H0J6 Clfl IIId... eurnlivroconstitufdoportextosquesedebrucam sobre temas da vida quotidiana e atual no mundc lusdfono e destina-se ao desenvolvi-mento do portugues como lingua estrangeira, lingua segunda e lingua nao materna para alunos ja com conhecimentos da lingua (ni'veis CI - Autonomia/C2 - Mestria do QECR). Atrave's dos temas abordados, que vao desde o futebol no feminino, a arte urbana dos graffiti, a expressao cultural capoeira e as hortas urbanas, as cirurgias plasticas, os alunos (de grau avanqado) sao levados nao so a rever as estruturas gramaticais, supos-tamente ja adquiridas, mas tambem a trabalhar a area lexical. 0 aprendente tera a oportunidade de desenvolver o uso da lingua, quer a m'vel escrito quer a m'vel oral, e, simultaneamente, tomar conhecimento de diferentes vivencias nos pai'ses onde e falada a lingua portuguesa. Este livro e composto por textos, glossario, exercfcios de compreensao, de vocabula'rio e de grama'tica, temas para comentar e a respetiva chave dos exercfcios. Hoje. ■ em Dia... Hermínia Malcata Diregäo: Renato Borges de Sousa L1DELI I Lidei - edi^Ses técnicas, Ida A Agradecimentos Edicao e Distfibuiqáo üdel - Edigoes Técnicas, Lda. RuaD. Estefänia, 183, r/c Dto- 1049-057 Lisboa Tel:+351 213 511 448 NdeH@lideJ.pt Projetos de edicäo: edicoesple@lidel.pt www.lidel.pt L>vraria Av. Praia da Vrtória, 14 A - 1000-247 Lisboa Tel:+351 213 511 448 "Fax: +351 213 173 259 livraria@lidel.pt Copyright © 2016, Lide) - Edicôes Técnicas, Lda, ISBN edigáo impressa: 978-989-752-185-0 1edicäo impressa: junho 2016 Concocao de layout: magnetic Paginacaa: magnetic Impressao e acabamento: Cafilesa - Solucoes Graficas, Lda. - Venda do Pinheiro Dep. Legal: n.° 411177/16 Capa: Jose Manuel Reis Imagens: www.shutterstock.com Todos os nossos livras passam por um rlgoroso controlo de qualldade, no entanto aconselhamos a consulta peribdica do nosso site (www.lldel.pt) para fazer o download de eventuais correcoes. Nao nos responsabilizamos por desatualizacoes das hiperligacoes presentes nesta obra, que foram verrlicadas a data de publicacao da mesma. sej a origináli DIGA NÄO Ä CÓPIA Reservados todos os direitos. Esta publicacäo näo pode ser reproduzida, nem trans-mitida, no todo ou em parte, por qualquer processo eletrónico, rnecánico, fotocópia, digitalizacäo, gravacäo, sistema de armazenamento e disponibilizacäo de informacao, sítio Web, blogue ou outros, sem prévia autorizacäo escrita da Editora, exceto o per-mitido pelo CDADC, em termos de cópia privada pela AGECOP - Assocíagäo para a Gestäo da Cópia Privada, através do pagamento das respetivas taxas. Para a elabora^ao děste livro foi preciosa a ajuda de quem colaborou comigo. Quero deixar os meus agradecimentos a: Catarina Fonseca, Activa; Joana Capucho, Diário de NoHcias; Patricia Tadeia, Metro; Filipe Fialho, Visäo; Maria Amelia Ajú, Vera Pinto Coelho, Orlando Couto, Antonio Luis. Um agradecimento especial ao Jorge pelo incentivo, paciéncia, ajuda e algumas foto-grafias. Por fim, um ultimo agradecimento a quern me confiou a elaboracao de mais este livro: Dr. Renato Borges de Sousa. A todos: Obrigada! Agradecimentos | 3 Apresenta^äo Hoje em Dia... e um livro constituido por textos que se debrucam sobre temas da vida quotidiana e atual no mundo lusöfono e destina-se ao desenvolvimento do portugues como lingua estrangeira, Hngua segunda e lingua näo materna para alunos ja com conhecimentos da lingua (niveis Cl — Autonomia/C2 — Mestria do QECR). Atraves dos temas abordados, que väo desde o fiitebol no feminino, a arte urbana dos graffiti, a expressäo cultural capoeira e as hortas urbanas, as cirurgias plästicas, os alunos (de grau avancado) säo levados näo so a rever as estruturas gramaticais, supostamente jä adquiridas, mas tambem a trabalhar a area lexical. O aprendente terä a oportunidade de desenvolver o uso da lingua, quer a nivel escrito quer a nivel oral, e, simultaneamente, tomar conhecimento de diferentes vivencias nos paises onde e falada a lingua portuguesa. Apresenta^äo | 5 Indice Este livro e composto por textos, glossärio, exercicios de compreensäo, de vocabulärio e de gramätica, temas para comentar e a respetiva chave dos exercicios. Färias passadas com os avös? Fazem pbem reconjeridam -se! A Exercicios de compreensäo ▼ Exercicios de vocabulärio ▼ Exercfcios de gramätica ▼ Temas para comentar Aceite o desafio [Pag. 10] • Texto lacunar • Palavras: sinönimas / homöfonas / homögrafas / homönimas / parönimas • Proverbios • Revisäo verbal • Pronomes pessoais de com-plemento direto e indireto • Diferencas entre: portanto / por tanto; senäo / se näo; contudo / com tudo; decerto / de certo Futebol [Pag. 22] • Expressöes firtebolisticas • Expressöes idiomäticas • Proverbios • Palavras: antönimas • Revisäo verbal • Verbos derivados de pör • Preposigöes Icones da cidade [Pag. 34] • Texto lacunar • Palavras: sinönimas • Nome / Verbo / Adjetivo • Expressöes idiomäticas • Revisäo verbal • Discurso direto / Discurso indireto • Preposigöes Arte urbana [Päg. 44] • Texto lacunar • Revisäo verbal • Estrangeirismos • Conectores • Prefixos • Verbo passar + preposigöes • A Boa Escrita • Texto lacunar • Revisäo verbal Ser supersticioso • Etimologia das palavras • Conjungöes dä azar...? • Analogias • Preposigöes • Expressöes idiomäticas com o verbo dar [Pag. 54] • Prefixos • Expressöes idiomäticas com o verbo pör • Revisäo verbal Velhos säo os trapos • Palavras: sinönimas • Pronomes relativos • Norries coletivos • Pronomes pessoais de com- • Verbo mais apropriado plemento direto e indireto [Päg. 64] • A Boa Escrita 6 I Aprescnta^äo [ndice | 7 A sesta [Pág. 74] • Texto lacunar • Nome / Verbo / Adjetivo • Provérbios • Etimologia das palavras • Preposigöes • Verbos derivados de ter • Conectores Seráo os Portugueses felizes? [Pág. 84] • Texto lacunar • Expressöes idiomáticas • Verbo mais apropriado • A Boa Escrita • Revisäo verbal • Preposigöes • Pronomes pessoais de com-plemento direto e indireto Como é que ficámos täo chatas? [Pág. 96] • Palavras cruzadas • Expressöes idiomáticas com o verbo andar • Analogias • Verbo mais apropriado • Revisäo verbal • Indicativo ou conjuntivo? • Conjungöes Férias passadas com os avós? [Pág. 106] Palavras cruzadas Expressöes idiomáticas Provérbios Nome / Verbo / Adjetivo 1 Revisäo verbal > Preposigöes ■ Conjungöes • Texto lacunar • Revisäo verbal • Expressöes idiomáticas no portugués do • Diferengas entre: Capoeira Brasil porque / por que; • Diferengas lexicais entre portugués euro- enfim /em Am; peu e portugués do Brasil demais / de mais; • Palavras cruzadas porquanto / por quanto [Pág. 114] • Locugöes finais • Texto lacunar • Gerúndio Brasil, o rei do ritmo • Expressöes idiomáticas no portugués do • Verbos derivados de vir e dos espetáculos Brasil • Preposigöes • Diferengas lexicais entre portugués euro- peu e portugués do Brasil [Pág. 126] • Etimologia das palavras Espelho, espelho meu... [Pág. 138] • Texto lacunar • Diferengas lexicais entre portugués euro-peu e portugués do Brasil • Expressöes com o verbo apropriado • Plural • Discurso direto / Discurso indireto ■ Conectores • Preposigöes • Texto lacunar • Revisäo verbal Säo Tomé e Principe... • Diferengas lexicais entre portugués euro- • Preposigöes peu e portugués de Säo Torné e Principe • Conjungöes e locugöes • Palavras: homónimas [Pág. 150] • Nome / Verbo / Adjetivo • Texto lacunar • Revisäo verbal Sol Nascente ou... • Léxico em tétum • Preposigöes Loro Sae • Expressöes com o verbo apropriado • Pronomes pessoais de com- • Feminino plemento direto e indireto [Pág. 160] • Norries pátrios • Texto lacunar • Infinitivo pessoal simples e Saudade e morabeza • Léxico em crioulo de Cabo Verde composto • Etimologia das palavras • Conectores [Pág. 174] • Expressöes com o verbo apropriado • Preposigöes • Texto lacunar • Revisäo verbal Os Sobas e a tradicäo • Expressöes idiomáticas em Angola • Pronomes indefinidos • Diferengas lexicais entre portugués euro- • Preposigöes peu e portugués de Angola [Pág. 184] • Nome / Verbo / Adjetivo • Provérbios em patoá • Revisäo verbal Macau • Analogias • Indicativo ou conjuntivo? • Acentuagäo • Preposigöes • Interjeigöes [Pág. 196] • A Boa Escrita Chave dos exercícios - Pág. 204 8 I índice índice | 9 Aceíte desafio Venha cultivar . a sua rí Nao tern quintal? Nao faz mal. Tamberr^ pode criar a sua propria horta... urbana. Se ja Ihe vai faltando tempo e pa-ciencia para estar nas filas do super-mercado, este artigo e mesmo para si. Imagine-se a ter uma horta na sua propria casa. Va la, nao faca essa cara... E mesmo possivel. Alguns Portugueses ja apostaram na agricultura "caseira". Para A. Silva tudo comecou ha cinco anos. "O Life in a Bag surgiu quando iniciamos uma horta no jardim como um hobby. Ao longo do tempo fomos experi-mentando diferentes tecnicas de cul-tivo, adquirindo o conhecimento e a experiencia, e ate uma estufa temos no jardim", comeca por contar. Hoje em dia esta empresa visa inspirar e incenti-var as pessoas a cultivarem os seus pro-prios alimentos em espacos reduzidos e com materials reutilizaveis. "Oferecemos produtos que per-mitem criar uma horta de ervas aromatic as e microvegetais biologicos dentro de casa, possibilitando, assim, uma alimentacao mais saudavel e amiga do ambiente. A prova disso e que ainda ha pouco tempo a Grow Box 10 I Accite o desafio de microvegetais life in a Bag recebeu uma mencäo honrosa nos Food and Nutrition Awards", acrescentou A. Silva. Na opiniao desta nova agricultora, "isto das hortas em casa talvez seja uma moda", devido a cada vez mais serem utilizadas pelos grandes chefes de cozinha e em programas de culi-nária, "mas acaba por se tornar uma necessidade nao só a nivel financeiro, mas também porque é benéřico para a saúde", conclui. Também A. Terroso se aventurou nas hortas com "uma pequena horti-nha em casa a fim de fazer algumas experiéncias". O projeto evoluiu e A. Terroso come^ou a ver a agricultura de outra forma: dou mais valor ao trabalho das pessoas que fazem desta atividade a sua vida. Este projeto fez com que alterasse um pouco os meus hábitos alimentäres e come-casse a fazer refeicöes mais saudáveis. Ajudou-me a experimentar produtos que até entao desconhecia e que säo benefices para a saúde", diz ainda. Por isso, se está com vontade de poupar, ouca os conselhos de quem sabe: "Uma vez que temos estes produtos em casa, nao precisamos de nos deslocar para os adquirir, o que torna Levar as ťaízes ä cidade O fenómeno das hortas urbanas é recente em Portugal, mas os agricultures citadinos estao a aumentar dia após dia. A ocupacao de tempos livres, o alívio do stress e a prática de agricul-tura de autossubsisténcia parecem ser os motivó* mais plausíveis para este fenómeno. As hortas urbanas, familiäres ou comunitárias, sao pequenas parcelas de terreno arrendadas a particulates para a cultura de legumes, ťlores e fíru-tos em plena cidade. Em Portugal, esta atividade co-mecou a ser implementada e divul-gada há pouco tempo, apesar de este fenómeno já ter surgido há mais tempo — durante a segunda metade do século xjx — em parses do nořte da Europa. Dado existir uma necessidade crescente, por parte da populacao, em contactar com a natureza e dar uti-lidade a espacos verdes, foi criado o projeto Horta ä Porta, o qual pro-move a qualidadc de vida da populacao, através de boas práticas agrícolas, ambientais e sociais. A criacäo de hortas na cidade pre-tende, por um lado, garantir a autossubsisténcia através de produtos hor-tícolas e, por outro lado, promover a ecossustentabilidade. As hortas de subsisténcia těm como objetivo ajudar na qualidade de vida das populacöes. Desde que estes 12 J Aceite o desafio projetos comecaram, tem sido inau-guradas pequenas hortas citadinas em várias cidades do pais. Inclusive na capital! As Cämaras Municipals dispo-nibilizam talhöes de, no mínimo, 25 metros quadrados, para atividades agrícolas. Uma das regras impostas é que seja assegurada a utilizacäo exclu-siva de produtos biológicos. Para tal, os interessados tem de preencher uma ficha de candidatura, e os critérios de sdccäo e distribuicäb obedecem a parámetros de cariz social, nomea-damente se o proponente se encontra em situacao de desemprego sem au-ferir o respetivo subsídio, se é beneü-ciário de prestacöes de apoio social e se estas representant a única fonte de rendimento ou, ainda, se é detentor do menor rendimento do agregado familiar. Nem só de legumes vivem as hortas... Se pensa que as hortas urbanas Servern só para culrivar legumes, fruta ou ervas aromáticas, engana-se! Há tam-bém quem aproveite o espaco para construir uma capoeira, ou galinheiro, local onde se albergam galinhas, patos, per us, etc. Estas aves domésticas sab ali-mentadas com aquilo que se produz na horta, principalmente vegetais 2. "Levar as raizes ä cidade folhosos. A couve-galega e um vegetal cultivado na maioria destes espacos urbanos e nao so serve para a alimen-tacao humana, como tambem para nutrir estas aves de capoeira. Os de-fensores destes espacos afirmam que sempre que se pense em criar arumais domesticos para alimenta^ao, se deve providenciar uma boa area de plantio desta couve, tambem conhecida por "hortas". Aves criadas com uma boa ali-mentacao fomecem ovos e carne de excelente qualidade. A nossa saude agradece, pois somos aquilo que comemos... 3."(,..) promove a qualidade de vida da populagäo, através de boas práticas agrícolas, ambientais e sociais.' 4."(...) somos aquilo que comemos.' H 5. "Nem só de legumes vivem as hortas..." o L Aceite o desafio | 13 VOCABULÁRIO 1. Complete os textos com as palavras dadas. profundas terra urbano alimentos direto necessidade prateleiras vontade retorno evasäo sobrevivěncia A. trair _ Hortas citadinas _ de o hörnern trabalhar a é uma questäo de_ o homem . só pela_ oferecidos pelas_ Tem raizes mais . natural de_. _sente pela atividade agn'cola näo se explica . de aceder a outros sabores que näo apenas os _dos supermercados. _, a que näo é alheia uma vontade do ambiente urbano e de_a um misto de ócio e trabalho em contacto Hortas citadinas II Säo inúmeros os_das práticas agrícolas em meio _, com destaque para o_que poderäo repre- sentar na. _familiar e na qualidade da alimentagäo, alem de permitirem a reducäo de materia orgänica no_indife- renciado e de funcionarem como_lúdico, de recreio e te- rapéutico. A substituigäo de espagos vazios da_publica, muitas vezeš deixados ao_e em degradagäo progressiva durante_, pela geometria dos canteiros agrícolas e pela diversidade das suas cultures pode ser também, desde que _com alguma disciplina, um_importante para a qualidade da paisagem da cidade. 2. De acordo com os textos, escolha a palavra alternativa que mais se aproxima do significado da palavra/expressäo destacada. 3. Quanto ä ortografia, as palavras podem ser: homófonas, homógrafas, homónimas e parónimas. Ml diferente igual diferente conserto (pome - reparagäo) concerto (nome - obra musical) igual diferente diferente sede {nome - vontade de beber líquído) sede (nome - lugar onde se encontra o poder) säo (adjetivo - saudável) Homónimas igual igual diferente säo (verbo, 3.a pessoa do plural do Preserte do Indicativo do verbo ser) Parónimas semelhante semelhante diferente área (nome - superfície) ária (nome - composigäo musical) a) Complete o quadro posicionando os grupos de palavras na coluna adequada. Homófonas Homógrafas Homónimas Parónimas gelo / gelo despensa / dispensa molho / molho cumprimento / comprimento manga / manga cinto / sinto perfeito / prefeito fecho / fecho cozer / coser nós / noz dúvida / duvida governo / governo canto / canto ouve / houve vício / vicio nada / nada crer / querer rio / rio tráfego / tráfico cela / sela incentivar aumertar motivar modificar isentar aromático saboroso saudável odorífero colorido mencäo honrosa prémio medalha diploma certificado parcela unidade fragäo diminuigäo soma albergar proteger desalojar desamparar recolher nutrir encher esvaziar sustentar completar providenciar determinar santificar prover contar paciéncia doenga saúde agilídade tranquilidade 14 1 Acreite o desaŕio ■ b) Construa uma frase para exemplificar o significado de cada palavra do exercício anterior. Exempto: Vou pór oelo no refresco. No inverno, qelo quando saio á rua sem agasalho. 10. 11. 12.. 13. 4. 14. 15. 6. 16. 7. 17. 8. 18. 19. 16 I Aceite o desafio 4. Forme provérbios juntando um elemento de cada coluna. B 1. colhe tempestades. 2. como o que fica a porta. 3. nasce a luz. a) Cada um colhe b) Gräo a gräo c) Quem semeia ventos d) Táo ladräo é o que vai ä horta 4. näo acaba a primavera. e) Näo se pode ter sol na eira 5. aquilo que semeia. f) Da discussäo g) Por morrer uma andorinha 6. nunca fizeram mal a ninguém. 7. e chůva no nabal. h) Cuidados e caldos de galinha 8. enche a galinha o papo. 5. Explique o sentido dos provérbios do exercício anterior. a)_ b). d). e). I 9). GRAMATICA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Se Ihe vai faltando tempo e paoiéncia para estar nas filas do supermercado, este artigo é mesmo para si. Caso______._'__ _ b) A ocupagäo de tempos livres, o alívio do stress e a prática de agriculture de autossubsisténcia parecem ser os motivos mais plausíveis para este fenómeno. O agricultor disse que.____ c) Em Portugal, esta atividade comegou a ser implementada e divulgada há pouco tempo. Ainda que____ d) As hortas de subsistěncia tém como objetivo ajudar na qualidade de vida das populacöes. Apesar de______ e) As Cámaras Municipals disponibilizaram talhöes para atividades agrícolas. Talhóes para___ 18 I Aceite o desaüo 2. Substitua a parte destacada pelos pronomes pessoais de complemento direto. a) Vamos plantar a nossa horta com produtos hortícolas da época. b) Ao longo do tempo, experimentaram técnicas de cultivo com grande empenho e dedicacäo. c) Ofereceremos as mesmas oportunidades a todos os que se quiserem juntar a nós. d) Eles disseram que também ocupariam os tempos livres a ajudar os amigos e familiäres nas hortas. e) As Cámaras Municipals disponibilizam talhóes para atividades agrícolas. f) Para isso, os interessados tém de preencher uma ficha de candidatura g) Os defensores destes espacos nunca defenderiam outro tipo de plantacäo h) Comeremos sempře os legumes da nossa quinta. Aceite o desafio | 19 3. Complete com: portanto / por tanto, senäo / se näo, contudo / com tudo, decerto / de certo. a) Afinal, o que é isto_uma agricultura inteligente? b) Levámo-los até lá já_preparado. Näo foi preciso fazer mais nada. c) Eles nasceram no Algarve,_, säo algarvios. d) Eles näo se importam de ficar a viver aqui,_precisam de ter um jardim para plantar algumas flores e ervas aromáticas. e) Se vocé quiser, pode ficar neste talhäo,_tempo quanto o necessário. f) A quem,_aos agricultures, se deve o ambiente de muita alegria e esperanca no futuro? g) Deixei-lhe urna mensagem. . explicado sucintamente. h) Eles preenchiam todos os requisites necessários, dade. foi-lhes cedido o direito de uso da proprie- i)_trabalho que tiveram, agora recebem os beneficios. j)_que eles virao antes da hora marcada. Sáo sempre muito pontuais. k)_der para virem amanhá, adiamos para outro dia. I) Ela irá,_, optar por ficar aqui. É urn lugar muito bonito para passar uns dias. m) O que há_ou náo, isso eu náo sei. n)_fosse estar desempregado, náo teria comecado nesta atividade. o) Gostamos muito de viver na cidade,_falta-nos a tranquilidade do campo. p) Falar _ para elas. _ assunto, como, por exemplo, agricultura de autossubsisténcia é sempre muito complicado PARA COMENTAR 1 Acha que os ciberjogos, como o FarmVille, por exemplo, těm influenciado uma nova camada da populacäo urbana no cultivo das suas hortas? 1 Quando vamos ao mercado biológico, encontramos produtos cultivados em pequenas hortas, sem aditivos, mas mais caros do que os que compramos nos hipermercados. Qual é a melhor opcäo? Porquě? 1 As hortas deviam estar só em lugares fora da cidade ou longe da poluicäo. Futebol Desporto de/para fjpnjens emull}erčs Num mundo em constante mu-danca há fenómenos que extravasam a sua esséncia e transpôem áreas que, em princípio, lhe estariam vedadas. O futebol, grande competicäo des-portiva ainda nos dias de hoje, é um exemplo deste fenómeno. É um pro-duto de globalizacao. Praticamente em todo o mundo, milhôes de pessoas compartilham o mesmo interesse: o řiitebol como desporto de massas ou desporto-rei,como alguns lhe c hamám. E, sem dúvida, uma indústria de entretenimento que age inten-samente na cultura e na economia dos países. Move multidôes qualquer que seja a nacionalidade, a faixa etá-ria ou, até mesmo, o sexo: homens e mulheres sao adeptos deste desporto. Jogatn-no. Vibram nos estádios ou em fřente ao ecrá. Utilizam um lé-xico próprio que, por vezeš, só eles mesmo entendem. Foi pedido a pessoas, de idades e profissoes díferentes, que se pronun-ciassem sobre a nova realidade que é o futebol no feminino. Futebol - Desporto exclusivamente masculino? Pensoque näo. Sem dúvida, ojogo foi criado em Inglaterra por homens e para homens. Mas naqueie tempo o acesso da mulher ao desporto era muito limitado. A mulher devia prote-ger a pele do sol porque os cánones de beleza exigiam que tivesse a pele muito branca. Mesmo quando pratí-cava tenis ou equitacäo, e até quando comecou a ir á praia, usava roupas que cobriam o corpo. E pensava-se que a mulher, como "sexo fraco", něo aguen-taria a dureza do jogo. Hoje, a realidade é bem diferente. Há milhôes de mulheres que jogam futebol e outros desportos igualmente duros. Čada vez mais clubes těm uma equipa feminina. E nao há nada no jogo que a mulher nlo possa fazer: correr, passar a bola a outra jogadora com os pés ou com a cabeca, chutar, parar uma bola, ter pontaria, aplicar 22 | Futebol Futebol | 23 uma tática, jogar em equipa, sofrer algum enconträo, driblar, fazer bluff, flngir-se inocente depois de uma falta... Só depende do gosto e da habili-dade de cada uma. E já se sabe que quem corre por gosto... Eu gosto de ver um bom jogo, rápido, emocio-nante, sem interrupcöes constantes, com bons jogadores, com golos boni-tos (principalmente da minha equipa). Mas nunca me sentí inclinada a jogar. Felizmente näo somos todas iguais, apesar de ainda soar algo excéntrico que uma mulher escolha essa profis-säo tradicionalmente masculina. Penso que o que faz mais falta ao jogo é "justica desportiva". É preciso que se implementem meios técnicos (que os há) para evřrar a corrupcäo dos juízes e dos dirigentes, o favorecimento vergo-nhoso. Ameu ver, a injustica dosjogos é o que mais desanima os adeptos e os afasta dos estádios. Com isso é que os homens e mulheres se deviam preocu-par. 4 V Pinto-Coelho Futebol no feminino Uma bola, 22 jogadores. Duas equipas adversárias, mas nao inimigas, metade de cada lado. Fora das quatro linhas, ficam os adeptos e adeptas das duas equipas. Mui-tas vezeš agrupam-se em claques de apoio e frequentemente vestem-se a rigor com as camisolas, cachecóis, bonés e gorros do dube gue apoiam. Um jogo é uma festa e quanto mais importanle for essa partida, maior é o entusiasmo dos seus adeptos. Nos primordios děste desporto, ele era essencialmente praticado e apoiado por adeptos masculinos. Com o passar do tempo, o in-teresse por parte da populacäo feminina tem aumentado, näo só no que respeita á sua pra-tica, como ao acompanhar o derby no estádio ou através da televisao. Há entusiastas de futebol de ambos os sexos que seguem näo só a vida do seu dube do coragao, mas também a Selecao Nacionál. As opečeš técnicas do treinador sao ques-tíonadas ou apoiadas consoante os resultados que a equipa vai obtendo, e ambos os sexos o fazem com o mesmo fervor. Argumentos e contra-argumentos sao digladiados, ás vezeš intensamente, entre os adeptos dos vários clubes. Homens e mulheres que seguem este desporto acabam sempře por opinar sobre o que o treinador devia ou náo ter feito durante o jogo e sobre as jogadas polémicas no finál do encontro. Essas pequenas picardias sao geralmente diseutidas antes, durante e depois dos jogos. Sao as grandes penalidades, os golos invalidados, os foras de jogo ou a justica dos cartoes distribul-dos pelo árbitro aos jogadores. A verdade é esta: quem gosta de futebol, seja horném ou mulher, sente entusiasmo com as vitórias da sua equipa e sofre mais ou menos intensamente com os resultados nega- tiVOS. -ÍJ.Pronto O futebol também é um desporto para mulheres? Eu penso que sim. E porque náo? Já lá vai o tempo em que o desporto, pelo menos com carácter competitivo, era interdito ás mulheres. O desporto consistia em jogos entre amigos e conhecidos e nao eram, de forma alguma, jogos para as grandes massas. Náo arrastavam multidóes. Hoje é diferente, os tabus foram derrubados e o desporto comecou a ser praticado indistíntamente por homens e mulheres. Hoje em dia, há equipas de futebol feminino que o praticam de forma muito agradável. Se me perguntarem se o boxe ou a luta livre também sao desportos para mulheres, direi redondamente: náo! Sao desportos que exacerbam uma brutalidade e agressividade que me parecem condenáveis. Até mesmo para homens! Mas o futebol é diferente, tem lances interessantes, emotivos, que ex-ploram a velocidade e habilidade dos jogadores. Por outro lado, também é emotivo pela expectativa do resultado final. Náo sendo um jogo essencialmente agressivo-ainda que viril -, acho que as mulheres de hoje também assistem com muito fervor a derbies emocio-nantes. Conhecem as regras do jogo, mesmo quando sáo só espectadoras. Puxam pelos jogadores ou jogadoras. Fazem parte das claques: cantam e gritam entusiasticamente. Eu cá gosto de bom futebol! Náo jogo nem nunca joguei, mas sempře fui uma adepta do desporto-rei. Nunca faltei a um jogo do meu clube favorite; nem o meu marido e o meu filho. Todos os domingos lá íamos nós, de cachecol ao pescoco. Agora... ouco os relatos no rádio. ^ M. A. Ajú Futebol - Desporto de/para homens e mulheres Desde sempře que o futebol foi associado a um desporto para homens, devido á sua vi-rilidade. É frequente ouvir frases do tipo "futebol é para homens" ou "parece uma menina a jogar á bola". A verdade é que tudo isto se enquadra nurna filosofia em que o homem é sírnbolo de virilidade, brutalidade, forca. Elementes necessários para a prática de um desporto como o futebol. 0 futebol foi eriado por homens e para homens há mais de cem anos, numa socie-dade em que a mulher tinha poucos díreilos e era vista corno mais senslvel, menos viril e cuja principal funtáo era a de casar e ter filhos. Poucas foram as mulheres que envere-daram pelo desporto. 0 desporto era para homens. Evidentemenle que muita coisa mudou nos Ultimos cem anos e muitos direitos foram adquiridos pelas mulheres, desde o direito a votar até ao de ocupar posicóes outrora só de homens. Há milhöes de mulheres que jogam futebol e outros desportos igualmente duros. Cada vez mais clubes těm uma equipa feminina. E näo há nada no jogo que a mulher näo possa fazer (...)' 24 Futebol Futebol I 25 GLOSSÁRIO abarcar: integrar; abranger; conter cänone: modelo; regra; padräo digladiar confrontar en qua d rar ajustar; combinar entretenimenrto: divertimento enveredar (por): seguir determinaoto rumo ou destino exacerbar: agravar; tornar intenso extravasar: transbordar; ir para alem de; exteriorizar emocäo fervor: entusiasmo Implementar: realizar; executar; levar a cabo opinar: manitestar opiniäo outrora: antigamente pi card ia: provocagäo piropo: galanteio; palavra ou frase lisonjeira dirigida a aiguém primórdios: princípio; início de relato: descricäo; narracáo; reportagem residual: aquilo que resta de No caso portugués, por exemplo, sö após a revolucäo de 1974 é que cometaram a aparecer mulheres a conduzir autocarros e a assumir algumas profissöes antes restritas aos homens pelo fator for^a e masculinidade. No desporto foi igual. Hoje em dia vemos mulheres a jogar futebol e outros desportos como, por exemplo, o boxe, coisa impensável há uns anos. Já näo é surpresa encontrarmos grandes jogadoras de futebol a usar a forr,a para veneer, jogando tal como os homens. 0 curioso é que o futebol feminino em muitos países como os EUA, a Noruega ou a Dinamarca já consecjuiu triunfos a nivel mun-díaI e olímpico, nunca antes alcangado pelos homens destes países. Em conclusao, atualmente qualquer desporto pode ser praticado por ambos os sexos, sem que haja discriminagäo, havendo ate algum respeito por essas mulheres que tém sucesso quer no futebol quer noutros desportos. 0 caminho para a igualdade de oportuni-dades está criado e sera cada vez mais uma certeza. < o. Couto Futebol - Desporto para homens e mulheres? O futebol é um daqueles temas socials globais que abarca todas as estruturas sociais — da politlca a eco-nomia —, étnicas, etárias e de género. A ideia de virilidade, de disciplina militarista, remete o futebol para o uni-verso masculino, quase guerreiro, urn desporto de homens. Tal näo significa que as mulheres näo o pratiquem, mas säo sobejamerrte conhecídos os dis-cursos, mesmo na imprensa especia-lizada, a rocar a fronteira do sexismo; e, mesmo fora da imprensa especiali-zada, todos conhecemos os piropos que se produzem sobre o terna, o corpo do sexo fraco que se julga näo apropriado áquelas lides, e um traje desportivo contrario a uma feminili-dade recatada. Ou seja, as mulheres que invadem os terrenos desportívos considerados masculinos estäo sempře sujeitas a discursos mordazes, e no futebol isso näo é excecäo. A atestar este afastamento da mulher do futebol, como prática des-portiva, está o facto de o primeiro jogo oficial e regulamentado de uma equipa feminina ter tido lugar em Franca, em 1984, isto, tendo em conta que se trata de um desporto com ori-gem em meados do século IV, em In-glaterra, e cujas regras básicas foram definidas em 1863. Claro que hoje existe futebol feminino organizado, mas a desvalortzacäo do mesmo pa-rece ser uma evidencia, quando se constata que muitos depreciam o Mundialito de Futebol Feminino, dis-putado anualmente no Algarve, desde 1994, para näo falar naqueles que o desconhecem em absoluto. Atendendo äs estatfsticas de aná-lise sociológica que těm sido elabora-das, confirma-se que a priori o senso comum constdera que o futebol é, na sociedade portuguesa, um desporto de homens, com partieipaeäo residual das mulheres. 4 A. Luis Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. O futebol "é um produto de globalizacäo". 2. O futebol é um "desporto de massas". 3."{...) nunca me senti inclinada a jogar." 4. "Fora das quatro linhas, ficam os adeptos e adeptas das duas equtpas.' 5. "As opcöes técnicas do treinador säo questionadas (.. S 6-"(...) säo sobejamente conhecidos os discursos (...) a rogar a fronteira do sexismo (., 0 L huti-bol I 27 1. Encontre na coluna B o significado para as expressôes futebolísticas da coluna A. a) Adversário b) Jogo amigável c) Árbitro d) Balneário e) Bracadeira f) Cabazada g) Reviravolta h) Falhanco i) Fora de jogo j) Livre 1. Local onde os jogadores vestem o equipamento de jogo e/ou tomam banho 2. Infragáo cometida pelo jogador que, no momenta em que Ihe é pas-sada a bola, tem apenas um ou nenhum jogador da equipa adversaria entre ele e a baliza 3. Jogo no qual o resultado náo vale pontos para a competigáo ou campeonato 4. Vitória por muitos golos de diferenga 5. Nao concretizagáo de uma oportunidade flagrante de golo 6. Falta 7. Uma equípa ou um atleta oponente 8. Ganhar um jogo depois de ter estado a perder 9. Pessoa credenciada pelas entidades oficiais para fiscalizar um jogo de futebol 10. Faixa de tecido colocada á volta do brago do jogador, identificando que é o capitáo da equipa 28 I Futebol 2. Expressôes idiomáticas com partes do corpo. Exemplo: A Maria fez o exercício com uma perná ás costas. mäo perná cotovelo a) Sem querer, fugiu-lhe a lingua _para a verdade. garganta boča b) A Raquel náo consegue ter_ mäo costas _no filho. perná c) Quando os volte! a ver, ao fim de muitos anos, emocionei-me e fiquei com um nó na garganta boča orelha d) Ficámos de. cotovelo _ atrás com as coisas que eles nos contaram. joelho pé e) É preciso que se tomem decisöes de. cabeca testa f) Ela näo sabe dangar, É mesmo um . osso pé .fria. ^de chumbo. coracáo g) Ele nunca compreende nada do que se Ihe diz. E mesmo um. coracáo testa cabeca h) O Luis irrita-me, está sempře a mandar. cabelos bocas 3. Forme provérbios juntando um elemento de cada coluna. a) Quando a esmola e grande, b) Mais vale ir c) Quem brinca com o fogo d) A culpa e) Quando mal, f) Quem confessa a verdade g) Quem näo sabe ser caixeiro h) Quem espera B 1. queima-se. 2. nunca pior. 3. näo merece castigo. 4. que feche a loja. 5. o santo desconfia. 6. morreu solteira. 7. desespera, 8. do que mandar. . dura. 4. No primeiro texto faz-se alusäo a um provérbio: "E já se sabe que quern corre por gosto...". O provérbio complete é: "Quern corre por gosto näo cansa." Sig-nifica: quando queremos atingir os nossos objetivos, näo descansamos até o conseguirmos. Explique o sentido dos provérbios do exercicio anterior. a)_ b) . c) _ f) _ g) . h) . 5. Escreva antónimos para as seguintes palavras. a) organizado _ b) interdito c) agressividade d) fervor e) apoio f) adquirido g) dúvida h) proprio GRAMÁTICA 1. "Num mundo em constante mudanca há fenómenos que extravasam a sua esséncia e transpöem áreas que, em principio, Ihe estariam vedadas." Alem de "transpor", há outros verbos derivados de "pör": compor / dispor / interpor / opor / pressupor / propor / repor / supor. Escolha o verbo mais apropriado e conjugue-o corretamente. a) Os adeptos_que o jogo comecasse äs 16 horas, mas, alinal, comegou uma hora mais tarde. b) Era necessario que os jogadores_no campo de acordo com as suas posigöes. c) O presidente do dube pediu aos adeptos para_um hino para o Campeonato. d) Dadas as circunstäncias, a Direcäo_que o jogo tivesse lugar noutro campo. e) É necessário que se_a verdade dos faotos. f) Houve quem se_ä realizagäo do jogo entre aquelas duas equipas. g) Caso a Direcäo para todos nós. _restricöes ä entrada de adeptos no campo, isso levará a uma situacáo penosa h) O comportamento dele_. näo só conhecimento do facto, como também uma boa educacäo. Futebol I 31 2. Transforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Acho que as mulheres de hoje também assistem com muito fervor a derbies emocionantes. Náo acho que ______._.__________.___. b) A ideia de virilidade, de disciplina militarista, remete o futebol para o universo masculine Embora_ c) Atendendo ás estatísticas de análise sociológica que tém sido elaboradas, confirma-se que a priori o senso comum considers que o futebol é, na sociedade portuguesa, urn desporto de homens, com participagáo residual das mulheres. O jornalista disse que_ d) Num mundo em constante mudanga há fenómenos que extravasam a sua esséncia e transpoem areas que Ihe está* vedadas. Oxalá. e) O futebol move multidoes qualquer que seja a nacionalidade, a faixa etária ou o sexo. Para que_é necessário que 3. "O futebol foi criado por homens e para homens ha mais de cem anos (...)" Complete as frases com a preposicao mais adequada: por / para. Faca contracao com o artigo quando necessario. a)_a inauguragao do pavilhao desportivo, vai haver musica popular e bifanas grelhadas. b) Se no proximo mes voces forem de ferias_o Norte, nao se esquegam de visitar Braga. c) Nos fomos_a serra ate chegarmos ao miradouro. A partir dali, dirigimo-nos_o santuario. d) Caso eu saiba _ . onde é que eles andam, mando-te uma SMS. e) Enquanto eles veem todos os programas na televisáo, eu só vejo os debates duas vezes _ f) Vamos deixar esta discussáo_a nossa próxima reuniáo. g) Telefonaram-me a dizer que estáo num engarrafamento e nao sabem a que horas váo chegar, isso decidi trocá-los_substitutes. _semana. h) Precisamos de tempo. _ treinar . o jogo do proximo fim de semana. ícones cidade Ascensores de JLisboci Lisboa é conhecida como a cidade das sete colinas - á semelhanca de Roma — e foi Frei Nicolau de Oli-veira, no% século xvri, quem se refe-riu a elas pela primeira vez no Livro das Grandezas de Lisboa. Porém, com o crescimento urbano da cidade ao longo dos anos, o numero de colinas aumentou. Para facilitar a vida da populacao local a vencer os declives naturais da cidade, foi criado, nos finals do século XIX, um programa de obras públicas que trouxe ä cidade os emblemáticos ascensores: do Lavra, da Gloria e da Bica. Alem destes trés, sob a forma do tradicional elétrico, existe um outro de construcäo diferente, mas näo menos interessante: o elevador de Santa Justa. O ascensor do Lavra, construído por Raoul Mesnier du Ponsard, enge-nheiro francés, foi inaugurado a 19 de abril de 1884. É o elevador publico mais antigo de Lisboa que aínda esti em ŕuncionamento. Liga o Largo da Anunciada ä Rua Cämara Pestana, por uma calcada íngreme com 188 metros. Tem capacidade para trans-portar cerca de 42 pessoas e é movido, desde 1915, a eletricidade. Ao subirmos neste ascensor, de-paramo-nos com uma magnífica vista sobre a cidade a partir do Jardim do Torel. Na colina oposta, o ascensor da Gloria transporta os passageiros desde a Praca dos Restauradores até ao Jardim de Säo Pedro de Alcantara, numa subida íngreme de 265 metros. Este é um dos ascensores mais utilizados quer por moradores locais, quer por visitan-tes, pois no término superior encon-tra-se o ponto de ligacäo entre trés bairros com carácter bem diferente: Chiado.Bairro Alto e Principe Real. Este ascensor também foi construído por Ponsard, e foi inaugurado a 24 de outubro de 1885. As caracte-risticas sao semelhantes äs do ascensor do Lavra: dois bancos corridos, colo-cados de costas para as janelas. Nas proxiniidades do rio Tejo, e com atributos cénicos da zona onde se localiza, encontramos o ascensor da Bica. Faz um trajeto menos íngreme do que os anteriores: só 70 metros. Também diferente é o local onde comeca a viagem: a partir de um pre-ciio setecentista na Rua de S. Paulo. Esta subida proporciona uma vista impar sobre o rio, ao mesmo tempo que atravessa urn bairro popular e ti-picamente alfacinha. O ascensor da Bica também foi construído por Raoul Mesnier du Ponsard e inaugurado oito anos de-pois do primeiro. É igualmente com-posto por duas carruagens, cada uma com trés compartimentos desnivela-dos e de acesso independente, com capacidade para transportar 23 passageiros (nove sentados). Os tres ascensores, que sao semelhantes ao tradicional elétrico da cidade, foram reconhecidos como Mo-numentos Nacionais em 2002. Diferente destes trés ascensores, mas näo menos interessante, é o elevador de Santa Justa. Ascensor de estrutura vertical e constituido por duas torres metálicas interligadas entre si obedecendo ao estilo neo-gótico, fbi construído entre os finais do século xix e o início do século xx. Há quem diga que esta construcäo se deveu a Gustave Eiffel, contudo pa-rece que foi o já reťerido engenheiro Ponsard quem se responsabilizou por esta construcäo em conjunto com o arquiteto trances Louis Reynaud. Utilizaram técnicas e materials já utilizados em Franca. O interior do ascensor é revestido a madeira, espelhos e tern capacidade para 24 passageiros. Este ascensor sobe até uma altura de 45 metros, e faz a ligacäo desde a baixa da cidade até ao Largo do Carmo. ▼ Ascensor da Gl 34 I Icones da cidade Vilas pateos A partir de meados do século xix a cidade de Lisboa comecou a ter uma maior concen-tracäo de mao de obra operária como resul-tado do processo de industrializacäo. A popu-lacao da cidade aumentou: vieram pessoas do interior do pais ä procura de trabalho. A com-posicao social da cidade modificou-se. Naquela época assisriu-se ao desenvol-vimento da burguesia e ä dwersificacao em estratos sociais ao mesmo tempo que uma classe opefciria comecou a emergir. Para sanar as necessidades de alojamento dos menos fa-vorecidos economicamente, foram criadas vilas operárias. Estas vilas rcfletiam a imagem da industrializacäo, ocupando pequenas areas e ren-tabilizando ao maximo o espaco. Ainda hoje se pode observar o desenho cuidado das fachadas com elegantes varandas de ferro. Algumas até parecem condomínios fechados onde näo falta a merccaria, o talho, o café... Lisboa chegou a ter cerca de 350 páteos e vilas, mas muitos deles já desapareceram, en-quanto outros foram reabilitados, mantendo as características originais. Existem atual-mente pianos de revitalizacäo habitacional destes locais, de modo a trazer diferentes fai-xas etárias, sociais ou étnícas. Nestes locais cruzam-se reformados com jovens casais, estudantes-trabalhadores, Jesig-«ett,jornalistas,pintores, etc. Constanca, uma portuguesa nascida na Alemanha, é uma das mais recentes morado-ras nesta vila. Com 25 anos, Constanca está a fazer um doutoramento em Ciéncias da Comunicacäo na Universidade Nova de Lisboa e dá aulas de Portugués a estrangeiros. Foi através de amigos que encontrou a casa onde vive com o namorado, Raul que é professor de música numa Academia em Lisboa. 36 I ícones da cidade -o GLOSSARIO declive: ladeira; encosta deparar-se (com): encontrar-se face a desfrutar: aproveitar; usufruir emblemático representative; de carácter simbólico estrato: camada impar: único; que näo tem igual íngreme: demasiado inclinado reabilitar: recuperar sanar: resotver; tratar Paga 500 € de renda, a meias com o namorado, e desfrutam de uma vida calma e integrada com outros moradores. "Quando nos mudámos para esta casa, nao conhecíamos nenhum vizinho. Mas foi sol de pouca dura, porque logo no prímeiro fim de semana o casal que vive no andar de baixo convidou-nos para tomarmos café e provarmos uns bolinhos que rinham tra-zido da terra...", confidenciou Constanca. "Depois fomos convivendo ora com uns ora com outros. Muitos sao casais mais ou menos da nossa idade." Georgina Silva, 72 anos, moradora numa vila em Lisboa, queixa-se de que quase toda a vizinhanca "já partiu" e, agora, os que ali vivem saem de manha cedo para o trabalho e só voltam á noite "quando já estou a ver a telenovela", diz. "Náo conheco a maior parte deles, mas há gente de vários sítios. Na casa ao meu lado vivem uns brasileiros muito ale-gres,ali... em frente... sei que vivem uns in-dianos que tem dois filhos que já falam bem portugués, andam na escola, está visto! Aquí há de tudo. E vive-se bem, A minha renda é que é muito alta para mim que sou viúva e reformada", acrescentou esta simpática moradora. Há muitas vilas espalhadas pela cidade, das Amoreiras até Sapadores, passando pela Rua Pascoal de Melo, Campo Pequeno, Graca e Campolide — podem encontrar-se vilas habitadas por uma populacao diferente daquela que originou estes espacos há dois século s. COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Nas proximidades do rio Tejo, e com atributos cénicos da zona onde se localiza (...}" 2...) assistiu-se ao desenvolvimento da burguesia e ä diver-sificaeäo em estratos sociais (...)" 3. "Paga (...) renda, a meias com o namorado, e desfrutam de uma vida calma (...)" 4. "Mas foi sol de pouca dura (..,)" 5."(...} quase toda a vizinhanca já partiu (. ícones da cidade I 37 VOCABULÁRIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. ruido distäncias papel cidade esforco vida ascensor desenvolvimento habitante Lisboa dos Ascensores 3. Complete o quadro. O ascensor teve na cantinho _dos moradores dos bairros deste täo acidentado, como é a nossa capital, um Este. . preponderante a que é preciso fazer justiga. _trouxe uma carga simbólica ao _ portugués nova transporte _de Lisboa, urna vez que, encurtando as _, aproximava as pessoas. Volvendo os olhos para o passado, facilmente conclui-mos da valiosa contribuicäo desse meio de locomocäo, para o _das mentalidades das pessoas circunvizinhas. A cidade renascia, surgindo urna_e aliciante pers- petiva, numa dimensäo nova, mais dinämica que os documentos coevos enaltecem e descrevem, patenteando a forca ambiciosa, o espirito bairrista, a saudável preservagäo do seu cantinho, num _coletivo e representative dos pequenos mundos enqua- drados dentro do muro do velho burgo, onde palpitava o coragäo do portugués alfacinha. Esta_, urbe cosmopolita, dá-nos de tudo, desde o _á vertigem, desde o deslumbramento ä aventura; até nos oferece ladeiras para galgar, urna vez que o_ajuda, mas näo elimina por completo os desniveis existentes, que säo a raiz do soberbo panorama que extasia o recém-chegado ä cidade! ▲ Maria Amelia Lemos Alves 2. De acordo com os textos, escolha a palavra alternativa que mais se aproxima do significado da palavra/expressäo destacada. burgo coevo galgar locomocäo urbe volver 38 I icones da cidade burguesia contemporäneo correr transporte condominio regressar aldeia antigo escorregar movi mento urze vi rar abastado medieval cair comboio cidade repetir castelo perdido escalar promogäo vila rever referir crescido fácil inaugurar o transporte a concentragäo compor a habitagäo calmo alegre 4. No texto aparece a expressäo "mäo de obra". Há outras expressôes idiomáti-cas com a palavra "mäo". Substitua o que se encontra destacado nas frases por urna das expressôes seguintes. deu a mäo ä palmatória dar urna mäo em segunda mäo de mäo beijada em mäo em boas mäos ponho as mäos no fogo abrir mäo de a) Eles näo podem reclamar. Tudo Ihes tem sido dado com a maior das facilidades. b) Quem é que está disposto a recusar uma oferta täo tentadora? c) A mäe da Patrícia está a ser bem cuidada. O medico que a trata é muito competente. d) Eu confio plenamente no Joäo. Ele é uma pessoa íntegra. e) O diretor entregou o relatório pessoalmente. f) Só ao fim de muito tempo é que ela admitiu o erro. £ g) O Frederico comprou um carro já usado. oj h) Estava täo cheia de trabalho que a minha colega teve de me ajudar. GRAMATICA 1. Transforme a fräse dada, comegando como indicado e näo alterando o sentido. Pode completä-la sempre que considerar necessärio. a) Quando nos mudämos para esta casa, näo conheciamos nenhum vizinho. Logo no primeiro fim de semana, o casal que vive no andar de baixo convidou-nos para tomarmos cafe e provarmos uns bolinhos que tinham trazido da terra. Constanca disse que_ b) Há trés anos que moramos nesta vila e estamos muito felizes pelo ambiente calmo que aqui se vive. Esta-mos longe do rebuligo da cidade. A moradora acrescentou que_ c) Quase toda a vizinhanga do meu tempo já partiu. Isso é triste, mas tenho de saber levar a vida em frente. Como vivo sozinha, entretenho-me a ver televisäo, a fazer palavras cruzadas e também saio para fazer as minhas compras. D. Georgina lamentou que. , acrescentando que _ d) Näo conhego a maior parte dos novos vizinhos, mas há gente de vários sítios. Na casa ao meu lado vivem uns brasileiros muito alegres e simpáticos. Cumprimentam-me sempre quando saem para o trabalho e per-guntam-me se preciso de alguma coisa. A septuagenária ainda disse que. e) Também gosto de dar os meus passeios pela cidade. As vezeš, apanho o elétrico até á Baixa e depois dou a minha voltinha. Gosto de apanhar o ascensor do Lavra e caminhar até ao Campo de Santana. Tenho uma amiga que vive ali perto. D. Georgina desabafou que_ 40 | ícones da cidade ícones da cidade | 41 2. Complete o quadro. Dantes... Ao... Embora... Se... Quando... Lamentei que... Espero que... haja tenha havido subirmos subirmos la tor vírem tivessem visto virem ven ham tínhamos tiveremos tivesse posto tenha posto 3. Complete o texto com a preposicao mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando necessário. de em por para sobre Do cimo do elevador de Santa Justa descobre-se toda a Baixa lisboeta e o Castelo de Säo Jorge. Situado_pleno cora- gáo pombalino_cidade de Lisboa, o elevador de Santa Justa é um verdadeiro ex-líbris . nando-se visita obrigatória_ estrangeiro. Alem de ser uma atragáo turística cialmente um transporte publico, _ _capital portuguesa, tor- _ qualquer turista, nacionál ou e fotográfica - é essen-_era da arquitetura _ferro. Este vistoso e fotogénico elevador tem uma estru- tura_ferro, construida_um viaduto metálico de 25 metros, apoiado_meio num pilar de betäo armado e, num dos extremos,_torre metelica_45 metros _altura. Daí ser fácil perceber a emogäo que se sente _os escassos minutos_lenta viagem, rumo _céus. Mas quando se sai, quando as portas se abrem e o vento fresco acaricia a cara, é um mar de beleza que temos . nossa frente. 42 I lcon« da cidade r PARA COMENTAR • Se já conhece algum dos icones da cidade, qual é que mais apreciou e porqué? • Na sua cidade também existe um icone. Fale/escreva sobre ele: faca urna descricäo o mais fiel possivel. • O uso de transportes publicos, em vez de privados, numa grande cidade. Quais as vantagens e desvantagens de ambas as opcöes? Arte urbana para todos os iue passam Por todo o pais encontramos espacos publicos com as pa-redes pintadas de modo menos ortodoxo. Sao verdadeiras galerias de arte cujo teto e o ceu. O conceito de arte urbana surgiu para designar os mo-vknentos artisticos relacionados com as intervencoes visuais das grandes cidades. Deparamo-nos com este novo conceito que, no inicio, era considerado um movimento underground. Com o passar do tempo foi ganhando forma e estruturou-se com grafismos ricos em detalhes, que vao do graffiti ao stencil, passando por cartazcs chamados poster-bombs. Este tipo de arte serve para que os autores possam ex-pressar a sua opiniao sobre o que os rodeia. E tambem atraves desta expressao artistica que divulgam mensagens sobre o que sentem, muitas vezes como se fossem poemas, mas na forma de desenho. Graffiti ou grafiti e o nome dado as inscricoes feitas nas paredes desde o Imperio Romano. Pode ser uma inscricao em forma de cahgrafia, um desenho pintado ou gravado sobre uma superflcie que normalmente nao e a prevista, num espaco publico. Pelas cidades ja se fazem visitas guiadas para ver, apreciar e tomar contacto com novos nomes da arte. Arte urbana | 45 T Senhora das Olaias Sainer é um desses nomes. Este artista polaco notabilizou-se interna-cionalmente com os seus gigantescos e estranhamente familiäres murais. Na lateral de um prédio numa praca de Lisboa, pintou a Senhora das Olaias: uma senhora idosa, com um saquinho, a caminhar distraída e a fumax um cigarro através de uma bo-quilha. Aos pés, um pato e um cäo aos quaÍ5 ela se mostra alheada. No dedo, um anel com um boneco de neve (as-sinatura de Sainer). Uma senhora, ao passarpor aquela parede, vai virando a cabeca para trás, na direcao do mural, em movimentos ascendentes e des-cendentes. Olha-nos e diz: "O que quer que lhe diga? É uma pintura bonita. Passo por aqui todos os fins de semana e nunca me canso de a admi-rar. Há gente com muito talento. Näo há dúvida!" O artista foi elevado por uma grua para fazer esta pintura. Fé-la sem qualquer projecäo previa, em que o desenho da mäo tem propor-côes duas vezes maiores do que o ta-manho de Sainer. Alexandre Farto, mais conhecido como Vhils, pin-tor e grafiteiro lisboeta que cresceu na margem sul do Tejo. Coijhecido pelos seus "Rostos" esculpidos em pa-redes näo só em Portugal, mas também além-fronteiras. Digamos que Vhils destrói para criar.Dá lugar a rostos (alguns anónimos, outros näo...) gravados nas pare-des com a técnica pela qual, hoje, o mundo o reconhece. Retira camadas a parede para nela criax as figutas. Ele proprio reconheceu numa entrevista: "Gosto muito de experimentacao pura, de desbastar os preconceitos de utilizar materiais que näo sab tidos como nobres, ou recorrer a processos que näo sao valor izados. O meu trabalho tem uma dimensäo destrutiva e abrasiva muito forte, embora esta seja essencialmente processual, me-todológica. (...) O objetivo é criar através de processos destrutivos. Isto tem uma vertente simbólica muito grande. Gosto de atingir resultados poéticos através destes meios destrutivos. Gosto também de refletir e levantar questöes sobre a valorizacäo do que chamamos arte. m A Marinheiro robô a lancar, com a mäo, um barco á água É muito interessante, por exemplo, poder rerirar um pe-da^o de parede do seu contexto normal, do espaco público, expó-lo numa galeria e observar o modo como passa a ser visto, como tendo um valor muito mais elevado do que tinha." Na parede de um armazemjunto ao rio uma mulher parece esperar o rnarido, no mar, abracada por um robo. Obra de Pixel Pancho. E um artista de rua italiano, natural de Turim. E um especialista em graiides murais e deve ser considerado como um dos melhores na sua ärea. Gosta de trabalhar com um esquema 46 I Arte urbana de cores da terra para transmitir um sentimento mais antigo. Cria figuras robóticas inspiradas em ambientes di-ferentes: praia, mař, floresta, etc. Pela cidade encontramos trabalhos dele em conjunto comVhils. Mulher abracada por um robo ► ■ ^ I ,W 'v Nos anos trinta, Vicente [nácio Martins era um menino que vendia pássaros pelas ruas da cidade de Se-túbal. Naquela época foi fotografado por Américo Ribeiro. Agora Sérgio Odeitfa baseou-se nessa fotografia para homenagear o fotógrafo e repro-duziu o Rapaz dos Pássaros. Sérgio Odeith levou nove dias a pintar o mural, tendo utilizado uma técnica mista que variou entre a pintura com rolo e o graffiti. A obra tem cerca de 20 metros de altura e pode ser vista de longe por quem passa pela principal avenida da cidade. A obra é essencialmente pintada a preto e branco, tendo como exce-côes os pássaros que säo apresentados COMPREENSAO de forma colorida. Uma característica do artista está nos adornos tridimen-sionais que acrescentou ao mural e que nao faziam parte da imagem originál. Assim como a moldura da pintura e a assinatura no fundo do mural, que transmite uma sensacao de profundi-dade. Odeith é um dos writas mais anti-gos e conhecidos da cidade de Lisboa. Há muito que se tornou conhecido fora de Portugal. Pode encontrar-se o talento do artista espalhado por Lon-dres, Dubai, Nova Orleaes ou Abu Dhabi. O trabalho de Odeith destaca--se pelo anamorfismo que joga com perspetivas para fazer o gnffiti saltar do můro, quase literalmente. O rapaz dos pássaros ► GLOS5ÁRI0 abrasivo: aquilo que desgasta por fricgáo adorno: enfeite alheado: absorto nos seus próprios pensamentos; distraído anamorfismo: formagáo de minerals complexes a partir de substantias mais simples boquilha: tubo por onde se fuma cigarro caligrafia: forma de letra desbastar: polir; aperfeicoar; desbravar grua: guindaste homenagear: galardoar; distinguir; honrar ortodoxo: que segue fielmente um princípio, uma norma ou uma doulrina Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Säo verdadeiras galerias de arte cujo teto é o céu.' 2. "Fě-la [a pintura] sem qualquer projecäo previa (...)" 3. "Gosto muito de experímentagäo pura, de desbastar os preconceitos de utilizar materials que näo säo tidos como nobres, ou recorrer a processos que näo säo valorizados. O meu trabalho tem uma dimensäo destrutiva e abrasiva multo forte (...)" [ íS 4. "Uma característica do artista está nos adornos tridimensionais que acrescentou ao mural (. Arte urbana | 47 VOCABULÁRIO 3. Construa uma fräse com cada uma das palavras em portugués que corresponde ao estrangei-rismo do exercício anterior. 1. Complete o texto com as palavras dadas. reais favela projeto habitantes populacäo expropriacäo moradores demolicäo comunidade a) . b) . Vhils em Providéncia, Rio de Janeiro . mais antiga do Rio de Janeiro, com uma de milhares de pessoas, foi marcada por um processo de expropria-gao antes do Mundial de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, Cerca de um tergo da_,, com 832 casas, foi amea- gada com a_das suas habitagoes a fim de dar lugar a um _de reabilitagao no valor de milhoes de Cdntudo, esse investimento näo ia atingir os Em meados de setembro de 2012, o artista urbano portugués Vhils e a sua equipa passaram um més em Providéncia. Ä luz do processo de_e demoligäo, desenvolveram um projeto ar- tistico, no qual envolveram os__cravando os retratos de alguns daqueles que tinham sido despejados no que restou das suas casas. Assista a um video sobre este trabalho de Vhils em http://youtu.be/PVATJR-eriQ. 2. No texto encontramos palavras como: graffiti, stencil ou poster-bomb. Säo estrangeirismos. Escolha, entre as hipóteses dadas, aquela que corresponde ao significado do estrangeirismo. chance acaso oportunidade troco croquis esbogo jovem pintura gaffe deslize raridade facto nuance semelhanga nebuloso cambiante premiere estreia primeira bob matinee filme pega sessäo da tarde scanner cämara digitalizador fotocopiadora jeans calgas calgas de ganga calgäo vitrine montra janela vidro groggy atordoado enjoado doente 48 I Arte urbana 4. Escolha um dos seguintes prefixos e encontre a palavra contráría. Escreva uma frase utilizando essa nova palavra. des- /- ir- im- in- a) responsável * ___ b) legal c) fazer d) habitado e) feliz %f) harmonia g) perdoável h) coerente I) previsto j) real GRAMÁTICA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentldo. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Este tipo de arte serve para que os autores possam expressar a sua opiniáo sobre o que os rodeia. Embora_ b) É também através desta expressáo artística que divulgam mensagens sobre o que sentem, muitas vezeš como se fossem poemas, mas na forma de desenho. Ele disse que_______ 50 | Arte Urbana 5. A Boa Escrita. Assinale as palavras que näo estäo corretamente escritas e reescreva-as. Pode haver mais de uma em cada alínea. a) adocáo / rececáo / coaccáo b) tractor / diretor / ator c) accao / transaccáo / infegáo d) humilde / humano / eléctrico e) Optimo / decepcionado / adocáo f) veem / leem / déem g) diariamente / facilmente / cafézinho h) fim de semana / guarda-costas / dia a dia i) cor-de-rosa / couve-flor / ervilha-de-cheiro j) bem-estar / cor-de-laranja / mal-educado c) É uma pintura bonita. Passo por aqui todos os fins de semana e nunca me canso de a admirar. Há gente com muito talento. Náo há dúvida! Ela confidenciou-nos que. d) Nos anos trinta, Vicente Martins foi fotografado por Américo Ribeiro. Américo Ribeiro __ 8 e) A obra tem cerca de 20 metros de altura e pode ser vista de longe por quem passa pela principál avenida g da cidade. | Apesar de _ Arte urbana | 51 2. Complete as frases com o conector mais adequado. alem disso ou seja com o intuito de para que talvez com efeito dado que apesar de a)--a Arte Urbana estar em franca expansäo, ainda há muitas pessoas que näo reconhe- cem o valor destes artistas. b) O grupo de estudantes estrangeiros organizou uma visita pela cidade diversos murais repletos de graffiti. . fotografarem c). d) Todo o trabalho foi exposto na galeria dade de apreciar a obra do artista. o momento näo seja o mais apropriado para falarmos desse assunto. _todas as pessoas tivessem a mesma oportuni- e) Quern passeia pelas ruas pode encontrar arte em cada esquina,_ diferentes dimensöes: músicos, workers, malabaristas, homens-estátua, etc. f) Agora vive-se numa época em que a arte faz parte do nosso dia a dia, samos de nos deslocar a lugares distantes para a podermos apreciar. . vemos artistas de : ja nao preci- , é um trabalho espeta- g) Desloquei-me a Setúbal para ver o mural de Sergio Odeith e, cular. h) Temos o privilégio de ter arte urbana aqui e ali. Somos bafejados pela sorte de termos jovens talentosos e arrojados que se dedicam ä arte.__também há pessoas que usufruem do resultado deste tipo de arte. Näo nos esquecamos do que vimos no link mencionado num exercicio anterior. 3. "Uma senhora, ao passarpor aquela parede (...)". O verbo "passar" e usado com diferentes preposicoes, tomando diferentes sentidos. Substitua a expressao assinalada por uma equivalente, tendo em atencao a conjugacao do verbo. passar por passar de... a passar a passar de passar-se em passar para a) Se ja tivesse mudado desta casa para a nova, estaria mais perto de voces. b) Finalmente comecei a ter mais cuidado com a alimentagäo. c) O caso do qual te falei aconteceu nos arredores da vila onde moro. d) Ela fala muito bem alemäo, até parece uma alemä. e) Até que enfim! Os exames terminaram e ele transitou de ano. f) Ele é um pouco negligente. Pouco ou nada faz, por isso mesmo, näo consegue ir de empregado a chefe. Ser supersticioso dá Sorte Agar? Ao loítgo dos tempos, algumas superstifÔcs tém-se fíxado na memóría, nos costumes ou na cul-tura de urna sociedade, de um povo ou do indivíduo. Subsistem nas socie-dades modernas, e todos nós, do leigo ao dentista, sucumbimos a esses atos por alguns considerados insensatos. Porque será que evitamos passar por baixo de urna escada? Porque é que batemos com os nós dos dedos na madeira depois de expressarmos otimismo e dizemos "cruzes, canhoto!"? Porque é que dizemos "Deus te ajude" depois de alguém espirrar? Pois é, todos nós evitamos esta ou aquela situacäo, "näo vá o diabo tece-las",e mesmo assim ainda admi-timos näo ser supersticiosos.A verdade é que as supersticôes tém passado de geracäo em geracao e as mais popula-res tém ganho terreno, espalhando-se e resistindo ao tempo e ao avanco da tecnologia. É claro que näo tém qual-quer base científica, mas há gestos que evitamos no nosso dia a dia. Nao se sabe ao certo a origem de como as supersticôes comecaram a inŕluenciar a vida do homem, mas certamente tém urna origem bem distante no tempo. 54 I Ser superstidoso di azar...? Há supersticôes que sao resquícios de cultos ou rituais religiosos que já desapareceram. Muitas pessoas per-petuam-nos, mas näo sabem explicar a razäo ou a origem de urna deter-minada supersticäo. Na maioria dos casos sobrevive apenas a nocao de que, se aquele comportamento näo for ob-servado, o pior poderá acontecer. Pensando bem... o que a pessoa supersticiosa quer é manter o con-trolo da propria vida, algo que é im-possível,já que o ŕuturo é incerto... Há quem diga que a supersticäo "deve ajudar as pessoas a lidarem con-sigo e com o mundo ä sua volta, tem um aspeto positivo e agregador (...)". Vamos lá conhecer a origem de certas supersticôes.Tanto quanto se sabe, é claro! Dá azar passar por baixo de uma escada Há quem diga que esta supersticäo teve origem há 5000 anos no Antigo Egito. Os egípcios consideravam a forma triangular sagrada (lembremo--nos das famosas pirarnides). Para eles, a figura triangular representava a trindade dos deuses, e passar por um triangulo era profana-los. Ora, uma escada encostada a uma parede forma um triangulo... Segundo Charles Panati, "esta crenca atravessou os tempos e, secu-los mais tarde, os seguidores de Jesus Cristo usurparam a supersticao, inter-pretando-a a luz da morte de Cristo. (...) Como uma escada descansou contra o crucifixo, tornou-se um sim-bolo de maldade, de morte e traicao. Passar por baixo de uma escada trazia desgraca". Mais tarde, por volta de 1600, na Inglaterra os criminosos eram obriga-dos a caminhar debaixo de uma escada no caminho para a forca. Ma sorte! Espelho partido, sete anos de azar Era costume, na Grécia Antiga, as pessoas consultarem um "vidente de espelho", o qual se debrucava sobre a sorte de quem o procurava através da análise das suas reflexöes. ReflexÖes estas que se baseavam na adivinhacao através da água e de um espelho. A este processo chamava-se catoptro-mancia. Mergulhava-se o espelho na água e uma pessoa doente era convidada a olhar para o recipiente. Se a ima-gem aparecia distorcida, nao havia dúvida: a morte apro-ximava-se. Mas se a imagem era clara, entio essa pessoa viveria muitos anos. Posteriormentě, no século i d. C, os romanos in-troduziram uma ressalva nesta supersticáo. Acreditavam que a saúde das pessoas mudava em ciclos de sete anos. Entao, uma imagem distorcida resultante de um espelho partido significava sete anos de azar e falta de saúde. Outra vez, má sorte! Gato preto que se atravessa ä nossa frente Neste caso, há quem acredite que traz azar ou boa sorte.Vá-se lá saber! Também no Antigo Egito os gatos eram reveren-ciados, quer fossem pretos ou näo. Um gato preto que se cruzasse no caminho de alguém trazia-lhe boa sorte. Näo fosse a adorada Deusa Bastet ter cabe^a de gato... Porém, durante a Idade Média, em muitas partes da Europa, as pessoas acreditavam que o gato preto trazia azar. Consideravam que os gatos pretos tinham uma alian^a com as bruxas e, por isso, cruzar com um gato preto prenunciava azar. Afinal: sorte ou azar? Sal derramado Se isto acontecer, o melhor é mesmo deitar uma pitada para trás do ombro es-querdo.Assim evita-se o azar... Esta crenca vem dos Sumérios, por volta do ano 3500 a. C. Eies acreditavam que podiam anular o efeito do azar se assim procedessem, já que o sal derramado era considerado urn efeito de má sorte há já milbares de anos. Mas, afinal, qual era o valor do sal? Bern, se consideramos que era urn bem precioso (uma espécie de ouro para os romanos) devido ás propriedades que tinha para conservar os alimentos, der-ramá-lo significava desperdicar algo de muito valioso. Dali näo vinha sorte al-guma! Abrir o guarda-chuva dentro de casa Há quem considere que esta crenca também teve origem no Antigo Egito. Que eles eram supersticiosos, todos nós sabemos mas, afinal de contas, os histo-riadores apontam para uma época mais recente e na Inglaterra: a época vitoriana. Charles Panati escreveu que no sé-culo xrx, em Londres, os guarda-chuvas á prova de água eram de metal. O meca-nismo para o abrir era bastante difícil, o que o tornava num objeto perigoso para ser aberto dentro de casa. Se um destes guarda-chuvas fosse aberto repentina-mente numa casa pequena, podia partii algum objeto ou, até mesmo, ferir gra-vemente uma pessoa. Mesmo que pro-vocasse um acidente de menores pro-porcôes, ninguém se livrava de proferir palavras desagradáveis ou iniciar urna briga, o que era sinal de azar numa família ou entre amigos. Daqui se infere o sábio conselho: dentro de casa, o guarda-chuva deve ficar sempre fechadinho. 7 GLOSSÁRIO briga: desavenga; luta; dišputa ressalva: excecäo derramar: verier; errtornar sucumbir: ceder; acabar; inferir: deduzir; tirar por conclusäo desaparecer leigo: desconhecedor; ignorante tecer: inventár; intrigar; tramar profanar: injuriar; ofender; macular usurpar: apoderar-se violentamente resquício vestígios: restos do que pertence a outrem COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "A verdade é que as supersticöes tém passado de geracäo em geracäo e as maís populäres těm ganho terreno (...)" 2. "Pensando bem... o que a pessoa supersticiosa quer é manter o controlo da propria vida {...)" 3. "Acreditavam que a saúde das pessoas mudava em ciclos de sete anos (...)' 4. "Consideravam que os gatos pretos tinham uma alianga com as bruxas (...)" a) Imagine trés situacôes em que se apliquem as seguintes expressóes: 1. "Cruzes, canhoto!" 2. "Deus te ajude.' 3. "Näo vá o diabo tecé-las.' 56 j Ser supersticioso dá azar...? Ser supersticioso dá azar...? | 57 VOCABULÁRIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. chaves aranha comlchäo decorativo sabe cultural orelha acredltam dinheiro sorte tradicöes enfettar mao pé porta gato quando dinheiro Só os Portugueses sao supersticiosos? Tanto quanta se_ , näo. Cada pais tem as suas. e crengas, de tal modo que muitas vezeš até fazem parte do patrimó- nio_. Vejamos alguns casos. Na Suécia dá azar pousar ou deixar as_em cima da mesa; na Italia consideram que o espirro do_traz sorte; na Grécia a terga-feira é o dia do azar; no Japáo, matar uma_ de manhá é destruir uma alma humana; na Polonia, dá_ agarrar num botáo_se vé um limpa-chaminés. Os Portugueses também náo gostam nada de sentir a_ esquerda muito quente, porque é sinal que estáo a falar mal deles. Para dar sorte e evitar a falta de_, é bom ter um elefante a_um móvel, mas sempře com a tromba erguida e de cos- tas para a. . da entrada. (Atengäo: trata-se de um elefante _• Nada de ter um verdadeiro dentro de casa, porque se pode virar o feitigo contra o feiticeiro.) Se se tiver_na palma da_, é sinal de que se irá receber_; mas comichäo na sola do_já significa outra coísa: uma viagem ao estran- geiro. Também nas areas rurais, os habitantes dáo muita énfase ä adoragäo dos santos, porque_piamente que seráo curados por eles quando estáo doentes. Dai que se diga: "Se Deus quiserl". 2. Palavras com a mesma raiz etimológlca. Escreva duas palavras da mesma família das seguintes. a) memoria _ e) cientista _ j) criminoso _ b) antigo c) sorte d) azar f) símbolo g) razäo h) morte j) anular k) vída I) luxo 3. Analogias. Há uma relagáo lógica entre a primeira e a segunda palavras. Descubra as relacôes lógicas em falta. a) azar azarado g) sorte b) vida viver h) morte c) certo acertar i) errado d) pequeno pequeníssimo j) grande e) antes anterior k) depois f) caminhar caminhante I) andar 4. No texto aparece a expressäo "dá azar". Há outras expressôes idiomáticas com o verbo "dar" Encontre na coluna B o significado das expressôes da coluna A. a) Dar um passo em falso b) Dar conta de c) Dar medo d) Dar o berro e) Dar música f) Dar andamento g) Dar o nó h) Dar graxa B 1. Amedrontar 2. Deixar de funcionar 3. Tomar urna má resolugäo 4. Casar 5. Lisonjear 6. Aperceber-se de 7. Enganar 8. Despachar 58 I Ser supersricioso dá azar...? Ser supersricioso dá azar...? | 59 5."(...) todos nös (...) sucumbimos a esses atos por alguns considerados insensatos." Escolha um dos seguintes prefixos e encontre a palavra contraria. Escreva uma fräse utilizando essa nova palavra. des- /"- ir- im- in- a) agradável « b) proprio * c) limitado * d) prudente * e) mobilizado * f) responsável * g) habitado * h) repreensivel * i) satisfeito * j) capaz * GRAMÁTICA 1. Transforme a fräse dada, comecando como indicado e näo alterando o sentido. Pode complete-la sempře que considerar necessário. a) Há quem diga que a superstigäo deve ajudar as pessoas a lldarem consigo e com o mundo. Há pessoas que_para que_. b) Ha superstigoes que sao resquicios de cultos ou rituais religiosos que ja desapareceram. Embora_ c) "Esta crenga atravessou os tempos e, seculos mais tarde, os seguidores de Jesus Cristo usurparam a supersticao, interpretando-a a luz da morte de Cristo." Charles Panati afirmou que_._ d) No seculo i d. C. os romanos introduziram uma ressalva nesta superstigao. Uma ressalva_ e) Há quem acredlte que o gato preto traz azar ou boa sorte. Ainda que_ f) Eles acreditavam que podiam anular o efeito do azar se assim procedessem. Ainda hoje eles_._caso. g) Se urn destes guarda-chuvas fosse aberto numa casa pequena, podia ferir gravemente uma pessoa. No caso de amanhä _ 60 I Ser supersticioso dá azar...? 2. Conjuncöes. Complete as frases da coluna A com as da coluna B. a) Näo gosto de entornar sal na mesa b) Odeio ver gatos pretos ä minha frente, c) Näo nos importamos de ter os guarda--chuvas dentro de casa, d) Eles procedem e) A tradicäo e de tal modo arreigada, f) Bateu com os nös dos dedos na madeira g) Fiz f igas com os dedos, h) A Maria estä feliz i) Näo te esquecas de dizer "Saude" j) Quando ela cä vier, vou pör uma vassou-ra de cabega para baixo aträs da porta 1. consoante as crengas nas quais acreditam. 2. que eles näo se conseguem libertär das su- perstigöes. 3. mal ouviu os colegas dizerem que era urn tipo com muita sorte. 4. enquanto ia passando por baixo de umas escadas quando vinha para o trabalho. 5. porque da azar. 6. porquanto achou um trevo de quatro folhas. 7. se alguem espirrar perto de ti. 8. embora goste muito de animais. 9. conforme me recomendaste. 10. conquanto näo estejam abertos. 3. Complete o texto com a preposigäo mais adequada. Faga contracäo com o artigo quando ne-cessärio. de para Na passagem de ano dá azar.. . ano . dinheiro Ter os bolsos vazios. Se passar a passagem_ ____ a algibeira, ou_carteira, pode ter a certeza que o novo ano Ihe trará esta data pode azar nas finangas. Vestir roupas escuras. Dizem que quern assim se vestir_ atrair azar e momentos turbulentos._o ano que se vai iniciar. Usar roupas velhas tambem näo e aconselhävel. Ja pensou que se vai entrar _urn novo ano deve deixar_tras tudo o que ja viveu___as _tras_ . as cos- roupas passadas? Passar o reveillon sozinho(a). Ponha as tristezas_ tas e cerque-se_amigos (ou conhecidos...) e familiäres divertidos. Dance, cante, salte e beba muito espumantel Deitar cedo. Ja a minha avozinha dizia (e ela era säbia que quem assim faz pode esperar um ano_cama. Doente, e clarol Cruzes, canhoto! Queremos um ano melhor! estasquestöes...) PARA COMENTAR • Acha que a superstigäo e um häbito "dos mais fracos"? • Quais säo as superstigöes mais conhecidas no seu pais? E voce, acredita? Tem alguma? • Amuletos. Para que servem e quem os utiliza. mm ScriUjitotjdqiodialar...'! 63 Velhos sao os trapos Ja estäo reformados, mas tern uma genetica que nao lhes permite parar, bai-xar os bra^os e ficar enfiados no sofa a ver televisao. Sentem~se com energia para fazer coisas que nunca tiveram tempo de por em prätica. Querem aprender aquilo que a vida nao lhes facultou. Nao se querem sentir no fim da vida. Se para uns e dificil tomar a decisao de dar um novo rumo ä vida isoladamente, para outros e urn desa6o para provarem, a si proprios, que ainda säo capazes. Maria Alzira tern 72 anos e cnviuvou hä poucos anos. O unico filho trabalha no estrangeiro. Como as saudades eram mui-tas, e so falar ao telefone näo bastava, de-cidiu inscrever-se num curso de informa-tica para a terceira idade. Comprou urn portatil. Agora, alem dos e-mails que troca com o filho, tambem ja utiliza o Skype e todos os dias tern uraas horas destinadas ao convivio familiar: conversa com os netos e acompanha o crescimcnto deles; fala do dia a dia por ca e quer saber o que 64 j Velhos säo os trapos se passa por lá... Isto é, quer vé-los e näo sentir a dištancia. Mas esta fantástica fer-ramenta também lhe serve para contactar as amigas, "falamos muito e apoiamo-nos unias äs outras.Até já planeámos umas vi-sitas ao Norte. Quando uma de nos nao está online, já as outras se preocupam e tentam saber o que se passa. E uma com-panhia", referiu Maria Alzira. G. Pinheiro, aos 66 anos, é uma mulher dinämica. Foi professora e fez um curso de Administracäo Escolar, mas a vontade de se manter ativa levou-a a aceitar o desafio e inscreveu-se como voluntária para a Ilha do Principe. Foi dar fbrmacao a professores do en-sino básico e do secundário. Aos sábados, dava ŕbrmacäo sobre gestio de conflitos e indisciplina na escola. Esteve ao abrigo de um projeto da Gulbcnkian no qual também colaboravam jovens."Há uma rede de escolas muito organizácia e completa que cobre toda a ilha. Mas os professores nao säo professores e os educadores também Velhos säo os trapos | 65 nao. O magistério é feito em Sáo Torné e poucos tem condicoes económicas para o fazer", referiu G. Pinheiro. Nao sentiu qualquer dificuldade na adaptacao a "uma nova vida", nem tao pouco no alojamento.Vivia numa casa na qual só havia eletricidade a certas horas do dia, devido ao forneci-mento por gerador a gasóleo. As vezeš até a luz era cortada para poupar o gerador. A água também era uma res-tricao "tomava banho ás escuras e de cócoras, para aproveitar a água". O nome desta voluntária ficou conhecido entre a comunidade onde viveu. Ainda hoje, algumas pessoas lhe pedem ajuda sobre a administra-cao escolar — "Apareciam dúvidas de como fazer um regulárněnto interno, um processo eleitoral ou uma avalia-cao. Tinham uma enorme ánsia por aprender." "Seguir o que o coracao diz", foi o lema de Maria Adelaide. Após uma longa e intensa vida de trabalho, com pouco tempo para ela e com muita vontade de poder ajudar os outros, decidiu inscrever-se para tra-balhar como voluntária num hospital oncológico da cidade. O tempo que lá esteve foi gratificante. Nao tinha horário para "trabalhar" e nem dava pelo cansaco. Ia para o hospital logo de manha e tinha uma palavra amiga para cada doente. Ouvia-os atenta-mente e eles ficavam-lhe gratos. Lia--lhes notícias dosjornais. Ajudava-os a comer, quando eles já nao tinham forcas. Estava presente quando acor-davam da anestesia após as dramáticas cirurgias. Oferecia flores á quinta--feira a cada doente. Sorria, sempře! Um dia, também ela partiu.Todos os que a conheciam disseram: "Parte com o coracao cheio." Mas ainda há uma considerável mina de cabelos brancos que viaja,nao só dentro, mas também para fóra do pais. Alguns sao sócios de associacoes de vertente cultural. Escolhem luga-res com os quais sonharam durante anos. Vao com amigos, ou nao. Isso näo importa, porque o fundamental é conhecer e sociabilizar. Sentem-se, uma vez mais, realizados e cotnpensa-dos. Voltám com as fotos e as histórias para contar aos que ficaram... Georgína, casada e já avó, sente que nos seus 65 anos pode fazer outras coisas que nao sejam só ir ás compras, arrumar a casa e fazer o comer. Per-tence, desde há alguns anos, a um coro. Duas vezeš por semana tem ensaio e aos fins de semana há uma exibicao cuja receíta reverte a favor de uma or~ ganizacao que se dedica aos menos fe-voreridos da cidade onde mora. Geor-gina diz: "agora sinto-me realizada. Os filhos estio criados e os netos também. O tempo agora é meu." Também os ginásios tém visto au-mentar o numero de frequentadores seniores. Frequentam-nos essencial-mente para se sentirem melhor ŕlsica e psicologicamente, mas também apro-veitam o facto para térem um mutivo para sair e conhecer outras pessoas, quer dizer: falar, porque o silěncio do dia a dia é duro, quando a família já está demasiado reduzida, Também as universidades tém criado Cursos Livres em areas diversi-ficadas nos Ultimos anos. Näo säo cursos destinados exclusivamente a idosos, COMPREENSAO mas a verdade é que eles säo a maio-ria que os ŕrequenta.Já há muito que deixaram os estudos, mas o desejo de saber e de se manterem ativos intelec-tualmente leva-os a inscreverem-se, a participarem e até a fazerem trabalhos de grupo. As Universidades da Terceira Idade (ou de Seniores, como alguns preferem chamar) tém sido uma boa aposta para todos aqueles que nao querem arrumar as botas. GLOSSÁRIO aposta: desafio; opcäo cobrír: envoiver; ocupar cócoras: agachado; sentado sobre os calcanhares enviuvar: estado civil após a morte do marido ou da mul her facultar: ceder; dar; oferecer gerador: dispositivo que transforma energia mecanica, químicaou calorífica em energia elétrica gratificante: satisfatórfo; recompensador mági steh o: professorado reverter: destinar lucro/ganho a favor de senior: mais velho; idoso Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "(...) t^m uma gen^tica que nao Ihes permite parar, baixar os bratpos e ficar enfiados no sofa a ver televisao." 2. Dar um novo rumo a vida. 3. Seguir o que o coracao diz. 4. H(...) mina de cabelos brancos..." 5."(...) falar, porque o siléncio do dia a dia é duro, quando a família já está demasiado reduzida.' n 6- "{■ ■ •) aqueles que näo querem arrumar as botas.' 66 j Velhos sao os trapos Velhos säo os trapos | 67 VOCABULARIO 1. No texto aparece a expressäo "pôr em prática". Há outras expressôes idiomáticas com o verbo "pór". Encontre na coluna B o significado das expressôes da coluna A. A B a) Pôr em causa 1. Descobrir b) Pôr a boca no trombone 2. Contar/ficar a saber as ultimas novidades c) Pôr a nu 3. Acreditar em absoluto em alguém d) Pôr a escrita em dia 4. Mandar alguém embora e) Pôr a careca ä mostra a alguém 5. Duvidar f) Pôr a cabeca em água a alguém 6. Divulgar uma verdade ou segredo g) Pôr a andar 7. Fazer desesperar alguém h) Pôr as mäos no fogo 8. Desmascarar alguém 2. Escolha a palavra ou expressäo mais aproximada da que se encontra destacada. a) Tém uma genética que näo Ihes permite baixar os bracos. PI näo těm forga nos bracos □ näo gostam de estar ocupados J näo gostam de estar sem atívidade b) Falamos muito e apoiamo-nos umas äs outras. Q encostamo-nos umas ás outras □ ajudamo-nos reciprocamente Q conversamos muito umas com as outras c) Tinham uma enorme änsia por aprender. [ ] muita vontade de aprender [ ] muito nervosismo por aprender ^] muitas dúvidas se podíam aprender d) Seguir o que o coracäo diz. fj näo arriscar □ Ir ao cardiologista fj fazer o que mais deseja 68 Velhus sac us trapos e) Há uma considerável mina de cabelos brancos. [2 jovens com o cabelo pintado fj idosos adolescentes f) É uma organizagäo que se dedica aos menos favorecidos. aos que tém mais dificuldades económicas Q aos que näo gostam de socíabilizar Q aos que näo tém família g) Os filhos estäo criados. Q estäo em casa dos pais □ vivem em casa de amigos säo independentos h) Todos aqueles que näo querem arrumar as botas. Q usarsapatos Q deixar o calgado debaixo da cama [J deixar de estar ativos Velhos säo os trapos | 69 3. "Pertence, desde há alguns anos, a um com". Encontre na coluna B o significado dos nomes coletivos da coluna A. A B a) Assembleia 1. Conjunto de artistas (cinema ou teatro) b) Elenco 2. Grupo de ladroes c) Frota 3. Grupo de pessoas ou coisas d) Magote 4. Grupo de pessoas que se revezam em determinado servigo e) Pomar 5. Grupo de pessoas reunidas para determinado fim f) Quadrilha 6. Conjunto de navios ou avióes g) Réstia 7. Grande extensáo de vinhas h)1urno 8. Conjunto de cebolas ou alhos atados pelo caule i) Vinhedo 9. Conjunto de árvores de fruta j) Constelacáo 10. Conjunto de estrelas 4. Escolha o verbo mais apropriado para completar as frases. a) Eles gostam muito de_elogios aos amigos. dar formulář tecer b) Ao_conversa com o vizinho do lado, deu-se conta de que tinham os mesmos interesses. comecar entabular ouvir c) No caso de a viagem náo se realizar, quem é que vai_a responsabilidade? dizer guardar assumir d) Todos nós sabemos que náo vale a pena_esperangas, quando já náo existem. acalentar lamentar viver e) É necessário_contacto com os outros interessados no curso, a fim de sérem informados da data de início. abrir estabelecer fazer f) Pontualmente, vamos_uma excegáo para este caso. pedir medir abrir 70 | Velhos sáo os trapos GRAMÁTICA 1. Complete o quadro. apoiávamo-nos nosapoiemos fazeres třvesses feito vMa tenho vivido viver těm visto virem escdherem eaoofham preferiam tivessem preferido frequentares frequentares Velhos sao os trapos | 71 2. Construa uma só frase, utilizando um pronome relativo para juntar as duas frases dadas. a) Escolheram o voluntariado. Vivem intensamente para ele. b) Foi dar formacäo a professores do ensino básico. O ensino básico está a atravessar uma crise económica. c) Os idosos inscreveram-se num Curso Livre da Universidade. O curso terminou no passado més. d) Precisamos de gente dinámica. Gostávamos de trabalhar com eles. e) Estes säo os meus amigos. Vou viajar com eles na primavera. f) Um grupo de vários idosos organizou um coro. Cantam no coro todos os sábados. g) Maria Alzira tem uma amiga de infäncia. Sai com a amiga todas as tardes. h) Vai ser organizada uma viagem cultural. Todos os idosos podem participar nela. 3. Substitua a parte destacada pelos pronomes pessoais de complemento direto ou indireto (ou ambos, contraídos). a) Até já planeamos umas visitas ao Norte. b) Maria Antónia fez um curso de artes decorativas em regime pós-laboral. c) Depois de se reformarem teräo mais oportunidades com toda a certeza. d) Quando voltam, mostram as fotos aos amigos que f icaram e) Perguntaram a mim e ao meu marido se queríamos ir para o ginásio deles. f) Escreveria ä Maria Amelia se tivesse o e-mail dela. Mas näo tenho. g) Ela quer as compras feitas ao fim de semana. h) Enviaremos as fichas de inscricäo aos candidates. • Quando se chega ä idade da reforma, o melhor é descansar. Foi uma vida de cansaco, preocupa-cóes, horários a cumprir... • "Velhos säo os trapos" - ainda só tenho 82 anos... • Quais säo as razôes a favor e contra a reforma aos 67 anos? Deveria ser mais cedo? A que idade é que seria justo iniciar a reforma? A a de Já Van Gogh a pintava... E nós per-guntamo-nos: sim ou nao ä sesta? A palavra sesta tem origem na expressao latina hora sexta que no calendário romano (o dia iniciava-se äs 6 da manhä) correspon-dia ä sexta hora a partir da manhä ou seja: ao meio-dia. Tanto quanto se sabe, esta traditio surgiu na Europa, no século xiu, e, apesar do pro-gresso da humanidade e do ritmo acelerado da vida moderna, fbi-se espalhando, ao longo dos anos, por alguns países. E um hábito em alguns deles, como a Espanha, por exemplo. Mas a influéncia espanhola propagou esta tradic.ao de dormir durante o dia até muitos países latino-americanos. A explicacjío está principalmente nas altas temperaturas que se fazem sentir a meio do dia, geralmente após o almoco, e as pessoas optarem por dormir nas horas mais quentes do dia e trabalhar duran-tes as horas mais ťřescas.Mas nao se pense que é um hábito de dormir horas e horas a fio á espera de que o tempo arrefeca. Longe disso! Segundo os especialistas em sono, é re-pousante descansar näo mais de 40 minu-tos porque, após este periodo, o organismo 74 I A sesta come^a a entrar em sono prořundo, e acor-dar nesta fasc pode ser pior. Quer isto dizer que as pessoas acabariam por acordar com uma sensac/ao de cansaco, lentidäo e confu-sao mental. Ora, nao é isto o pretendido para quem precisa de continuar a atividade laboral. A vontade que a maioria de nós sente em fazer uma soneca surge devido ao facto de o aumento da temperatura do corpo humano favorecer o dito sono. Com esta explicaclo já ficamos mais descansados e näo nos culpabili-zamos a pensar que somos preguicosos. Por outro lado, também o sono que nos ataca após o almoco tem uma justificacao: o que se passa é que grande parte da energia do corpo está voltada para a digestäo dos ali-mentos que acabámos de ingerir e o ťluxo sanguíneo concentra-se no aparelho díges-tivo, deixando o cérebro de lado. Como é o sangue que transporta o oxigénio, o cérebro acaba por receber menos quantidade e ťica cansado, sonolento... É por tudo isto que precisamos de dor-rnitar um pouco para nos regenerarmos e melhorarmos o nosso poder cerebral e a memoria. Sera que os nossos chefes sao A sesta | 75 sensíveis a esta imperativa necessidade? Hummm... Em Portugal, o hábito de fazer a sesta está longe de ser encarado como urna questäo que raereca discussäo publica. Em 2003, foi criada a Associacäo Portuguesa dos Amigos da Sesta, tendo mexido com as hostes nacionais. Num curto espaco de tempo passou de 4 para 246 associados, entre os quais pessoas de diversos ramos e estratos sociais. O entäo presidente desta associacäo afir-mou que "a sesta é urna causa social" e acrescentou que "há quem leve o terna a sério, mas outros levam-no como urna paródia." Em Foz Coa, algumas pessoas ten-taram implementar este ritual numa empresa, mas a necessidade de apro-veitar a hora de almoco para tratar de assuntos burocráticos foi mais forte. O presidente da associacao disse ainda que "os empresários deveriam criar condicdes para que os funcionários pudessem repousar, porque podemos sentir-nos muito cansados e com stress ao final da manha, mas se dormirmos alguns minutos, retomamos o trabalho como novos". Entao, chefes, vamos ou nao ter o direito á sesta? GLOSSÁRIO estrato: camada fluxo: fluido; líquido que corre hoste: multidáo; grande numero de pessoas imperative que se impoe; fundamental implementar: půr em prática; executar paródia: brincadeira; animagao; pándega propagar: alastrar; transmltir soneca: sono curto COMPREENSÄO Expiique o sentido das frases de acordo com o texto. 1."(...) dormir horas e horas a fio (...)" 2. "Em 2003, foi críada a Associacäo Portuguesa dos Amigos da Sesta, tendo mexido com as hostes nacionais.' 3."(...) a sesta é uma causa social (...}" 4."(...} há quem leve o terna a sério, mas outros levam-no como uma paródia.' ä. iliSSiíltillv VOCABULARIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. presenca memoria ócio corpo biológicos mediterránica sesta boas-vindas associacäo reputaeäo decisöes porta ignorancia cardíaco aereditam Faca a sesta, mude a sua vida! i: Já que bateu ä nossa___, faga favor de entrar, a casa é sua. A APAS - Associagäo Portuguesa dos Amigos da Sesta dá-lhe as_e congratula-se com a sua_. Somos uma_de pessoas diligentes que_ na boa prática da cultura. , benéfica para a harmonia dos ritmos _ ou maldade e de todo adequada á saúde física, psíquica e mental. V'rtima de má_pelos seus detratores que por_ a conotaram com a preguiga e o_, bem pelo contrario - estudos acadé- micos e científicos o comprovam - a sesta reduz o stress, revigora a___, impulsiona a criatividade, minimiza o risco de colapso_, clarifica a tomada de_, melhora a produtividade... _ pede-a. Aos humanos, De resto, a sesta é um procedimento natural; o_ aos outros mamiferos, as aves. Informe-se e divulgue. Bem-haja pela sua visita. Volte sempre. Antes ou depois da_. 4 http://amigosdasesta.org 76 I A sesta A sesta | 77 2. Complete o quadro. Noma Verba Adjetivo a origem acelerado optar a confusao preguigoso a digestao sensibilizar implementar repousar burocratico 3. Forme proverbios juntando urn elemento de cada coluna. A a) A uniao b) Aqui se faz, c) Cada cabeca, d) Casa arrombada, e) De pequenino f) Faz mais quern quer g) Muito riso, h) Nem tanto ao mar B 1. sua sentenca. 2. faz a forga. 3. nem tanto a terra. 4. trancas a porta. 5. pouco siso. 6. e que se torce o pepino, 7. aqui se paga. 8. do que quern pode. 4. Explique o sentido dos proverbios do exercicio anterior, a)- b). c). d). e). g). h)_ 5. Palavras com a mesma raiz etimológica. Escreva duas palavras da mesma família das seguintes. a) fio _ e) digestäo _ b) dia c) atividade d) humano f) merecer g) causa h) empresa GRAMÁTICA 1. Complete o texto com a preposigao mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-cessário. para por em com sem de Dormir a sesta näo significa pregar olho toda a tarde! entre É uma discussäo recorrente cá _ casa e que nunca termina _ .formaconsensual. Naver- dade, é uma questáo que se tem posto muito poucas vezeš desde que o Manuel nasceu, mas, ainda assim, volta e meia é debatida. E o que é que está_causa? As sestas. _mim, uma sesta é um pequeno repouso, normalmente após o almogo, uns minutos_ que a pessoa se encosta um bocadinho,___o sofa,_a cama, e passa ligeiramente_ as brasas, tos,__ _chegar a entrar num sono profundo. É um descanso que dura_ _ 15 e 45 minu- . o maximo. Isto é uma sesta, é o conceito_sesta. . a minha mulher, näo - isto näo faz sentido. Uma sesta é uma pessoa dormir__a tarde, mas dormir a sério, um pequeno descanso que vai. tas_as trěs e meia e as sete e meia,_ mais frios_que näo temos vontade__ mim é impensável. Eu sou um pouco paranoico_ apaixonado_dormir,_isso comego _as 2 horas e a tarde toda. Já a vi dormir ses- .exemplo, sobretudo_aqueles domingos . sair das mantas. . o sofá. Isso, e eu ali deitado, .fazer nada. . as perdas de tempo, e näo sou propriamente um _ficar stressado e vejo as horas a correrem Mas a verdade é que nem é sequer isso que me faz dormir pouco _ a tarde, as tais sestas, que normalmente duram 20 a 25 minutos. O meu corpo näo pede mais, mesmo quando estou cansado. Tenho uma espécie_relógio biológico que dá horas_o firm_esse tempo, e que me deixa restabelecido e_sono. Se assim é, porque é que hei de ficar deitado___a cama a olhar _o teto? Estou a escrever este texto precisamente_ dos___o sono quando fui almogar (fui correr 20 quilómetros_ ferrugem ás pernas. e eles comeram primeiro). Terminei o almogo, fui ter um desses rnomentos. Mäe e bebé estavam ferra- manhä só____tirar a _eles, encostei-me um bocadinho e adormeci 20 minutos. Acordei, tentei arrancá-la . _a cama_irmos dar um passeio, mas ela é que me mandou passear. O que vale é que o puto daqui a nada está-berrar e náo haverá como ela náo acordar. 2. "Para nos mantermos despertos e mais produtivos, necessitamos de fazer uma sesta no maximo de 20 minutos." Alem de "manter", há outros verbos derivados de "ter": abster-se / conter / deter / entreter-se / obter / reter. Escolha o verbo mais apropriado e conjugue-o corretamente. a) Ultimamente o Joäo. a sesta! b) Esta unidade_ bastante com o jogo que Ihe demos no ano passado. Nem tem feito um longo exercício de preposigôes. c) Embora eles_ assuntos burocráticos. d) Ainda que muitos_ autorizagäo para descansarem após a hora do almogo, optaram por tratar de , eu acho que vamos conseguir fazer valer os nossos direitos. e) Tive de esperar algum tempo até me entregarem os documentos. Informaram-me de que os- por näo estarem devidamente preenchidos. f) Ontem fiquei preocupado porque já era tarde e ela ainda näo tinha chegado. Quando chegou, pediu-me desculpa e disse-me que_ afalar com uma amiga da universidade. g) Depois de eu ter visto uma injustiga tao grande, náo . há muito que andava para o fazer. e disse-lhe tudo o que pensava. Já o h) Na semana passada a polícia. _trés imigrantes ilegais. A sesta | 81 3. Complete as frases com o conector mais adequado. ainda assim nem que apesar de no entanto contudo em bora näo obstante ao passo que . těm sempře tempo para ajudar os amigos. a) Eles trabalham muitas horas por semana,_ b)_estarmos cansados, näo queremos fazer uma sesta. É uma perda de tempo. c) Vou preparar o jantar,. d) As informacôes que nos deram foram esclarecedoras. bear. eles tenham dito que traziam uns petiscos. _, ainda tenho umas questôes a co- el _a doenga, mantém-se sempře bem-disposta e näo tem faltado ao trabalho. f) O preco da gasolina tem aumentado bastante nos últimos tempos,_o prego do gasóleo se tem mantido. g) Já fiz uma sesta das 3 ás 5, h) Eu preciso que me ligues_ . sinto-me cansada. _ seja á meia-noite. Preciso de falar contigo. .....II i m PARA COMENTAR • A sesta deveria ser institucionalizada em todos os paises. So traz beneficios. • Todas as empresas deveriam ter um ginasio, um SPA ou um gabinete de massagens dos quais os empregados pudessem beneficiar durante uma hora por dia. Isso traria maior rentabilidade no tempo util de trabalho. • Todo aquele que se sente cansado depois do almogo e preguigoso. Seräo os Portugueses felizes? Claxo que sao. Ou melhor: sao rnoderadamente felizes. Mas ser moderado e uma caracteristica intrin-seca dos Portugueses. Quando per-guntamos a alguem "Como esti?", a resposta provavclmente sera um "Mais ou menos..."ou "Vai-se andando...". Nunca se consideram totalmente felizes ou sarisfeitos. Faz parte da nossa cultura nao estarmos nem muito mal nera muito bem. Estamos invariavel-mente no meio. Somos mesmo muito moderados! 84 | Serao os Portugueses felizes? Quando pesarosamente lastima-mos a sorte de outrem, nao e raro ouvir uma resposta do tipo "Pois foi, mas podia ter sido pior," Temos o dom de minimizar algumas dores fisicas ou espirituais e de dar a volta por dma. Para o sociologo Rui Bri-tes e necessario "contrartar o discurso pessimista que se ve em todo o lado de que os Portugueses sao os mais in-felizes da Europa". Ao falarmos de felicidade, estamos a referir-nos a ela em varias dimensoes: padroes materiais de vida, saúde, edu-cacäo, atividades pessoais e política. E claro que todos nós sabemos que nao há felicidade completa em qual-quer uma destas dimensôes. Somos lú-cidos e näo enterramos a cabefa na areia perante as diŕiculdades pelas quais pas-samos, tais como: insatisfacäo política, desemprego, carestia de vída, etc. A insatisfacäo política tem au-mentado nos últimos anos e é neste ämbito que os Portugueses tém aban-donado a posicäo do "meio". L Segundo os dados do ultimo In-querito Social Europeu, somos o pais da Europa que menos se interessa pela politica. Desta insatisfacäo resulta que todo aquele que nao se interessa pela politica tambem näo e capaz de tomar decisöes politicas. Rui Brites vai mais longe ao dizer que as pessoas passam muito tempo a discutir rutebol e a dizer mal do governo, ainda que muitas delas sejam alheias ä politica. Mas a razäo parece estar no facto de o salazarismo ter deixado marcas mais profundas do que pensamos, e estas práticas demorarem muito tempo a passar. Naquele tempo as pessoas näo eram motivadas para terem uma pre-senca politica, porque ela era reser-vada exclusivamente aos politicos. Dai que ainda hoje haja muita abstencäo de voto. Por um lado, porque as pessoas estao descontentes com a politica que se faz no pais, por outro, porque näo acreditam que o seu voto vá ser-vir para alguma coisa... "porque isto já näo se endireita". Estatisticamente, os jovens säo os que mais se abstém, enquanto os idosos sao os que mais vao äs urnas. A estes ainda lhes resta uma esperanca e algum sentimento de dever cívico. Será que estamos...? Umas vezeš mais do que outras, mas cá vamos remando contra a maré. Näo tivéssemos sido um pais de gran-des marinheiros! Serao os Portugueses felizes? | 85 AJguns Portugueses tém refeito a sua vida professional após momentos dramáticos. Uns porque perderam o emprego, mas deitam mäoí ä obra e criam novas atividades; outros, porque nao encontram trabalho compativel com as qualiŕicacôes e decidem emi-grar. Ninguém parte com a felicidade no coracao, mas também näo se dei-xam derrotar. Maria Borges, 26 anos, é um dos muitos casos que vale a pena analisar. Quando acabou os estudos (estudou Enfermagem) e sem perspetiva de trabalho, decidiu partir. Foi diiicil deixar a família e os amigos, mas era neces-sário tomar urna decisäo e näo jicar bragos cruzados. Partiu para Pemba, Mozambique, para trabalhar numa organizacäo de voluntariado. Tra-balhou com doentes infetados com VIH/sida, alguns já em fase terminal, mas sempře lhes deu urn sorriso amigo e muito carinho. Foi recom-pensada com o bem que transmitiu: voltou com o "coracäo cheio" e a sentir-se mais completa.Viu gente a morrer, mas sempře com esperanca. Deu-se conta de que havia gente em situacöes de vida bem mais dra-miticas do que a dela. Relativizou muitas coisas äs quais dava grande importäncia. Agora diz ser uma pes-soa mais tolerante, serena e feliz. Ela propria diz "agora aprecio mais urn arco-iris num céu azul". Miguel Silva nasceu numa al-deia na Beíra Baixa e aí viveu até há quatro anos. Trabalhava numa fíbrica textil que acabou por fechar devido ä crise no setor. Casado e com dois filhos viu-se sem trabalho aos 32 anos. Ao abrigo de um programa do Institute do Emprego e Formacäo Pro-fissional fez um curso de Hotelaria e Restauracäo e depois estagiou como rececionista num hotel na Covilhä. Mais tarde conseguiu um trabalho em Coimbra. Nos primeiros tempos era impossivel ir a casa com ŕrequéncia, mas com o apoio da mulher e restante família, esta dištancia tornou-se menor. "Se a minha família näo me tivesse apoiado tanto, näo sei como teria sido. Para mim c uma enorme felicidade ter um núcleo familiar solido", referiu Miguel. S* MJO ešte*, I"**" S°' Ser $ebz. ser cuiw^t*-, PordU pz*&tx Áě*At0 ^ . A ?^ b^^T^T" OMuib A Fernando Pessoa, in Poemas Inéiitas (1930-1935) GLOSSARIO absten?ao: privagao ou desistencia voluntaria de um direito politico, cfvico ou social ao abrigo: sob a protecao de carestia carencia; escassez dom: talento; capacidade intrinseco: que faz parte da essSncia; inerente nucleo: amago; essencia; ponto principal outrem: outra pessoa pesaroso: c COMPREENSAO Explique o serttido das frases de acordo com o texto. 1. "Vai-se andando...". 2. "Temos o dom de (...) dar a volta por cima." 3."(..,) näo enterramos a cabeca na areia (...)". 4."(.,.) porque isto já näo se endireita". 5."(...) cá vamos remando contra a maré" 86 I Seräo os Portugueses felizes? Seräo os Portugueses felizes? | 87 VOCABULÁRIO 1. Complete o teste com as palavras dadas e depois responda äs perguntas. Näo se esqueca de conferir o resultado. felicidade problemas alegre dorme colegas prazer desafios coisas bem sonhos imagem lotaria opiniäo relacäo imediato 1' 1 " 'ŕ, > , 1 ,1 -j iV r.1 88 I Serao os Portugueses felizes? E vocé, é fp||7 no ■ Wl l£- a ry emprego? NAD > Quando acorda para ir trabalhar, sente-se_disposto(a) e entusiasmado(a)? > Tem uma relagäo de harmonia e integracäo com os seus_? > Sente_nas pequenas conquistas no seu trabalho? • As outras pessoas veem-no(a) como uma pessoa _ • Sente constantemente uma sensacäo de__ motivo específico? • Tern pianos e ___para o seu futuro? ■ No dia a dia de trabalho, acontecem-lhe com frequěncia _ tes? ■ Quando se vé ao espelho, gosta da___ refletida? . e positiva? . no trabalho, mesmo que näo haja um . interessantes e motivan- ' Quando se deita, adormece de . noite sem acordar? • Considera-se otimista em_ . e, na maior parte das vezes, . toda a _ ä vida? ■ É considerado(a) urna referencia na sua profissäo e, como tal, recorrem a si para emitir urna __ou ser consultado(a) sobre um assunto? _que Ihe acontecem e sobrevaloriza as coisas boas? • Minímiza os. _a serem superados? • Encara os obstáculos do trabalho como_ • Se ganhasse a_, continuava a trabalhar ainda que a um ritmo mais tranquilo? • Se pudesse voltar atrás, escolhia a mesma profissäo? Agora some os SIM e veja o resultado. De 14 a 15 respostas SIM: Parabéns! Escolheu urna profissäo que o(a) realiza. As suas atitudes tendem a ser positlvas e favo-ráveis perante a vida. Term tendencia a aproximar as pessoas de si, e estas a considerá-lo(a) uma referencia profissional. De 12 a 13 respostas SIM: É provável que tenha feito a escolha čerta. No entanto, está a dispersar energias que podem ser mais bem canalizadas. Se nada fizer, poderá ficar cada vez mais longe da täo procurada felicidade. De 10 a 11 respostas SIM: Cuidado! O seu momento é crítico. Reflita sobre a sua vida como um todo. Entenda que a felicidade está ao dispor de todos e vocé tern a responsabilidade de encontrar o melhor caminho para chegar até ela. Abaixo ou igual a 9 respostas SIM: Todo o profissional (quer seja em infcio de carreira ou näo) deve saber com objetŕvidade onde quer chegar. Só assim alcanga a felicidade. A CORAGEM é o seu maior desafio. Seräo os Portugueses felizes? ] 89 2. No texto aparece a expressäo "näo enterramos a cabega na areia". Encontre na coluna B o significado das expressdes idiomáticas da coluna A. a) Passar-se dos carretos b) Näo me aquece, nem me arrefece c) Ir na esgalha d) Fechar-se em copas e) Pôr-se a pau f) Ir dar uma volta ao bilhar grande g) Meia dúzia de gatos pingados +0 Fazer de olhos fechados i) Estar nas sete qulntas j) Ser um paz de alma B 1. Näo divulgar o que sabe 2. Poucas pessoas 3. É-me indiferente 4. Ter cautela 5. Fazer sem dificuldade 6. Ser muito calmo 7. Perder o juízo/enlouquecer 8. Estar ä vontade 9. Ir incomodar outro 10. Ir com muita velocidade 3. Construa uma frase usando cada uma das expressoes idiomáticas do exercício anterior. a)__-.---— b). cici). e) . f) _ 9). h). 90 I Seräo os Portugueses felizes? Serao os Portugueses felizes? | 91 4. Escolha o verbo mais apropriado para completar as frases. a) Perante qualquer que seja a dificuldade, näo se deve_ encolher baixar erguer b) Ao_tamanho desinteresse, näo vai conseguir o que ambiciona. dar demonstrar mostrar _ os bragos logo ä primeira. c) Be trabalhou bastante ate_ atingir perder d) Se voces quiserem_ estamos dispostos a ajudar-vos. levar trazer _ os objetivos. encontrar . o sacrificio de trabalhar ao säbado de manhä, para melhorarem a situagäo, fazer e) Elas decidiram _ fazer f) E melhor voce atender _uma piada sobre a situagäo ridicula que viram. levar atirar _äs aulas diariamente, porque caso contrario vai ter dificuldades. assistir tomar g) E desaconselhävel_ colocar levar em causa tudo o que se ouve. Nem tudo säo boatos! pör 5. A Boa Escrita. Assinale a palavra cor-retamente escrita. a) projecto b) Carnaval c) sabado d) inseto e) veem f) mal-criado g) pe-de-meia h) recem nascido i) auto-retrato j) micro-ondas projeto carnaval Säbado insecto veem malcriado pe de meia recem-nascido autorretrato microndas GRAMATICA 1. Complete as frases usando as palavras dadas e conjugando o verbo. a) No ano passado / por mais que / (eu) / tentar... b) Nao acho que / (ela) / chegar... c) Para que / (voces) / ter boas notas ... d) Agradego que / (os senhores) / dizer. 92 I Serao os Portugueses felizes? e) Logo que / (ele) / sair. f) Enquanto / (voces) / estar / em casa . g) Era melhor / (tu) / apanhar. I h) Havia quern / dizer Seräo os Portugueses felizes? | 93 2. Complete as frases com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando necessário. de por para Segredos que nos guiam até ao bem-estar, até ä felicidade > Expressar gratidäo, através do exercício das trěs béncäos (acabar o dia a identificar as trěs coisas boas que nos aconteceram); < Näo se comparar__os outras; > Praticar pequenos atos_generosidade, aprendendo_perdoar; > Cultivar, conscientemente, as amizades; ■ Deixar que as emogôes, boas ou más, se libertem; ■ Fazer uma pausa ______ o frenesi_o dia a dia; ■ Arranjar tempo_o exercício físico regular; > Meditar; i Ir alem_o destino, interpretando o que nos acontece e o que fazemos; > Näo se vitimizar; • Se quiser ser bem-disposto, finja que é e acabará_ser; > Brincar mais_a vida, despreocupando-se. 3. Substitua a parte destacada pelos pronomes pessoais de complemento direto ou indireto (ou ambos, contraídos). a) Diz já o teu nomel b) Eu teria comprado a tal enciclopédia, se näo fosse täo cara. c) Eies escreveriam aos amigos, se soubessem o endereco. d) Se eu te pedisse, trar-me-ias a encomenda dos Correios? Obrigada. e) Näo me agradegas. Fiz isso com muito gosto. f) Penso que ela emprestará o livro ao colega. g) Eies teräo visto o filme? h) Ela quer o assunto resolvido quanto antes. 94 I Seräo os Portugueses felizes? PARA COMENTAR • Interprete o poema de Fernando Pessoa "Felicidade". • O que é que faz as pessoas sentirem-se felizes no seu país? • "O dinheiro näo traz felicidade, mas ajuda muito!" HP Como é que ficámos täo chatas? Dantes, a vida era simples. Nao era prcciso mandar 30 e-mails e 58 SMS para combinar qualquer coisa. Agora, até tomar cafe com uma amiga exige mais or-ganizacao do que um golpe de Estado. Como é que, de repente, nos tornámos pessoas tao complicadas? A agenda DANTES — Ligávamos a alguém por volta das 12h45. "Marta, anda daí comer qualquer coisa." Res-posta: "Esta bem. Qucm chegar tarde é um ovo podře." AGORA - Humm... Hoje tenho a hora do almoco hvre.Vou ligar á Marta. "Ai, hoje nao posso porque tenho de acabar uma coisa urgente". Ninguém pode. Uma vai a casa ao almoco porque o bebé nao para de vomitar, outra tem aula de zumba, outra já combinou com outra pessoa, outra está na Tailán-dia, outra agora nao almoca, outra nao responde, outra mudou de numero... "Está bem, entao se nao poděs hoje vamos combinar outro dia, que já nao te vejo há anos". Entao: "Amanhá também nao posso porque tenho uma reuniao, na ter^a eu posso, mas tu nao, na quarta vou á minha mle, quinta e sexta vou tirar dois dias..." Quando damos por isso, a mař mi ta é a nossa melhor amiga. 96 I Como é que ficámos täo chatas? A ementa DANTES — Nein viamos o que e que tinhamos no prato, o que interessava era a conversa. AGORA - Toda a gente tem algum tipo de "restric-äo" alimentär. Uma näo come gorduras, a outra näo come fritos, a outra nao come nada que näo seja bio, a outra näo come, ponto. Uma e alergica ao glüten, outra des-cobriu que e alergica ä lactose, outra näo come carne, outra näo come acü-car, outra nao come pao, outra näo come sal, outra näo come hidratos de carbono porque a Maria Jose näo deixa, outra nao come a partir das sete, outra nao come antes das sete. E preciso paciencia! DANTES - Falávamos de tudo - das pessoas, de filmes, de vestidos. de livros, de namorados, de coisas sérias, de coisas parvas. AGORA — Acaba-se sempře numa das duas hipóteses: a fotografar o prato de salada e espetá-lo no Facebook com o comentário: "Almoco com amigas que näo via há anos: que saudaaaaades!" E a ficar em stress ä espera de mais um like e a fazer comentários. Ou: a rodar o ecra do telemóvel ä procura de fotos dos filhos para mostrar äs outras. De repente alguém diz: "Ai, isto para a Joana está a ser uma chahce, que ela näo tem filhos." A Joana, que tinha estado a publicar no Facebook"Mzs porque é que as pessoas näo se calam com as gra-cinhas das crianf as", acorda de repente, tenta fazer um ar simpático e diz "Näo, nao... eu até gosto de vos ouvir",fazendo uma nota mental para näo voltar a almocar com alguém que tenha filhos, netos ou cäes pequenos e ainda estejam na fase do deslumbre. Como é que ficámos täo chatas? | 97 GLOSSÁRIO chatice: macada; aborrecímento deslumbrar: fascinar; seduzir; ofuscar despojamento: privacáo; renúncia; rejeigáo fixe: formidável; excelente marmita: recipiente com tampa, para transportar comida parva: palerma; pateta; idiota tralha: amontoado de coisas com pouca ou nenhuma utilidade vomitar: expelir pela boča substáncias que esláo no DANTES - Amo-te. Amas-me? Claro que sim. Fixe. Quanros filhos queres? Imensos. Está bem. AGORA - É preciso levar as criancas ao medico, é preciso lavar a loica do jantar, e antes foi preciso fazer o jantar, e verificar se fizeram os trabalhos de casa, e mesmo que nao hajá filhos há outras coisas, o trabalho, o chefe, a "mesmice" do dia a dia. É verdade que uma relacao também é feita disso, de nao se ter paciéncia, de nao se ter tempo, de näo ter de pintar os olhos para estar com aquela pessoa, de nao ter mascaras... Isto é tao romäntico, näo se percebe que a rotina seja tlo insultada em nome de uma inocén-cia adolescentoide que já passou. De qualquer ma-neira, ás vezeš temos pena de que rudo passe ä frente do romantismo que ainda podíamos ter, de que hajá tempo para ir ás compras e para arrumar a casa, mas nunca para namorar. Mas pronto. É a vida. 98 I Como é que ficámos tao chatas? DANTES - Ligávamos á Rita: "Liga á Maria e á Leonor e pergunta-lhes se querem vir acampar para a quinta do meu tio Zé". Punham trěs věsti dos na mocnila e estava a andar. Ou, entao, dividia-se um estúdio no aldeamento. AGORA — O Sul é quente, mas tem "viquingues" es-trangeiros e filas para a praia e nao apetece pegar no carro. O Nořte é sossegado e charmoso, mas nao tem praia, tem frigoríficos, e chove metade dos dias ou o nevoeiro só le-vanta lá para as trés da tarde, e pelas třes da tarde já metade das criancas adormeceu outra vez, fez birra ou partiu a ca-beca (e o jarrao chinés da residencial). O sonho de uma vida era ir para um hotel de luxo, mas descobre-se que há uma explicacao para os sonhos térem uma fantástica propensao para nunca se realizarem (...). Acabamos no mesmo aldeamento para onde sempře fomos. E mau e caro, mas pelo menos já sabemos com o que é que contamos. Dantes näo éramos perfeitas e näo queríamos saber. Agora queremos: e dá trabaaaaalho. Ficamos perfeitas... e chatas. A vida complicou-se: näo porque estamos mais velhas, mas porque tudo ä nossa volta mudou... DANTES - Banho. Calcas de ganga.T-shirt. Ou um vestido. E pronto. AGORA — Já se inventaram produtos para cada centímetro do corpo: há cre-mes especiais para o contorno dos olhos, para o pescoco, para as maos, para a barriga, para as pernas, para os pés; há séruns e cremes e locóes. Há anticelu-líticos, e hidratantes {...), e águas de Colónia, e parfum, e eau parfumy e eau de nao sei do que, e eau hidratante, e baumes, isto para nao falar na lišta imensa de tralha para o cabelo (...). E ainda nem sequer abrimos o armário: dantes tudo nos ficava bem. Agora há dias em que nos sentimos um clone de baleia. E há aqueles dias em que nada nos cai bem (...). Era suposto aprendermos o "despojamento" com a idade, mas a idade só nos ensinou que a idade dá trabalho... Vantagem: o consolo de estarmos muito melhor do que as nossas avós com a nossa idade... M Texto adaptado, Catarina Fonseca in Actim COMPREENSÄO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "(...) quinta e sexta vou tirar dois dias..." 2. "(...) isto para a Joana está a ser uma chatice (...)." 3."(...) fazendo uma nota mental para näo voltar a almocar com alguém que tenha filhos, netos ou cäes pe-quenos e ainda estejam na fase do deslumbre." 4."(...) a mesmice do dia a dia.' 5. "O Nořte é sossegado (...), mas näo tem praia, tem frigoríficos, e chove (...),' 6. "E há aqueles dias em que nada nos cai bem (.. Como é que ficámos täo chatas? | 99 VOCABULARIO 1. Palavras Cruzadas. Escolha o adjetivo mais adequado. Horizonta/s 8.rSo QU6"S0njeia^*masia 9- Aborrecido Verticais 3.'?ate?qUe9aStarTluito*heiro 4- Corajoso 5. Avar ento 10. Gentil 2. No texto aparece a expressäo "anda dai". Há outras expressôes idiomáticas com o verbo "andar". Encontre na coluna B o significado das expressôes da coluna A. a) Andar äs aranhas b) Andar ás turras c) Andar seca e meca d) Andar na lua e) Andar á deriva f) Andar na má vida g) Andar atrás de h) Andar na boa vida 100 I Como é que ficámos tio chatas? B 1. Andar muito ä procura de alguma coisa 2. Estar distraído 3. Tentar conquistar alguém 4. Näo saber o que fazer; estar confuso 5. Discutir sem chegar a acordo 6. Andar a divertir-se sem fazer nada de útil 7. Levar uma vida de ilegalidade 8. Näo ter objetivos definidos 3. Analogias. Há uma rela?áo logica entre a primeira e a segunda palavras Descubra as relacôes lógicas em falta. a) simpático simpatia g) antipático b) alguém ninguém h) algum c) ligar desligar i) acender d) sossego sossegado j) barulho e) f rio arrefecer k) quente f) hörnern rosto i) animal u Como é que 4. Escolha o verbo mais apropriado para o respetivo complemento. a) entabular 1. efeito b) tecer 2. uma dívida c) surtir 3. um poema d) arregalar 4. conversa e) contrair 5. os olhos f) recitar 6. conta g) tomar 7. elogios 5. Construa uma frase em que utilize os verbos e o respetivo complemento do exercício anterior. a)______ b). c) . d) . e). 102 [ Como é que ficámos tao chatas? GRAMÁTICA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Está bem. Quem chegar tarde é um ovo podře. Ela respondeu que__e que-_--,-,------ b) Nem víamos o que é que tínhamos no prato, o que interessava era a conversa. Embora nem____.--— c) Uma relacáo também é feita de náo se ter paciéncia. Ainda que_____,- d) O sonho de uma vida era ir para um hotel de luxo. Apesar de______ e) Era suposto aprendermos o "despojamento" com a idade, mas a idade só nos ensinou que a idade dá trabalho... 2j É suposto que _ Como é que ficámos tao chatas? | 103 2. Complete as frases com os verbos no modo indicativo ou no modo conjuntivo. a) ver 1. Se tu. 2. Se tu . a Maria, diz-lhe que amanhä temos um jantar com as nossas amigas. _ muita televisäo todos os dias, é natural que näo tenhas tempo para ler. b) vir 1. No caso de voces. . ao jantar, por favor: deixem os telemóveis em casa. 2. Precisava de saber se ele também_. c) ir 1. Perguntou-me como é que eu_para o restaurante. 2. Respondi-lhe que nao se preocupasse comigo, porque_como. minutos. d) ser 1. Ultimamente os dias_muito cansativos. 2. Seria ótimo se amanha já_sábado. . demorava só dez e) trazer* 1. Lamentei que a Joana näo_ 2. Se eu the_um presente, já lho teria dado. Näo achas? o namorado com ela. Parece que é um tipo simpático. 3. Conjuncóes. Complete as frases da coluna A com as da coluna B. a) Quando eles entraram no restaurante, b) Mal ele se sentou á mesa, c) Sempře que nos encontramos, d) Enquanto voces leem este artigo, e) Á medida que o tempo passa, f) Depois que soubemos da notícia, g) Assim que recebi o e-mail, h) Até que tenhas terminado o livro, i) Desde que chegaste, j) Logo que chegares, 104 | Como é que ficámos tao chatas? B 1. eu vou telefonar para o restaurante. 2. respondi-lhe imediatamente. 3. ficaram surpreendidos por nos verem lá. 4. aconselho-te a náo comegares outro. 5. eles estao a ficar sem paciěncia para acampar. 6. ainda náo fizeste outra coisa senáo telefonar. 7. telefonámos-lhes a felicitá-los. 8. comecou logo a publicar no Face. 9. liga-me para te ir buscar ao aeroporto. 10. ela está cheia de pressa por causa das criancas. Férias passadas com os avós? Fazem „bem recorijericlcim-se! I Os avos sentem-se rejuvenesci-dos e os-vnetos vivcm experien-cias diferentes, enquanto os pais ganham tempo para descansar ou namorar. Especialistas dizem que todos ganham com o cruza-mento das geracoes. As primeiras ferias de Leonor com os avos foram aos seis anos. Agora, com 12, e impensavel passar um verao sem aquela semana "na casa de Peni-che". Divide-se entre a praia e a piscina, vai ao mercado com a avo fazer as compras para o ahnoco,passeia com o avo de barco, pinta conchas e pe-dras, ouve historias do "antigamente". E ainda encontra "os amigos de Peni-che'V'E muito fixe ir para la. Existem regras, claro, mas eles sao avos, dao mais mimos e deixam-me fazer mais coisas." Quando surge o convite, alguns pais question a m-se se devem dei-xar os filhos ir de ferias com os avos. Ou porque acham que sao muito pequenos ou porque nao sabem se aguentam as saudades. E ainda ha a ideia de que os avos os "estragam" com mimos. Por esta altura, e um tenia que alimenta 106 | Ferias passadas com os avos? discussóes nos fóruns online. Os dois especialistas ouvidos pelo DN — J. Morgado e Teresa P. Marques — säo unánimes em afirmar que a expe-riencia é boa para avós, pais e netos.E recomcnda-se. Nao há uma idade ideál para as férias com os avós. "Depende da autonómia da crianca e da experiéncia dos avós", defende J. Morgado. Näo há dúvida de que os avós säo bons cuidadores, acrescenta o espccialista. "Mas há pais, mais obsessivos com a seguranca, que acham que fazem sempře melhor do que os avós, mas tam-bém pensam isso em relacao a todas as outras pessoas. Por isso, ganham mais ansiedade e ficam mais inseguros." Geralmente, as férias com os avós implicam "ŕugir ä rotina", pelo que "é sempře uma experiéncia nova". Con-tudo, destaca o psicólogo, "é preciso que os avós percebam que těm de adaptar a sua rotina ä crianca e criar hábitos consoante a sua idade. Nao väo passar trés horas num restaurante, por exemplo". Como näo säo cuidadores a tempo inteiro, diz J. Morgado, "tendem a facilitar na imposicäo de regras e limites. Mas as férias com os avós só fazem é bem, näo väo estragar a educacao dada pelos pais ao longo do ano". Ansiedade dá lugar äs saudades Desafiada pelos avós, Matilde, de 10 anos, resolveu ir este ano, pela primeira vez, com eles para o Al-garve, sem os irmäos. Normalmente, Maria, de 15 anos, e Tomáš, de 13, também väo. Demorou alguns dias a tomar a decisäo. Fez perguntas, anali-sou os pros e os contras e resolveu ir. A mäe partilhou a história no blogue. Dando-lhe o seguinte título: "A Matilde foi de ferias... que saudades!". "Nós temos muitas saudades. Estamos sempre a olhar para o telefóne para ver se ligám, mas eles até se esque-cem", conta ao DN. Além das saudades, há urna ligeira ansiedade, "mas nada de anormal". (...) "Custa um pouco mais passar a responsabilidade para os sogros". Mas todos ganham com a experiéncia. "Os avós até se sentem mais novos. Quanto aos netos, esse carinho dife-rente faz-lhes muito bem ao cresci-mento." Naturalmente, segundo a mae Férias passadas com os avós? | 107 de Matilde " tém de ser figuras mais perrnissivas. Däo-Lhes mais mimos, mas nao deseducam". Sem esquecer que "também é bom para os pais". Teresa P. Marques, psicóloga na area do comportamento infantil, reforma que "os pais ŕicam mais livres para namorar, sabem que os avós cui-dam bem dos filhos, tal como cuida-ram deles, e todlos ganham com a experiéncia". Como tém mais tempo e paciéncia, refere a psicóloga, os avós "contam-lhes histórias e, quando vivem na provincia, pro-porcionam-lhes experiéncias que näo tém nas cidades, como o contacto com os animais e as hortas". Quem näo sente nostalgia ao re-cordar os tempos em casa dos avós? "Säo experiéncias muito enriquece-doras. E para os avós é uma lufada de ar fresco", indica Teresa P Marques. Contudo, ressalva, há regras que tem de ser cumpridas, nomeadamente no que diz respeito äs horas de sono e ä alimentacäo. "Desde que sejam as-seguradas, é muito benéfico para as criancas." Quando säo adolescentes, "os pais devem ainda instruir os avós quanto äs regras para sařr ä noite, por exemplo". Näo raras vezeš, as férias säo também um encontro de ge-racoes: avós, pais, netos. "Desde que se entendam, é muito interessante a partilha de experiéncias entre as vá-rias geracöes", conclui a especialista. A. Texto adaptado, Joana Cap ucho in Diário de Notírias GLOSSÁRIO aguentar: aturar; talerar; suportar concha: invólucro calcário do corpo de certos moluscos fixe: diz-se daquilo que agrada ou tem qualidades positivas lufada: sopro forte mimo: gesto ou condescendencia generosa para com outro permissivo: tolerante; indulgente rotina: hábito de fazer alguma coisa sempře da mesma maneira W Avô COMPREENSÄO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Especialistas dizem que todos ganham com o cruzamento das geracoes." 2. "[Os avós] těm de ser figuras mais permissivas." 3. "E para os avós é uma lufada de ar fresco." 108 I Férias passadas com os avós? VOCABULARIO 1. Palavras Cruzadas. Escolha a palavra mais adequada. 00 Horizontals 1- Pai do marido 4- Rlho dos tios 5. Re/axar 8- Pai do pai 9- Há muito tempo Verticals 3.-oS0podrefaZerS-P-omeSmo 6- Mäe da mulher 7- Gostarmuitodealguém 2. No texto aparece a expressäo "os amigos de Peniche". Esta também é uma das muitas expressöes idio-máticas na lingua portuguesa. Encontre na coluna B o significado das expressöes da coluna A. a) Amigos de Peniche b) Abrir o coracäo c) Agarrar com unhas e dentes d) Bater na mesma tecla e) Chatear o Camôes f) Estar com os azeites g) Levar a peito h) Paninhos quentes i) Riscar do mapa j) Trocar alhos por bugalhos B 1. Insistir 2. Estar aborrecido 3. Fazer desaparecer 4. Amigo desleal que näo merece confianga 5. Confundir factos ou histórias 6. Ofender-se 7. Desabafar; declarar-se sinceramente 8. Näo desistir de algo ou de alguém facilmente 9. Ir incomodar outra pessoa 10. Com todos os cuidados Férias passadas com os avós? | 109 3. Forme provérbios juntando um elemento de cada coluna. a) Quem tem telhado de vidro b) 0 pior cego c) Quando um burro fala, d) A vinganca e um prato e) Quem conta um conto, f) Quem quer vai, g) A ociosidade e a mäe h) Dois olhos B 1. e aquele que näo quer ver. 2. acrescenta um ponto. 3. os outros baixam as orelhas. 4. de todos os vioios. 5. que se serve frio. 6. veem mais do que um sö. 7. näo atira pedras ao do vizinho. 8. quem näo quer manda. 4. Explique o sentido dos provérbios do exercicio anterior, a)_ b) c) d). e). 9). h) 110' Férias passadas com os avós? 5. Complete o quadro. Honte Varbo Adjellvo o cruzamento mimar unanimar a ansiedade habitual o desafio rejuvenescedor a ideia fugir tender I CO L GRAMATICA 1. Complete o texto com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-cessário. para por de até Avós do século xxi ultrapassarem, e . muito Segundo as estatísticas, há cada vez mais Portugueses tempo, a barreira psicológica_os 65 anos, a que muitos ainda chamam "terceira idade". Mas parece que muitos deles näo ligám "pevide" a esta designagäo e sentem-se_dinämica ________ cuidarem dos netos. Como a presenga_os avós é muito mais do que urna questäo demográfica, eles säo a espinha dorsal_a sociedade portuguesa,___o apoio___os avós, inúmeras famílias näo conseguiriam, pura e símplesmente, funcionar. Muitos avós těm a missäo_acompanhar os netos _a escola, ir buscá-los (estamos a referir-nos_os mais pequeninos...), dar-lhes o lanche e acompanhá-los_os TPC. Tudo isto porque os pais veem-se obrigados a cumprir horários mais exigents* e pesados e precisam_este imprescindível apoio familiar. _outro lado, muitos deles dedicam-se_. atividades versáteis que gostam_ partilhar_os netos sempre que estes estäo_férias ou,_mesmo,_o fim_ _ semana. Uns gostam _ . os levar a viajar _ _ o pais (ou até mesmo _ . atividades desportivas (äs vezes um pouco radicals...); ainda há os que _ as cnangas que ama- fora); outros iniciam-nos_ gostam_os levar a espetáculos ou visitar museus. Os avós säo uns bons companheiros_.o crescimento saudável nhä seräo adultos. 2. Transforme a frase dada, comecando como indicado e näo alterando o sentido. Pode completá-la sempre que considerar necessário. a) Anteontem os avós foram ao concerto com os netos adolescentes. Ela disse que_____________. b) Como näo tém muito tempo disponível, näo podem fazer a viagem que tinham planeado. Se eles_____________ c) É necessário proceder de modo sensato. É necessário que nós______ d) Amanhä, partiremos para a serra ás 11 horas. Amanhä por estas horas já_ e) Com mais tempo, teríamos conhecido melhor a cidade. Se_ lt2 | Férias passadas com os avós? 3. Conjuncôes. Complete as frases da coluna A com as da coluna B. a) Se eles forem fazer surf, b) Caso o seu filho näo tenha aulas, c) Desde que tenham tempo, d) Falem mais devagar 1. podem aproveitar para ir ao castelo. 2. a fim de que vos possa compreender. 3. devem levar o equipamento adequado. 4. vamos ao evento. e) Para que tivesses passado no teste 5. eles estäo a ficar sem paciéncia para acampar. f) Dado que recebemos o convite, g) Conquanto a casa seja grande, h) Nao posso tomar uma decisao i) A medida que o tempo passa, j) Vou com voces ao cinema, 6. inscreva-o em atividades desportivas. 7. porquanto o assunto ultrapassa a minha competéncia. 8. deverias ter estudado mais. 9. exceto se forem ver um filme de terror. 10. ela nunca convida a familia para lá ficar. PARA COMENTAR • Os avós säo as melhores "infraestruturas" dos netos. • Mimar näo é deseducar. • Vantagens e desvantagens de passar muito tempo com os avós Capoeira Capoeira e uma expressäo cultural brasileira que mistura arte marcial, desporto, musica e cul-tura popular. A origem remonta ä epoca da escravatura no Brasil, seculo xvi. Muitos negros foram levados de Africa para o Brasil a fim de tra-balharem nas fazendas de cafi», nas rofas ou nas casas dos senhores. Muitos destes escravos eram de Angola, tambem antiga colonia por-tuguesa. Sabe-se que os angolanos gostavam de fazer dancas ao som de musicas muito ritmadas. Ao chega-rem ao Brasil, estes escravos africa-nos aperceberam-se da necessidade de desenvolverem formas de pro-tecäo contra a violencia e repressao por parte dos colonizadores brasi-leiros. 114 I Capoeira caram a prati-car capoeira durante os intervalos do trabalho, porque era uma forma de treina-rem nao só o corpo, mas também a mentě para eventuais situacóes de combate. Os donos proibiam qualquer que fosse o tipo de arte marcial pra-ticada, mas os escravos persistiram ainda que de uma maneira enco-berta, como se se txatasse de uma inocente danca recreativa. Mais tarde, no século xvn, alguns escravos conseguiram fugir e forma-ram territórios escondidos, mas go-vernados por eles próprios, os deno-minados quilombos. Alguns destes quilombos, que no inicio eram assentamentos simples, evoluiram com o tempo e fbram atraindo mais escravos em fiiga e ate mesmo indigenas. Mesmo depois da abolicäo da escravatura, em 1888, a proibifäo de praricar capoeira manteve-se. Era vista como uma prätica violenta e subversiva. Os guardas tinham ordens para prender os capoeiristas que a praticavam, mas eles näo so continuavam a pratica-la, como a aperfeicoavam com o tempo. E assim continuou, apesar de proi-bida, ate 1930, quando um importante capoeirista brasileiro, Mestre Bimba, teve uma enorme im-portäncia no desenvolvimento da mesma. Ao perceber que esta arte estava a perder o seu valor cultural e a enfřaquecer, enquanto luta, misturou elementos da capoeira tradicional com o batuque (luta do nordeste brasileiro extinta com o passar dos anos), criando assim um novo es-cilo de luta que podia ser praúcada por qualquer um, com movimentos mais rá-pidos e acompanhada de música. Desta forma, ele conseguiu que esta expressäo cultural conquistasse todas as classes da sociedade. Foi Mestre Bimba, um eximio luta-dor e, acima de tudo, um grande mestre, quem apresentou a luta ao entäo presidente Getúlio Vargas. Tanto quanto se sabe, o presidente gostou de tal forma desta arte que a transformou em desporto nacionál brasileiro. Convidou urn grupo de capoeira para se apresentar oficialmente no Palácio do Catete, libe-ralizando, assim, a capoeira. Capoeira | 115 Instrumentos Uma caracteristica que distingue a capoeira da maioria das outras artes mar-ciais e a sua musicalidade. Quem a pratica tambem aprende a tocar os instrumentos ripicos e a cantar. Sao varios os instrumentos que fazem parte desta arte: Berimbau E constiruido por um arco e uma cabaca e toca-se com uma ba-queta, produzindo sons atraves da vibracao do arco. Este e o instru-mento principal da Roda, que vai definir o ritmo da musica e tambem do combate de capoeira. Originalmente o berimbau tinha a funcao de alertar os comba-tentes para chegadas inoportunas. AgogS Este instrumento tambem foi introduzido no Brasil pelos afKcanos. O nome agogo per-tence a lingua nago e significa "sino". E um instrumento de ferro e e tocado com o auxilio de uma vara. Atualmente, e o instrumento de percussäo mais agudo que se usa na capoeira. Atabaque E um instrumento musical de percussao afřo-brasileiro. É cons-dtuído por um tambor cilíndrico ou ligeiramente cónico, com uma das bocas cobertas de couro de boi, veado ou bode. É tocado com as maos, com duas baquetas ou, por vezeš, com uma mao e uma baqueta. Pandeiro E um típo de tambor, com pele fina e, embora näo tenha caixa de ressonáncia, geralmente tem um som mais agudo do que o ataba-que.Tem uma forma circular e ao redor tem umas platine-las duplas de metal. O som é produzido com o bater da mäo ou dos dedos na men-brana. GLOSSÄRIO alertar: informar; avisar assentamento: porgäo de terra para cultivar eximio: excelente; muito häbil extinto: terminado; acabado fazenda: propriedade rural indigena: pessoa natural da regiäo onde habita inocente: inofensivo recreativo diz-se daquilo que dlstrai roga; terreno onde a sementeira e plantada entre o mato; casa de campo um pouco luxuosa e original subversivo: revolucionärio Reco-reco Também é um instrumento de percussäo, de origem afro-brasileira, composto por um tubo de bambu com golpes transversais num dos lados. Sobre estes golpes faz-se des-lizar uma varinha de modo a pro-duzir o som. 116 j Capoeira COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1."(...) era uma forma de treinarem näo só o corpo, mas também a mentě (...)." 2."(...) os escravos persistiram, ainda que de uma maneira encoberta, como se se tratasse de uma inocente danca recreativa." 3. "Era vista como uma prática violenta e subversiva.' 4."(...) ele conseguiu que esta expressäo cultural conquistasse todas as classes da sociedade.' VOCABULARIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. jogo circulo tocada musical algum aplicar batendo inicia berimbau treino entre berimbau Roda de capoeira A roda de capoeira é um_ batéria_. em que a capoeira é jogada de capoeiristas com uma _e can- tada. A roda serve tanto para o. _, divertimento e espetá- culo, quanto para que os capoeiristas possam__ o que aprenderam durante o _. Os capoeiristas colocam-se na roda cantando e palmas ao ritmo do_, ao mesmo tempo que dois capoeiristas jogam capoeira. 0 jogo _estes dois capoeiristas pode terminar quando o tocador de_o determinar ou quando_outro capoeirista da roda "compra o jogo", ou seja, entra no jogo dos dois primeiros e_um novo jogo com um deles. 2. Expressóes idiomáticas no portugués do Brasil. Encontre na coluna B o significado das expressóes da coluna A. a) Pór minhoca na cabeca b) Abotoar o paleto c) Arrumar sarna para se cocar d) Botar pra quebrar e) Cara de pau f) Levar um fora g) Andar feito barata tonta h) Acertar na mosca i) Bater papo j) Pisar na bola B 1. Morrer 2. Descarado; sem-vergonha 3. Fazer algo com muita intensidade (geralmente em sentido positivo) 4. Estar distraído/indeciso 5. Pensar sobre problemas inexistentes 6. Conversar informalmente 7. Cometer deslize 8. Procurar problemas 9. Acertar com precisao 10. Ser desprezado 3. Construa uma frase usando cada uma das expressóes idiomáticas do exercício anterior. a)----_-■--- b). c). d). e). 9). h). 118 | Capoeira 4. Abaixo, estäo listadas algumas diferencas lexicais entre o portuguěs europeu e o portugués do Brasil. Portuguěs europeu Portugués do Brasil a) agrafador grampeador b) autocarro ônibus c) boleia carona d) casa de ban ho banheiro e) fato de banho -> maiô f) peäo pedestre g) penso rápido esparadrapo ou bandeide h) relva grama i) sumo suco j) telemóvel celular a) Escreva urna frase para cada urna das palavras no portuguěs do Brasil. Grampeador:_ Ônibus: Carona: Banheiro: Maiô: Pedestre: 120 I Capoeira 5. Palavras Cruzadas. Encontre a palavra mais adequada no portugués do Brasil. Horizontais 3- Bfca 6- P/anear 8- Propfnas 9- Autocarro 10- Traväo Verticals 1- Ta/ho 2- Bétrioo 4- Atacador 5- Comboio 7. Sandes 11- Peöes HP8* 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e näo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Capoeira é uma expressäo cultural brasileira que mistura arte marcial, desporto, música e cultura popular. Ele disse que_ b) Ao chegarem ao Brasil, estes escravos africanos aperceberam-se da necessidade de desenvolverem for-mas de protegäo contra a violéncia e repressäo por parte dos colonizadores brasileiros. Quando_ c) Os donos proibiam qualquer que fosse o tipo de arte marcial praticada, mas os escravos persistiram, ainda que de uma maneira encoberta, como se se tratasse de uma inocente danca recreativa. Embora os donos_ d) A capoeira era vista como uma prática violenta e subversiva. Os donos_ g e) Getulio Vargas convidou um grupo de capoeira para se apresentar oficialmente no Palácio do Catete. k Um grupo de capoeira_ Capoeira | 123 2. Complete com: porque / por que, enfim / em fim, demais / de mais, porquanto / por quanto. a)_, aquilo que quer dizer e que näo gosta de jogar capoeira. Näo e verdade? b)_comprou este berimbau? c) Tenham cuidado, porque voces jogam_. d) Näo acho que seja nada_, näo se preocupe com isso. e) Fique descansado,_ela vai telefonar logo que chegar. f) Eles reformaram-se porque ja estavam_de carreira e tinham atingido a idade. g) A equipa näo atingiu os objetivos,_näo houve boas condicöes de trabalho. h)_razäo näo veio ao treino de ontem? 3. Locu$öes finais. Forme frases juntando um elemento de cada coluna. A B a) Despache-se, b) A fim de que fale bem portuguěs, c) Tern de comprar um bom dicionário, d) Temos de procurar um desporto 1. para que nos sintamos melhor. 2. se sente täo desmotivado? 3. para que ainda apanhe o autocarro. 4. para que o oucamos. e) Para que ela possa viajar nas próximas férias, 5. para que se possa pedir o visto. f) Tome este medicamento, 6. a fim de que possamos resolver o seu caso. g) Por que motivo 7. precisa de estudar mais. h) Tem de voltar amanhä, 8. para que Ihe passem essas dores. i) Näo se esquecam do passaporte, 9. tem de trabalhar bastante. j) Por favor, fale mais alto, 10. para que adquira mais léxico. PARA COMENTAR Para si, a capoeira é uma arte marcial ou uma expressäo musical? > Que tipos de desporto considera que estäo mais interligados com a mente? i Será que ainda existem diferentes tipos de escravidäo nos dias de hoje? 124 I Capoeira Brasil, o rei do ritmo e dos espetáculos Para muitos, o Brasil é sinónimo de sol, praia e mar. Associa-se o Brasil a Säo Paulo e Rio de Janeiro, a Ipanema e Copacabana. Para muitos, o Brasil é Carnaval. Contudo, é muito mais do que isso: é um pais vasto quer na di-mensao geográfica quer social e cultural. Cada regiäo tem o seu encanto e as suas tradicoes, muitas delas sao comuns em alguns aspetos,por exemplo, a alcgria do povo brasileiro que se reflete, tao bem, na criatividade que os caracteriza. Sao reis no futebol, no teatra, nas telenovelas, na música, na danga, no ritmo... Se, no início, o futebol era apenas praticado por uma elite, agora é por todos aqueles (e sao muitos...) que tem talento e preparacäo fisica para este des-porto. Mas voltemos atrás no tempo, re-cuando até 1895, quando o paultsta Charles Miller, após uma viagem pela Inglaterra, levou duas bolas de futebol para o Brasil e comefou a converter a comunidade de expatriados británicos (que viviam em Säo Paulo) de joga dořeš de críquete em jogadores de futebol. Chegou a criar um clube de futebol, mas como era uma čerta aristocracia quem dominava, a prática děste des-porto restringia-se a uma elite branca. As classes sociais menos favorecidas e até mesmo os negros só podiam assistár. Apenas mais tarde, em 1920, é que o futebol se massificou com a aceitacao dos negros neste desporto. Durante o governo de GetúHo Vargas foi feito um grande esforco para im-pulsionar o futebol no país.Trinta anos mais tarde, e aínda durante o governo de Vargas, foi construído o Maracana. Mas a música tem uma relagäo forte entre os brasileiros, onde quer que estejam. Quem näo gosta de bossa nova? Falámos com alguns brasileiros e todos foram unänimes na resposta "Opa! E um ritmo bacana." A história da bossa nova é a his-tória de uma geratjäo de jovens artis-tas brasileiros, na década de cinquenta, que acreditava no futuro e conseguia realizar o sonho de levar a música aos quatro cantos do mundo. As prirnei-ras manifestacöes deste tipo de música ocorreram na zona sul do Rio de Janeiro. Cantores, músicos, poetas, intelec-tuais e amantes do jazz americano par-ticiparam no nascimento deste género musical, que juntou a alegria do ritmo brasileiro com a harmonia do jazz americano. Muitos nomes ficaram ligados a bossa nova: Antonio Carlos Jobini, Vi-nicius de Moraes,Joäb Gilberto, Nara Leao, Durval Ferreira, Elizeth Cardoso e tantos outros. Nos anos sessenta, houve dois factos que marcaram a consolidac.ao da bossa nova näo só no Brasil, mas também no mundo: primeiro foram os espetáculos na Faculdade de Arquitetura e na PUC (Pontifícia Universidade Católica); de-pois seguiu-se o show no Carnegie Hall e com ele a explosäo do ritmo brasileiro pelo mundo. Mas como é que se pode caracterizar este género musical? Esta é a pergunta que alguns desconhecedores fazem. Pois bem, caracteriza-se por uma maior ü. o rei do citmo e dos espct icuíoí I a i 3 O integracäo entre melodia, harmonia e ritmo, com poemas mais elaborados e ligados ao quotidiano, valorizando as pausas e o silencio, cantando de modo mais despojado e intimista do estilo que vigorava ate entäo. Näo so a bossa nova tem um ritmo intrinsecamente ligado ao Brasil — existe tambem o samba. O samba desenvolveu-se como genero musical urbano no Rio de Janeiro, nas primeiras decadas do século xx. Na origem, era uma forma de danca, acompanhada de pequenas fřases melódicas e refróes de criafao anónima. Foram os negros que migra-ram da Bahia - na segunda metade do século XIX - que o divulgaram. Quer o tipo de danfa quer o género musical těm raiz nos ritmos e melodias afřicanas, como o lundum e o batuquc. Em meados do século XIX, a palavra samba era usada para definir diferentes dpos de música introduzidos pelos escravos afřicanos, sempře acompanhados por diversos tipos de batuque, mas que assumiam características próprias em cada Estado do Brasil. Esta diversidade de características baseava-se nas diferenfas de cada tribo de escravos, assim como na peculiaridade de cada regiäo em que se estabeleceram. Tradicionalmente, a música é composta pelo acompanhamento de cavaquinho, vários tipos de violäo e Brasil, o rei do ritmo e dos espetáculos | 127 GLOSSÁRIO converter mudar; transformar elite: referente ao que existe de melhor numa comunidade, sociedade ou grupo estereótipos: opiniäo preconcebida expatriados: expulsos da patria imensurável: que näo se pode medir massificar: influenciar os indíviduos no sentido de transformar e uniformizar comportamentos peculiar: próprio; particular; invulgar re string ir: limitar diferentes instrumentos de percussäo. Por influencia das orquestras americanas, em voga depois da II Guerra Mundial, também passaram a ser utüizados o trombone e o trompete e, por influencia do choro, a flauta e o clarinete. Ao longo dos anos, os ritmos latinos e americanos tem inöuenciado o estilo do samba. O momento alto desta influencia surgiu entre os compositores das escolas de samba dos morros cariocas, näo propria-mente ligados ä danca, mas sob a forma de improvisacöes cantadas, individualmente, alternadas com estribilhos conhecidos e entoados pela assisténcia. Hoje em dia, näo podemos dissociar o samba do Carnaval brasileiro. Estao interligados. Quando se fala de espetácu-los brasileiros, tendemos a pen-sar de imediato no Carnaval. Näo há dúvida de que este é o espeticulo que movimenta muita gente - alem dos par-ticipantes, há um numero imensurável de pessoas que se deslocam para ver os desfi-les. É um espetáculo que, alem de alegre e colorido, tem bastante impacto na economia do pais. Mas nao só o Carnaval faz parte da "indústria" dos espetáculos brasileiros. Todos nos apreciamos — de uma maneira ou de outra, com mais ou menos assidui-dade - as telenovelas. Este é um espetáculo com largos anos de producäo e se, por um lado, é bem visto por uns, que o consideram um produto de entretenimento bem conseguido, há outras pessoas que veem na telenovela a alienacäo da populacäo e a ilustracäo do Brasil como um lugar de estereótipos e de caricaturas. Concordando ou näo, há que admitir que a representacäo dos atores é bastante au-téntica e, por conseguinte, tern feito escola. Por outro lado, as telenovelas brasileiras tem abordado temáticas essenciais da sociedade brasileira, alem de térem passado para o ecra obras hterárias que acabaram por chegar mais perto de algum publico, por exemplo, o caso da obra escrita por Jorge Amado Gabriela, Cravo e Canela ou Dona Flor e Sens Dois Maridos, entre outras. Talvez por tudo isto, que dantes era visto numa perspetiva negativa e precon-ceituosa, tenha ganho novos contornos, e atuahnente tém sido feitas diversas pes-quisas (até em meios académicos) com o objetivo de estudar a importáncia e a influencia das telenovelas na sociedade brasileira. R.esta acrescentar que as telenovelas brasileiras provém das radionovelas de grande sucesso dos anos quarenta e cin-quenta. Com o aparecimento e o cresci-mento de um novo meio de comunica-cao no pais - a televisäo - as radionovelas entraram em decadéncia, dando lugar äs telenovelas. Quando surgiram, eram trans-mitidas ao vivo em dois dias da semana. Quem sabe se näo é por este morivo que ainda hoje os atores brasileiros tém grande á-vontade a representar em palco,isto é, no teatro, onde säo exímios. COMPREENSÄO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Brasil, o rei do ritmo e dos espetáculos." 2."(...) comecou a converter a comunidade de expatriados britanicos (...) de jogadores de críquete em jogadores de futebol." 3. "Apenas mais tarde, em 1920, é que o futebol se massificou com a aceitacáo dos negros neste desporto." 4 "Esta diversidade de características baseava-se nas diferengas de cada tribo de escravos, assim como na peculiaridade de cada regiáo em que se estabeleceram." 5. "[O Carnaval] tem bastante impacto na economia do pais.' 6."{...) há outras pessoas que veem na telenovela a alienacäo da populacäo (.. dos espetáculos VOCABULÁRIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. sentimental violäo palavra O Choro. surgiu reunia chorosa estilo apenas origem O Choro brasiieiro _ no Rio de Janeiro em 1870 e teve na sua salöes tarde colonial _a fusäo de ritmos europeus com ritmos afro-brasileiros. Entre outros instrumentos, eram utilizados o_, a flauta e o cavaqui- nho, que davam ä musica um tom__, melancólico e "choroso". O nome děste ____ musi- cal parece ter derivado da._ época_. Mas também há quem defenda que o nome se deve ä maneira "xolo", que era um tipo de baile que os escravos organizavam na _com que os . um grupo de instrumentistas musicos suavizavam certos ritmos da sua época. No início, era_ que aos sábados e domingos se_na casa de um deles para fazer música. A partir de 1880, o Chorc^popularizou-se nos_de danca e nos subúrbios cariocas. Mais_, já no século xx, comegou a ser cantado, deixando de ser apenas instrumental. 2. Expressóes idiomáticas no portugués do Brasil. Encontre na coluna B o significado das expressóes da coluna A. B 1. Resolver um problema complicado 2. Manter um segredo 3. Atrapalhar o namoro 4. Tomar consciéncia 5. Conversa intima 6. Criar confusáo em publico 7. Quando alguém se dá conta de algo 8. Improvisar; ajudar a resolver um problema 9. Agradar 10. Cometer excessos a) Armar um barraco b) Segurar a vela c) Pé na jaca d) Descascar o abacaxi e) Quebrar o galho f) Boca de siri g) Cair na real h) Conversa de pé de ouvido i) Cair a ficha j) Fazer a cabeca 3. Construa uma frase usando cada uma das expressóes idiomáticas do exercício anterior. a) _._.-.-------- b). c) d). e). 9). h) S i). 130 I Brasil, o rei do ritmo e dos espeláculos Brasil, o rei do ritmo e dos espetáculos | 131 4. Abaixo, estäo listadas algumas diferencas lexicais entre o portuguěs Brasil. <. europeu e o portugués do Portuguěs europeu a) apelido b) bilhete c) camisa de dormir d) camisola e) dorrnitar f) falador g) fita-cola h) gelado i) guarda-costas j) simpátíco 132 I Brail, o rei do ritmo <: dos espeticulos Portuguěs do Brasil sobrenome ingresso camisola blusa de la cochilar boca mole durex sorvete capanga bacano a) Escreva urna frase para cada uma das palavras no portugués do Brasil. Sobrenome:_ Ingresso: Camisola:. Blusa de lä:. Cochilar:. Boca mole: Durex: Sorvete; Capanga:. Bacano: Brasil, o rei do nrrao e dos espetáculus | 133 5. Palavras com a mesma raiz etimológica. Escreva duas palavras da mesma família das seguintes. a) mar _ f) dimensäo _ b) criatividade c) aristocracia d) entretenimento e) improvisacäo g) sonho h) desf ile i) despojado j) assisténcia GRAMATICA 1. Portugués do Brasil. Transforme as f rases usando o gerúndio. a) Ele estava a ser observado pelos amigos. b) Andei a fazer um inquérito sobre o Carnaval. c) Depois do desfile, a Neusa vinha a arrastar os pés de cansaco. d) Estavam todos a dormir quando eu entrei. e) Eles iam a cantar e a dancar pela rua quando encontraram a Polícia. f) Ela continua a escrever para novelas. g) Quando voce me vir a dormir frente ä televisäo, näo me acorde. h) Voce está a perguntar isso a quern? "ii Ik L SK 2. "Resta acrescentar que as telenovelas brasileiras provern das radionovelas de grande sucesso (...)." Há outros verbos derivados de "vir": advir / convir / intervir / provir. Escolha o verbo mais apropriado e conjugue-o corretamente. a) Näo me parece que Ihe. _____ passar o carnaval na Bahia este ano. b) Antes de eu entrar na sala de reuniôes, eles já_sobre o assunto que tínhamos pendente. c) Mesmo_de urna família nobre, gosta de participar nestas festas populäres. d) O cansaco que ela sente ___ e) Lamentamos que näo te_ f) Para nós_no debate, temos de preparar bem o terna de tantas noites sem dormir. vir assistir ao desfile na semana passada. g) Tudo o que. _do investimento feito, é do nosso agrado. h) Todos nós sabemos que o Carnaval-do Brasil! 134 I Brasil, o rei do ritmo e dos espetáculns Brasil, o rei do ritmo e dos espeticulos | 135 3. Complete o texto com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-cessário. por de contra História do Carnaval no Brasil A história do Carnaval brasileiro teve inlcio . . o periodo colonial. Uma . . as primeiras manifestagôes carnavalescas foi o Entrudo, que era uma festa . _os escravos na colónia. Eies saiam pelas ruas,_ Em meados do século xix, a prática do Entrudo_ após uma campanha_esta manifestagäo popular e que foi levada a cabo Enquanto isto, a elite do Imperio criava os bailes de Carnaval. _origem portuguesa e praticada . os rostos pintados, atirando farinha e bolinhas de água de cheiro ás pessoas. Mas... nem sempre eram cheirosas! Ainda que o Entrudo fosse uma festa bastante popular, também era considerada como uma prática ofensiva e violenta, dado que as pessoas eram atingidas_objetos diversos. Este era o motivo_o qual as familias mais abastadas fi- cavam_casa nessa altura. Contudo, estas familias também tinham os seus divertimentos: as mocas jovens desta elite ficavam_as janelas a atirar água_os transeuntes. o Rio de Janeiro comecou a ser criminalizada, _a imprensa. . clubes e teatros. Foi esta mesma elite do ftio de Janeiro que veio a criar as chamadas sociedades, as quais comecaram a desfilar_ as ruas da cidade. Mas as camadas populäres näo desistiram_as suas práticas carnavalescas. No final_ o século xix procuraram uma forma de se adaptarem_as tentativas de disciplína imposta_ a Polícia. Criaram os cordôes (incluíam a utilizagäo da estética das procissöes religiosas com manifestagöes populäres, como a capoeira e os zés-pereiras que tocavam grandes bombos) e os ranchos (cortejos pratica-dos principalmente_as pessoas do campo). Ainda_o século xix surgiram as marchinhas de Carnaval, ou Chiquinha Gonzaga, como eram mais conhecidas. Na Bahia, os primeiros afoxés (cortejo de rua durante o Carnaval) surgiram nos finais do século xix e princípio do século xx,_o objetivo_relembrar as tradigöes culturais africanas. Tambem _o Recife passou a ser praticado o frevo (ritmo musical e danca) e o maracatu (ritmo musical, danga e ritual de sincretismo religioso cristäo com as crengas africanas)_as ruas de Olinda. Na década de Vinte apareceram as escolas de samba, as quais eram o desenvolvimento_os cordôes e ranchos. A partir dos anos sessenta, as escolas de samba e o carnaval carioca passaram_tornar-se _uma importante atividade comercial. PARA COMENTAR • So alguns nascem com a capacidade de ter ritmo. • As telenovelas, quer sejam brasileiras ou näo, só servem para alienar o povo. • Só os brasileiros sabem dancar o samba. Uno e dos pspetáculos | 137 Espelho, espelho meu... O Brasil é considerado o campeäo das cirurgias plášticas, o que causou um acréscimo lexical: Upoescultura, ab-dominoplastía e rínoptastia, entre outras, säo técnicas de cirurgia plastica que passaram % fazer parte do vocabulário da maioria dos brasileiros, indepcnden-temente da classe social ou idade. Por-que se quer atingir a perfeicäo estética ou porque se quer ficar parecido com um(a) tal ator/atriz de Hollywood, ou ainda porque sim, as intervencöes estéticas passaram a ficar tao banais quanto comprar um carro ou fazer uma via-gem a um lugar longínquo. Capricho? Bern, cada um sabe de si. A verdade é que nem é preciso ter muito dinheiro, apenas encontrar urna empresa que financie o numero de vezes adequado em relacäo ao orcamento do cliente. No Brasil há consórcio com pianos de pagamento até oito anos. Em 2014 o Brasil conquístou o primeiro lugar no ranking de parses que fazem mais cirurgias plásticas. Sabe-se que os especialistas brasileiros foram responsáveis por 12,9% das 11,6 milhôes de intervencöes estéticas realizadas no mundo. Näo nos pode-mos esquecer de que muitas destas cirurgias foram de reconstrucäo após acidente ou doenca. A Sociedade Internacionál de Cirurgia Plastica Estética fez um le-vantamento e mostrou que no Brasil 138 I Espelho, espelho meu... Existe no mundo ^alguém n\CLÍs^ be[p do que eu? se realizam anualmente cerca de 1,5 milhôes de cirurgias: um milhao säo procedimentos estéticos e 500 mil säo reparadoras. Mais do que um reeurso para adiar o efeito do tempo, a cirurgia é um meio para conseguir a aparéncia desejada em qualquer idade. Em 2013 veríficou-se que o numero de plásticas em adolescentes -entre os 14 e 18 anos — tinha aumen-tado 141% em quatro anos. Nesse mesmo periodo, o numero de cirurgias estéticas realizadas em adultos tinha erescido 36,8%. Hoje em dia, o Brasil tem mais cirurgiöes plásticos por habitante do que os Estados Unidos. Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina, há um especialista para cada 44 mil pes-soas, enquanto nos Estados Unidos a proporcao é de 1 para 50 mil pessoas. Nos anos cinquenta o cirurgiao plástico mineiro Ivo Pitanguy ganhou fama no Rio de Janeiro. Trabalhou com outros cirurgiöes de renome e, em 1961, ganhou notoriedade ao criar urna equipa de voluntárias para aten-der as vírimas do incéndio do Gran Circus Norte-Americano que se apre-sentava em Niterói. Muitas foram as vítimas deste enorme acidente. Ape-sar de Pitanguy ter conquistado fama por rejuvenescer o rosto de atrizes e figuras famosas da sociedade brasileira, trabalhou na sua especialidade a fim de corrigir as lesöes provocadas pelo incéndio, e assim ajudou o Brasil a ga-nhar destaque nesta area da Mcdicina. Mas o espelho pede mais, quer corpos bem definidos —, nem que para isso se tenha de passar horas infindá-veis na malhacao. Nos Ultimos anos o "culto do corpo" virou preocupaeäo geral, atin-gindo as mais diferentes classes sociais e faixas etirias. A imprensa — revistas, jornais, te-levisäo - dedica cada vez mais espaco näo só aos beneficios/efeitos da cirurgia estética, mas também a produtos de cosmética e alimentäres que aju-dem a melhorar a forma fisica. Somos bombardeados com publicidade a novas formulas de sucesso. Ninguém duvida dos benefícios de um bom piano alimentär e exerd-cio físico, mas dentro de um programa adaptado a cada pessoa. Näo podemos ser a imagem decalcada da atriz do ultimo filme que vimos; näo podemos ter o corpo trabalhado como o atleta profissional. Temos de procurar o bem-estar físico e psiquico dentro de certos lirnites. Quais? Cabe a cada um defini-los e näo entrar em profunda ansiedade. Correr no catfa-däo ou fřequentar o ginásio é uma boa opcäo qualquer que seja a idade. Sor-rir também dá bem-estar. GLOSSÁRIO abdominoplastia: cirurgia ao ventre para retirar gordura banal: sem originalidade; sem valor consórcio: grupo de empresas que tém operaooes comuns decalcan copiar; imitar lipoescuttura: cirurgia plastica para rernodeiaeäo da forma do corpo malhacäo prática de exercicio físico renome: coneeituado rinoplastia: operaeäo cirOrgica para corrigir detorrnidades do nariz Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estxanho ímpar.' ' Carlos Drummond de Andrade I Espelho,espelho meu-. COMPREENSÄO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Espelho, espelho meu, existe no mundo alguem mais beb do que eu?" 2. "O Brasil e considerado o campeäo das cirurgias plästicas (...)." 3. "(...) um milhäo säo procedimentos esteticos (...)" 4. "(...) recurso para adiar o efeito do tempo (...)" 5."(...) o 'culto do corpo' (...)" 6. "Somos bombardeados com publicidade a novas formulas de sucesso.' VOCABULÁRIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. personagens vestuärio pegou estilo vitrína pecas figurinos atores A influéncia das novelas no consumidor brasileiro Sabe-se que a novela influéncia e muito o _ _de milhares de brasileiros. A novela é urna espécie de . com a qual as pessoas se identificam, inclusive com as personagens, desejando o seu. Náo importa qual a classe social, gosto ou estilo, há sempře alguém que se inspira nas producoes das novelas. Mas aquilo que muitos náo sabem é que, na verdade, na maior parte das vezes as_náo langam tendéncias. Sáo as industrias de moda que se aproveitam da exposigáo dos_para langarem as suas próximas colegóes. Esta história comegou com a chegada de uma figurinista da Rede Globo, que percebeu que seria muito mais prático procurar__ nas lojas do que produzir um figuríno inteiro a partir do zero. Depois desta iniciativa, muitas marcas comegaram a interessar-se por este canal de televisao e a promover as suas colegóes. Este estilo de publicidade tanto, que já há estudos que apontam no sentido de as novelas sérem a maneira mais eficaz de in-fluenciar o consumo. Há uma grande percentagem de espectadores de novelas que utilizam os_como inspiragáo na hora de comprar. Isto acaba por ser uma coisa boa para todos: os fabricantes podem expor as suas roupas, os lojistas conseguem direcionar os produtos, e os consumidores acabam por se sentir mais seguros na sua escolha ao saberem que determinado tipo de produto já foi usado e afirmado como status de beleza. 140 I Espelho, espelho meu. Espelho, espelho meu.. 2. Abaixo, estäo listadas algumas diferencas lexicais entre o portuguěs europeu e o portugués do Brasil. Portugués europeu a) afia-lápis b) assistente de bordo c) aterrar d) berma e) castanho f) ohavena g) elétrico h) fato í) rebugados j) sésamo Portugués do Brasil apontador aeromoca aterrissar acostamento marron xícara bonde terno balas gergelim a) Escreva uma frase para cada urna das palavras no portugués do Brasil. Apontador:_ Aeromoca:. Aterrissar: Acostamento: Marron:. Xicara: Bonde: Terno: Balas: Gergelim: 142 I Espelho, espelho meu.. 3. Portugues do Brasil. Forme uma expressao juntando urn elemento de cada coluna. a) Perder b) Bater c) Estar d) Pegar e) Passar f) Assumir g) Tomar h) Estabelecer i) Entrar j) Encolher 144 | Espelho, espelho r 1. em forma 2. urn cheque 3. a paciencia 4. uma atitude 5. a responsabilidade 6. em panico 7. contacto 8. urn papo 9. os ombros 10. o 6nibus 4. Escreva uma frase em que utilize as expressdes do exercicio anterior. a)_ b)_ c)_ d) . e) . f) _ 9). h)_ Espelho,espelhomeu... | 145 5. Qual e o plural de...? a) atriz _ b) örfäo _ c) cristäo _ d) anäo _ e) bagagem _ f) banal _ g) couve-flor _ h) cidadäo _ i) corrimäo _ j) nuvem _ k) cäo _ I) virus _ m) hotel _ n) olival _ GRAMÄTICA 1. Passe para o discurso indireto. a) O Brasil e considerado o campeäo de cirurgias plästicas, o que causou um acrescimo lexical. Eies disseram-nos que___ b) A verdade é que nem é preciso ter muito dinheiro, apenas encontrar urna empresa que financie o numero de vezes adequado em relagäo ao orcamento do cliente. Informaram-nos de que c) A Sociedade Internacionál de Cirurgia Plastica Estética fez um levantamento e mostrou que no Brasil se realizam anualmente cerca de 1,5 milhôes de cirurgias. Foi-nos dito que__ 146 I Espelho,espdho meu... d) O espelho pede mais, quer corpos bem definidos, nem que para isso se tenha de passar horas infindáveis na malhagäo. Ela disse-me que____---■- e) Näo podemos ser a imagem decalcada da atriz do ultimo filme que vimos e näo podemos ter o corpo tra-balhado como o atleta profissional. Temos de procurar o bem-estar fisico e psiquico dentro de certos limites. Cabe a cada um defini-los e näo entrar em profunda ansiedade. Correr no calgadäo ou frequentar o ginásio é uma boa opcäo qualquer que seja a idade. Sorrir também dá bem-estar. Por fim, ela aconselhou-nos a. Espelho. espelho meu... | 147 2. Complete as frases com o conector mais adequado. a meu ver a fim de a) Eu näo vi esse filme,. porem decerto b) Ela interessa-se por moda, do mesmo modo com o intuito de i o livro no qual o filme foi baseado. _que se interessa por pintura. logo por conseguinte c) Tenho trabalhado bastante e nao tenho tido ferias. Na proxima semana vou para o Brasil. fazer ferias. d) Os alunos fizeram um bom trabalho durante o curso e passaram no exame com sucesso; _ merecem descansar nos proximos dias e antes de retomarem o segundo semestre. e)_, optar por constantes cirurgias plästicas näo e saudävel. f) A Florbela vai comecar as aulas de ioga_de melhorar a capacidade de concentragäo. g) No proximo fim de semana vou para fora,_näo contem comigo. h) Acho que hoje eles väo entregar os livros que requisitaram,___ja os leram. 3. Complete as frases com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando necessário. de a por para com a) Precisamos_chegar a horas_apanharmos o comboio. b) Eles apressaram-se_entrar antes que os outros chegassem. c) Estava preocupado_eles, mas acabei_receber noticias_e-mail. d) Ela faz anos_4_fevereiro. Temos_Ihe telefonar_dar os parabéns. e) Eu näo permito_ninguém que träte mal os animais. f) Eles flcaram contentes_as noticias e aproveitaram_ir festejar. g) O miúdo desátou_chorar quando deixou_ver a mäe na praia. h) Eles foram condenados_pagar uma multa_falta de documentagäo atualizada. i) Reparaste_aquela pintura? j) Elas näo querem estar sujeitas_medidas___esse tipo. 148 I Espelho, espelho meu... em PARA COMENTAR . "Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar." . A cirurgia plastica só se justif ica em caso de necessidade de reconstrucao na sequenc.a de um acidente. . Sorrir é um meto de ultrapassar depressöes e falta de autoestima. i _________ ______ a__ _■__ i i tespelho,espelh*meu... | 149 Säo Torné e Principe... de 1001 km nifigici Dona Carlota recusa dizer a ida.de e tern toda a razäo. Porque ha-veria um "branco" — que ela nao co~ nhece de lado nenhum - de querer saber tal coisa? "Puxe o barco e de-pois faz perguntas!" Assim seja. Durante uns longos e penosos minutos, homcns, mulheres e criancas puxam a pequerja embarcacao areia acima, carregada de pebce. A tarefa estava terminada, mas Dona Carlota gosta mais de interrogar do que ser inter-rogada: "Nunca viu pescadores na vida? Somos pobres, a nossa sortě é o mar farto", explica esta habitante de Nevěs, uma das principals cidades de Säo Tome e Principe. "Tem quantum filhos?" Um dedo indicador serve de resposta. "So um? Tristeza. Tenho cinco", explica ela, enquanto as suas mäos calejadas agarram um volumoso atum.Atarefada e sem grande vontade de fazer conversa mole, despede-se de forma subita, mas amistosa: "Näo es-queca, isto é terra de Deus!" Olhando ä volta, é difícil de dis-cordar. Apesar do lixo espalhado pela praia, apesar das humildes casas de madeira, apesar das águas poueo re-coniendáveis do río Provaz, este é um território mágíco. Bašta sair desta aglomeracäo urbana onde residem perto de sete mil almas e regressar ä estráda reabilitada recentemente, com dinheiros da Uniäo Europeia.A paisagem virgem acaba por se únpor e deixar desconcertado quem nunca aqui pós os pés. E bem provável que tenha sido essa a sensacao que teve o fidalgo D. Joao de Paiva e respetivos acompanhantes quando fundearam por estas bandas, em 1485. No lugar de Anambo sobrevive um velho padrao que assinala esse desembar-que e a chegada dos primeiros co-lonos Portugueses - na sua maioria, judeus e prisioneiros condenados ao degredo por D.Joao II, que percebeu a importancia estrategica do arqui-pelago, supostamente desabitado ate entao. Em certos sitios, parece que es-tamos no principio dos tempos e, mesmo quando a mao do ho mem marca presenca, logo a natureza se encarrega de fazer das suas. E o que acontece quando alguem atravessa o tunel de Santa Catarina, rumo a norte, e comeca a ver o que o espera do outro lado: coqueiros, muitos co-queiros, de cor alaranjada. Clara que tudo nao passa de um mero efeito de otica gracas ao sol e a localizacao das arvores.Ji agora, convem fazer um es-elarecimento: estamos a falar da costa ocidental de Sao Tome, que a gene-ralidade dos especialistas e dos sao--tomenses considera ate nem ser a mais bonita do pais. Gostos nao se devem discutir, mas, na qualidade de escriba independente, aproveita-mos para dar um manifesto e singelo exemplo de injustica: a Lagoa Azul. Sim, o famoso filme homonimo, pro-tagonizado por Brooke Shields, foi feito na Jamaica, mas tambem poderia ter sido aqui rodado. Contemplar a baía e as águas turquesas do AtUntico desde o morro do Carregado e de-pois serpentear até ä praia da Lagoa Azul é uma experiéncia que dispensa quaisquer comentários. E que só rica completa após prestarmos o devido respeito ao centenário embondeiro que serve de referencia a quern vai a banhos ou mergulha com o propósito de ver os corais que ficam entre os 10 e os 30 metros de proťundidade. Isto para näo falar de outras praias até ao extremo sul da ilha e dos ilhéus que pontuam toda a orla oeste. Seja como for, sublinhe-se a in-justica de ser urna regiao demasiadas vezes ignorada pelos folhetos turísti-cos e que praticamente nunca aparece entre os ex-líbris do território. O mesmo se poderia dizer do Parque Obô, que cobre quase um terco do pais — 235 quilómetros qua-drados em Säo Tomé e outros 85 no Principe (que também fazem parte da biosféra da UNESCO desde 2012). E aí, no centro das duas Uhas, que se concentra toda a floresta primitiva e as nascentes dos 50 rios que depois correm até ao oceano. Uma enorme e luxuriante mancha verde que as vezes parece confundir-se com os ce-náríos de Parque Jurássico, de Steven Spielberg, e que em muito contribui para o carácter encantatório deste que é o segundo mais pequeno Es-tado de Africa. A fotografa e cineasta I. Goncalves, que trocou Lisboa por __________ Sao Tomé há cinco anos, costuma dizer que estas sao "ilhas mágicas". E isso nota-se quando nos embreriha-mos na vegetacáo densa ou nos dete-mos a ver os pontos mais altos, muitas vezes envoltos num misterioso manto de nevoeiro. Os adeptos dos despor-tos radicais e de aventura nem fazem ideia do que tém aqui ao seu dispor. Bašta dizer que o Pico Cao Grande - uma elevacao de origem vulcanica com 300 metros de altura - é uma das imagens de marca do pais, serve mais de retiro espirítual aos feiticei-ros locais do que aos poucos alpinistas que cometeram a proeza de chegar ao topo. O mesmo se aplica aos outros picos e rnontanhas ainda mais altos, onde os stlijons matu e os bolodi de minja (os curandeiros e os massa-gistas) encontram tudo o que pre-cisam para tratar todos os males da humanidade. Parece exagero? Talvez pense de forma diferentc apos ouvir os guias do Jardim Botanico explica-rem as aplicacoes terapeuticas e mi-lagrosas de plantas como o muambli, o pau-purga, o cubango e a Mimosa pudica - flor que encolhe quando tocada e e também conhecida por"mulherpor-tuguesa". Mitos e lendas que fazem parte de uma cultura crioula que tern em J. C. Silva um dos seus expoentes mais populares. O carísmático chefe nunca perde uma oportunidade para subli-nhar a importancia dos saberes tradi-cionais: "E nao é só na cozinha, é em todas as artes." Se bem o diz, melhor o faz na Roca de Sao Joao dos An-golares, onde fica o seu incontorná-vel restaurante e a casa grande con-vertida em boutique-hotel com uma vista de postal ilustrado.A sua ementa 150 t Säo Tomé e Principe. Säo Tomé e Principe... | 151 - variável mas sempře críativa -continua a seduzir os comensais mais exigentes e faz jus aos pratos e produtos indígenas, incluindo a feijoada de búzios (com os ditos a provirem da terra e nao do mar), a pedir um aromático molho picante ironicamente chamado fura-cueca. Para os menos avisados, é im-perioso alertar que nenhuma visita a este pais de 1001 quilómetros quadrados, bem no centro da Terra - onde a linha do Equador se cruza com o meridiano de Greenwich —, estará completa sem uma desloca-cao á ilha do Principe. COMPREENSAO Com apenas sete mil habitan-tes, ainda mais verde e selvagem do que Sao Torné, é um mundo á parte que a dupla insularidade criou para o melhor e para o pior. Para o conhecer, nao chega ficar uns quantos dias nos resorts turís-ticos que existem. É pteciso falar com as pessoas que lá vivem e procurar — a pé, de barco ou num todo-o-terreno — o muito que há para descobrir. Como diz o pro-vérbio sao-tomense, "aquilo que Deus nao nos deu, nao pode-mos tomar á forca"... A Textu adaptado, Filipe Fialho in Visao Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Atarefada e sem grande vontade de fazer conversa mole (...)" GLOSSARIO calejado: endurecido; que tem calos carismatico: fascinante comensal: que come com outras pessoas na mesma mesa; convi dado degredo: pena de destGrro imposta judicialmente como castigo por um crime grave embrenhar-se: envolver-se; entrar pelo mato farto: repJeto; abundante fundear: atracar insularidade: relativo a vida numa ilha; constitufdo por uma ou mais ilhas luxuriante: exuberante; vigoso oria; margem penoso: dificil 2. "Näo se esqueca, isto é terra de Deus!" 3."(...) mesmo quando a mäo do hörnern marca presenga, logo a natureza se encarrega de fazer das suas.' 4. "A sua ementa (...) continua a seduzir os comensais mais exigentes e faz jus aos pratos e produtos indígenas (...)." 5."(...) aquilo que Deus näo nos deu, näo podemos tomar ä forga." VOCABULÁRIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. aceitavam zangadas festa refúgio educados Lenda do Canta Galo Diz a lenda que há muitos, muitos anos, Säo Torné era o. _de todos os galos do mundo. Viam-se galos por todas as partes da ilha. O cocorococó dos galos era ensurdecedor A ilha parecia estar sempře em _por causa da algazarra e do cantar dos galos, a toda a hora e por todo o lado. A alegria era infernal. Mas os galos monopolizavam a ilha, esquecendo-se de que näo eram os unicos habitantes. Havia quern estivesse_com os galos, por causa da alegria deles. Era uma alegria contagiante e, por isso, achavam adequado e_o barulho feito pelos galináceos. Também havia quem estivesse indiferente a tanta algazarra. Mas existia um terceiro grupo de habitantes da ilha (o mais numeroso) que achava impróprio o barulho feito pelos galos. Estas pessoas estavam muito _com os galos e, como já näo podiam aguentar mais o barulho, mandaram um_, através de um mensageiro, aos perturbadores "Aconselhamo-vos a emigrarem e a fixarem-se num local afastado de nós. Caso contrario, haverá guerra entre os nossos grupos no periodo de 48 horas. O vencedor ficará no terreno." Como os galos eram muito_e delicados, optaram pela primeira hipótese e convocaram imedia- tamente uma_com o objetivo de escolher o rei para chefiar a expedigäo que se iria realizar imediata- mente. A escolha recaiu sobre um galo preto, muito grande. Depois dos preparativos, a emigraeäo comegou. Deram voltas e mais voltas äs ilhas e ilhéus, procuraram incansavelmente um sitio bom, que reunisse todas as condicčes para térem uma vida alegre. Depois de muito andarem e procurarem, encontraram o lugar ideal, que parecia ter sido criado de propósito para eles. Ali se fixaram. A partir desse momento nunca mais se ouviu galos a cantar desordenadamente de nořte a sul, de este a oeste, mas, sim, num determinado lugar e a _certas. Entäo, os habitantes das ilhas passaram a chamar a esse lugar Canta Galo. 152 I Säo Torné e Principe. Säo Tome e Principe... | 153 2. Abaixo, estäo listadas algumas diferencas lexicais entre o portugués europeu e o portugués de Säo Tomé e Principe. Portugués europeu a) aguaceiro b) aguardente c) bisbilhoteiro d) engate e) filho mais novo f) frigorífico g) guarda-costas h) intrometido i) preguiga j) quinta Portugués de Säo Tomé e Principe chuvisco cacharamba saliente bendencha cacula geleira capanga piucú mongonha roca a) Escreva uma frase para cada urna das palavras no portugués de Säo Tomé e Principe. Chuvisco:_ Cacharamba: Saliente: Bendencha: Cacula: Geleira: Capanga: Piucú:. Mongonha: S Roca: 154 [ Säo Tomé e Princípe.. 3."(...) a Lagoa Azul. Sim, o famoso filme homónimo protagonizado por Brooke Shields (...)" Em portuguěs há muitas palavras que podem ter mais de um significado. Escreva duas frases para cada palavra dada, de modo a ilustrar os diferentes sentidos. a) dó 1. _ 2. _ b) vaga 1._ 2. c) vale 1._ 2. d) cachorro 1._ 2._ e) saia 1._ 2._ f) manga 1._ 2._ GRAMÁTICA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Puxe o barco e depois faz perguntas. Dona Carlota respondeu que______ b) Náo se esqueca de que isto é terra de Deus! E acrescentou que_,__ 156 I Säo Torné e Principe... 4. Complete o quadro. Nome Vertra Adjetiwo a embarcacáo a aglomeracáo condenado contemplar ignorar fa encantatório a fotografia 1 a elevagáo exagerar _ i seduzir _ mW" (A c) É bem provável que tenha sido essa a sensagáo que teve o fidalgo D. Joáo de Paiva. Seria bem provável que----^----" d) Os adeptos dos desportos radicals e de aventura nem fazem ideia do que těm aqui ao seu dispor. Ainda que__-—------- j; e) Talvez pense de forma diferente após ouvir os § ticas e milagrosas das plantas. guias do Jardim Botánico explicarem as aplicacöes terapéu- Talvez. SäoTomé e Principe... 1 157 2. Preposicöes. Caca ao erro. Em cada frase pode encontrar um ou dois erros. Assinale e corrija. a) Eu näo confio nele, porque se esquece sempre me avisar quando näo vem trabalhar. _ b) É frequente ele meter-se com assuntos que näo säo da conta dele. 0) As condigöes säo favoräveis de mudangas de clima. d) Costumo ir no aviäo para Säo Tomé, mas desta vez penso de ir de barco. e) Eies esforgam-se muito em agradar ä família que os acolheu. f) Discordando com as afirmagöes feitas durante a reuniäo, ele saiu batendo ä porta, g) Todos se queixam do clima, mas ninguem faz nada por melhorar as condigöes ambientais. h) Confesso que simpatizo por eles, säo bastante amáveis. 1) Eles sempre foram muito generosos com os turistas, acolhendo-os äs suas casas. j) Este artigo é bastante acessivel por as pessoas que ainda näo co-nhecem o arquipélago. 3. Conjuncöes e locucöes. Complete as frases da coluna A com as da coluna B. a) Enquanto voces visitám a ilha, b) Sem dúvida que esta ilha B 1. de repente, caiu uma enorme carga de água. 2. nós näo nos importamos de nos mudarmos para cá. c) Estávamos a caminhar pela praia e, 3. tanto melhor para todos nós. d) Desde que nos deem condicoes, e) Quanto maior for o silencio, f) Voltaram para o pais deles, g) A medida que o tempo passa, 4. assim que terminaram a reportagem. 5. eu vou aproveitar para ir pescar. 6. mais eu aprecio estas pessoas que aqui encontrei. 7. fomos ajudar os Pescadores. h) Embora estivéssemos cansados, 8. tem algo de mágico. 158 I Säo Tomé e Principe.. L. H .Vivernum arquipélago é estarlonge da qualidade de v.da. . Iľatureza é cada vez mais importante para o mundo que nos espera no future. B . DesÍruiľflorestas é sinal de que se esta a dar trabalho aos ma,s carencados. Il PARA COMENTAR Sol Nascente ou... Loro Sae De quantas lingtlQS se faz um pais ? O primeiro contacto de Timor com a lingua portuguesa foi prova-velmente em 1511, quando Francisco Serrio a visitou. O portugués come-cou a espalhar-se pelas costas das terras dominadas politicamente pela Coroa portuguesa e, á medida que a sobera-nia portuguesa se foi estabelecendo, o portugués impós-se como lingua de administracao. A principal via de difu-sao da lingua portuguesa em Timor -Leste foi a missionacao. Durante os primeiros 150 anos foram os missionaries que se ocuparam do ensino, desenvolvendo o primeiro manual bilingue para ensinar portugués. Tam-bém foram eles que implementaram as primeiras escolas primárias. Enquanto colónia do lmpério Portugués, no século xvi, o pais era conhecido como Timor Portugués. So depois adquiriu a designacao de Timor-Leste, Assim continuou a ser até á independéncia, proclamada uni-lateralmente a 28 de novembro de 1975. Porém, pouco tempo depois a Indonesia (que faz fronteira terres-tre pelo lado oeste do pais) invadiu Timor e consequentemente a lingua 160 1 Sol Nascente ou... Loro Sae portuguesa foi proibida durante 24 anos, o tempo que durou a ocupacao. Passou a ser o indonésio a lingua mais falada. Em 2002, Timor-Leste tornou-se um pais independente e, entao, quer o portugués quer o tétum foram as línguas adotadas como oficiais. Na prática, o tétum é a lingua mais disseminada: é falada em todo o território. Segundo Mari Alkatiri (líder da Fretilin) "o portugués nao é a lingua da unidade, mas é a lingua da identidade." De acordo com a Cons-tituicíio de Timor-Leste (artigo 3.°):"1. O Jornal da República é publicado em ambas as línguas oficiais. 2. As versoes em portugués e em tétum sáo publicadas lado a lado, ocupando a primeira o lado esquerdo. 3. Em caso de divergéncia entre ambos os tex-tos, prevalecerá o texto em lingua portuguesa." Toda esta complexidade de línguas faladas em território timorense levou as autoridades do pais a solici-tarem a análise da situacao por parte de linguistas. Como o tétum é uma lingua pouco desenvolvida, pois nao tem uma tradicao eserita, carece de vocabulário e tem uma enorme complexidade gramadcal, Geoffrey Hull - linguista australiano — estabeleceu regras ortográficas e de evolucao para a lingua timorense. Tendo concluído que "as palavras que nao existem devem ser roubadas ao portugués". Acrescentou ainda que "o mais im-portante símbolo nacionál é, sem dú-vida, a lingua e, se ela se desenvolver recorrendo ao inglés ou ao bahasa da Indonesia, o tétum acabará por desa-parecer, engolido por aquelas línguas, que tem muito mais forca na regiao. Mas, se se desenvolver com o portugués, o tétum assumirá uma especifi-cidade que o tornará irredutível e um símbolo de identidade." Contudo, há quem pergunte: "Porque é que depois da independéncia ainda há uma esmagadora maioria da populacao que nao fala portugués?". O jornalista portugués Paulo Moura explicou: "Aprende-ram bahasa Indonesia e inglés como segunda lingua e falam tétum em casa, alem de alguma Sol Nascente ou... Loro Sae | 161 GLOSSÁRIO dŕfusäo: propagaoäo; divulgacao disseminar: espalhar; divulgar hostilidade: agressividade; combate irradutivel: inflexivei; que possui sempře a mesma opiniäo missionacäo: evangelizagäo vedar: impedir; prolbir outra lingua timorense, como o fataluco ou o baiqueno. É a chamada gcracao "Tim-Tim", do nome Timor-Timur, que os indonésios davam á sua 27.* província. Muitos cstudaram na Indonesia ou na Australia, e é difícil explicar-lbes, hoje, a im-portáncia do portuguěs. Pior ainda, como veem que as elites politicas, privilegiadas, falam portuguěs, e como lhes é vedado o acesso aos empregos na admi-nistracao publica, por nao fala-rem a lingua agora oficial, estes jovens criaram alguma hostilidade em relacao a Portugal e á lingua portuguesa". Tiraor-Leste, em colaboracao com Portugal, criou um Projeto de Reintroducao da Lingua Portuguesa. Ao abrigo děste projeto, vários 162 I Sol Nascente ou... Loro Sae professores de portugués foram con-tratados para ensinar a lingua. Foram colocados em diferentes distritos, vi-vendo muitas vezes em condicöes di-fíceis, ensinando näo diretamente os alunos das escolas, mas antes os professores timorenses e os funcionários públicos. Mas por que razäo é que estes professores de portugués näo ensinam diretamente os alunos? Näo seria mais eficiente? A resposta parece estar no facto de, se eles ensinassem diretamente os alunos, as aulas teriam urna duracäo de 30 minutos por dia e o resto das aulas teriam de ser minis-tradas em tétum ou bahasa, e isso nao produzia resultados positivos. Os professores timorenses tém seis horas de aulas por semana (em horário pós-laboral) e progridem ao longo de quatro níveis, desde o nível de aprendizagem até ao bacharelato. O objetivo é passarem a ensinar portugués aos seus próprios alunos. Estes objetivos nao sao sempře alcancados, na medida em que os professores timorenses, só com duas aulas de portugués por semana, nem sempře ad-quirem conhecimentos suficientes de portugués para ficarem habilitados a ensinarem os alunos. Por tudo isto, podemos perguntar-nos:"Que lingua se falará em Timor-Leste daqui a 30 anos?" De facto, nao podemos antecipar a resposta, mas a verdade é que ainda hoje muitos timorenses tém apeli-dos Portugueses, tais como: Cardoso, Amaral, Soares, Araújo, Santos, Ri-beiro, Lopes, Sarmento, Noronha, etc. Curiosamcnte, os rapazes, ás vezes, tém nomes que, em Portugal, só existem para as raparigas, como, por exemplo, Filomeno ou Anito. Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1."(...) á medida que a soberania portuguesa se foi estabelecendo (...)" 2."(...) o portugués näo é a lingua da unidade, mas é a lingua da identidade." 3."(...) as palavras que näo existem devem ser roubadas ao portuguěs." 4."(...) o tétum é uma lingua (...) [que] näo tem tradicäo escrita.' 1 5. "Mas se se desenvolver com o portugués, o tétum assumirá uma especificidade que o tornará irredutível e * um símbolo de identidade." §_______- Sol Nascente ou... Loro Sae | 163 VOCABULÁRIO 1. Complete o texto com as palavras dadas Gastronómia timorense A gastronómia timorense, apesar de beber dos _e sabores asiáticos, oonseguiu manter, a muito custo, urna _própria, que tem tanto de simples como de e fascinante. É muito mais do que um apanhado de influéncias _mais ou menos impostas. Os timoren- ses foram exímios na_de selecionar o melhor da gastronómia estrangeira para_ na sua. Falamos da gastronómia portuguesa, chi- nesa, ._, africana. Todas elas podem ser __nos pratos timorenses, ainda que com 2. Como se diz em Timor-Leste? Quer tentar descobrir? Procure na coluna B como se diz (e es-creve) o que está na coluna A. um tratamento e urna utilizagäo muito peculiares. Para_bem a gastronómia de Timor-Leste näo_esta explicagäo. O melhor é mesmo degustá-la_de pratos como o Singa de Kuríta, o Tukir de Cabrito, o Sassate, o Vau-Tan, o Saboco Peixe, entre outros. Também os doces säo de provař e chorar por mais: Mano Tem, doce de ananás e o arroz de Jágra. integrar métodos arte através exótica conhecermos encontradas identidade estrangeiras indiána bašta Em Portugal a) Bom dia b) Boa tarde c) Boa noite d) Como estás? e) Estou bem f) Obrigado g) Sim h) Náo i) Compreendo j) Tenha urn bom dia k) Bom apetite I) Por favor m) Com licenga n) Quanto custa isto? o) Onde é a casa de banho? p) Bom Natal B Em Timor-Leste 1. Obrigadu 2. Lae 3. Ha'u di'ak 4. Loos 5. Bondia/Dader diak 6. Di'ak ka lae? 7. Ida ne'e folin hira 8. Ha'u comprende 9. Sintina iha ne'ebe? 10. Bonoite/Kalan diak 11. Botarde/Lorokraik diak 12. Ksolok loron natal nian 13. Sorte diak ba loron ohin 14. Han ho gostu 15. Favor ida 16. Kolisensa I 164 j So] Nascente ou... Loro Sae 6620 3. Forme uma expressáo juntando um elemento de cada coluna. a) Solicitar 1. um medicamento b) Receitar 2. o aviáo c) Abrir 3. o terna d) Apanhar 4. uma hemorragia e) Acalentar 5. uma excegáo f) Abrir 6. esperancas g) Estancar 7. uma análise h) Abreviar 8. nota i) Marcar 9. uma excecao j) Tomar 10. um encontro 166 j So] Nascente ou... Loro Sae 1 4. Escreva uma frase em que utilize as expressóes do exercício anterior. a)_ b)_ c)_ d) . e) . fígl. h). Sol Nascente ou... Loro Sae I 167 5. Qual é o feminino de...? a) Antonio b) jornalista c) administrador d) diretor e) embaixador f) aldeäo 9) genro h) diente 6. Nome* pátrios. Como se chama quem é de...? a) Säo Tomé__ b) Bolívia _._ c) Egito____ d) Malásia _ e) Indonesia i) europeu j) formador k) sultäo I) anäo m) imperador n) colega o) cidadäo p) turista f) Nova Zeländia g) Tonga h) Zimbabué i) Bélgica j) Marrocos GRAMATICA 1. Complete o texto com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-cessário. para de em com por Panos e faixas Tais entre sobre O Täte é o tecido tradicional renses confecionam-no_ _Timor-Leste e é utilizado como parte___. teares tradicionais ._. madeira,_partir. o vestuário. As timo-_o fio de algodäo. . os fios adquirirem as cores pretendidas, säo tingidos. . corantes naturals e sintéticos. Quanta _os padröes e motivos, säo originalmente tradicionais e ostentam interessantes desenhos geometri- cos. Estes desenhos säo conhecidos localmente_Kaif e representam figuras antropomorficas_ bracos e mäos esticadas, figuras zoomörficas_diversos animais: crocodilos, pässaros, galos, peixes e elementos da natureza. Estes tecidos desempenham urn papel importante mönias_homenagem, festas e rituais religiosos que celebram as mudancas _a vida_o individuo,_ . a cultura timorense. Säo usados. _as várias etapas exemplo: o nascimento, o casamento e o funeral,_rituais o status social e, ainda, como troca_presentes_os membros_a co- . identificar a família, a linhagem e o grupo étnico. Como heranca _a sobrevivéncia e identidade_o grupo, diferenciando-se .tecelagem. Säo vendidos _ animicos,_ munidade. Também tém a fungáo_ cultural, assumem um papel primordial _ _os diferentes estilos, cores, motivos decorativos e tecnicas _ as ruas ou_o Mercado dos Tais. Os timorenses tém um enorme orgulho_os 7a/s, náo só_a sua simbologia e tradicáo, mas também_o carácter económico como meio_sobrevivéncia. Nos dias de hoje, esta indumentária nativa tem estado_dar lugar a vestes mais simples e modernas. Contudo,__as cerimónias, os homens vestem panos retangulares chamados 7a/'s Mane, compostos _dois ou trés panos cosidos uns__os outros, que envergam_a volta da cintura. As mu- Iheres vestem 7a/s Feton, justos_, o corpo, usados_a volta_a cintura ou atravessados __ a zona_o peito. _fios Quanta. torcidos_ _ as faixas, elas säo constituídas. . uma única banda estreita. _franja_ _ a cintura. as duas extremidades, e säo usadas penduradas. . o pescoco, os ombros ou 2. Complete o texto conjugando o verbo dado na forma correta. Inés Cordeiro, jovem sociologa de Lisboa, -(concluir) há poucas semanas um estágio profissional em Timor-Leste. Nesta entrevista, Inés_-nos (falar) da experiencia que_(viver) em terras de Loro Sae. Terminou há pouco tempo uma experiéncia profissional em Timor-Leste. Como é que _ (surgir) essa oportunidade? Depois de_(terminar) a licencia- tura e o mestrado,_(candidatar- -se) ao programa INOV Contacto - Estagios Intemacionais, que_(apoiar) a formagäo de jovens que_(querer) realizar estágios profissionais no estran- geiro. O programa_(durar) seis meses e, no final,_(ter) a sorte de . (escolher). Como é que (saber) que (reagir) quando _ (ser) colocada em Timor-Leste? Bem... para dizer a verdade, no princí- Pio _._ (ficar) bastante surpreen- dida. Mas como neste programa nós náo ___(poder) escolher o país para estagiar, e eu_(gostar) de aven- tura... _ (conformar-se) com o destino desconhecido. Claro que me - (preocupar) com as longas horas de voo, com as doengas tropicais, com o medo dos desastres naturais. Mas como ._(ser) uma pessoa posi- tiva, _ (dar) inicio ao processo. . (comegar) a pesquisar sobre o pais: história, hábitos, geografia, aspetos sociais... Também___(falar) com algumas pessoas que__ (vir) de lá há dois anos e elas_-me (dar) algumas dicas. 170 I Sal Nascente ou... Loro Sae E quando lá. . (chegar)? Logo no aeroporto, _(ser) muito bem recebida por um responsável pelo projeto. _ (ser) colocada num gabinete, que _ (ser) recentemente criado e onde, alem de mais dois Portugueses (o Joáo e a Paula), também _(estar) colegas timorenses. O ambiente de trabalho_(ser) fantastice muito familiar, mesmo. Como (nós) (passar) muito tempo a trabalhar em conjunto nos projetos de apoio social, a integragäo_ (ser) total. Os timorenses_-me (ensinar) muito. Eles_-me (ajudar) a_ (conhecer) o pais, através da cultura, dos costumes, do ritmo de trabalho que,_(dizer)- se de passagem, näo é nada stressado como aqui no nosso pais. O proprio local de trabalho _(ter) boas condigöes. Näo_ (poder) esquecer que os meus colegas de trabalho _(ser) o maior apoio que eu_ (poder) ter. Durante a sua estada, qual foi a sua melhor experiéncia? _(surgir) quando eu mais trés colegas timorenses e o responsável pelo projeto_ (ir) ao distrito de Aileu para_(falar) com a gente local e interagir com eles no combate äs maiores dificuldades. Curiosamente, todo aquele aparato _ (despertar) interesse por parte da populagäo local que_(comegar) a subir a montanha para__ (ver) o que se_(passar). Gente muito simples e hospitaleira. Gente muito afável. O contacto com aquela populagäo_-se (tornar) mágico para mim. Pensa voltar? Porque näo?_ . (deixar) lá muitos amigos e também uma parte de mim... Sim, (voltar) logo que me_(ser) possível. 3BBiliiS3äESil«ä Sol Nasceiite ou... Loro Sae 3. Substitua a parte destacada pelos pronomes pessoais de complemento direto ou indireto (ou ambos, contraidos). a) Foram os missionários que desenvolveram o primeiro manual bilingue. b) Eles implementaram as primeiras escolas primárias. c) A sociologa lněs Cordeiro receberá os amigos timorenses nas próximas férias. d) Ela disse que já tinha recebido algumas informacóes antes de partir. e) Embora os timorenses falem diferentes dialetos, usam a lingua portuguesa em situagôes mais formais. f) Usaria um Tais Feton se fosse a uma cerimónia em Dili. g) Os timorenses vendem estes tecidos nas mas e mercados. h) Daqui a um ano terei visitado os meus amigos de Baucau. PARA COMENTAR • As relacóes com parses que těm mais de uma lingua/ dialeto tornam-se difíceis. • Havendo vários dialetos em Timor, dependendo da re-giáo, isso poderá trazer graves problemas de aprendi-zagem por parte das criancas quando mudam de loca-lidade. • Depois de ter lido o texto iniciál, qual Ihe parece que devería ser a lingua a perdurar em Timor portugués ou tétum? Sol Nascente ou... I Saudade e morabeza No princípio era a saudade... Diz-se que Cabo Verde nasceu sob o signo da saudade, dado terem sido os Portugueses a descobrir este arquipélago em 1460. Hi quern diga que já outros povos tinham estado nas ilhas do arquipélago á procura de sal, pois era considerada uma especiaria nesses tempos remotos. Coutudo, näo existem documentos que comprovem esta teoria. Bern, mas deixemos as hipóteses e passemos aos factos. A primeira ilha descoberta foi a Ilha da Boavista, nome dado pelos Portugueses em consequén-cia do longo periodo de tempo que 174 I Saudade e morabeza permaneceram no mar, sem nenhuma referenda de terra. Depois, foram che-gando as outras ilhas: Santo Antao, Sao Vicente, Santa Luzia, Sao Ni-colau, Santiago. Nomes de santos correspondentes aos dias em que apor-taram. Numa das ilhas encontraram grandes salinas, por isso deram-lhe o nome de Ilha do Sal. Em maio che-garam a uma outra ilha e batizaram-na com o nome de Ilha de Maio. Numa outra, depararam-se com um vulcao, que supostamente estava em atividade no momento da che-gada dos Portugueses e por isso lhe chamaram Ilha do Fogo. Mas ainda encontraram uma outra ilha, com aspeto selvagem, um tanto ou quanto hostil, e que ficou com o nome de Ilha Brava. Como todo o arquipélago se en-contrava desabitado, os Portugueses deram inicio ao povoamento das ilhas — em 1462 — com nativos da costa ocidental da Africa, genoveses e Portugueses. Esta era uma forma de fazer com que as ilhas fossem um ponto de apoio á navcgacao e assegurassem a continuidade das Descobertas mais para o sul e o comércio da costa. Quer os europcus quer os africa-nos, longe da terra natal e dos seus, de-senvolveram um sentimento de perda e de saudade. Mais tarde, fundindo na mestícagem essas saudades de conti-nentes diferentes, surgiram as cantigas crioulas que deram origem á morna, de tom dolente e nostálgico. Mas conhecamos um pouco mais do povo cabo-verdiano. Este povo ha-bituou-se a ver chegar e partir pessoas de e para outras paragens. Firmino Silva, pescador desde que se lembra, em jeito de desabafo, mas também com uma ponta de orgulho, afirmou: "Sabe, o homem comecou a sair em busca de melhores condicoes de vida e, hoje, está nos quatro cantos do mundo..." Assim é! Atualmente, será seguro dizer que qualquer cabo-verdiano tem um filho, um parente, um compadre ou um amigo a viver noutra ilha ou emigrado no esrrangeiro. Talvez por estas circunstáncias se tenha desenvol-vido uma disponibilidade natural para receberem, de forma amável, qualquer vlsitante, quer seja um conterraneo quer seja um estrangeiro. É a esta ati-tude amigável, gentil que se querem referir quando dizem: morabeza. Falemos agora da cultura děste arquipélago. Trata-se, pelos motdvos an-teriormente referidos, de uma mistura da cultura africana com a europeia. Cabo Verde tem uma grande varie-dade de géneros musicais, que reve-lam as diversas origens da populacäo cabo-verdiana. A morna e um dos mais conhecidos estilos musicais (e de danca) deste pais, que reflete a reali-dade insular do povo de Cabo Verde: o profundo romantismo dos seus trovadores e o amor ä terra (ter de partir, mas querer near). Tradicional-mente, e tocada com instrumentos acusticos (como o violao) e e ca-racterizada por ter um andamento lento, um compasso binario; a estru-tura poetica e organizada em estrofes que väo alternando com um reftao. A morna ja foi "apresentada" ao mundo por varios artistas, tendo sido Cesaria Evora a mais famosa embai-xadora deste genero musical. Saudade e morabeza | 175 Como danca, a morna constitui uma danca de saläo, dancada aos pares. Os executantes dancam-na com urn braco a enlacar o parceiro, enquanto com o outro braco mantěm as mäos dadas. A danca é levada imprimindo oscilacöes do corpo ora para um lado ora para outro. Mas Cabo Verde tem outros estilos musicais e de danca, tais como o fu-naná c as coladeiras. Resta acrescentar que, ao contrario das mornas, o ŕunaná está intima-mente associado ao acordeäo, conhe-cido em Cabo Verde por gaita, e ao ferrinho. A poesia cantada no ŕunaná enaltece as situacôes do quotidiano, fazendo referencia äs amarguras e alegrias do dia a dia, assim como a criticas sociais, reflexöes sobre a vida e situacôes idilicas. Mas näo é só o ritmo que ligamos ä cultura cabo-verdiana.Também o ar-tesanato, a gastronómia, a literatura... Quanto a esta ultima referencia cultural, é necessário destacar que é uma das mais ricas da Africa lusófona. Muitos säo os escritores e poetas que tém deixado obra literám a cnrique-cer o património cultural de Cabo Verde. Na impossibilidade de referir todos, aqui ficam alguns nomes: Eu-génio Tavares, Baltasar Lopes da Silva, Aguinaldo Fonseca, Onésimo Silveira, Germano Almeida, Orlanda Amarílis, entre muitos outros. GLOSSÁRIO aportar: entrar num porto; ancorar; chegar compadre: diz-se de pessoa que se estima e com quem se mantém uma relagäo afetiva de amízade conterräneo: pessoa da mesma terra; aquele que compartilha a mesma origem dolente: que sente mágoa; queixoso; triste estrofe: conjunto de dois ou mais versos que apresentam, em geral, sentido completo, e em que se dividem certas composicSes poéticas idílico: suave; terno; maravilhoso mestifagem: cruzamento de ragas ou de etnias dístintas nostálgico: melancólico; triste oscilar: tremer; vacilar; hesitar; variar remoto: distante COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "No prinoípio era a saudade..." 2. "(...) sem nenhuma referencia de terra." 3. "Mais tarde, fundindo na mesticagem essas saudades de continentes diferentes (...).' 4."(...) pescador desde que se lembra (...)" S 5. "A morna (...) reflete a realidade insular do povo de Cabo Verde." 176 I Saudade e moiabeza Saudade e morabeľa | 177 VOCABULARIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. popular enorme moeda moda antlgas artes tecelagem tear vasos aguardente argila ilha Artesanato cabo-verdiano O artesanato tem uma_ gem säo_muito apreciadas neste arquipélago, pois näo só expressam a cultura importáncia na cultura cabo-verdiana. Quer a cerämica quer a tecela- _, como também säo objeto de utilidade. No que se reteré ä_, é digno de destaque o pano de terra (bandas de tecido produzidas em _manuál, com desenhos geométricos, que no passado chegaram a ser usadas como_ de troca na atividade comercial). Ao longo do tempo, tem sido introduzido no vestuário, assim como bolsas e outros acessórios, tornando-se e objeto de grande procura. A cerámica é das atividades mais_, provavelmente herdada dos muculmanos chegou ä líha da Boavista pela mesma via utilizada pela tecelagem: escravos-pastores vindos de Santiago no século xvi. A existencia de quantídades inesgotáveis de_. nesta_facilitou a introducäo e o desenvolvimento da olaria na Boavista. Em cerämica, säo feitos vários utensílios, tais como: em barro ou em pedra. . e vasilhas; pegas Mas a arte artesanal näo se fica por aqui. Entre os produtos artesanais na area alimentär e de bebidas, Cabo Verde produz os tradicionais pont- che (bebida doce, ä base de__, acúgar e fruta) e grogue (aguardente de cana sacarina) alem de muitos outros licores. Compotas e geleias de frutas säo outras das apreciadas iguarias, assim como o queijo de cabra. 2. Como se diz em crioulo de Cabo Verde? Quer tentar descobrir? Procure na coluna B como se diz (e escreve) o que está na coluna A. Em portugués Em crioulo de Cabo Verde a) Olá, Cabo Verde 1. nhá vída näce b) coxo 2. fúscu c) minha vida nasceu 3. afrónta d) o meu doce amor 4. pintchä e)bébedo 5. nhä paxó f) empurrar 6. tchéu g) desespero 7. Ôi Cábu Vérdi h) minha paixäo 8. botä i) muito/a 9. máncu j) atirar 10. nhä dôci amor 3. Palavras com a mesma raiz etimológica. Escreva duas palavras da mesma família das seguintes. a) sal _ fjamável -_ b) ilha c) danca d) selva e) poesia g) visita h) gentil i) origem j) cultura Saudade e morabĽza | 179 i 4. Escolha o verbo mais apropriado para o respetivo complemento. a) apanhar 1. atencao b) fazer 2. um desgosto c) andar 3. tempo d) prestar 4. o tempo e) tjrar 5. a uma conclusäo f) sofrer 6. o aviso g) passar 7. o mérito h) chegar 8. dúvidas i) reconhecer 9. prioridade j)dar 10. ás voltas GRAMÁTICA 1. Conjugue os verbos no infinitivo pessoal simples ou composto. -J^l!0,Mindel0'.nä0 se esque?am de ™tar o Fortim del Rei. Este forte, apesar de Grande. .(construir) no século xdc, está bem preservado e tem uma magnífica vista sobre a cidade e o Porto b) A cachupa é a comida tradicional de Cabo Verde Para a /r,™,., > ♦ Pols nem todos gostamos de comidas täo St^^S^**"^ * "* Um ^ ^ 5. Construa uma frase em que utilize o verbo e o respetivo complemento do exercício anterior. a)_ b)_ c)_ d) . e) . f) _ 9). h) . i) _ j)_ c) Confesso que gostava de _ d) É bem possível eles nem _ _ (visitar) todas as Uhas, mas infelizmente náo tive oportunidade. . (beber) grogue, pois saíram antes dos anfitriöes_(brindar). a e) A fim de. _ (conhecer) melhor este povo, temos de lá voltar. 180 I Saudade e morabeza Saudade e morabeza I 181 2. Complete as frases com o conector mais adequado. salvo se a meu ver a nao ser que assim que estou em crer que isto é . chegarem as férias. a) Estamos a pensar srn ir passar uns dias á líha do Sal,_ b) Por mim, vou,_acontega algum imprevisto. Mas penso que isso nao vai acontecer. c) Muitos cabo-verdianos těm emigrado ao longo dos anos, mas eu_ eles nunca esquecem as origens. d) Estou a pensar em ir aprender a dangar o funaná,_tu nao me quiseres acompanhar. e)_,vocés těm todas as condigöes para estarem felizes: těm saúde, trabalho... que mais querem? f) Gosto muito da gentileza do povo de Cabo Verde, gosto da comida, gosto da música, gosto da despreo-cupagäo com o tempo,___, adoro Cabo Verde. 3. Complete o texto com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-cessário. de por Artes plásticas para a independěncia Só depois _ Verde,_ 1975, é que comegaram Cabo . surgir alguns artistas plásticos, quer_o campo_ a pintura quer__a escultura. Numa primeira fase, todos os trabalhos pictóricos evidenciavam a necessi- dade urgente_liberdade e_alegria a independěncia. Era o fim _ . séculos marcados __a escravatura e o colonialismo. Atualmente, Cabo Verde está aberto. _ o resto do mundo, Os artistas váo buscar influěncias_o estrangeiro e também é_lá que alguns váo es- tudar. Há uma čerta globalizacáo_as artes ca- bo-verdianas, ainda que se mantenham certos sinais _ as raizes africanas, evidenciados sobretudo _a escolha_as cores. Os artistas těm exibido os seus trabalhos___ muitas exposigóes, nao só_o seu próprio pais, mas também_o estrangeiro. Portugal tem tido o privilégio_ser escolhido_muitas_ estas exposigóes. 182 I Saudade e morabeza os Sobas eatradigäo Tradicôes fazem parte da cultura de cada coiitinente. Umas mais preser-vadas do que outras, mas que chegam a atravessar a história de um pais. Sao estas que nós encontramos quando nos debrucamos sobre Africa. Vamos referir-nos a urna figura tradicional em Angola: os Sobas, autoridades re-gionais e tradicionais neste pais. Existem dois tipos de Sobas: o Soba Grande (aquele que lidera os outros dentro da comunidade) e o Soba propriamente dito. Desde há muitos anos que existem, em Angola, além das autoridades governamentais, as autoridades tradicionais, com o objetivo de gerir e moralízar as comunidades. Este é um tipo de hierarquia muito tradicional e, por isso, muitas vezes torna-se dificil definir com clareza os papéis e res-ponsabilidades de cada um deles, na medida em que estäo interligados pela cultura e contexto locais. Mas quem é que tem poder para se tornar urna destas autoridades tradicionais? Como se chega a Soba? A resposta a estas perguntas, encon-trárno-la num encontro com Agui-naldo Caholo. "Nem todos os cida-däos podem ser Soba, porque existe urna genealógia que se deve seguir, com rigor." Este nosso amigo ango-lano acrescentou: "O que se passa é que mesmo seguindo a genealógia, existem sobrinhos e outros membros da família que näo mostram ter ca-pacidade intelcctual e cultural. Além disso, também näo conservam os traces dos antepassados." Quisemos saber o procedimento em casos como este, e Caholo prosseguÍu:"Nestes casos, o Conselho de Sobas escolhe um outro indivíduo, no seio da comunidade, que reúna os elementos necessários para a sua congregacao. Após a es-colha ter sido feita, organiza-se urna cerimónia tradicional para o empos-samento do Soba escolhido". Ficámos ainda a saber que a idade nao é um fator impeditivo, bašta ser oriundo de urna genealógia de Sobas e que tenha urna conduta aceitável aos olhos dos anciäos. Quando urna autoridade tradicional morre, é escolhido o cidadäo que demonstre ter um cornportamento irrepreensívcl na socíedade, a fim de que seja bem aceite e respeitado por todos. Estas autoridades säo reconhecidas näo só pela respetiva comunidade, mas também pelo Ministério da Administra-cäo do Território e pelo Ministério da Cultura. Säo autoridades dotadas de legalidade. Como autoridade tradicional, tem a obrigacao de se fazer respeitar pe-rante a comunidade e rcspeitá-la, resolvendo os problemas inerentes ao seu bom ŕuncionamento. Tém obri-gacoes específicas, tais como desem-penhar o papel de juiz e prevenir o surgimento de certos constrangimen-tos externos ä comunidade, como a feiticaria. Os Sobas informam as autoridades governamentais sobre os problemas que as comunidades enťřen-tam, investigarn as suas causas e obtém solucôcs. Resolvem localmente os di-versos diferendos tradicionais, tomam decisôes, organizam eventos especiais (no caso de morte, doenca, assuntos ocultos) e estabelecem regras a serem apÜcadas. Traum localmente dos problemas sociais e redigem um relatório GLOSSÁRIO anciäo: aquele que tom uma idade avangada e merece respeito congregacäo reuniao; assembleia empossamento toma/ posse; iniciar funcôes genealógia: linhagem; estirpe; ramificaooes de urna família gerir: administrar; dirigir inerente: relativo a no seio de: ambiente; meio preservar: conservar; manter veredicto: resposta dada peio juiz; decisäo para apresentar ao Soba Grande que o irá analisar e, em colaboracao com outros Sobas, dará o veredicto final. Mas no caso de haver descontenta-mento local, é o Soba quem repre-senta o povo perante a Administracäo Municipal a fim de expor os problemas e os tentar solucionar. Se se tratar de casos de crime, a situacäo é entre-gue ä Polícia Nacional. Despedimo-nos do nosso interlocutor e viajámos até ao interior do pais para tomarmos contacto com a realidade local. Foi, no minimo, sur-preendente. Fomos bem recebidos por gente amável e consciente do seu papel na comunidade, na socíedade. 184 I Os Sobas e a traditio Os Sobas e a tradifäo | 185 COMPREENSÄO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Umas (tradicoes) mais preservadas do que outras, mas que chegam a atravessar a história de um pais.' 2."(...) näo conservam os tracos dos antepassados." 3. "Säo autoridades dotadas de legalidade." 4."(...) prevenir o surgimento de certos constrangimentos externos á comunidade(...)" 5."(...) gente (...) consciente do seu papel na comunidade, na sociedade." VOCABULARIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. areas cultural danpa etnias enorme angolano valor crianca Riqueza cultural A riqueza cultural de Angola é . e manifesta-se em diversas. As festas tradicionais, que säo promovidas pelas_locais, těm um enorme_cultural. As- sociada a estas festas está a danga no dia a dia do-, sendo produto de um contexto __apelativo para a irtte- riorizagäo de estruturas rítmicas desde cedo. Iniciando-se pelo estreito contacto da_com os movimentos da mäe (äs costas da qual é transportada). Também os jovens těm uma liga-gäo forte com o ritmo angolano, fortalecido através da participa-gäo em diferentes celebragöes sociais (näo esquegamos que säo eles que mais se envolvem), onde a_se revela determinante enquanto fator de integragäo e preservagäo da identidade e do sentimento comunitário. Numa outra perspetiva, também o artesanato tem um papel muito relevante no ämbito cultural. Destacam-se as estatuetas em madeira, os instrumentos musicais, as mascaras para as dangas rituais, os objetos de uso comum e ricamente ornamen-tados dada a variedade de materials usados. A qualidade artis-tica de Angola está igualmente patente nas pinturas a cieo e areia que se encontram expostas em museus, galerias de arte e feiras. 2. Expressčes idiomáticas em Angola. Encontre na coluna B luna A o significado das expressčes da co- A B a) Bern cacimbado 1. Subornar; dar gorjeta b) Boelar 2. Simular c) Dar bilingue 3. Näo reagir d) Dar gasosa 4. Näo há problema e) Dar jajäo 5. Näo falha f) Estar paiado 6. Mentir; enganar g) Näo há maca 7. Ir embora h) Näo maia 8. Com algum tempo livre i) Tirar o pé 9. Ter dificuldade em alguma situacáo j) Ver fumo 10. Estar metido em problemas/confusáo 3. Construa uma frase usando cada uma das expressčes idiomáticas do exercício anterior. a)_ b)_:_ c)_ e). fl_ g) . h) . 188 | Os Sobas e a tradicie- Angoľa"50' "StadaS a'9UmaS diferencas 'exicais entre o portugués europeu e o portugués de Portugués europeu a) abalar Portugués de Angola sumir a) Escreva urna frase para cada urna das palavras no portugués de Angola. Sumir:_ Penso rápido:_ Sanzala: Machimbombo: Comissariado: 5. Complete o quadro. Nome Verbo Adjetivo preservar referir a moral a hierarquia contextual legal congregar social estabelecer a investigagäo GRAMÄTICA 1. Das duas possibilidades dadas, escolha a conjugacäo correta. a) Caso o senhor näo pudesse / possa, informe-me atempadamente. b) Ele disse-me que virasse / virou ä esquerda e depois tivesse seguido / seguisse em frente. c) Disseram-me que ontem havia / houve urn acidente na marginal. d) Duvidämos que ela tivesse feito / tenha feito aquele relatörio sozinha. e) Se fizer / fizesse uma festa no proximo fim de semana, digo-te. f) Para voces puderem / poderem apanhar o comboio das 15h30, näo se podem atrasar. g) lnformaram-me de que o banco tinha sido assaltado / foi assaltado minutos antes de eu chegar. 192 I Os Sobas e a ttadicäo h) E melhor trazerem / tragam agasalhos, porque vai arrefecer ä noite. i) Se ver / vir o professor, entregue-lhe este dossiä, por favor. j) Se tu tenhas estado / tivesses estado na festa, terias encontrado / tenhas encontrado os teus colegas. k) No caso de ela chegar / ter chegado atrasada, diga-me. I) Caso vires / vejas o programa, depois conta-me o que achaste. m) Talvez o pai perdoe / perdoa ao Jose, por ele ter chumbado / tivesse chumbado no exame final, n) Nem que tu me digas / dissesses isso todos os dias, eu näo acredito. o) Näo acho que eles precisaräo / precisem de fazer tantos exercicios. Os Sobas e a tradicäo | 193 2. Escolha o pronome indefinido mais apropriado: tudo / todo(s) / toda(s). a) Ela costuma dizer_o que pensa e sem rodeios. b) Náo facas isso_de uma só vez. Amanhá também é dia! -os presentes neste encontro, para apresentarem alternativas ao assunto c) Gostaria de convidar em discussáo. d) Normalmente, viajo_as semanas para casa da mínha família lá no Norte. e) Ele tern trabalhado bastante durante_a vida. É um homem de trabalho! f) Porque é que tu queres saber sempre ? És muito curiosa. g) Já tens_aí? Entäo, se tens... podemos ir. h) Estive acordado durante _ a noite. Sofro de insónias. 3. Complete o texto com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-cessário. a com de em Os pratos mais famosos da gastronómia angolana Urn_os pratos mais famosos_a culinária angolana é o funje. Trata- -se_um prato tipico_pais, semelhante_a polenta, feito- a base. mandioca ou milho. Pode ter várias combinagôes, como a quizaca, que mais náo é do que folhas do pé da mandioca maceradas, que sáo temperadas e cozinhadas. Também pode ser servida_peixe ensopado ou peixe seco cozido. Outro prato típico de Angola é a muamba, que é preparada_. galinha, peixe ou carne juntamente_quiabos e óleo de palma. Este é um condimento que se utiliza muitas vezeš_a preparacáo_os pratos angolanos. PARA COMENTAR • O poder concedido ás autoridades locais e tradicionais - tal como os Soba - é um meio eficaz para resolver conf litos de menor dimensáo. • Todas as tradicôes se devem perpetuar no tempo e passar de filhos a netos. • Tradicao näo é sinónimo de cultura. Macau Ponto de encontro do Orierife com o Ociderjte Macau é uma das mais perfeitas sirnbioses entre a cultura portuguesa e a chinesa. Urn local onde se pode lanchar um pastel de nata com a mesma facilidade com que se visita um típico templo budista. Macau, local de contrastes, onde o tradicio-nal se mistura com o mais moderno. Ao percorrermos as ruas de Macau encontramos muitas ligacôes com Portugal. As placas com os nomes das ruas; alguns objetos ur-banos, como os candeeiros; restau-rantes; e até as pessoas com quem nos cruzamos e que falam portu-gués. Tudo isto nos faz esquecer a dištancia geográfica a que nos encontramos. Um pouco mais ä frente, sentí-mos que estamos num outro con-tinente: já nao é o asiático nem o europeu, mas o americano. Dado que uma das principais atividades económicas de Macau é o jogo (alem do turismo), é uma das regiôes do mundo com mais casinos. Dai que seja chamada de "Las Vegas do Oriente". Esta designacao tern que ver nao so com o ambiente de casino, mas tambem com a arquitetura dos mesmos.A verdade e que Macau atrai quase tantos turistas quanto Las Vegas. Macau tern cerca de 597 498 habitantes. E uma das cidades com maior densidade populacional no mundo. Na medida em que tern uma area tao reduzida, a cidade tern crescido na vertical. Os predios sao altos, oferecendo varios apartamen-tos em cada andar. A vida e agitada. Nao ha tempo a perder. Digamos que e uma "outra" cidade que nao dorme. Nunca. Por outro lado, e curioso obser-var que algumas pessoas conseguem fugir desta agitacao citadina e pro-curam retugio nos jardins. Procuram a calma, a tranquilidade, o encontro com eles proprios. Aqui pratica-se tai-chi. Longe do bulicio. Ha tempo para apreciar a natu-reza, nem que seja numa flor ou num passaro... Assim sao os macaenses. 196 I Macau Macau e a Festa da Lua Esta festa assinala o equinócio do ou-tono. A cidade fica engalanada com lanternas multicoloridas e manufaturadas por artesaos sábios, de todos os tamanhos e feitios. Sao espalhadas por todo o lado. Há tendinhas que vendem artefactos proprios da época. Veem-se cestos de frutas, caixas de bolos lu-nares e outras iguarias. As pessoas correm de um lado para o outro, numa azáfama que faz lembrar o Ano Novo Lunar, outra das tradi-cóes macaenses. A tradicao da Festa da Lua está Iigada a um antigo costume de cerimónias de ofe-rendas á Lua. Os antigos chineses obscrva-vam que o movimento da Lua tinha uma relacao estreita com as mudancas das estacôes do ano e da producäo agrícola. Assim, para expressar agradecimento ä Lua e celebrar a colheita, eles faziam uma oferenda ä Lua em dias de outono. A lua cheia, que se quer ver nesta noite, traz a magia das lendas e nústérios que se recordam com emocäo. Macau e os bolos lunares Estes bolos, que podem ser de fabrico ca-seiro ou industrial, tém um formato redondo (ou quadrado) e, na cobertura, tém uma men-sagem inscrita. No interior tém gema de ovo (o ovo, devido á sua forma, simboliza a Lua). JJ1L\J Macau \ Wt' GLOSSÁRIO azáfama: atividade íntensa; muita pressa bulício: grande movinnento de pessoas; burburinho engalanada: ornamentada; enfeitada iguaria: comida requintada e saborosa simbioseNuniao; vida em comum Macau e os crisäntemos Enquanto em alguns países o cri-säntemo é uma flor ligada ao culto da mořte, em Macau simboliza saúde, prosperidade, felicidade e longevidade. Ofcrecer um tamo de crísántemos é de bom-tom e elegancia. Com as pétalas faz-se uma infusäo que se bebe para acompanhar o bolo lunar. A festa de ano novo Esta festa também traz muitos ri-tuais que tém perdurado ao longo dos anos. Alguns deles bem curiosos como, por exemplo: arrumar a casa. Também a tradicao de oferecer lat si vermelhos (envelopes dentro dos quais se coloca di-nheiro) é muito apreciada. Mas em Macau também se tem a tradicao de entrar no ano novo com o pé direito. A cor vermelha, que se espalha por todo o lado, simboliza o desejo de fortuna e sortě para o novo ano. Embora com todas estas tradicöes orientals, a ligacäo com o Ocidente está patente, entre outras coisas, na lingua: fala-se portugues. Ainda que uma outra lingua também seja falada: o patoá (ou crioulo macaense, como alguns lhe chatnam). Trata-se de uma lingua crioula de base portuguesa for-mada em Macau a partir do século xvt e influenciada pelo chines, malaio e cingalés. Resta acrescentar que o patoá, atualmente, é falado maioritariamente por pessoas de idade avancada. Assim nos ligamos ao Oriente... ♦ COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Na medida em que tern uma area tao reduzida, a cidade tern crescido na vertical." 2. "Oterecer um ramo de crisäntemos é de bom-tom e elegancia." 3. "Assim nos ligamos ao Oriente.. 198 I Macau VOCABULÁRIO 1. Provérbios em patoá. Quertentar descobrir? Procure na coluna B como se diz (e escreve) o que está na coluna A. B Em portugues a) Cao que ladra nao morde. b) Filho es, pai seras; assim como f izeres assim acharas. c) Quern da aos pobres empresta a Deus. d) Longe da vista, longe do coracao. e) Ladrao que rouba a ladrao tern cem anos de perdao. f) A ociosidade e a mae de todos os vicios. g) Chega-te aos bons, seras urn deles; chega-te aos maus, seras pior do que eles. Em patoá 1. Hoze filo, manna pai; assi fazé, assi lô achá. 2. Vida féde ctia vicio. 3. Ladrám rubá di ladrám, perdám sä nádi tarda. 4. Chapá co bom, fiäa bom; chapá co mau, lô sai más mau qui mau. 5. Cachôro qui gosta ladrá sä cachôro qui nádí mordě. 6. Lôngi di ôlo, fora di coracam. 7. Dá pá pobre, emprestá pá Dios. 2. Analogias. Há uma relacäo lógica entre a primeira e a segunda palavras. Descubra as relacôes lógicas em falta. a) nascer nascimento g) morrer b) hörnern pés h) animal c) pressa apressado i) vagar d) defesa defensivo j) ataque e) automóvel automobilista k) bicicleta f) espirrar espirro I) tossir Macau | 199 I 3. Coloque os acentos respetivos nas palavras que devem ser acentuadas graficamente. a) util hotel refem gas b) sofa movel apoio ali c) piano figado ceramica la d) falamos cantico bau saude e) rapaz distante molho sorte f) ananas distancia subtil centimo 4. Interjeicöes. Qual a interjeicäo da coluna B mais adequada para ex-pressar as sensacöes da coluna A. A a) Alegria b) Dor c) Surpresa d) Medo e) Estimulo f) Desejo g) Silencio h) Alfvio B 1. Caramba! 2. Quem me dera! 3. Forcal 4. Viva! 5. Chiu! 6. Ai! 7. Ufa! 8. Credo! a) Construa uma fräse usando cada uma das interjeicöes do exercfcio anterior. Caramba!_ Quem me dera!___ Forca!. Viva! Chiu!. Ai! Ufa!. Credo! 4. A Boa Escrita. a) Escreve-se com e ou i? _clipse ef_ciencia v_zinho ans_a ad_antar _.dificio b) Escreve-se com o ou u? s_luco p_Jir ad_ecer ch_ya ch_yer ac_mular r_preender in_gualävel cand_eiro mal ävel agon_a crän_p c_rtir c_biga burb_rinho c_agir ca_s b_letim Macau I 201 GRAMÁTICA 1. Complete o quadra. leres leias estudavam tém estudado estudarem tem ido tivesse ido trazeres tragas punham puserem subirmos tivéssemos subido tens ouvido 2. Complete as frases com os verbos no modo indicativo ou no modo conjuntivo. _algum presente de Macau. a) trazer 1. A Plula perguntou-me se eu Ihe___ 2. Se eu Iho_, já Iho tinha dado. b) fazer 1. Quando. 2. Quando c) dizer 1._ _o que_ . anos, vou convidar todos os amigos para uma festa. _ anos, convido sempře os amigos para uma festa. _, eu nao acredito numa unica palavra vossa! 2. Lamentei que tu nao me-o que se passou no sabado. Mas agora ja nao faz sentido falar sobre isso. d) ir 1. Dantes_a pe para o trabalho. Agora, ja nao vou. 2. Espero que ele ja_para a universidade, quando eu chegar. e) ter 1. Nao acho que ela_razao. 2. Acho que ela nao_razao. 3. Complete o texto com a preposicäo mais adequada. Faca contragäo cessário. até a para por em de durante Lenda da deusa A-Má Há muitos, muitos anos, uma jovem, oriunda do Fujian, re- solveu embarcar como passageira_urn junco, a fim de visrtar alguns_os seus parentes que viviam nas costas do Guangdong. Como nao tinha dinheiro, coma_barco _barco pedindo que a levassem gratuitamente, ofere- cendo,_troca, as suas valiosas oragoes_toda a viagem. Mas ninguém estava disposto a deixá-la seguir viagem. A jovem já estava desanimada, mas depois_muito andar lá conseguiu que um pobre barqueiro aceitasse levá-la_o seu destine. A meio_a viagem levantou-se um grande tem- nuvens negras e o vento, a pouco _ intensidade e a chuva comegou _aquele poral. O céu encheu-se_ e pouco, foi aumentando _ cair. Todos os barcos que tinham partido dia naufragaram, exceto o junco que transportava a jovem. Ela tomou conta_o leme e conduziu a embarcagäo_ ao porto que se conhece hoje. _ o nome de Macau. Ao che- garem a terra, desembarcou e dirigiu-se_o cimo_ uma colina_rezar, subiu a colina e desapareceu_ entre as nuvens. O patráo do junco e os outros passageiros que-riam agradecer-lhe, mas a jovem já tinha desaparecido. Nunca mais ninguém a viu, mas reapareceu como deusa_o lugar onde os Pescadores levantaram um pequeno templo_sua memoria: o templo de A-Má, deusa dos Pescadores. Conta-se que o nome "Macau" tem origem_esta lenda. Diz-se que quando os Portugueses aqui chegaram perguntaram o nome_esta regiáo, os Pescadores teräo respondido: A-Ma Gau (porto ou baía de A-Má). PARA COMENTAR • Lendas säo lendas. Näo tém qualquer valor. • A lua cheia está associada a mitos nos quais näo queremos acreditar. Supersticäo? Talvez! • Na passagem do "ano velho" para o "ano novo", quais säo as tradicôes no seu pais? Chave dos , , exercicios Aceite o desafio • página 10 VOCABULÁRIO 1. Hortas cítadinas I necessidade / terra / alimentos / sobrevtvéncia / urbano / vorrtade / prateleiras / profundas / evasäo / retorno / direto Hortas cítadinas II benefícios / urbano / papel / economia / lixo / recurso / via / aban-dono / anos / geridos / contributo 2. motivar / odorffero / premlo / fracäo / reoolher / sustentar / prover / tranquilidade cinto/sinto cozer/coser nós/noz ouve/houve crer/querer cela/sela gelo/gelo molho/molho dúvida/duvida governo/ governo vicio/Vicio manga/ manga fecho/fecho canto/canto nada/nada rio/rio despensa/ dispensa cumprimento/ oomprl mento perfelto/prefeito tráfego/tráfico a) 5; b) 8; e) 1; d) 2; e) 7; t) 3; g) 4; h) 6. GRAMATICA 1. a) (...) Ihe va faltando tempo (...) b) (...) a ocupagao de tempos livres, o alfvio do stress e a pratica de agricultura de autossubslstencia pareciam ser (...) para aquele fen6meno. c) (...), em Portugal, estaatividadetenhacomecadoaser(...) d) (...) as hortas de subsistencia terem como objetivo(...) e) (...) atividades agricolas foram disponibilizados pelas Camaras Municipals. a) (...)plantá-la(...) b) (...) experimentaram-nas (...) c) Oferecemo-las(...) d) (...) que também os ocupariam (...) e) (...) disponibllizam-nos (...) t)(...)apreencher. g) (...) nunca o defenderiam (...) h) Comě-los-emos sempře. 3. a) senao b) com tudo c) portanto d) contudo e) por tanto f) senäo g) com tudo h) portanto i) Por tanto j) Decerto k) Se nao I) decerto m) de certo n) Se nio o) contudo p) de certo Futebol • página 22 VOCABULÁRIO 1. a) 7; b) 3; c) 9; d) 1; e) 10; f) 4; g) 8; h) 5; i) 2; j) í 2. a) boca b) mäo c) garganta d) pé e) cabeca f) pé g) cabeca h) bocas a) 5; b) 8; c) 1; d) 6; e) 2; f) 3; g) 4; h) 7. 5. a) desorganizado b) porrnitido c) suavidade d) desinteresse e) desapoio f) inato g) certeza h) impróprio GRAMÁTICA 1. a) supunham b) se dispusessem c) comporem d) propos e) reponha f) opusesse g) interponha h) pressupče a) (...) as mulheres de hoje também assistam (...) b) (...) remeta o futebol (...) c) (...) atendendo ás estatlsticas (...) que tlnham sido elaboradas, confirmava-se que (...) considerava que o futebol era (...) d) (...) hajáfenómenos queextravasem (...)etransponham (...) e) (...) o futebol mova multldóes qualquer que seja a nacionalidade, a faixa etárla ou o sexo (...) 3. a) Para b) para c) pela / para d) por e) por f) para g) por/por h) para / para fcones da cidade • página 34 VOCABULÁRIO 1. vida / portuguěs / papel / transporte / habitante / distáncias / de-senvolvimento / nova / esforco / cidade / ruldo / ascensor 2. / contemporaneo / escalar / transporte / cidade / virar a referenda referido o crescimento crescer a faeilidade facllltar a inauguracáo inaugurado transportar transportado concentrar concent rado a composigäo com posto habitar habltado a calma acalmar aalegria alegrar b) (...) havia trěs anos que moravam naquela vila e estavam muito felizes pelo ambiente calmo que ali se vivia. Estavam longe do re-buligo da cidade. c) (...) quase toda a vizlnhanca do seu tempo já tinha partido e isso era muito triste, mas tinha de saber levar a vida em frente. Como vivia sozinha, entretinha-se a ver tetevisao, a fazer palavras cruza-das e também saía para fazer as (suas) oompras. d) (...) náo conhecia a maior parte dos novos vizinhos, mas havia gente de vários sitios. Na casa ao lado dela viviam uns brasileiros muito alegres e simpáticos. Cumprimentavam-na sempře quando saíam para o trabalho e perguntavam-lhe se precisava de alguma coisa. e) (...) também gostava de dar os seus passeíos pela cidade e que, ás vezeš, apanhava o elétrico até á Baixa e depois dava a sua voltinha. Gostava de apanhar o ascensor do Lavra e caminhar até ao Campo de Santana porque tinha uma amiga que vivia ali perto. a) (...) Tudo Ihes tem sido dado de mäo beijada. b) (...) está disposto a abrir mäo de uma oferta (...) c) (...) sabe que a mše está em boas inäos. (...) d) Eu ponho as mäos no fogo pelo Joáo. (...) e) (...) entregou o relatório em mäo. f) (...) ela deu a mäo ä palmatoria. g) (...) comprou um carro em segunda mäo. h) (...) a minha colega teve de me dar uma mäo. GRAMÁTICA 1. a) (...) quando se mudaram para aquela casa, näo conheciam ne-nhum vizinho, mas logo no primeiro fim de semana o casal que vivia no andar de baixo os tinha convidado para tomarem café e provarem uns bolinhos que tinham trazido da terra. havia haver houver subíamos subamos subirmos ir vá fosse viam verem vejam vlnham vietem termos tenhamos punha por ponha puser houver tivesse havido tivéssemos subido tenhamos subido tivesse ido tenha ido virem tenham visto vierem tivessem vindo tenham vindo tivermos tivéssemos tido tenhamos tido puser em/da/da/para/da/de/de/sobre/a/numa/de/de/nos/ da / aos / pela Arte urbana • página 44 VOCABULÁRIO 1. favela / populacao / comunidade / demolicao / projeto / reais / moradores / expropriacáo / habitantes 2. chance: oportunidade croquis esfcooo gaffe: deslize nuance: cambiante premiére: estreia matinee: sessáo da tarde scanner: digitalizador 204 | Chave dos exercicios Chave dos exercicios l 205 Jeans: calcas de ganga vitríne: montra groggy: atordoado a) irresponsável b) lega) c) desfazer d) desabitado e) infeliz f) desarmonia g) imperdoável h) incoerente i) imprevisto j) irreal a) coaccao: coacao b) tractor: trator c) accao / transaccao: agao / transagao d) electrico: eletrico e) optimo / decepcionado: dtimo / dececionado f) deem: deem g) cafezlnho: cafezinho i) cor-de-laranja cor de laranja GRAMATICA 1. a) (...) este tipo de arte sirva para que os autores possam expres-sar a sua opiniao sobre o que os rodeia (...) b) (...) era tambem atraves daquela expressao artistica que divul-gavam mensagens sobre o que sentiam (...) c) (...) era uma pintura bonita, que passava por ali todos os fins de semana e nunca se cansava de a admirar. Considerou que havia gente com muito talento. Nao havia duvida. d) (...) fotografou Vicente Martins nos anos trinta. e) (...) a obra ter cerca de 20 metros d© altura e poder ser vista de longe por quern passa pela principal avenida da cidade (...) 2. a) Apesar de b) com o intuito de c) Talvez d) para que e) dado que f) ou seja g) com eferto h) Alem disso 3. a) (...) passado para a nova (...) b) (...)passeia(...) c) (,.,) passou-se nos(...) d) (...) passa por (...) e) (...) passou de (...) f) (...) nao consegue passar de(...) a (...) Ser supersticioso da azar...? • pagina 54 VOCABULARIO 1. sabe / tradicoes / cuKural / chaves / gato / aranha / sorte / quando / orelha / dinheino / enfeitar / porta / decorativo / comichao / mao / dinheiro / pe / acreditam 2. a) memorizar/ memorial b) antigamente / antiquado c) sortudo / sorteado d) azarento / azarado e) ciencia / cientlfico f) simbölico / simbolizar g) racionalizar / razoävel h) morrer / morto i) crime / criminal j) anulacäo / anulante k)viver/vfvencia 0 tuxuriante / luxuoso g) sortudo h) morrer i) errar j) enorme k) posterior I) andante 4. a) 3; b) 6; c) 1; d) 2; e) 7: f) 8; g) 4; h) 5. 5. a) desagradavel b) imprdprio c) ilimitado d) imprudente e) imobilizado f) irresponsavel g) desabitado h) irrepreenstvel i) insatisfeito j) incapaz GRAMATICA 1. a) (...) dizem que a supersticao deve ajudar as pessoas para que aprendam a lidar consigo e com o mundo. b) (...) haja supersedes que säo resquicios de cultos ou rituais que ja desapareceram, (...) c) (...) aquela crenga tinha atravessado os tempos e, seculos mas tarde, os seguidores de Jesus Crista tinham usurpado a supersti-gäo, interpretando-a ä luz da morte de Crista. d) (...) foi Introduzida nesta supersticao peios romanos no seculo id. C. e) (...) haja quern acredite que o gato preto traz azar ou boa sorte, (...) f) (...) acreditam que podem anular o efeito do azar caso assim procedam. g) (...) urn destes guarda-chuvas ser aberto numa casa pequena, pode ferir gravemente uma pessoa. h) (...) a saüde das pessoas mudasse em ciclos de sete anos. 2. a) 5; b) 8; c) 10; d) 1; e) 2; f) 3; g) 4; h) 6; i) 7; J) 9. de / sem / na / na / nesta / para / num / para / com / para / das / de / nestas / na Velhos säo os trapos • página 64 VOCABULARIO 1. a) 5; b) 6; e) 1; d) 2; e) 8; f) 7: g) 4; h) 3. 2. a) nao gostam de estar sem atívidade b) ajudamo-nos reciprocamente c) muita vontade de aprender d) lazer o que mais deseja e) idosos t) aos que těm mais dificuldades económicas g) säo independentes h) deixar de estar ativos 3. a) 5; b) 1; c) 6; d) 3; e) 9; t) 2; g) 8; h) 4; i) 7: j) 10. 4. a) 1936' b) entabular c) assumir d) acatentar e) estabelecer f) abrir 5. a) bagagem / jejum / coragem / elogio / algibeíra / jeitoso b) excelente / chávena / exagero / bruxa / mocnila / queixa c) erupgäo / acentuar / péssego / grosseiro / impressionar / tendencia GRAMÁTICA c) Os idosos inscreveram-se num Curso Livre da Universklade que terminou no rnes passado. d) Precisamos de gente dinamica com quern gostamos de trabalhar. e) Fstes säo os meus amigos com quern vou viajar na primavera. 1) Um grupo de värios idosos organlzou um coro no qual cantam todos os sabados. g) Maria Alzira tern uma amiga de infäncia com quern sai todas as tardes. hi Vai ser organizada uma viagerrt cultural na qua! todos os idosos podem participar. 3. a) Ate ja as planeämos ao Norte. b) Maria Antonia fe-lo em regime pös-laboral. c) Depois de se reformarem te-las-ao com toda a certeza. d) Quando voltam, mostram-lhas. e) Perguntaram-nos se querfamos ir para o ginäsio deles. f) Fscrever-lhe-ia se tivesse o e-mail dela. Mas näo tenho. g) Ela quere-as feitas ao fim de semana h) Enviar-lhas-emos. A sesta • página 74 VOCABULARIO porta / boas-vindas / presenca / associagäo / acreditam / medi-terränfca / biotógicos / reputacäo / ignorancia / ócio / memoria / cardíaco / decisôes / corpo / sesta I _J apoiarmo*nos temo-nos apoiado fazias tens feito viver viam verem escolhiam těm escolhido preferirem těm preferido frequentavas tens frequentado nos tivéssemos apoiado nos apoiarmos fa?as fizeres viva tivesse vivido vejarri tivessem visto tivessem escolhido escolherem prefiram preferirem frequentes tivesses frequentado I originär original a aceleracäo acelerar a opcáo opcional confundir confuso a preguiga preguicar digenr digestivo a sensibilidade sensível a Implementagäo implementado o repouso repousante a burocracia burocratizar - ] a)2;b)7;c)1;d)4;e)6;t)8;g)5;h)3. S. a) afiar / afiado b) diário / adiar c) ativo / ativar d) humanidade / humanizar e) digerir / digestivo f) merecedor / merecido g) causador/ causalidade h) empresarial / empresario 2. GRAMÁTICA a) Escolheram o voluntariado para o qual vivem intensamente. 1. en(re /no/de/ b) Foi darformacäo a professores do enelno bés,co, o qual estaa ^fl^^J^J^^m/*/^'^'^' atravessar uma crise económlca. 206 j C "have dos exenräcias Chave dos exerdcios | 207 por/por/a/sem/á/de/ao/desse/sem/na/para/num/no/ g) Era melhorqueapanhasses(...) de / para / com / da / para / a h) Havia quern dissesse (...) a) (.,.) tem-se entretido (...) b) (...)contém(...) c) (...) tivessem obtido (...) d) (...)seabstenham(..) e) (...j tinham retido(...) f) (...)setinha entretido (...) g) (...)mecontive(...) h) (...)deteve(...) a) no entanto (corriudo, ainda assim) b) Apesar de c) embora d) Contudo a) Nao obstante f) ao passo que g) ainda assim (no entanto, contudo) h) nem que Seráo os Portugueses felizes? • página 84 VOCABULÁRIO 1. bem(-disposto) / colegas / felicidade / alegre / prazer / sonhos / coi-sas / imagem / imediato / dorme / relacáo / opiniäo / problemas / desafios / lotarla a) 7; b) 3; c) 10; d) 1; e) 4; f) 9; g) 2; h) 5; i) 8; j) 6. 4. a) baixar b) demonstrar c) atingir d) fazer a)fazer f) assistir glpor 5. a) projeto b) Carnaval c) säbado d) inseto e) veem f) malcriado g) pé de meia h) recem-nasddo i) autorretrato j) micro-ondas GRAMÁTICA 1. a) No ano passado, por mais que eu tentasse (...) b) Näo acho queelachegue(...) c) Para que voces tenham boas notas (...) d) Agradeco que os senhores digam (...) e) Logo que elesaia(...) f) Fnquanto voces estiverem em casa (...) 2. com /de/a/no/do/ para / do / por / com 3. a) Di-lojá. b) Eu té-la-ia comprado (..) c) Eles escrever-lhes-iam (...) d) (...)trar-ma-ias(...) e) R-io(...) f) (...) Iho emprestará g) Eles tě-lo-ao visto? h) Ela quere-o resolvido (...) Como é que ficámos täo chatas? • página 96 VOCABULÁRIO 1. 1. perdulärio 2. celíaco 3. parvo 4. valente 5. sovina 6. bajulador 7. abstémio 6. barulho 9. cfiato 10. amável a) 4; b) 5; c) 1; d) 2; e) 8; f) 7; g) 3; h) 6. g) antipatia h) nenhum i) apagar J) barulhento k) aquecer I) focinho a) 4; b) 7; c) 1; d) 5; e) 2; t) 3; g) 6. GRAMÁTICA 1. a) (...) estava bem e que quern chegasse tarde era um ovo podře. b) (...) vfssemos o que é que tínhamos no prato, (...) c) (...) uma retacao também seja feita de náo ter pacléncia (...) d) (...) o sonho de uma vida ser ir para um hotel de luxo (...) e) (...) aprendamos (...), mas a idade só nos ensina (...) 2. a) vires / vés b) virem / vem c) ia / fosse / fosse d) těm sido / fosse e) tivesse trazido / tivesse trazido 3. a) 3; b) 8; c| 10; d) 1; e) 5; f) 7; g| 2; h) 4; 0 6; j) 9. Férias passadas com os avós? • página 106 VOCABULÁRIO 1. 1. sogro 2. rotina 3. cuidar 4. primo 5. descansar 6. sogra 7. amar 8. avó 9. dantes a) 4; b) 7; c) B; d) 1; e) 9; f) 2; g) 6; h) 10; i) 3; j) 5. 3. a) 7; b) 1; c) 3; d) 5; e) 2; f) 8; g) 4; h) 6. 5. l cruzar cruzado o mimo mimado a unanimidade unänime ansiar ansioso o hábito habituar desafiar desafiador o rejuvenescimento rejuvenescer idealizar ideal a fuga fugidio a tendéncia tendente a) 5; b) 1, c) 8; d) 3; e) 2; f) 10; g) 4; h) 9; i) 6; j) 7. 5. 1. acougue 2. bonde 3. cafezinho 4. cardaco 5. trem 6. planejar 7. sanduiche 8. emolumento 9. onibus 10. frefo 11. pedestres GRAMATICA 1. a) (...) capoeira era uma expressao cultural brasileira quB misturava arte marcial, desporto, musica e cultura popular. b) (...) chegaram ao Brasil (...) cj (.■■) proibissem qualquer que fosse o tipo de arte marcial prati-cada, os escravos (...) d) (...) viam a capoeira como uma pratica violenta e subversiva. e) (...) foi convidado por Getulio Vargas para se apresentar (...). 2. a) Enfim b) Por quanto c) demais d) de mais e) porque fjem fim g) porquanto h) Por que GRAMATICA 1. a/em /dos/com/para/dos/da/Sem/dos/de/a/aos/com/ deste / Por / a / de / com / de/ate/ao/de/de/pelo / para / em / de / no / das 2. a) (...) anteontem os avbs tinham ido ao concerto com os netos adolescentes. b) (...) nao tiverem muito tempo disponivel, nao podem/poderao fazer a viagem que tinham planeado. c) (...) prooadamos de modo sensato. d) (...) teremos partido para a serra. e) (...) tivessemos tido mais tempo, teriamos conhecido melhor a cidade. 3. a) 3; b) 6; c) 1; d) 2; e) 8; f) 4; g) 10; h) 7; i) 5; j) 9. Capoeira • página 114 VOCABULÁRIO 1. jogo / musical / tocada / drculo / aplicar / treino / batendo / berim-bau / entre / berimbau / algum / inicia a) 3; b) 7; c) 10; d) 1; e) 9; f) 8; g) 2; h) 6, i) 5; j) 4. Brasil, o rei do ritmo e dos espetáculos • página 126 VOCABULÁRIO 1. surgiu / origem / violäo / sentimental / estilo / palavra / colonial / chorosa / apenas / reunia / salöes / tarde 2. a) 6; b) 3; c) 10; d) 1; e) 8; f) 2; g) 7; h) 5; i) 4; j) 9. 5. a) marinheiro / maritimo b) criar / criador c) aristocrata / aristocratizar d) entreter / entretido e) improvisar / improviso f) dimensionar / dimensional g) sonhar / sonhador h) destilar / desfiladeiro I) despojador / despojar j( assistir /asslstente 208 [ Chave dos exerrícios Chave dos exercícios | 209 GRAMÁTICA 1. a) Be estava sendo observado pelos amigos. b) Andei fazendo um Inquérito sobre o Camaval. c) (...) a Neusa vinhaarrastando os pes de cansago. d) Estavam todos dormindo quando eu entrei. e) Eles iam cantando e dangando pela rua (...). f) Ela continua escrevendo para novelas. g) Guando voce me vir dormindo (...), h) Voce está perguntando isso a quern? 2. a) convenha b) tinham Intervindo c) provindo d) advém e) tenha convlndo f) intervirmos g) advier h) pravém no / das / de/ pelos / com / por / pelo / em / as / aos / no / contra / pela / em / pelas / das / do / as / pela / pelas / no / com / de / no / nas / dos / a / numa Espelho, espelho meu... • pagina 138 VOCABULARIO 1. estilo/vitrina/vestuario/personagens/figurinos/pegas/pegou/ atores a) 3; b) 8; c, 1; d) 10; e) 2; f) 5; g) 4; h) 7; I) 6; j) 9. 5. a) atrizes b) órfaos c) cristáos d) anöes e) bagagens I) banais g) couves-ňores h) cidadaos i) corrimáos (ou corrimöes) ]) nuvens k) cäes I) virus m) hotels n) olivais GRAMÁTICA 1. a) (...) o Brasil era (...), o que tinha causado (...). b) (...) a verdade e que nem era preciso (...) uma empresa que financiasse (...). c) (...) a Sociedade (...) tinha feito urn levantarnento e tinha mos-trado que no Brasil se reaJizavam (...). d) (...) o espelho pedia mais, queria corpos (...) nem que para isso se tivesse de (...), a) (...) näo sermos a imagem (...) do ultimo filme que tinhamos visto e a näo termos (...). Tinhamos de procurer (...). Cabia a cada um defini-los (...), Correr nocalcadao (...) era umaboaopcao qual-quer que fosse a idade. Sorrir tambem dava bem-estar. 2. a) porem b) do mesmo modo e) com o intuito de d) por conseguinte e) A meu ver f) a fim de g) logo h) decerto a) de / para b) a c) com / de / por d) a / de / de / para e) a f) com / para g) a/de h) a / por i) naquela J) a / desse Säo Torné e Principe... • página 150 VOCABULARIO 1. retůgio / festa / contente/ aceitavam / zangadas / aviso / educados / reuniäo / horas embarcar embarcado aglomerar aglomerado a condenacäo condenar a contemplacäo contemplative- a ignoräncia Ignoranle o encanto encantar fotografar fotográfico eievar elevado o exagero exagerado a sfiducäo sedutor GRAMÁTICA 1. a) (...) puxasse o barco e depois fazia perguntas. b) (...) näo me esquecesse de que aquilo era terra de Deus. c) (...) tivesse sido (...) tinha tido o fidalgo D. Joäo de Parva. d) (...) nem flzessem ideia do que tinham ali ao seu dispor (.. e) (...) pensasse de forma drferente (...) se ouvisse (...). a) (...) sempre de me avisar (...) b) (...) meter-se em assuntos (...) c) (...Jsáofavoráveis a mudangas (...) d) (...) de aviäo (...) penso ir(...) e)(...) por agradar(...) t) (...) das afirmacdes (...) saiu batendo com a porta. g) (..,)paramelhorar(...) h) (...) simpatizo com (...) i) (...) acolhendo-os nas suas casas. i) (...) acesslvel para(...) 3. a) 5; b) 8: e) 1; d) 2; e) 3; f) 4; g) 6; h) 7. Sol Nascente ou... Loro Sae • pagina 160 VOCABULARIO 1. metodos / identidade / exotica / estrangeiras / arte / integrar / Indiana / encontradas / conhecermos / basta / atraves 2. a) 5; b) 11; c) 10; d) 6; e) 3; f) 1; g) 4; h) 2; I) 8; D 13; k) 14; 0 15; m)16;n)7;o)9;p)12. a) 7; b) 1; c) 9; d) 2; e) 6; t) 5; g) 4; h) 3; 0 10; j) 8. 5. a) Antonia i) eurapeia b) jornalista j) formadora c) administradora k) sultana d) diretora I) ana e) embalxadora/embaixatriz m) imperatriz f) aldea n) colega g) nora o) cidada h) dienle p) turista 6. a) sao-tomense b) boliviano c) egipclo d) malaio e) indonesio f) neozelandes g) tongoles h) zimbabuano i) belga j) marroquino GRAMATICA 1. de / do / em / de / a / do / Para / com / aos / por / com / de / na / em / de / nas / da / do / por / em / do / de / enrre / da / de / na / do / dos / de / nas / no / nos / pela / pelo / de / a / nas / por / aos / a / ao / a / da / sobre / do / as / por / com / em / nas / ao / sobre / a a) (...) que o desenvolveram. b) Eles implementaram-nas. c) (...)recebe-tos-anasprdximas ferias. d) (...) ja as tinha recebido (...). e) (...) usam-na em situagdes (...). I) Usa-lo-ia se fosse (...) g) (...) vendem-nos nas ruas e mercados. h) (...) te-los-ei visitado. Saudade e morabeza • pagina 174 VOCABULARIO 1. enorme / artes / popular / tecelagem / tear / moeda / moda / anti-gas / argila / ilha / vasos / aguardente a) 7; b) 9; c) 1; d) 10; e) 2; 1) 4; g) 3; h) 5; I) 6; j) 8. a) salina / salgado b) ilhéu / ilhota c) dancar / dangarino d) selvagem / selvático e) poeta / poético f) amabilidade / amavelmente g) visitante / visitar h) gentilmente / gentlleza i) originário / originär j) culto / aculturar a) 8; b) 3; c) 10; d) 1; e) 8; f) 2; g) 4; h) 5; i) 7; j) 9. GRAMÁTICA 1. a) chegarem / ter sido construido b) provarmos c) ter visitado d) térem bebkío / térem brindado e) conhecermos 2. a) assim que b) a nao ser que c) estou em crer que d) salvo se e) A meu ver I) Isto é condulu / falou-nos / viveu / surgiu / ter terminado / candidatei -me / apoia / querem / důrou / tive / ser escolhida / reagiu / soube / tinha sido / flquei / podemos / gosto / conformei-me / preocupei / sou / dei / Comeoei / falei / tinham víndo /deram-me / chegou / fui / Fui / tinha sido / estavam / era / passávamos / foi / ensinaram-me / ajudaram-me / conhecer / diga-se / tinha / posso / foram / podia / Surgiu / fomos / falarmos / despertou / comegou / ver / passava / tornou-se / Deixei / voltarei / for da/de/em /a/no /da/da /de /de/pela/de/pela /ao/ao/ para / nas / das / na / das / em / no / no / de / para / destas Os Sobas e a tradicáo • página 184 VOCABULARIO 1. enorme / areas / etnias / valor / angolano / cultural / crianga / danca a) 8; b) 3; c) 6; d) 1; e) 2; f) 10; g) 4; h) 5; 0 7; j) 9. 210 I Chave dos cxcrddos Chave dos cxerclcios | 211 a preservacáo preservado a referencia referido moralizar moral hierarquizar hierárquico o contexto contextualizar a legalidade legal izar a congregagäo congregado a sociedade sociabilizar o estabelecimento estabelecido investigar investigado i) vir i) tivesses estado / terias en-contrado k)chegar I) vejas m) perdoe / ter chumbado n) digas o) precisem GRAMÁTICA 1. a) possa b) virasse / seguisse c) houve d) tivesse feito e) fizer f) podelgm g) tinha sido assattado h) trazerem 2. a) tudo b) tudo c) todos d) todas e) toda fjtudo g) tudo h) toda 3. dos/ da/de/do/ á/ á/ de / com / com/ com / na /dos Macau • página 196 V0CABULÁRIO 1. a) 5; b) 1; c) 7; d) 6; e) 3; f) 2; g) 4. 2. g) morte h) patas i) vagaroso j) atacante k) ciclista I) tosse a) útil / refém / gás b) sofá / móvel c) fígado / ceramica / lá d) (falámos) / cantico / baú / saúde f) ananás / dištancia / céntimo 4. a) 4; b) 6; c) 1; d) 8; e) 3; f) 2; g) 5; h) 7. 5. a) eclipse / eficiéncia / vizinho / repreender / inlgualável / candeeiro / ánsia / adiantar / edifício / maleável / agónia / cránio b) solugo / polir / adoecer / curtir / cobica / burburinho / chuva / chover / acumular / coagir / caos / boietim GRAMÁTICA 1. lias tens lido estudarem la ir trazias tens trazido porem tém posto subíamos temos subido ouvias ouvires tivesses lido leres estudem tivessem estudado vá tor tivesses trazido trouxeres ponham tivessem posto subamos subirmos oucas tivesses ouvido ouvires a) 1. tinha trazido; 2. tivesse trazido b) 1. fizer; 2. faco c) 1. Digam / disserem; 2. tivesses dito d) 1. ia; 2. tenha Ido e) 1. tenha; 2. tem num / dos / de / em / em / durante / de / ao / da / de / de / a / na-quele / do / até / pelo / ao / de / para / por / no / em / nesta / desta 212 I Chave dos exercícios