60 o periodo simples. a oracäo independente. O VOC'A I IVO •O predicativo circunstancial. 84. Muitas vezeš, numa construcäo sintética vigorosa e do belo efeito estilístico, uma oracäo adverbial (§ 154) de přel dicado nominal pode aparecer representada, na frase, sem o conectivo e o verbo de ligacao, ápenas pelo nome predicativo, em aparente aposicäo, conservando o seu valor circunstancial. Assim, em lugar de "Como era pobre, lutou muito para formar-se.", podemos dizer: "Pobre, lutou muito para formar-se." O adjetivo pobre conserva o valor de ad-junto adverbial de causa, e na frase é igualmente predicativo. I Estamos, pois, diante de um predicativo circunstancial. Obs. — Dessa dupla funcäo decorre a denominaeäo de aposto cir- ] eunstancial que autores de renomé lhe däo. Cf., a respeito, Epifánio Dias, SHP, §§ 45 b e 52, e Sousa da Silveira, LP, § 234 c. 85. Algumas vezeš, o predicativo circunstancial vem prepo-sicionado: "Em rapaz, foi cortejado de muitas damas." 86. O que distingue o predicativo atributivo do circunstancial é que ao primeiro näo corresponde oracäo adverbial, mas adjetiva, sem o conectivo. Nalguns casos, säo imprecisos os limites entre um e outro tipo, cabendo mais de uma inter-pretaeäo. Assim, "Os sinos, alegres, repicam." poderia ter como equivalentes: "Os sinos, que estäo alegres, repicam." ou "Os sinos, por estarem alegres, repicam." 87. Eis alguns exemplos de predicativo circunstancial: 1) De causa: "Pobre, lutara muito para se formar em Medicína." (M. Re-belo, SAP, 103.) 2) De tempo: "Almogado, descia a passo lento até ä reparticäo." (M. de Assis, IG, 3.) p.nie tanto do sujeito como do predicado, pode ocor-i.u,;io um termo com que se interpela o ouvinte — H Mil mivo: i .i noile, nas tabas, se alguém duvidava I )o que ele contava, i'i li i'iudentc: — meninos, eu vi!" (G. Dias, OP, II, 35.) Nu iinálisc, procede-se assim: r lujpllo: eu. Pl'i illi iidn: vi. \ i" ulivo: meninos. Noni embargo de se considerar ä parte, é de notar que .....in iik' aparece, como no exemplo aeima, o vocativo i in i nie; na maior parte das vezes, liga-se a uma 2.a ' lín 11 inch iso, representada sej a por um pronome pes-' ' nu obliquo, seja por urn possessivo ou demons- llHllvn Mu.i \, esse refulgir, que mais parece um sonho, Dize, quern i|in to ensinou?" (M. de Assis, Poes., "A Mosca Azul".) nlivo mosca tem trés elos no periodo: o pronome da 2.a i i \ o pronome tu, contido na forma dize, e o pronome Ii 'i'ii , onde está tua vitória?" (O vocativo mořte se liga ao ........■ da 2.a pessoa tua.); ' > Mau, estás muito lindo! Mas a mim, já näo me enganasV i In ilr Mi-iulonca, "Experiéncia", apud A. G. Kury, PB, 213.) ilivo mar liga-se ao sujeito tu, implícito nas formas ver-./'. c- enganas.); .....lihlo, mi:u filho!" (M. Lobato, Fáb.) (Está implícita 'i 1111 < >-f rase cuidado uma forma verbal referida ä 2.a pes-1" 'llMCUrso: tern cuidado; tenha cuidado.). I in nuiilos casos, como no penultimo exemplo, aparece o '"ii'i'Oclido da interjeicäo ó. \ um vocativo pode subordinar-se uma oracäo (V. § 91.): ' • 11, li I • 1111- I'sliis no Céu], tem picdade de mim!"