/confusáo 3. Construa urna frase usando cada urna das expressöes idiomáticas do exercício anterior. a)_,_ b)_ e)_ 9) h)_ i) 4. Abaixo, estäo listadas algumas dřferencas iexicais entre o portugués europeu s o portugués de Angola. a) Escreva uma frase para cada urna das palavras no portugués de Angola. Sumir:_____ Penso rápido: Portugués europeu Portugués de Angola a) abalar ^ sumir b) adesivo c) aldeia d) autocarro e) Cämara Municipal f) chávena g) quinta h) rapariga i) travar j) velho penso rápido sanzala machimbombo Comissariado Sanzala: Machimbombo: Comissariado: Xfcara: Fazenda: _ 190 I Os Sobas e a tradicao 5. Complete o quadra. presetvar referir a moral a hierarquia contextual GRAMATICA 1. Das duas possibilidades dadas, escolha a conjugacäo correta. a) Caso o senhor näo pudesse / possa, informe-me atempadamente. b) Ele disse-me que virasse / virou ä esouerda e depois tivesse seguido / segulsse em frente. c) Disseram-me que ontem havia / houve urn aoidente na marginal. d) Duvidámos que eia tivesse feito / tenha feito aquele relatório sozinha. e) Se fizer / fizesse uma festa no proximo fim de semana, digo-te. f) Para voces puderem / poderem apanhar o comboio das 15h30, näo se podem atrasar. g) lnformaram-me de que o banco tinha sido assaltado / foi assaltado minulos antes de eu chegar. 192 i Os Sobas e a cradicäo h) É melhor trazerem / tragam agasalhos. porque vai arrefecer é noite. i) Se ver / vir o professor, entregue-lhe este dossié, por favor. j) Se tu tenhas estado / tivesses estado na festa, terias enoontrado / tenhas encontrado os teus co- legas. k) No caso de ela chegar / ter chegado atrasada, diga-me. I) Caso vires / vejas o programa, depois conta-me o que achaste. m) Talvez o pai perdoe / perdoa ao Jose, por e 5 ter chumbado / tivesse chumbado no exame final. n) Nem que tu me digas / dissesses isso todos os dias, eu näo acredito. o) Näo acho que eles precisaräo / precisem de fazer tantos exercicios. Os Sobas c a tradicäo | 193 2. Escolha o pronome indefinido mais apropriado: tudo / todois; / toda{s). a) Ela costuma dizer_o que pensa e sem rodeios. b) Näo facas isso_de uma só vez. Amanhä iambém é dial c) Gostaria de convidar___os presentes neste encontro, para apresentarem alternativas ao assunto em disoussao. d) Normalmente, viajo__as semanas para casa da minha família lá no Norte. e) Ele tem trabalhado bastante durante__a vida. É um homem de trabalho! f) Porque é que tu queres saber sempře_? És muito curiosa. g) Já tens_ai? Entäo, se tens... podemos ir. h) Estive acordado durante . _ a noite. Sofro de insónias. 3. Complete o texto com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-cessário. de Os pratos mais famosos da gastronómia angolana Um_os pratos mais famosos_a culinária angolana é o funje. Trata- -se_urn prato tipico_pais, semelhante_a polenta, feito_ a base _ _ mandioca ou milho. Pode ter várias combinagöes, como a quizaca, que mais náo é do que folhas do pé da mandioca maceradas, que sáo temperadas e cozinhadas. Também pode ser servida_peixe ensopado ou peixe seco cozido. Outro prato tipico de Angola ó a muamba, que é preparada_galinha, peixe ou came juntamente_quiabos e óleo de palma. Este é um condimento que se utiliza muitas vezeš_a preparacao_os pratos angolanos. PARA COMENTAR 1 O poder concedido as autoridades locais e tradicionais - tal como os Soba - é um meio ef icaz para resolver conflitos de menor dimensäo. 1 Todas as tradicöes se devem perpetuar no tempo e passar de f ilhos a netos. ' Tradicäo näo é sinónimo de cultura. Macau Ponto de encontro do Oriente com o Odčleňte á Macau c mna das niais perfeitas simbioses entre a cul tura portuguesa e a chinesa. Um local onde se pode lanchar um pastel de nata com a mesma ťacilidade com que se visita um típico templo budista. Macau, local de contrastes, onde o tradicio-nal se mistura com o mais moderno. Ao percorrcrmos as mas de Macau encontramos muitas ligacôes corn Portugal. As placas com os nomes das ruas; alguns objetos ur-banos, como os candeeiros; restau-rantcs; e até as pessoas com quem nos cruzamos e que falani portugués. Tudo isto nos faz esquecer a dištancia geográfica a que nos encontramos. Um pouco mais ä frente, seiiti-mos que estamos num outro con-tinentc: já näo é o asiático nem o europeu, mas o americano. Dado que uma das principals atividades económicas de Macau c o jógo (alem do turismo), é uma das rcgiôes do mundo com mais casinos. Daí que seja chamada de "Las Vegas do Oriente". Esta designacao tern que ver nao so com o ambiente de casino, mas tambem com a arquitetura dos mesmos. A verdade e que Macau atrai quase tantos turistas quanto Las Vegas . Macau tern ccrca de 597 498 habitantes. E uma das cidadcs com maior densidade populacional no mundo. Na medida em que tern uma area tao reduzida, a cidade tern crescido na vertical. Os predios sao altos, ofcrcccndo varios apartamen-tos em cada andar. A vida e agitada. Nao ha tempo a perder. Digamos que e uma "outra" cidade que nao dorme. Nunca. Por outro lado, e curioso obser-var que algumas pessoas conseguem fugir desta agitacao citadina e pro-curam refugio nos jardins. Procuram a calma, a tranquilidade, o encontro com eles proprios. Aqui pratica-sc tai-chi. Longe do bulicio. Ha tempo para apreciar a natu-reza, nem que scja numa ilor ou num passaro... Assimsao os macaenses. (__: fear- Macau c a Fcsta da Lua Esta festa assinala o equinócio do ou-tono. A cidade fica engalanada com ianternas multicoloridas e manufaturadas por artesáos sábios, de todos os tamanhos c fcitios. Sao espalhadas por todo o lado. Há tcndinhas que vendein artcfactos próprios da época. Veem-se cestos dc frutas, caixas de bolos lu-narcs c outras iguarias. As pessoas correm de um lado para o outro, numa azáfama que faz lembrar o Ano Novo Lunar, outra das tradi-coes macaenses. A tradicao da Festa da Lua está ligada a urn antigo costume de ccrimónias de ofe-rendas á Lua. Os antigos chineses observa-vam que o movimento da Lua tinha uma relacao estreita com as mudancas das cstacoes do ano e da producäo agricola. Assim, para expressar agradccimcnto a. Lua e celebrar a collieita, eles faziam uma oferenda a Lua em dias de outono. A lua cheia, que se quer ver nesta noite. traz a niagia das lendas e niistérios que se recordam com emocao. Macau e os bolos lunares Estes bolos, que poderri ser de fabrico ca-seiro ou industrial, tem. um formato redondo (ou quadrado) e, na cobertura, tern uma men-sagcm inscrita. No interior tem gema de ovo (o ovo, dcvido á sua forma, simboliza a Lua). juin'! ,\w«u «7 '■Íl . glossario azáfama: atividade intensa; muita pressa bulício: grande movirnento de pessoas; burburinho engatanada: ornamentada; enfeitada iguaria: comida requintada e saborosa simbiose: uniäo; vida em comum Macau e os crisantemos Enquanto cm alguns países o cri-sántemo é uma flor ligada ao cul to da morte, em Macau smiboliza saúde, pro sper idade, felicidade e longevidade. Oferecer um rarno de crisäntemos é de bom-tom e elegancia. Com as pétalas faz-se uma infusäo que se bebe para acompanbar o bolo lunar. A festa de ano novo Esta festa tambem. traz muitos ri-tuais que těm perdurado ao longo dos anos. Alguns deles bem curiosos como, por exemplo: arrumar a casa. Também a tradicäo de oferecer lai si vermellios (envelopes dentro dos quais se coloca di-nficiro) é muito apreciada. Mas em Macau tambem sc tem a tradicao de entrar no ano novo com o pé direito. A cor vermelha, que se espalha por todo o lado, simboliza o desejo de fortuna e sortě para o novo ano. Embora com todas es tas tradicóes orientals, a ligacao com o Ocidente está patente, entre oxitras coisas, na lingua: fala-se portugues. Ainda que uma outra lingua tambem seja falada: o patoá (ou erioulo macaense, como alguns lhe chamam). Trata-se de uma lingua erioula de base portuguesa for-mada em Macau a partir do século xvi e irmuenciada pelo chines, malaio e cingalěs. Resta acrescentar que o patoá, atualmente, c falado maioritariamente por pessoas de idade avancada. Assim nos ligamos ao Oriente... COMPREENSAO Explique o sentido das f rases de acordo com o texto. 1. "Na medida em que tem uma area täo reduzida, a cidade tem oresoido na vertical." 2. "Oferecer um ramo de crisantemos é de bom-tom e elegáncia." 3. "Assim nos ligamos ao Oriente.. VOCABULARIO 1. Provérbios em patoá. Quer tentar descobrir? Procure na coluna B como se diz (e esereve) o que está na coluna A. B Em portugues a) Cäo que ladra näo morde. b) Filho es, pai seräs; assim como fizeres assim acharäs. c) Quern da aos pobres empresta a Deus. d) Longe da vista, longe do coracao. e) Ladräo que rouba a ladräo tern cem anos de perdäo. f) A ociosidade e a mäe de todos os vi'cios. g) Chega-te aos bons, seras urn deles; chega-te aos maus, seräs pior do que eles. Em patoá 1. Hoze filo, manhä pai; assi fazě, assi lô achá. 2. Vida fěde cria vicio. 3. Ladrám rubá di ladrám, perdám sä nádi tarda. 4. Chapá co bom, fiäa bom; chapá co mau, lô sai más mau qui mau. 5. Cachôro qui gosta ladrá sä cachôro qui nádi mordě. 6. Lôngi di ôlo, fora di coragam. 7. Dá pá pobre, emprestá pá Dios. 2. Analogias, Há uma relagäo logica entre a primeira e a segunda palavras. Descubra as relacöes lógicas em falta. a) nascer nascimento g) morrer b) hörnern pés h) animal c) pressa apressado i) vagar d) defesa defensivo j) ataque e) automóvel automobilista k) bicicleta f) espirrar espirro I) tossir 198 j Macau 3. Coloque os acentos respetivos nas palavras que devem ser acentuadas graficamente. a) util hotel refem gas b) sofa movel apoio ali c) piano figado ceramica la d) falamos cantico bau saude e) rapaz distante molho sorte f) ananas dištancia subtii centimo 4. Intetjeiföes. Qual a interjeicäo da coluna B mais adequada para ex-pressar as sensacöes da coluna A. A a) Alegria b) Dor c) Surpresa d) Medo e) Estímulo f) Desejo g) Siléncío h) Alívio a) Construa urna frase usando cada uma das interjeicôes do exercício anterior. Caramba!_ Quern me dera!_ Forca! Viva! Chiu! Ai! Ufa!. Credo! 4. A Boa Escrita. a) Escreve-se com e ou i? _elipse ef_ciěncia v zinho äns_a ad_antar _dificio b) Escreve-se com o ou u? r_preender in_guala* mal_ável agon_a s_luco p_lir ad_ecer c_rtir c_biga cand eiro burb_rinho ATICA ete o quadro. leres leias Javám tem estudado estudarem tem ido tivesse ido trazeres tragas ham puserem subirmos tivéssemos subído tens ouvido ete as frases com os verbos no modo indicative ou no modo conjurrtivo. . algum presente de Macau. .ula perguntou-me se eu Ihe_ u lho_, já lho tinha dado. ido_anos, vou convidar todos os amigos para uma festa. ido _anos, convido sempře os amigos para uma festa. __o que_, eu näo acredito numa única palavra vossa! 9ntei que tu näo me_o que se passou no sábado. Mas agora já näo faz sentido falar >so. es_a pé para o trabalho. Agora, já náo vou. iro que ele já_para a universídade, quando eu chegar. 3. Complete o texto com a preposícao mais adequada. Faca contracáo com o artigo quando ne-cessário. até a para por em de durante Lenda da deusa A-Má Há muitos, muitos anos, uma jovem, oriunda do Fujian, re- solveu embarcar como passageira_um junco, a fim de visitar alguns_os seus parentes que viviam nas costas do Guangdong. Como náo tinha dinheiro, corria_barco _ barco pedindo que a levassem gratuitamente, ofere- cendo,_troca, as suas valiosas oragoes_toda a viagem. Mas ninguém estava disposto a deixá-la seguir viagem. A jovem já estava desanimada, mas depois_muito andar lá conseguiu que um pobre barqueiro aceitasse levá-la_o seu destino. A meio_a viagem levantou-se um grande temporal. O céu encheu-se_nuvens negras e o vento, a pouco e pouco, foi aumentando_intensidade e a chůva comegou _cair. Todos os barcos que tinham partido__aquele dia naufragaram, exceto o junco que transportava a jovem. Ela tornou conta_ . o leme e conduziu a embarcagäo . ao porto que se conhece hoje_o nome de Macau. Ao che- garem a terra, desembarcou e dirigiu-se_o cimo_ uma colina_rezar, subiu a colina e desapareceu_ acho que ela_ i que ela näo _ _ razao. _ razäo. entre as nuvens. O patrao do junco e os outros passageiros que-riam agradecer-lhe, mas a jovem ja tinha desaparecido. Nunca mais ninguem a viu, mas reapareceu como deusa_o lugar onde os Pescadores levantaram urn pequeno templo_sua memoria: o templo de A-Ma, deusa dos Pescadores. Conta-se que o nome "Macau" tern origem_esta lenda. Diz-se que quando os Portugueses aqui chegaram perguntaram o nome_esta regiao, os Pescadores terao respondido: A-Ma Gau (porto ou baia de A-Ma). COMENTAR sáo lendas. Náo tém qualquer valor. leia está associada a mitos nos quais náo queremos acreditar. Supersticáo? Talvez! ságem do "ano velho" para o "ano novo", quais sáo as tradipoes no seu país?