FRIGIDA III I Balzac a meu rival, minha senhora inglesa! Eu quero-a porque odeio as carnaqoes redondas! Mas ele eternizou-The a singular beleza E eu turbo-me ao deter seus olhos cor das ondas. II Admiro-a. A sua Tonga e placida estatura Expoe a majestade austera dos Invernos. Nao cora no seu todo a timida candura; Danqam a paz dos ceus e o assombro dos infernos. Eu vejo-a caminhar, fleumatica, irritante, Numa das maos franzindo urn lento de cambraia!... Ninguem me prende assim, fiinebre, extravagante, _ Quando arregaqa e ondula a preguiqosa saia! IV Ouso esperar, talvez, que o seu amor me acoite, Mas nunca a fitarei duma maneira franca; Traz o esplendor do Dia e a palidez da Noite, E, como o Sol, dourada, e, como a Lua, branca! V Pudesse-me eu prostrar, num meditado impulso, 0 gelida mulher bizarramente estranha, E tremulo depor os labios no seu pulso, Entre a macia luva e o punho de bretanha! ... VI Cintila no seu rosto a lucidez das joias. Ao encarar consign, a fantasia pasma; Pausadamente lembra o silvo das jiboias E a marcha demorada e muda dum fantasma. 88 89