14 nocôes básicas preliminarf.s frase, oracäo, periodo 15 No nível do vocábulo, é se identifica como 3.a pessoa do singulár do presente clo indicalivo clo verbo ser, que difere de todas as demais clo mesmo verbo: és, que é a 2.;1 pessoa do singulár do mesmo tempo; era, foi, será, etc, 3.a pessoa de outros tempos; etc. Já no nível da frase é a entoacäo que lhe dará vida como unidade de comunicagäo. Veja-se este trecho do livro O Coruja, de Aluísio Azevedo (p. 149): "— Ele é seu parente? —■ Näo. _ É." ' Se esse "— É.", no contexto, representa urna frase (e, desfeitas as elipses, urna oracäo, equivalente a "— Sim, ele é o meu tutor."), isso se deve ä entoagäo com que se profere. 12. A frase pode apresentar-se sob as mais variadas formas, desde simples enunciados monossilábicos, como "— Näo." e "— É." do diálogo acima reproduzido, aos mais com-plexos: "Quem o feio ama, bonito lhe parece."; "Pra quem diz 'Já!' e näo 'Depois.', um dia vale dois." (Leonardo Mota, Adagiário Brasileiro,) 13. O tipo mais comum de frase é a ORAgÄo, sintagma for-mado de sujeito e predicado (V. § L), e como tal estru-turada em torno de um verbo; o verbo, explícito ou näo, é a característica do predicado, indispensável ä existencia da oracäo: "A água corre para o mar."; "A água silenciosa é a mais peri-gosa." (Leon. Mota, Adagiário. . .) Em certos tipos de oracäo o sujeito se reduz a zero, mas o predicado (e portanto o verbo) näo pode faltar: "Choveu muito."; "Houve protestos." (Estas duas oracôes näo tém sujeito. V. § 30.) 14. Nem todas as frases constituem oragóes: aquelas com que se exprimem sentimentos (e náo pensamentos) vém mui-tas vezeš fortemente carregadas de emocáo, e náo se cons-troem em torno de um verbo. Elas náo se bipartem em sujeito e predicado, e nelas nem sequer se pode identificar um predicado. Isso acontece, sobretudo: a) nas exclamagóes (em que deixamos transparecer quase tudo quanto nos vai no íntimo); ás vezeš se reduzem a simples interjeigóes: "— Que macada!"; "— O que?!"; "— Fogo!"; "— Hum. . .!"; b) nas indicacóes: "Eletricista" (tabuleta no alto de uma porta); "Siléncio" (inscrigáo na parede de um corredor cle hospital); c) em certas descrigóes: "Alta noite, lua quieta, muros Imds, praia rasa." (C. Meireles, AP, 27.) A frase náo-oracional, por náo ter estrutura lingiiística Haborada, náo se presta a análise sintática; só a frase-oracáo, pěla sua estruturacáo, admite análise sintática completa. i ompare-se a frase "Fogo!", inanalisável, com a oracáo "A I* »1-1 cstá incendiando-se." 15 Pr.RÍODO é o enunciado, de sentido pleno, constituído ilr uma ou mais oracoes, e terminado por uma pausa bem di hnula, marcada na escrita por: