POIA014 Syntax I Podzim 2007 – Mgr. Metoděj Polášek Literatura • Celso Cunha eL.Cintra, Gramática do Portugues Contemporaneo • Adriano Kury, Novas Liçes de Análise Sintáctica • Maria Helena Mira Mateus Gramátia da Língua Portuguesa 1. hodina – 26. září Úvod - Sintaxe – a parte da Gramática que estuda a estructura e os constituinte da frase - Jaké jsou jiné gramatické disciplíny? Morfologie (část gramatiky , která se zabývá základními znakovými jednotkami jazyka – morfémů; potažmo slov podle gramatických tříd), sémantika (o significado das palavras, frases, modificaçoes de sentido – pozor: z části stojí sémantika mimo lingvistické disciplíny: comportamento, comunicaçao: por exemplo gestos…; vztah syntaxe a sémantiky je užší než se zdá, syntax je čistě formální disciplína) v širším slova smyslu i pragmatika (o uso dos falantes da linguagem)…a lexikologie (vocabulario, transformaçoes)… - Sintaxe é uma disciplina puramente linguística que se manifesta formalmente (todos os componenetes dele sao examinável teoreticamente) - O Sintaxe contém um número reduzido de elementos e combinaçoes possíveis de realizaçao (x palavras – o léxico forma um inventário aberto, surgem novas conotaçoes, aparecem novas palavras – na sintaxe nao é possível, o inventário de classes geamaticais nao se pode alargar mais). - Diferenças entre os termos: frase, oraçao, enunciado, período e proposiçao (všechny tyto termíny mohou být za určitých okolností přeloženy jako „věta“) - Frase: uma sequencia formada de palavras de acordo com as regras da língua em questao com um sentido completo.-> uma entidade gramatical abstracta; pode ser constituída por uma única ou por várias oraçoes; no código oral: marcada por uma determinada entoaçao código escrito: iniciada por uma maiúscula e termina por um sinal gráfico de pontuaçao que marcam a melodia da frase. – Enunciado: uso por um determinado falante num momento determinado – unidade de pragmática); qualquer tipo de sequencia linguística ® uma frase escrita nao pode ser enunciado, o enunciado é efémero (podle Sausurra se jedná o Parole) – Período: oraçao ou um conjunto de oraçoes que formam um sentido completo. Termina por uma pausa bem definida ® praticamente um sinónimo para a frase; používá se především pro složité souvětí (klasické latinské texty) – Proposiçao: é o significado de uma frase declarativa que descreve uma determinada situaçao (entidades, relaçoes, noçao da verdade) – termo semântico Frase verbal – constituída por um verbo conjugado Frase nominal – nao apresenta um verbo conjugado (está subentendido; maior expressividade: títulos, slogans) ex. Tragédia incalculável (é) Cuidado! (tem); reconhecida como frase através da entoaçao (curva melódica efectuada pela voz humana ao pronunciar as palavras); compreensível no contexto Tipos de frase – ZEPTAT SE na intençao do emissor (v závorkách) – declarativo (informaçao, descriçao), interrogativo (perginta, dúvida), exclamativo (satisfaçao, alegria, surpresa, indignaçao) imperativo (aconselhar, fazer pedidos, chamar atençao, ordenar) A tempestade foi terrível. Já leste o jornal? Que grande susto! Empresta-me o jornal! ROZDAT PAPÍRY Sinais gráficos de pontuaçao servem para marcar a melodia da frase: Ponto de interrogaçao: assinala a interrogativa directa (indirecta com o ponto final assim como o tipo declarativo) – entoaçao ascendente (x ponto: final descendente) Ponto de exlamaçao: tipo exclamativo, imperativo (há uma sílaba, palavra ou expressao que fica em destaque, é mais intensa) Reticencias: marcam uma interrupçao da seqüencia lógica do enunciado, com a conseqüente suspensao da melodia da frase. Sao utilizadas para permitir que o leitor complemente o pensamento que ficou suspenso. Num repente, relembrei estar em noite de lobisomem - era sexta-feira... Dois pontos: marcam uma sensível suspensao da melodia da frase quando se vai iniciar uma seqüencia que explica, identifica ou desenvolve uma idéia anterior, ou quando se quer dar início `a fala ou citaçao de alguém. 1) Descobri a grande razao da minha vida: voce. 2) O pai disse: "Vou indo". A frase contém só uma oraçao quando: Apresenta uma forma verbal (clara ou oculta), uma locuçao verbal Formas de frase: afirmativa/negativa Activa/passiva Processos emfáticos da frase: Enfase: elementos que nao sao necessários ao sentido básico da frase (funçao: acentua mais vivamente uma ideia, maior expressividade); sobretudo na oral Desculpe lá! O que é que gostam o mais? Sinais gráficos de pontuaçao servem para marcar pausas na frase (além das melodias): Vírgula: – pausa de curta duraçao – quando na oraçao houver um termo com vários núcleos ex. A obscenidade existe e está bem diante de nossas caras. É o racismo, a discriminaçao sexual, o ódio, a ignorância, a miséria. – quando a ordem direta é rompida (sujeito, verbo, complemento) Com muita sabedoria, os filhos mostraram suas razoes para os pais. Ponto e vírgula: marca uma pausa maior que a vírgula, porém menor que a do ponto. – para separar oraçoes coordenadas que já apresentem vírgula em seu interior (nunca se usa dentro de uma oraçao); Os espelhos sao usados para ver o rosto; a arte, para ver a alma. – Para separara itens duma lista – Considerando: A) a alta taxa de juros; B) a carencia de mao-de-obra; C) o alto valor de matéria-prima; Aspas: para isolar citaçao textual duma outra pessoa ou expressoes que nao pertençam `a língua culta O rapaz ficou "grilado" com o resultado da prova. Na literatura portuguesa usam-se mais as aspas francesas. Travessao: serve para indicar que alguém fala de viva voz (discurso direto) – Como é que vai? – Tudo bem, obrigado. para substituir duas vírgulas que separam termos intercalados, sobretudo quando se quer dar-lhes enfase Pelé - o maior jogador de futebol de todos os tempos - hoje é um bem-sucedido empresário. Parenteses: servem para isolar explicaçoes, indicaçoes ou comentários acessórios. Apanhei um comboio (trinta euro, além das despesas de reservaçao de lugar) e desloquei-me para Lisboa. Teorie: Valenční versus Generativní syntax Valenční syntax (L. Tesniere) – jádrem věty je sloveso, které má vlevo i vpravo od sebe argumenty, předurčované samotným slovesem; nevýhoda: možná příliš se orientuje na sloveso Valence – schopnost (především slovesa) vázat na sebe urč. počet syntaktických pozic (vlastnost lexikální povahy); některé pozice jsou obligatorní jiné fakultativní Generativní syntax (N. Chomsky a spol.) – gramatika je množina formálních pravidel, která vymezuje všechny gramatické (gram. správné) věty jazyka; těmito pravidly se z jednoduchých bázových složek generují rozsáhlejší struktury a věty (kategorie lexikální a frázové) – odvozování se přiřazuje i strukturní popis daného stupně. Struktura fráze se zachacuje stromovým grafem (uzly, větvení) 2. hodina – 3. října - Análise sintáctica é a decomposiçao de uma oraçao/uma frase em seus elementos componentes: para tornar claras as relaçoes entre os membros da frasee para racionalizar a pontuaçao. O/ Hierarquia de constituintes oracionais Os termos essencias da oraçao: - sujeito - predicado Os termos integrantes da oraçao: - compementos nominais: § complemento nominal (Leal da Silva: determinativo) - complementos verbais: § objecto directo § objecto indirecto § agente da passiva Os termos acessórios da oraçao: - os complementos nominais: § adjunto adnominal (Leal da Silva: atributo) § aposto - os complementos verbais: § adjunto adverbial (Leal da Silva: complemento circunstancial) Leal da Silva: Os complementos de frase: § vocativo § modificador de frase (více viz. rozdaný přehled – též ke stažení...) Terminologia: - Sintagma: - palavra criada por F. de Saussure para designar dois elementos consecutivos, um dos quais é o determinado (principal) e o outro o determinante (subordinado); Mira Mateus fala neste caso sobre a predicaçao que abrange a relaçao que se estabelece entre um núcleo lexical e os seus argumentos (a palavra predicado é entao ambígua em Mira Mateus - A oraçao é o sintagma por excelencia: sujeito=determinado, predicado=determinante; segundo Mira Mateus: o sujeito é um constituinte que satura o predicado - Sintagmas suboracionais: sistema de relaçoes de subordinaçao dentro duma oraçao: ex: O Vénus cintila no céu. - Sintagmas superoracionais: ordem superior `a oraçao ex: Sabemos que Vénus é um planeta. - Sequencias suboracionais: a coordenaçao entre os elementos dentro de uma oraçao ex: Toda a verdade nova desperta a desconfiança, o despeito e a inimizade. - Sequencias superoracionais: quando se coordenam entre si duas ou mais oraçoes ex: Pede a Deus que te proteja e que de vida a teus pais - Núcleo de um sintagma – a palavra ou termo central em torno do qual podem estar subordinados outros. - Elipse – a omissao de termo facilmente subentendível numa oraçao ex: (Eu) estou com muita fome. Termos essencias da oraçao: - O SUJEITO – o ser sobre o qual se faz uma declaraçao (o predicado é aquilo que se diz do sujeito) ex: A Chuva 1/2cai levemente. Núcleo: pronome pessoal, substantivo acompanhado ou nao de adjuntos, equivalentes de substantivo: númerais, advérbios substantivados etc.) Tipos de sujeito: - simples X composto (tem mais núcleos) - oculto (elíptico) que é determinado – nao é necessário explicitar o sujeito porque: já figura numa oraçao precedente ou porque a desinencia do verbo claramente o indica. Mira Mateus chama-o sujeito argumental (fineticamente nulos) - indeterminado – o sujeito nao é materialmente expresso e o verbo nao se refere a uma pessoa determinada: nao sabemos quem executa a acçao ou nao nos interessa 1) na 3^a pessoa do plural 2) verbo na 3^a pessoa do singular + o pronome reflexivo se (indicador da indeterminaçao), nao é sempre o caso, trata-se de: sujeito inexistente 3) a 2^a pessoa do singular de um verbo em frases com interpretaçao genérica (ex. Ajudas sempre os amigos e apesar disso eles criticam-te: pode ser considerado como americanismo: como em checo – Jágr) Mira Mateus chama-o sujeito com interpretaçao arbitrária - sujeito inexistente – interessa-nos apenas o processo verbal, o verbo é impessoal e o sujeito nao existe, é foneticamente nulo (nao em ingles, em frances etc.; também arcáico e dialectal em portugues) 1) expressoes que denotam fenómenos da natureza – nao em sentido sigurado: podiam ser empregados com o sujeito) 2) haver com o sentido de existir (no Brasil ter) 3) haver, fazer, ir quando indicam tempo decorrido 4) ser na indicaçao do tempo (neste caso concorda o verbo concorda em número e em pessoa com o predicado – nao sempre: era uma vez…) 5) conugaçao pronominal impessoal: Trata-se de Mira Mateus chama-o expletivo (str. 382 Mira Mateus) Atitude do sujeito – papeis temáticos ou semânticos de sujeito como o argumento seleccionado pelo verbo caso o verbo exprimir uma acçao ou uma relaçao do sujeito: - Agente – o sujeito executa a acçao expressa pela forma verbal, é uma entidade controladora, tipicamente humana, de uma dada situaçao - Paciente – o sujeito sofre a acçao (a acçao é praticada pelo agente da passiva) - Agente e paciente no mesmo tempo – em verbos reflexivos (Maria levantou-se) - Fonte / Causador – o sujeito designa a entidade que está na origem de uma dada situaçao embora sem o controlar (uma força de natureza por exemplo) Ex: O vento partiu o vidro de janela. A tempestade assustou-nos. Teste: nao podemos inserir na frase advérbios propositadamente ou voluntiarmente (nas frases com o agente podemos) - Experienciador – este papel temático exprime a entidade que é em centro duma propriedade ou relaçao psicológica ou física Ex: O Joao gosta da Maria A Maria viu o espetáculo/sentiu o perfume. - Tema – designa a entidade que muda de lugar ou estado em frases que descrevem situaçaoes dinâmicas (ex. O menino caiu da cama.) Com os verbos de estado é suficiente saber que a atitude da pessoa ou da coisa que dele participa é de neutralidade. PREDICADO: 1) nominal – quando a informaçao que se dá acerca do sujeito está contida num nome – estructura: verbo de ligaçao + predicativo (o núcleo de um predicado nominal) 2) verbal – quando tem como núcleo de sentido um verbo de significaçao precisa: o verbo encontra-se sozinho ou em locuçao verbal. 3) verbonominal – predicado misto que possui dois núcleos significativos: um verbo e um nome predicativo (pode vir antecedido de preposiçao ou do ponectivo como) – verbo: chegar (como), ir (como), entrar (como), rir (como), ser acusado (de)... 3. hodina – 10. října OPAKOVÁNÍ: typy podnětů – sujeito: - oculto (elíptico) que é determinado – Mira Mateus chama-o sujeito argumental (foneticamente nulos) - indeterminado (Mira Mateus chama-o sujeito com interpretaçao arbitrária) - o sujeito nao é materialmente expresso e o verbo nao se refere a uma pessoa determinada: nao sabemos quem executa a acçao ou nao nos interessa; 3 tipos: - o verbo na 3^a pessoa do plural - o verbo na 3^a pessoa do singular + o pronome reflexivo se (indicador da indeterminaçao), nao é sempre o caso, trata-se de: sujeito inexistente - o verbo na 2^a pessoa do singular de um verbo em frases com interpretaçao genérica - considerado como americanismo: como em checo – Jágr) - sujeito inexistente (Mira Mateus chama-o sujeito expletivo) – interessa-nos apenas o processo verbal, o verbo é impessoal e o sujeito nao existe, é foneticamente nulo (nao em ingles, em frances etc.; também arcáico e dialectal em portugues) 1) expressoes que denotam fenómenos da natureza – nao em sentido sigurado: podiam ser empregados com o sujeito) 2) haver com o sentido de existir (no Brasil ter) 3) haver, fazer, ir quando indicam tempo decorrido 4) ser na indicaçao do tempo 5) conugaçao pronominal impessoal: Trata-se de ZOPAKOVAT , případně si vyzkoušet studenty z typů predicado: 1) nominal – quando a informaçao que se dá acerca do sujeito está contida num nome – estructura: verbo de ligaçao (copulativos) + predicativo (o núcleo de um predicado nominal) verbos copulativos do predicado nominal: ser, estar, ficar, continuar, parecer e permanecer. Outros verbos empregos como introductores do predicativos vamos considerar como predicado verbo-nominal 2) verbal – quando tem como núcleo de sentido um verbo de significaçao precisa: o verbo encontra-se sozinho ou em locuçao verbal. 3) verbonominal – predicado misto que possui dois núcleos significativos: um verbo e um nome predicativo (pode vir antecedido de preposiçao ou do ponectivo como) – trata-se de verbos significativos empregados com predicativo. Por exemplo: chegar (como), sair (como); ir (como), entrar (como), rir (como), ser acusado (de)... Poznámka k Predicado Nominal: Como há verbos que se empregam ora como copulativos ora como significativos, é sempre preciso considerar o valor que o verbo apresenta em determinado texto: Estavas triste. x Estavas em casa. A noite ficou bela. x Ele ficou em casa. Eles continuam doentes. x Eles continuam o seu caminho. Poznámka k Predicado Verbal: Verbos significativos sao aqueles que traz uma ideia nova Tipos de verbos significativos: 1) verbos intransitivos – aqueles que contem integralmente o conteúdo da accçao, nao necessitam nenhum termo integrante (complemento) para lhes completar o sentido Ex.: Os assltantes fugiram Frequentamente sao seguidos de termos acessórios (adjuntos adverbiais): Ex.: Os assltantes fugiram rapidamente do local. 2) verbos transitivos – necessitam um termo integrante para lhes completar o sentido. Este termo integrante pode ser: a) objecto directo – a acçao expressa pelo verbo transita directamente para ele – sem preposiçao (esta relacao gramatical corresponde ao 4^o caso latino ou checo); o verbo classifica-se verbo transitivo directo. Ex.: Os pássaros comem as sementes. b) objecto indirecto – a acçao transita indirectamente´para o objecto, através duma preposiçao – em maioria dos casos a preposiçao a; (esta relacao gramatical corresponde ao 3^o caso latino ou checo); o verbo classifica-se verbo transitivo indirecto. Ex.: Os manifestantes falaram ao ministro. O objecto indirecto pode identificar facilmente pelo TESTE seguinte: pode ser expresso pelo pronome lhe(s) Ex.: Os manifestantes falaram-lhe. c) objecto directo e indirecto ao mesmo tempo – o verbo classifica-se verbo simulaneamente transitivo directo e indirecto. Ex: A Sara ofereceu uma prenda a um amigo. Poznámka k Objecto Directo: Pode vir regido da preposiçao a: - com os verbos que exprimem sentimentos: Quase cada um ama `a sua mae, ao seu pai... - para evitar ambiguidade: Ao mestre, vai matá-lo. - quando o objecto dir. vem antecipado ao verbo: A homem pobre ninguém roube. - quando é expresso por pronome pessoal oblíquo tónico – USO OBRIGATÓRIO Ele esqueceu a mulher e a si. 4. hodina – 17. října Algumas consideraçoes em problemática de termos integrantes de oraçao: Objecto directo pleonástico O objecto vem repetido sempre que haja necessidade expressiva de reforço, de enfase. Essa repetiçao chama-se pleaonasmo (figura literária que consiste na redundância de palavras para expressar uma ideia). A mim abandonaste-me. Vai matar o mestre.® Ao mestre, vai matá-lo.Venceram os chineses. ® Aos chineses, venceram-os. Objecto indirecto pleonástico Parece-me a mim que voce nao tem razao. Já dissemos: d) objecto indirecto – a acçao transita indirectamente´para o objecto, através duma preposiçao – em maioria dos casos a preposiçao a; (esta relacao gramatical corresponde ao 3^o caso latino ou checo); o verbo classifica-se verbo transitivo indirecto. Ex.: Os manifestantes falaram ao ministro. O objecto indirecto pode identificar facilmente pelo TESTE seguinte: pode ser expresso pelo pronome lhe(s) Ex.: Os manifestantes falaram-lhe. Como objectos indirectos consideramos também objectos que vem regidos por outras preposiçoes que a: de ex. Gosto de música. em ex. Consentimos nessa decisao.. Nao podemos substituir o objecto pelo pronome átono lhe mas pela forma tónica (a sua forma combinada com a preposiçao): Gosto dela. Consentimos nela. Esses complementos tâm valor análogo ao do objecto directo: Aprecio música. Admitimos essa decisao. O objecto indirecto pode desempenhar as seguintes funçoes: - o ser para o qual se dirige a acçao de um verbo transitivo directo. Gosto de música. Ele recorreu ao dicionário. (também aqui, como na 1^a frase o objecto nao se pode substituir pelo pronome átono lhe). - o ser a quem se destina o objecto directo no caso de verbos bitransitivos. Entreguei o livro ao aluno - o ser em benefício ou em prejuízo de quem se realiza a acçao.: Dirigiu palavras a todos. - o ser em que se manifesta a acçao. Custou muito ao menino aceitar esta situaçao. - o ser a que faz referencia especial o conjunto: verbo de ligaçao + predicativo Tudo lhe era indiferente. A todos pareceu mudado. (é assim chamado objecto indirecto de referencia) - o ser vivamente interessado na acçao expressa pelo verbo (forma expletiva) N«ao me toque no José. (é assim chamado objecto indirecto de interesse) Duplo objecto indirecto. Em casos limitados podem aparecer dois objectos referidos ao mesmo tempo. 1) com verbos como ajudar, ensinar: Ajudei-lhe a pôr a mesa. Antes de ensinar ao filho a falar, ensinava-lhe a ler 2) pelo uso simultâneo de dois objectos indirectos de valor diverso. Só hoje lhe respondo `a carta de janeiro. Verbos transitivos que admitem queda do objecto - trata-se de uso intransitivo de verbos transitivos ex: O Joao comeu demais. Ela só dintou no fim-de semana. A frase, enquanto no presente, descreve estados apresentados como propriedades típicas do argumento externo: A Maria escreve (com a interpretaçao: é escritora). O meu sobrinho mais novo já le. (com a interpretaçao: já sabe ler). Deixei na biblioteca fotocópias sobre as relaçoes gramaticais e esquemas relacionais – um capítulo da Mira Mateus que trata o assunto de predicado, sujeito, objecto directo, indirecto e predicativo + subclasses de verbos tratadas mais detalhadamente. O último termo integrante da oraçao que compementa o verbo é o agente da passiva: Esse termo - exprime na voz passiva o ser que exerce a acçao que o sujeito paciente recebe ou sofre - vem regido sempre de preposiçao por (mais comum): O espaço está sendo conquistado pelo homem. Ou de: Ele é estimado de todos. - exprime-se por meio de substantivo, pronome ou numeral substantivo. -`nao deve ser materialmente expresso. As vezes nao importa quem exerce a acçao. A república Checoslovaca foi constituida em 1918. O trabalho já está feito. Adriano da Gama Kury, Evanildo Bechara Consideram como termo integrante da oraçao que compementa o verbo ainda o complemento adverbial. Este complemento completa a predicaçao de um verbo transitivo adverbial. É expresso por um advérbio, locuçao ou expressao adverbial. Onde estavas? Venho de casa. Fique aí. Vou lá agora. Sem tal complemento a oraçao nao seria completa ou teria outro sentido. É o caso de verbos como chegar, ir, vir, estar, partir, seguir, voltar, ficar, morar etc.que sao tradicionalmente designados como intransitivos mas esses autores os chamam verbos transitivos adverbiais. Complemento nominal – único termo integrante da oraçao que complementa o sujeito. Nao só certos verbos precisam dum complemento para lhes completar o sentido (fazer, vender + obj. dir. \ pertencer a, servir-se de + obj. indir) mas também certos nomes incompletos em sua significaçao (estes nomes tem também certo carácter transitivo). - vem obrigatoriamente preposicionados e a sua construçao podia ser considerada como derivada de verbo transitivo + obj. dir./obj. indir./compl. adverbial: venda de mercadorias ¬ vender mercadorias minha crença em voce ¬ creio em voce referencia a este facto ¬ referi-me a esse facto minha estadia no Nordeste ¬ estive no Nordeste 5. hodina – 24. října Como já vimos Complemento nominal - vem obrigatoriamente preposicionados e a sua construçao podia ser considerada como derivada de verbo transitivo + obj. dir./obj. indir./compl. adverbial: venda de mercadorias ¬ vender mercadorias minha crença em voce ¬ creio em voce referencia a este facto ¬ referi-me a esse facto minha estadia no Nordeste ¬ estive no Nordeste Tamb)em ocorre complemento nominal a alguns verbos que funcionam como auxiliares determinativos e modais como por exemplo costumar, dever, desejar, querer, poder e pretender. Ex: Costumavam ouvir música `a noite ® o costume de ouvir música Devo esclarecer o facto. ® Sinto-me no dever de esclarecer o facto. Ele desejava entrar para a Academia. ® seu desejo de entrar para a Academia. Ele podia/devia falar cinco línguas ® Era capaz de falar cinco línguas. Pretendia conhecer a Europa. ® Tinha a pretensao de conhecer a Europa. Os primeiros 3 exemplos demonstram o caso em que o nome a que se subordina o complemento nominal mantem relaçao estreita com o verbo (porque cognato – tem o mesmo radical como o verbo) NAO é sempre o caso – há nomes que podem ter subordinado a si um complemento nominal sem que exista verbo transitivo morfologicamente correspondente: Ex: 4. frase, também: Nome (adj.) sede de (sedento de), avidez de (ávido de) - verbo desejar, necessitar utilidade (útil de) – precisar de nocivo de – prejudicar alheio de – afastar-se de Mesmo assim há uma relaçao semântica entre os dois elementos. Conclusao: O complemento nominal está para o nome assim como o objecto (ou complemento adverbial) está para o verbo. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇAO O adjunto adnominal - o adjunto de valor adjectivo - encontramos em qualquer funçao sintáctica que possa ter como núcleo um substantivo - nao é necessariamente um adjectivo: trata-se todas as palavras ou locuçoes que lhe delimitam o sentido geral - ex. Os teus olhos negros sao como duas flores do mal. Tens uma vontade de ferro. - O adjunto adnominal pode ser expresso por: - Adjectivo: olhos negros - Locuçao ou expressao adjectiva: flores do mal, vontade de ferro - Artigo: os olhos, uma vontade - Pronome possessivo: teus olhos - Pronome demonstrativo: esses olhos - Pronome indefinido: tais olhos, qualquer livro, cada dia, mais aulas - Pronome interrogativo: que livro? Qual problema? - Pronome relativo cujo + flexxoes: livro cujas qualidades apreciamos - Numeral: trinta alunos, primeiro dia Porovnat: Beijou a mao a tia Conceiçao. Beijou-lhe a mao - objecto indirecto Beijou a mao de tia Conceiçao. Beijou a mao dela. – adjunto adnominal Diferença entre o complemento nominal e adjunto adnominal - pode ser uma problemática muito difícil, a diferença pode ser `as vezes menos óbvia - só no contexto da frase será possível distinguir entre - a relaçao objectiva (de objecto) eventualmente completiva (de compl. adverbial) de complemento nominal - e de relaçao subjectiva (do adjunto adnominal) ex. A lembrança de meu pai alegrou-me. 1) complemento nominal – sentido de: Lembrei-me de meu pai e alegrei-me. 2) Adjunto adnominal – sentido de: A lembrança que pertenceu ao meu pai (ele lembrou-se de alguma coisa) alegrou-me. O adjunto adverbial – tem o valor adverbial ® ligam-se a verbos mas pode também intensificar o sentido de um adjectivo ou de um advérbio – funçao: acrescentam circunstâncias a verbos (modificadores) – ex. Cantar bem , intensificam a idéia expressa por verbo (intensificadores) – ex. Cantar muito – O adjunto adverbial pode ser expresso por: – advérbio: Amou-a perdidamente. – locuçao ou expressao adverbial: De súbito começou a dançar no meio da sala. Classificaçao dos adjuntos adverbiais -há várias maneiras de classificá-las (nós vamos usar aquela de Cunha) a) de causa Nao sai por precauçao b) de companhia Vou sair contigo. de dúvida Talvez tivesse razao. d) de fim Vive parao estudo. e) de instrumento Preferia pintar a óleo. f) de intensidade Dormi pouco g) de lugar aonde (direcçao) Voltou `a casa paterna de lugar para onde (direcçao) Embarcou para a Europa h) de lugar onde (situaçao) Vive no deserto i) de lugar donde (origem) Venho da cidade j) de lugar por onde (passagem) Voltaremos pelo túnel k) de matéria O telhado foi construído de zinco l) de meio Ganharam por fraude m) de modo (incl. Intençao) Estejam `a vontade. Faltou de propósito. n) de negaçao Nao partas o) de tempo Durante as férias li mito.Só esperarei das 2 `as 4. Observaçao: Mira Mateus classifica todas as relaçoes que nao sao centrais (predicado, sujeito, objecto directo, objecto indirecto, predicativo do suj. e do obj. dir.) como oblíquas (complemento nominal e adjuntos adnom. e adv.) 6. hodina – 31. října terminologia: sujeito – podmět predicado – přísudek predicado nominal – přísudek slovesně jmenný predicado verbonominal – přísudek s doplňkem objecto – předmět adjunto adverbial – příslovečné určení: místa, času, způsobu, příčiny, účelu, podmínky, přípustky aposto – přístavek (volný přívlastek rozvitý) adjunto adnominal, complemento nominal – přívlastek (shodný, neshodný) APOSTO – último termo acessório da oraçao - é um complemento de nome (um termo de valor substantivo) – explica, desenvolve a ideia sobre a respectiva dunçao sintáctica que se encontra assim complementada - é um equivalente do adjunto adnominal mas é necessariamente substantivo - existe uma pausa entre ele e o nome fundamental – marcada por uma vírgula - a funçao do aposto é: - explicar: Amanha, Sábado, nao sairei. – neste caso o aposto pode vir precedido das locuçoes explicativas isto é, a saber, por exemplo etc. - enumerar: Para um homem se ver a si mesmo sao necessárias tres coisas: olhos, espelho e luz. - resumir ou recapitular: Tristezas, dores, dificuldades, nada impedia seus planos. - comparativo: As estrelas, grandes olhos curiosos, espreitavam através da folhagem. Aposto vs. Predicativo atributivo - a funçao de aposto é exercida somente por substantivo - quando vem adjectivos em aposiçao, também separados do substantivo fundamental por uma pausa – trata-se de predicativo atributivo - ao predicativo atributivo corresponde oraçao adjectiva sem o conectivo - ex.: Os castanheiros, grandes e concentrados, ouviam subir a seiva. O predicativo atributivo pode mudar de posiçao: Grandes e concentrados, os castanheiros ouviam subir a seiva. Os castanheiros ouviam subir a seiva grandes e concentrados. Aposto vs. Predicativo circunstancial - o predicado circunstancial é uma reduzida oraçao adverbial (sem conectivo), representada na oraçao apenas pelo nome predicativo em aposiçao, - conserva o seu valor circunstâncial – portanto depende do verbo, nunca do nome Predicativo circunstancial de causa: ex: Pobre, lutou muito para formar-se. ¬ Como era pobre, lutou muito para formar-se. Predicativo circunstancial de tempo: Almoçado, descia a passo lento até `a repartiçao. (Úřad) ¬ Depois de ter almoçado... Algumas vezes vem preposicionado: Em rapaz, foi cortejado de muitas damas. ¬ Quando era rapaz... 7. hodina – 14. listopadu COMPLEMENTOS DE FRASE António Carlos Leal da Silva distingue dois tipos de Complementos de frase: 1) Modificador de frase: - corresponde com certa simplificaçao `aquilo que chamámos na aula passada Predicativo circunstancial e parcialmente também a Predicativo atributivo - ex: Felizmente, chegaste cedo. - Depressa, a água está a subir. Muitas vezes trata-se duma marca do sujeito da enunciaçao que comenta, mostra a sua opiniao acerca daquilo que se diz na frase ® modifica a frase, daí o nome deste complemento 2) Vocativo: Representa o destinatário da enunciaçao, identico ou nao ao sujeito da frase: Joao, acordaste tarde. Joao, ela acordou tarde. Considera-se `a parte da estrutura intarna duma oraçao, mas raramente aparece independente de outros termos da oraçao; muitas vezes liga-se a uma 2a pessoa do discurso assim como em Joao, acordaste tarde.: Outro exemplo Morte, onde está tua vitória? O vocativo pode aparecer antecedido da interjeiçao, Ó, sobretudo na linguagem poética Ó: Ó mar, estás muito lindo. Verbos auxiliares § ocorrem juntamente com um outro verbo (pelo menos): com o verbo auxiliado – também chamado principal. § Nao possuem significado lexical portanto nao tem propriedade de selecçao semântica. § Em portugues o verbo auxiliar precede o verbo auxiliado com que se combina: ex: O miúdo tem feito os trabalhos de casa todos os dias. A vítima foi encontrada num parque de estacionamento O Actor tinha estado em Nova Iorque na semana anterior. - O verbo auxiliar faz parte do complexo predicativo organizado em torno do verbo auxiliado – o sujeito e outros constituintes nominais sao seleccionados semanticamente pelo verbo auxiliado: ex: O miúdo tem feito os trabalhos de casa todos os dias. -CORR. A pedra tem feito os trabalhos de casa todos os dias. - ERR O miúdo tem feito bronquite. - ERR Os critérios de auxiliaridade: § em frases com verbos auxiliares só pode ocorrer uma negaçao frásica precedendo o verbo auxiliar: ex: O miúdo nao tem feito os trabalhos de casa todos os dias. - CORR O miúdo nao tem nao feito.... - ERR § em frases com verbos auxiliares só pode ocorrer um advérbio de tempo de cada tipo ex: Hoje o miúdo tem feito os trabalhos de casa. - CORR Hoje o miúdo tem feito os trabalhos de casa ontem. - ERR § em frases com verbos auxiliares, os pronomes clíticos ocorrem adjacentes ao verbo auxiliar: ex: O miúdo tem-nos feito. - CORR O miúdo tem feito-nos. - ERR § O complemento de um verbo auxiliar nao pode substituir uma completiva finita – o verbo auxiliado nao pode aparecer numa forma do do indicativo ou do conjuntivo como por exemplo em ex: Os críticos disseram que o filme ganhou o festival. - CORR O miúdo tem que fez os trabalhos de casa. - ERR a todos os critérios de auxiliaridade acima enunciados respondem: O/ verbos ter e haver O/ os verbos andar, estar, ficar, ir e vir + gerúndio – verbos auxiliares aspectuais (průběh) - forma do portugues brasileiro Ultimamente, ando estudando (tenho estudado) muito ingles.= He has been drinking too much Venho tendo (tenho tido) freqeentemente dores de cabeça = I have been having headaches often. O/ o verbo ser + particípio passado – verbo auxiliar da passiva Verbos semiauxiliares § sao também verbos esvaziados de significado lexical § só respondem a alguns nas nao a todos os critérios de auxiliaridade § os mais próximos dos verbos auxiliares „puros“ sao estes: O/ verbo ir + infinitivo: só nao atrai obriatoriamente o pronome clítico: ex: O professor vai corrigi-los hoje. (os testes) ou O professor vai-os corrigir hoje. O/ verbo aspectual (napr. estar) + a + infinitivo – forma do portugues europeu: só nao atraem obriatoriamente o pronome clítico: ex: Os miúdos estao a contar-lhe uma história. (aos pais) ou Os miúdos estao-lhe a contar uma história começar/chegar/tornar, continuar + a + infinitivo – aceitam a negaçao frásica precedendo o verbo auxiliado: ex: O Pedro começa a nao chegar tarde `as aulas. Estar/ficar + por + infinitivo (intençao vaga: něco se ještě má udělat) – exigem que o pronome clítico ocorra adjacente ao verbo auxiliado: ex: O pacote ficou por lhes ser enviado. NUNCA: O pacote ficou-lhes por ser enviado. § depois temos verbos auxiliares que (também se trata daforma do portugues europeu) exigem que o pronome clítico ocorra adjacente ao verbo auxiliado – é por causa do de que nao é pura preposiçao O/ verbo acabar/deixar + de + infinitivo: ex: O Joao acabou de me telefonar. NUNCA: O Joao acabou-me de telefonar. ex: O Joao deixou de nos convidar. NUNCA: O Joao deixou-nos de convidar. § Há verbos modais dever/poder + infinitivo que : - aceitam mais do que uma instância de negaçao frásica e - nao atraem obrigatoriamente o pronome clítico: ex: Os miudos nao podem nao ter medo desta personagem. Os miúdos nao me puderam avisar. ou Os miúdos nao puderam avisar-me. Značení v dalším textu: *Text.* = frase agramatical 8. hodina – 21. listopadu Modelo sintagmático do portugues Agora vamos pôr de lado o ponto de vista das funçoes sintácticas e vamos estudar a estrutura oracional de ponto de vista da natureza categorial dos constituintes (categorias sintagmáticas) Bibl: Maria Helena Mira Mateus – Gramática da Língua Portuguesa O Sintagma – é um grupo que forma qualquer construçao linguística e que comporta como núcleo uma categoria sintáctica – o termo corresponde a classe morfo-sintáctica Categorias sintácticas: - categorias lexicais – um inventário vasto do vocabulário com certo significado; vamos abordar sobretudo estas categorias Em portugues sao categorias lexicais: Nome (N), Adjectivo (Adj), Preposiçao (P), Verbo (V) e Advérbio (Adv) Tais categorias lexicais sconstituem o núcleo das seguintes categorias sintagmáticas: SN, Sadj, SP, SV, SAdj - categorias funcionais – noçoes mais abstractas como: conecçoes entre frases, a determinaçao, a quantificaçao, o tempo, o modo e o aspecto (flexao em geral) Rozdány přehledy As categorias sintagmáticas – contem sempre um núcleo + eventualmente um/vários complemento(s) que, de modo geral, se seguem ao núcleo, + eventualmente especificadores que globalmente precedem o núcleo: Ex: Alguns livros de história Núcleo, complementos – formam a estructura lexical do sintagma Especificadores – formam a estructura funcional do sintagma SINTAGMA NOMINAL a estructura funcional do sintagma 1) determinantes (D) - artigos: os livros estao caros - demonstrativos: este livro - possessivos: nossos livros 2) quantificadores (Q) - expressoes quantitativas: alguns livros, todos eles - expressoes partitivas: uma porçao desses livros No SN só um determinante possessivo pode preceder o nome. *A minha tua fotografia* Por isso o possessivo pode ser substituído por um SP em de.: A minha fotografia de ti. Mas nao apenas por isso: Por causa de ti. = Por tua causa. a estructura lexical do sintagma complementos: SP O Pai da Maria O SP nao pode ser separado do núcleo por um verbo: O pai da Maria Chegou. X *O Pai chegou da Maria*. Mas – em contraste, os SP podem ocupar a posiçao inicial de frase, separado do nome: Do Manuel, encontrei o pai, mas da Maria nao encontrei nenhum familiar. – também em interogativas: De que menina é que viste a escola? O SP nao pode aparecer isolado, em contraste com os determinantes ou quantificadores: 9. hodina – 28. listopadu SINTAGMA NOMINAL a estructura funcional do sintagma ZEPTAT SE, která je správně: Li alguns livros de História.; Livros de História, li alguns.; *Alguns livros li de História* Portanto dizemos que o complemento é um constituinte do N´ enquanto que especificadores nao Podia haver mais SP complementando o N ao mesmo tempo Tais elementos sao muitas vezes ambíguos A fotografia da Maria – a Maria podia ser: a) tema b) agente c) possuidor A mudança de posiçoes de certos SP podia ser agramatical: O quadro do Douro de Júlio Resende. = O quadro de Júlio Resende do Douro. (tema) (agente) (agente) (tema) O quadro do Douro do coleccionador. NAO= *O quadro do coleccionador do Douro.* (tema) (possuidor) (possuidor) (tema) a forma do SN em portugues é ainda marcada por mecanismos de concordância de determinantes e quantificadores e ainda dos sintagmas adjectivais e dos apostos Modificadores nominais – uns estao perto da estrutura lexical e outros mais ligados `a estrutura funcional - tem forma e valores semânticos muito divesificados A modificaçao através de adjectivos – esses adjectivos chamamos adnominais, aparecem: a) em posiçao seja pós-nominal seja pré-nominal Um homem pobre – leitura mais objectiva Um pobre homem – leitura mais subjectiva b) em posiçao apenas pós-nominal – os adj. de tipo classificatório, técnicos, de relaçao – O turismo estudantil. X *O estudantil turismo* Um vestido vermelho X *Um vermelho vestido* A mulher portuguesa X *A portuguesa mulher* Nao sao graduáveis c) em posiçao pós-nominal enquanto quantificadores, em posiçao pós-nominal enquanto qualificativos: diveros, raros, certos, próprio(s): Encontrei uma certa pessoa. X Ele é um amigo certo. d) relaçao – O turismo estudantil. X *O estudantil turismo* Um vestido vermelho X *Um vermelho vestido* A mulher portuguesa X *A portuguesa mulher* Nao sao graduáveis e) em posiçao apenas pré-nominal – de uma interpretaçao quantificadora Um mero incidente X *um incidente mero* A modificaçao através de oraçoes relativas – é matéria do segundo semestre Apostos: O guarda, aquele cretino, atirou dois tiros. Devem seguir ao nominal quando sao importantes como forma de identificaçao da forma escrita: Adriano, o Imperador da Roma, era um homem só. X Adriano era um homem só, o Imperador da Roma,. Expressoes qualitativas: formadas pro : um determinante + um nome + um adj. Valorativo + a preposiçao de: – esse conjunto encontra-se na posiçao `a esquerda do nome O estúpido do rapaz saltou do segundo andar. A porcaria do meu carro nunca pega de manha. Essa ordem nao devia ser rompida, caso contrario o sentido da frase mudaria: *Do meu caro, a porcaria nunca pega de manha.* O adjectivo nao é um adj. Típico ® nao devia ser antecedido de advérbios de grau: *O muito estúpido do rapaz...* SINTAGMA ADJECTIVAL - uma categoria sintáctica cujo núcleo é um adjectivo - pode ocorrer em posiçao: · do adjunto adnominal: Comprei um livro muito útil - esses itens lexicais sao verdadeiros adjectivos: a) graduáveis: Os parentes muito ricos b) nao graduáveis: *Os cidadaos muito portugueses* · do predicativo do sujeito: Esse livro é muito útil · do predicativo do objecto: Considero esse livro muito útil Quando um nome admite a quantificaçao através do advérbio, trata-se do adjectivo: Ele é muito homem.Homem é aqui um modificador O adverbio temporal pode ajudar também para distinguir um particípio dum adjectivo: Uma província ocupada – particípio: uma província recentemente ocupada. Uma mulher ocupada – adjectivo: uma mulher recentemente ocupada. Quando tal forma pode surgir em posiçao pré-nominal, também é certo que se trata dum adjectivo e nao dum particípio: Uma opiniao autorizada ® uma autorizada opiniao adjectivo. = respeitada, digna de fé Uma reuniao autorizada ® *uma autorizada reuniao* particípio. = permitida Há adjectivos que podem ser usados com o valor de advérbios O menino dorme tranquilo.(=tranquilamente) – nao há dúvida que se trata de advérbio quando ocorre uma concordância com o nome: As pessoas cantam alegre. (=alegremente) Tipos de adjectivos: 1) modificadores ou qualificativos: menino lindo, casa grande, vestido vermelho - exprimem qualidades, estados, modos de ser… - podem ocorrer em posiçao predicativa o menino é lindo - sao graduáveis: este menino muito lindo a)Některá z těchto adjektiv mají v pozici před substantivem jiný význam než za ním (většinou přenesený): Era certa coisa (určitá), Era coisa certa (správná), Um simples escritor (pouhý), Tem um estilo simples (jednoduchý) Um grande homem (velký významem), Um homem grande (velký vzrůstem) Uma pobre mulher (ubohá). Uma mulher pobre (chudá) Na posiçao pré-nominal tem um sentido figurado 2) adjectivos relacionais: temáticos, ou referenciais: - recebem relaçoes temáticas diversificadas: - de agente: a revolta estudantil - de experienciador: preocupaçao popular - de tema: crítica musical - de possuidor: trânsito urbano - nao podem ocorrer em posiçao predicativa *a revolta foi estudantil* - nao sao graduáveis: *a revolta muito estudantil* 3) adjectivos modificadores do significado ou intensao dos nomes - nao qualificam orioriamente o substantivo um mero incidente - nao podem ocorrer em posiçao predicativa *o incidente foi mero* nem sao graduáveis - aparecem em posiçao pré-nominal: *um incidente mero* 4) adjectivos modais possível, provável e os temporais-aspectuais como frequente, permanente, súbito - podem ocorrer em posiçao predicativa a derrota é possível - podem ou nao aparecer em posiçao pré-nominal uma possível derrota dos independentistas uma derrota possível dos independentistas - podem ser graduáveis a derrota dos independentistas é muito provável A estructura lexical do sintagma Enquanto tiver uma natureza de predicativo, os adjectivos podem seleccionar complementos: SP – só aparecem em posiçao pós-nominal O pai está muito contente com a filha – o argumento do adjectivo é neste caso opcional A Maria é capaz de tudo isto – o argumento do adjectivo é neste caso obrigatório Certo do caminho escolhido - muitas vezes a preposiçao é de: trata-se mais de uma marca de caso genitivo do que de uma verdadeira preposiçao O SP é deslocável e destacável como um bloco A qualquer linguista, este livro é muito útil. – anteposiçao do SP A qualquer linguista é que este livro é muito útil. – clivagem do SP A qualquer linguista é que este livro é muito útil. – clivagem do SP Útil a qualquer linguista, este livro é muito. – o advérbio de quantidade e o núcleo nao sao deslocáveis *Muito útil, este livro é a qualquer linguista.* A estructura funcional do sintagma - constituída por todas as expressoes de sentido quantificadoe que modificam o núcleo adjectival - isso respeita apenas adjectivos graduáveis - falamos de graus de adjectivos: Superlativo absoluto analítico: O teu filho é muito inteligente Ela é imensamente magra. Quarenta anos muito bem conservados Comparativo de superioridade: O Luís é mais inteligente que/do que o Joao. Comparativo de inferioridade: O Luís é menos inteligente que/do que o Joao. Comparativo de igualdade: O Luís é tao inteligente como o Joao. Superlativo na forma comparativa. O Luís é tao inteligente como o Einstein. Superlativo relativo: O Luís é o mais inteligente dos filhos do António 10. hodina – 12. prosince SINTAGMA PREPOSICIONAL - preposiçoes como a, contra, de, em, para, sobre etc. - locuçoes prepositivas como além de, de acordo com, em baixo de etc. – formadas pela combinaçao de 2 prep./1 prep. + advérbio, advérbio + prep., prep + nome + prep. etc. - Tem um aforma fixa - SP: uma P que introduz um SN ou uma frase (argumentos obrigatórios): - Excepçao: Vá em frente. Estou contra – argumentos nulos - O SP pode ser um complemento do SN, Sadj, SV `seleccionado respectivamente por N, Adj, V´, predicativo de sujeito e adjunto: livro de linguística, ser útil a qualquer estudante, fui`a escola. O livro está em cima da mesa, O SP pode ser deslocado ou destacado facilmente enquanto completo - A qualquer estudante, este livro é útil. Advérbios como mesmo, exactamenmte e só – fazem parte do SP –sao especificadores da P + SN - Ele parou mesmo em frente da casa. - Mesmo em frente da casa ele parou - *Em frente da casa ele parou mesmo* 3 tipos de preposiçoes 1) aqueles que marcam tematicamente os seus argumentos – verbos de movimento: ir a , vir de, verbos de localizaçao: pôr em, colocar em...– depois de verbos que sao inerentemente preposicionados: tem papel semántico de meta (ir a), de fonte (vir de), locativo (arrumar em) 2) os que sao os verdadeiros itens predicativos e por si sós marcam tematicamente os seus próprios argumentos O presidente está em Dillí. A Maria está contra mim. O livro ficou em baixo da mesa. Ele ficou de cama. Vamos sair no Verao. 3) os que tem um papel secundário na marcaçao temática e que sáo esencialmente marcadores de caso: Dei um livro `a Maria. Falaram de ti. O campones carregou o tractor com feno.(sušená tráva: krmivo pro dobytek) X Eu dancei com a Maria – patří do 2. skupiny SINTAGMA VERBAL O sintagma verbal é constituído por um núcleo verbal + complementos seleccionados pelo verbo O núcleo verbal (V) O/ pode ocorrer acompanhado de um ou mais verbos auxiliares (AUX) – neste caso trata-se de um só sintagma verbal; estructura: SV AUX SV V AUX forma com o segundo verbo uma unidade sintáctica AUX: ter + PP, haver + PP, ser + PP Quando haver numa oraçao um verbo flexionado + infinitivo importa distinguir dois casos: § o verbo flexionado serve de auxiliar, formando com o segundo verbo um complexo verbal ® uma só oraçao (o verbo auxiliar exprime valores linguísticos de tempo, aspecto ou modalidade) É o caso por exemplo de verbos haver de + inf., poder + inf. Ex:O Pedro pode ir ao cinema.; *O Pedro pode que vai/ia ao cinema.* O Pedro há-de ir ao cinema.; *O Pedro há-de que ia ao cinema.* Assim como: O Pedro tinha ido ao cinema.; *O Pedro tinha que vai/ia ao cinema.* § o verbo flexionado pertence a um domínio predicativo distinto daquele do verbo em infinitivo ® há duas oraçoes unidas numa sequencia verbo flexionado + verbo em infinitivo (o infinitivo representa uma frase subordinada reduzida mas é no mesmo tempo o complemento do verbo flexionado) É o caso de verbos querer + inf, gostar de + inf Ex:O Pedro quer ir ao cinema.= O Pedro quer que ele/a Maria vá ao cinema. O Pedro gosta de ir ao cinema.= O Pedro gosta que ele/a Maria vá ao cin. § Como o critério principal para tal distinçao nos serviu o seguinte critério de auxiliaridade (que já tinhamos visto antes): o complemento de um verbo auxiliar nao pode substituir uma completiva finita – o verbo auxiliado nao pode aparecer numa forma do indicativo ou do conjuntivo. A problemática é muito mais complicada do que isto mas nao vale a pena pormenorizar ainda mais o tema explicado. A concordância: · faz-se entre o sujeito da oraçao e a primeira forma verbal (quer seja o verbo principal quer seja um auxiliar) – o sujeito serve de argumento do núcleo verbal · é um processo sintáctico com reflexos morfológicos · os verbos sao afectadas por afixos de tempo, modo, aspecto, pessoa e número Os complementos do verbo ~ Argumentos internos do verbo (complemento é uma noçao ligada `a posiçao; argumento interno é uma noçao semântico-lexical) - a estrutura do SV está estraitamente ligada ao número de argumentos seleccionados pelo verbo Se o verbo for intransitivo (tossir, espirrar): a etruturo da SV é simples: SV V Argumentos internos de um verbo transitivo, tal como SN (funçao do objecto directo), SP (funçao do objecto indirecto, eventualmente objecto directo preposicionado), ou um número reduzido de SAdv, realizam-se normalmente `a direita so núcleo em posiçoes de complemento. Ex: Comprei estes livros policiais. Ela viu-me no cinema. O Miguel nao o leu logo. – o pronome nao ocupa a posiçao típica pós-verbal. V e SN formam um só constituinte SV porque podem ser elididos como um bloco inteiro, V SN Como por exemplo em: Eu comprei estes livros policiais e o Joao também. Nao posso dizer: Eu comprei estes livros policiais e o Joao também estes livros policiais. O SV pode também estar cosntituída por um núcleo e dois complementos (SN + SP): SV V SN SP Mandei uma carta ao meu tio da América. A Maria arrumou os livros na estante. Casos em que o complemento pode ter também carácter de SAdv: SV V SAdv Foram lá A Luísa saiu além. Os adjuntos a SV - os SP e os Sadv que se adjuntam a SV (nao sao argumentos internos do núcleo do SV) Ex: A Joana foi para férias na semana passada. A Joana saiu de casa por causa do calor. Teste para distinguir complementos de SV de adjuntos a SV: 1) os complementos podem ser elididos num bloco com o verbo (os adjuntos admitem uma separaçao deste bloco): A Joana foi para férias na semana passada e a Maria também. A Joana foi para férias na semana passada e a Maria também na semana passada. A Joana saiu de casa por causa do calor e a Maria também. A Joana saiu de casa por causa do calor e a Maria também por causa do calor. 2) Nas interrogativas com o verbo fazer O que fez a Joana na semana passada? *O que fez a Joana para férias?*- nao se pode dizer, neste caso o SP é mais dependente do V. O que fez a Joana por causa do calor? *O que fez a Joana de casa?* - nao se pode dizer, neste caso o SP é mais dependente do V. ® para férias e de casa: complementos de SV na semana passada e por causa do calor: adjuntos a SV F SN SV SV SP V SP A Joana foi para férias na semana passada. Saiu de casa por causa do calor. SINTAGMA ADVERBIAL O advérbio (Adv) – é uma categoria de palavras bastante heterogénea e complexa – modifica vários tipos se constituintes (nao apenas verbos) e podem ocupar posiçoes distintas – é uma palavra invariável, sem marcas de concordância A classificaçao tradicional nocional (advérbios de lugar, de tempo, de negaçao...) nao tem em conta o comportamento sintáctico dos advérbios. Alguns dos mais importantes critérios adicionais para a classificaçao dos advérbios 1) Graduáveis: tarde: muito tarde, tardíssimo, mais tarde do que... opak nao graduáveis: nunca, também 2) Transitivos – seleccionam argumentos (advérbios de localizaçao espacial e temporal) Longe da casa, depois da aula;opak nao transitivos SADV ADV SADV ADV SP muito perto de mim (especificador) (núcleo) (complemento) – o núcleo é graduável e transitivo 3) Com o valor «pronominal» – só 3 advonde quando e como; tem a qualidade de serem constituintes interrogativos e relativos: Quando vais sair? Onde ele foi? A maneira como vivo é saudável. 4) Com valor deictico (aqui, ontem) – designam a situaçao no momento do enunciado, do ponto de vista do enunciador – podem portanto alterar o significado vs. sem valor deictico (longe, nunca, devagar) 5) Com valor quantitativo (bastante, mais, demasiado, muito, tanto, tao...) + restritivo (só, principalmente) – exprimindo o grau, ocupam a posiçao de especificadoe do Sadj ou do Sadv e como fazem no mesmo tempo parto do SV, modificam também verbos: O miúdo é muito alto. Ele come muito. – 6) Que seleccionam conjuntivo VS. aqueles que seleccionam indicativo Talvez (em posiçao pré verbal) VS. possivelmente 7) Com estatuto predicativo (bem, mal, perto, longe..) – advérbios de modo e de localizaçao que podem co-ocorrer com verbos copulativos estar, parecer, ficar, continuar A Maria está bem VS. *A Maria está possivelmente* A proposta de classificaçao dos advérbios por Maria Helena Mira Mateus: a. Pronomes que podem ocupar posiçao de argumentos internos de SV: (seleccionados por verbos de movimento: ir, vir, sair, chegar etc. ou de localizaçao: pôr, colocar): A Maria vai ali. O Joao poe o livro na estante. b. Pronomes que nao podem ocupar posiçao de argumentos internos de SV: i. os adjuntos a SV: embora seleccionados por certos verbos (durar, vestir) nao tem o mesmo valor dos anteriores e comportam-se como adjuntos. As pessoas vao para as praias frequentemente. O Luís leu o poema ontem ii. os advérbios de quantidade e restritores – em geral ocupam a posiçao de especificadores das categorias que modificam O miúdo é muito alto. Só o Paulo fez o trabalho. Ela nao mora propriamente longe. iii. os advérbios frásicos – exprimem a avaliaçao, o juízo do locutor (felizmente, talvez, possivelmente), reforçam/restringem a verdade da asserçao (evidentemente, certamente, supostamente) – modificam toda a proposiçao mas nao podem ser modificados. *Eles jantam apenas provavelmente.* * Eles vao jantar também certamente.* .