16 NOCÖES BÁSICAS PRELIM IN ARES A ORACAO COMPLEXA 17 tória: / Aracne foi meu nome, e na trama ilusória / Das rendas florescia a minha graca estranha." (Id., "A aranha", in PC, 16.); "O monólogo final contém a chavc do clima doentio em que a novela se desenvolve:" [Segue-se uma ci-tagáo de 4 linhas.] (F. Lucas, FFSAD, 6.); /) mais de um sinal simultaneamente: "Silfos ou gno-mos tocam?..." (F. Pessoa, OP, 43.); "Como o luar é ralo / No cháo vago e austero!. . ." (Id., ibid., 46.) Devem também considerar-se períodos as oragoes inter-caladas ou interparentéticas, que vém usualmcnte entre pa-rénteses ou entre travessoes, e ocorrem (tcndo ou náo pon-tuagáo propria) intercaladas numa oracao: "Na cidade velha, as ruas estreitas de muros ncgros (náo convent acordá-las) dormem, no siléncio lírico, um sono que já dura séculos." (Ale. Machado, Obras, II, 158.); "O Padre Geróncio diz que respeita e estima Joao XXIII — um verdadeiro candidato á canonizacao — mas acha ('Deus me perdoeF) que no seu pontificado a Igreja avancou demais em suas reformas." (E. Veríssimo, IA, 167.) •Periodo simples e periodo composto. 16. O periodo é simples quando formado de uma só oracáo, a qual se diz absoluta: "Os seus olhos azuis sao como duas doces elegias." (Eca, PB, 5.) 17. Se é constituído de mais de uma oracáo, diz-se composto: "A noite descia; caía de cima uma claridade láctea; pesava um austero e lento siléncio; a larga brancura celeste era glo-riosa." (Id., ibid., 83.) •Oragoes independentes e subordinadas. 18. Se, todas as oragoes de um periodo tem sentido com-pleto (isto é, se sáo oracóes-frases), recebem o nome de ora- coes independentes, como as do exemplo do § 17. E, em princípio, cada oracao independente, como as desse periodo, é capaz de formar um periodo por si. 19. Havendo num periodo oragoes sintaticamente depen-dentes de outra, ou de um vocativo (V. § 88.), e que nela ou nele exercem uma funcäo, elas se dizem subordinadas: "O presente que se ignora vale o future." (M. de Assis) [que se ignora é adjunto adnominal de presente]; "Ó Deus que estás nos Céus, tem piedade de mim." [que estás nos ^eus e adjunto adnominal do vocativo Deus]] "Náo pude sair porque choveu." [porque choveu é adjunto adverbial de causa de Näo pude sair]; "Desejo que sejas feliz" [que sejas feliz é objeto direto do verbo transitivo direto desejo]. Concomitantemente, a oracao de que depende uma su-bordinada se cháma principal: "Lá fora da barra está um navio que apita." (J. Amado, MM, 62.) • A orocáo complexa. 20, lim certos períodos compostos por subordinagäo, se a II |i Elo subordinada representa um termo essencial ou inte-I nilc (subordinadas substantivas) ou um adjunto adnomi- H 'i tle valor restritivo (subordinada adjetiva restritiva), a li imiula "oracao principal", sozinha, fica truncada e, em 1 'I. i<>i;ilmentě desprovida de sentido, só perceptível quan-I msidera o conjunto. i o i|iie acontece em períodos como: i "i "IQuem mais se afoga] é [quem melhor nadaj." (L. Mota, <■'<<"/(», . . ), cuja "oracao principal" se reduziria a é, uma vez ujci to c o predicativo (entre colchetes) tem a forma de ulxmlinadas. Ou: 1 11 I * 111mais duvidam] säo os [que menos sabem].", em ......ihi principal" seria Os säo os, sem qualquer sentido ......... iiiliilica