91 90 Deslize como um astro, um astro que declina; E se uma vez me abrisse o colo transparente, Tao descansada e firme a que me desvaria, E me osculasse, enfim, flexivel e submissa, E tem a lentidao duma corveta fina. Eu julgaria ouvir alguem, agudamente, Que nobremente va num mar de calmaria. 'Nas trevas, a cortar pedaqos de cortiga! IX Nao me imagine um doido. Eu vivo como um monge, No bosque das fic~oes, o grande flor do Norte! E, ao persegui-la, penso acompanhar de longe O sossegado espectro angelico da Morte! X O seu vagar oculta uma elasticidade Que deve dar um gosto amargo a deleitoso, E a sua glacial impassibilidade Exalta o meu desejo e irrita o meu nervoso. VII Porem, nao arderei aos seus contactos frios, E nao me enroscara nos serpentinos bravos: Receio suportar febroes e calafrios; Adoro no seu corpo os movimentos lassos. Metalica visao que Charles Baudelaire Sonhou e pressentiu nos seus delirios mornos, Permita que eu the adule a distinqao que fere, As curvas da magreza e o lustre dos adornos! XI