Sonetos a Afrodite Anadiómena I PANDEMOS Dentífona apriuna a veste iguana de que se escalca auroma e tentavela. Como superta e buritânea amela se palquitonará transcęndia inana! Que vúlcios defuratos, que inumana sussúrica donstália penicela ŕs trícotas relesta demiquela, fissivirăo boíneos, ó primana! Dentívolos palpículos, baissai! Lingâmicos dolins, refucarai! Por manivornas contumai a veste! E, quando prolifarem as sangrárias, lambidonai tutílicos anárias, tăo placitantos como o pedipeste. II ANÓSIA Que marinais sob tăo pora luva de esbanforida pel retinada năo dăo volpúcia de imajar anteada a que moltínea se adamenta ocuva? Bocam dedetos calcurando a fuva que arfala e dúpia de antegor tutada, e que tessalta de nigrors nevada. Vitrai, vitrai, que estamineta cuva! Labiliperta-se infanal a esvebe, agluta, acedirasma, sucamina, e maniter suavira o termidodo. Que marinais dulcífima contebe, ejacicasto, ejacifasto, arina!... Que marinais, tăo pora luva, todo... Jorge de Sena é Conheço o sal... Conheço o sal da tua pele seca Depois que o estio se volveu inverno De carne repousada em suor nocturno. Conheço o sal do leite que bebemos Quando das bocas se estreitavam lábios E o coraçăo no sexo palpitava. Conheço o sal dos teus cabelos negros Os louros ou cinzentos que se enrolam Neste dormir de brilhos azulados. Conheço o sal que resta em minhas măos Como nas praias o perfume fica Quando a maré desceu e se retrai. Conheço o sal da tua boca, o sal Da tua língua, o sal de teus mamilos, E o da cintura se encurvando de ancas. A todo o sal conheço que é só teu, Ou é de mim em ti, ou é de ti em mim, Um cristalino pó de amantes enlaçados