portugues xxi Portugués XXI - Intermédio destina-se a alunos que pretendem aprofundar os seus conhecimentos na lingua portuguesa. Este terceiro livro inclui, a nível gramatical, os tempos essenciais do Conjuntivo, e desenvolve as areas lexicais relacionadas com os problemas e situagôes da sociedade em que vivemos actualmente. Tal como no segundo livro, também este apresenta, no final, duas Unidades que se centrám nos países de expressäo portuguesa, como säo os casos de alguns países africanos, Timor-Leste e o Brasil, com o objectivo de alargar os conhecimentos dos alunos em relagäo ä cultura e äs diferengas linguísticas e de pronúncia aí existentes. A existencia de um Caderno de Exercícios permite que o aluno trabalhe as areas grama-ticais e lexicais que surgem nas aulas e alargue os seus conhecimentos e poderá ser utilizado em casa, como trabalho complementar, tendo o professor a possibilidade de tornar as aulas mais interactivas, continuando sempre a privilegiar a oralidade. O Portugués XXI- 3 é um material que tem urna grande preocupagäo pelo desen-volvimento da compreensäo e da expressäo oral do aluno, estimulando o debate e a troca de opiniôes, embora näo esquega a importäncia da compreensäo e da expressäo escrita, tendo quase sempre como base textos auténticos retirados da imprensa escrita. Os temas abordados säo bastante variados e de interesse actual: ecologia e problemas ambientais; emigragäo e imigragäo; emprego e desemprego; pianos e ambigôes; a procura da felicidade; os sem-abrigo; as novas tecnologias e as criangas; as mensagens SMS; organizagôes de trabalho voluntário; a Uniäo Europeia; ícones de Portugal; o envelhecimento da populagäo; o sucesso da imprensa gratuita. No final deste nível, o aluno näo só ficará a conhecer muitos aspectos que se rela-cionam com a vida cultural e social portuguesa, como se deverá sentir apto para: compreender diferentes tipos de textos de imprensa; apresentar os seus pontos de vista e defender opiniôes; intervir em trocas comunicativas próprias de relagôes so-ciais; compreender folhetos publicitários; compreender comunicagôes, experiéncias, entrevistas e diálogos a nível oral; intervir em conversas sobre temas da actualida-de, expressando opiniôes e sentimentos; compreender e elaborar diferentes tipos de textos escritos. O CD-áudio visa ajudar o aluno a desenvolver a sua capacidade de compreensäo oral e a trabalhar a pronúncia e a ortografia. :;0 I N 0 I t I I El I 1 UNEDRDE5 CQMPETEHCiflS BRERS LEX1CHIS / VOCRBULRRIO AREAS GRRMRTICRI3 ORTOGRRFIfl E PRGNUNCIA "Conhecer pessoas " Pag. 9 • Apresentar-se • Dar e pedir informa-coes de caracter pes-soal, profissional e de ocupacao dos tempos livres • Conhecer e apresen-tar figuras conhecidas • Comentar textos da imprensa escrita • Falar de sonhos • Conhecer proverbios Portugueses • Identificacao e caracterizagao pessoal • Actividades no tempo livre • Qualidades e defeitos • Descricao fisica e psicoldgica • Proverbios • Palavras compostas (forma§ao e plural) • Revisao do Imperativo e de outros tempos verbais • Acentuacao de palavras n G "iVoo acredito que nao separes o lixo." Pag. 23 • Compreender textos da imprensa escrita sobre os temas da se-paracao e reciclagem do lixo e poluicao • Compreensao oral e escrita de noticias sobre o tema • Expressar diivida • Expressar opiniao • Apresentar sugestoes para a obtencao de um melhor meio-ambiente • Separacao e reciclagem do lixo • Poluicao: causas e consequencias • Presente do Conjuntivo • Infinitivo Pessoal / Presente do Conjuntivo • Palavras homofonas "Hd quanto tempo vives em Portugal?" Pag. 35 • Conhecer a realidade da emigracao, da imigracao e da mi-gragao em Portugal • Compreender entre-vistas e testemunhos na imprensa escrita • Comparar a situacao de Portugal com a do seu pais • Compreensao oral e escrita de entrevista • Expressar opiniao • Expressar desejo, sen-timento e aprovacao • Emigracao, imigracao e migracao: causas e consequencias • Casos de sucesso e de insucesso na emigracao • Entrevistas e testemunhos • Presente do Conjuntivo • Acentuacao e promincia Unidade de Revisao 1 Pag. 49 \ i U N1D H D E S COHPETENCIflS H R E H 5 L EX i C HIS / VOCHaULHRiQ H R E R S GRHMRT1CHIS ORTOGRAFIA E PRÜNUNCIR 4 Vamos para fora cá dentro? " Pág. 53 • Connecer melhor Portugal continental e Unas • Compreender e comen-tar perspectivas de vida diferentes • Falar sobre os aspectos mais interessantes do seu pais • Compreender o signifi-cado de expressoes idiomaticas comuns • Expressar opiniao • Compreensao oral de uma lenda agoriana • Portugal Continental e ilhas: geografia e outras informagöes de interesse • Viver numa ilha: vantagens e desvantagens • Expressoes idiomáticas • Verbos derivados de: fazer; pôr; pediater; ver; vir • Verbos dar, ficar e passar, seguidos de preposigäo • Palavras parónimas e palavras homófonas • Acentuagäo e pronúncia í 5 0 que é que nos faz felizes?" Pág. 67 • Compreender e comen-tar textos criticos e grafi-cos da imprensa escrita • Conhecer dados sobre o tema: os Portugueses e a felicidade • Comparar a situacao em Portugal com a do seu pais • Expressar opiniao e argumentar • Tragar objectivos de vida • Expressar condigao em relagao ao futuro • Compreender noticias de radio • Textos da imprensa escrita sobre os Portugueses e a felicidade • A vida num mundo com pressa (artigo crítico) • Noticias de rádio • Ditados populäres • Futuro do Conjuntivo • Presente do Conjuntivo + Futuro do Conjuntivo • Acentuagäo e pronúncia 6 "Vai urna bica e um pastel de nata? " Pág. 79 • Conhecer costumes, tradig5es e produtos tipicos Portugueses • Falar do tema em relagao ao seu pais • Compreender e comentar graficos e textos informa-tivos, criticos ou ironicos da imprensa escrita • Compreensao oral de textos publicitarios da area do turismo • Falar de ferias e de des-tinos de viagens mais comuns no seu pais • Costumes, tradigöes e produtos típicos • Férias: épocas e destinos • Viagens • Textos publicitários da area do turismo • Expressöes idiomáticas: comparagöes • Sinónimos • Palavras derivadas por prefixacäo e por sufixagäo • Diferentes sons das vogais a, c, o Unidade de Revisäo 2 Pág. 95 T H D I G E G E R fl L I111I1ES fi R E !S 1 ¥0C flIE£ -IS PRONUNCIR "E se comprdssemos uma revista?" Pag. 99 • Conhecer a situacäo dos sem-abrigo em Portugal • Conhecer organizacoes de trabalho voluntario em Portugal • Compreender graficos, notfcias e cronicas sobre o tema do desempiego • Compieensäo oral de testemunhos de expe-riencias de vida diflceis • Expressar condigoes irreais • Expressar opiniäo • Os sem-abrigo • 0 desemprego • Associacöes de solidariedade social • Trabalho voluntario • Sinönimos • Imperfeito do Conjuntivo • Se + Imperfeito do Conjuntivo + Condicional 1 Imperfeito do Indicativo • Palavras com pronüncia diferente da letra o, no singular e no plural "Manda4he urn SMS." Pag. 113 • Compreender ecomentar textos da imprensa escrita sobre a dependencia dos jovens face as novas tecnologias e ä televisäo • Expressar opiniäo sobre os temas • Compreender a lingua-gem escrita dos SMS • Expressar condicäo com diferentes graus de probabilidade • Compreensäo oral de diferentes experiencias e modos de vida de jovens • Os jovens e as novas tecnologias • A linguagem abreviada dos SMS • As criancas e a televisäo • 0 mundo aos 18 anos: ocupacäo dos tempos livres e a vida nocturna • Preterito mais-que--perfeito composto do Conjuntivo • Erases Condicionais: . Se + Fut. Conj. . Se + Imperf. Conj. . Se + Pret. mais-que--perfeito comp. Conj. • Diferentes pronün-cias da letra x "A tua ovo e estudante?!" Pag. 129 • Compreender e comentar textos da imprensa escrita • Expressar opiniäo • Responder a inquerito • Reproduzir o que alguem disse • Compreensäo oral de testemunhos reais • Idosos activos • Envelhecimento da populacäo • A luta contra o envelhecimento e ideais de beleza • Expressoes idiomäticas • Discurso Indirecto • Interrogativas Indirectas • Indicativo / Conjuntivo • Palavras homofonas Unidade de Revisäo 3 Pag. 145 --n - i U N1 □ R □ E S COMPETÉKCifiS HRERS LEXICRIS / VQCRBULRHID AREAS GRRMRTICRIS ORTDGRRFIR E PRONÚNCIR 10 "Os jornais gratuitos f or am urna boa ideia." Pág. 151 • Conhecer e falar sobre a variedade de imprensa escrita existente • Expressar opiniäo sobre um mundo ideal • Conhecer a visäo de alguns Portugueses sobre a Uniäo Europeia e expressar a sua propria visäo • Compreensäo oral de diálogo • Sucesso da imprensa escrita gratuita • Diferentes seccöes de um jornal e diferentes tipos de jornal • Um mundo ideal • Portugal e a Uniäo Europeia • Portugal: informacöes gerais • Conjugacäo pronominal com o Future do Indicativo e com o Condicional • Palavras homógrafas 11 "Vocé já foi ä Amazônia? " Pág. 167 • Conhecer diferengas entre portugués de Portugal e portugués do Brasil • Compreender o portugués do Brasil • Conhecer diferentes visôes sobre S. Paulo • Compreender textos da imprensa escrita brasileira • Expressar opiniäo • A Amazönia • A cidade de S. Paulo: diferentes visoes • Sinonimos • Como preparar uma caipirinha • Fonética, acentuacäo e ortografia • Diferengas entre portugués do Brasil e portugués europeu 12 "Näo queres acompanhar-me ao Lubango e ao Namibe? " Pág. 179 • Conhecer um pouco da história de certas regioes de Angola • Conhecer o espírito de festa que se vive em Luanda • Reconhecer diferengas de pronúncia • Conhecer um pouco sobre Timor-Leste • Compreender o portugués que se fala em Luanda e algum vocabulário que se usa em Angola • Angola: o Lubango e o Namibe • As lmguas dos paises africanos de lingua oficial portuguesa • 0 espirito de festa em Luanda • Um olhar sobre Timor-Leste • Formas, ortografia e partículas usadas especificamente no portugués de Angola • Pronúncia do portugués de Angola Unidade de Revisäo 4 Pág. 191 i I c p p S V O S S I iixij>ei-ati vc» I. O Vasco é portugués e está em Madrid para tirar um curso de espanhol. Quando chegou á escola, recebeu este papel com algumas instrucoes| em portugués. Complete o texto com os verbos no Imperativo. Ao chegar ä escola, (ler) as seguintes instrucoes. (dirigir-se) ä recepcäo, (dizer) o seu nome e (pedir) uma pasta. indicar, _(ir) para a sala que a recepcionista lhe (sentar-se) e_(esperar) até chegar um professor que lhe irá fazer algumas perguntas e entregar uma ficha de inscrigáo. _(preencher) a ficha e no caso de receber um teste, _-o (fazer). Tem uma hora para o fazer. Quando o terminar, _-o (entregar) ao professor, para este o corrigir._(ir) para a sala de convivio, (beber) um café e (conhecer) os outros alunos. Meia hora mais tarde, um professor ira chama-lo. _(acompanhar) o professor que o levara para o grupo a que pertence._(receber) o livro,_(escolher) um lugar para se sentar e_(aguardar) um pouco ate o seu professor chegar. A aula vai comecar. Boas aulas. 12 "CONHECER PESSOAS | C 'om pleLar didlogo 2. Um dos colegas do Vasco em Madrid fez-lhe algumas perguntas. Complete o dialogo. No final, ouca-o e verifique se as suas perguntas Colega: -.' Vasco: Nao, agora vivo nos arredores de Lisboa, porque trabalho na capital. Colega: --' Vasco: Sou bancario. Colega: - Vasco: Escolhi Madrid porque nao conhecia esta cidade. Colega: _-_.' Vasco: Fico um mes. Colega:___- Vasco: Cheguei ontem. Colega: --• Vasco: £ uma boa ideia. Podemo-nos encontrar logo a noite e assim conhecemo-nos todos melhor. Colega: -_' Vasco: Encontramo-nos aqui a porta da escola as 20:30. 0 que achas? Colega:-- Vasco: Entao, ate logo e nao te esquecas do guarda-chuva. Ouvi dizer que esta noite vai chover bastante. U N I D A D E 5- Juntě um elemento da esquerda com um da l eramatica: paia^^s <■,,,,,i„,..,t.-,» direita e formě palavras compostas. Exemplo: guarda-chuva 1. peixe 0. flor 2. obra b. nascido 1 guarda c. rolhas 4. couve d. espada S. porta e. ministro E. recém f. prima 7. quinta 9- democrata 8. vice li. latas 9. primeiro i. voz 18. sociál i. ■ costas 11. saca 1. feira 12. abre m. presidente 14 CONHECER P E S S O A S 6- Conheca algumas personagens famosas. C3omj>i-eensao escrita: relacionar textos <..".« > in fotOs !. Leia os textos relativos a figuras conhecidas de diferentes areas. Relacione cada um deles com urna fotografia e justifique a sua escolha. Paula Rego nasceu em Lisboa, mas desde cedo estabeleceu um elo de ligacao com a Inglaterra ao ir estudar para a Slade School of Art, de Londres. Revelou-se em 1961 na II Exposicao Gulbenkian. Durante cerca de duas decadas, Paula Rego viveu entre Portugal e a Inglaterra. Para alem da memoria dos afectos e dos lugares, Paula Rego tambem se inspira em historias que podem vir da literatura, de lendas ou de narrativas para criancas. Sao muitas as exposicoes individuals, bem como colectivas e os premios conquistados. Em 1990 foi nomeada primeira artista da National Gallery de Londres. As suas obras encontram-se expostas, nomeadamente, no British Museum, na National Gallery, na National Portrait Gallery, na Tate Gallery, na Fundagao Calouste Gulbenkian de Lisboa, no Museu de Arte Moderna de Sintra e no Museu de Arte Contemporanea de Serralves, no Porto. Maria Joao Pires nasceu em Lisboa. Actuou em publico pela primeira vez aos 4 anos e aos 5 anos deu o seu primeiro recital. Fez o curso do Conservatório Nacionál, tornando-se professora de piano. Estagiou na Alemanha e em 1970 conquista o 1° Prémio no Concurso Internacional Beethoven. Tem realizado concertos por todo o mundo, distinguindo-se como interprete de Mozart. A sua gravagáo integral das sonatas de Mozart foi distinguida com trés prestigiosos prémios internacionais. Em 2002, a LNESCO atribuiu-lhe o Prémio de Música 2002. Actualmente, dirige a sua escola de música situada em Belgais, no centro de Portugal. 3. Fatima Lopes nasceu na Ilha da Madeira, mas foi em Lisboa que abriu uma loja com coleccôes de vários criadores de moda internacionais, no início da década de 90. Em 1992, nasce a marca Fatima Lopes. Em 1994, comega a expor as suas coleccôes em Paris, onde abriria uma loja um ano depois. Em 2001, recebe o prémio "Popu-laridade 2000" da "Look Elite". Ainda no mesmo ano, é a convidada internacional da semana da Moda da Coreia do Sul "Prét-a-Porter Busan". Já em 2002, recebe o prémio "Prestígio 2001" da Lniäo de Associacôes do Comércio e Servicos e o prémio "Homenagem de Carreira". Em 2003, é eleita Personalidade do Ano pela revista "Saber". Actualmente, com várias lojas no país, Fatima Lopes, cuja marca também se encontra em pecas de joalharia e de porcelana, constitui uma referencia essencial na moda portuguesa. 15 U N I D A D E Siza Vieira nasceu em Matosinhos. Estudou na Escola de Belas-Artes do Porto, tendo realizado importantes obras nas décadas de 50 e 60. A partir de 1976 é convidado a desenvolver projectos no estrangeiro, onde ganha bastante prestígio. É a ele que se deve o projecto de reconstrucáo do Chiado, o Pavilhao de Portugal na Expo 98 e o Museu de Arte Contemporánea da Fundagáo de Serralves. Galardoado inúmeras vezeš, destacam-se a nível internacional o prémio Mies van der Rohe, 1988, o prémio Pritzker, 1992 e o Leao de Ouro da Bienal de Arquitectura de Veneza, em 2002. Joäo Lobo Antunes nasceu em Lisboa e licenciou-se em Medicína pela Universidade de Lisboa. Entre 1971 e 1984 esteve nos Estados Unidos onde trabalhou no Departamento de Neurocirurgia do Instituto de Neurológia de Nova Iorque, sendo nomeado professor associado da Neurocirurgia da Universidade de Columbia. Regressou a Portugal em 1984 como professor Catedrático de Neurocirurgia da Faculdade de Medicína de Lisboa. Em 1970 ganhou o prémio Pfizer e em 1996 o prémio Pessoa. Tem publicados artigos científicos, ensaios e trés livros. José Saramago nasceu na Golegä. No seu primeiro emprego foi serralheiro mecanico, tendo depois exercido as profissoes de desenhador, funcionário publico, editor, tradutor e jornalista. Publicou o seu primeiro livro em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Entre 1972 e 1973, fez parte da redaccäo do jornal "Diário de Lisboa", onde foi comentador politico. De Abril a Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde entäo, dedicou-se ä actividade política e ä literatura, sendo autor de crónicas, contos, poemas, ensaios políticos, pegas de teatro e romances. Levantado do Chäo, 1980, valeu-lhe o prémio Cidade de Lisboa e a obra Memorial do Convento, 1982, foi ga-lardoada com o prémio Pen Clube Portugués e o prémio Municí-pio de Lisboa. Em 1985 recebeu o prémio Camöes e em 1998 o Prémio Nobel da Literatura. 2. Apresente aos seus colegas uma figura famosa no seu pais. I °,ahda Fale da sua actividade, tendo os textos que leu como exemplo para a sua apresenta^äo. IG CONHECER PESSOAS ?. Mu/dcur Videu • Leia o texto e, em seguida, responda äs perguntas. C '( li 11 [ ji'i 'i 'i i : I Trocar um emprego por uma aventura pode abrir as portas ä realizacäo pessoal. Ja alguma vez sentiu que o seu destino era outro? Que tracou metas e planos de acordo com objectivos que, na verdade, näo satisfaziam em pleno a sua forma de ser? Por vezes, vivemos uma vida a conquistar sonhos que na realidade näo satisfazem as nossas verdadeiras paixöes. E apesar de nos congratularmos com os sonhos que realizä-mos, surgem-nos oportunidades inesperadas, que nos permitem viver do que realmente gostamos. Entäo, e se?... E por que näo? O que e que se tem a perder? O medo inicial da mudanca e natural, mas vale a pena pensar bem: pode tratar-se da maior oportunidade para viver nossa maneira. E quem näo arrisca... a vida a ■ti Marta, 27 anos, (ex) assistente de direccao "Nunca pensei que um dos meus passatempos pudesse um dia vir a tornar-se a minha vida.", conta Marta Rodrigues de 27 anos. "Tanto mais, que nao estava insatisfeita com asfungoes que desempenhava na empresa". Alegre e divertida, esta jovem de Lisboa sempře teve em mentě uma carreira ligada á comunicagáo. Assim, nem hesitou quando acabou a faculdade e Ihe ofereceram o cargo de assistente de direcgáo numa empresa multinacional. Em relagáo aos seus amigos e conhecidos, Marta considerava-se bafejadapela sortě: continuava a viver em casa dos pais, com quern mantinha um bom relacionamento, o ambiente de trabalho era Optimo e profissionalmente sentia-se realizada. Alem disso, sobrava-lhe tempo para ir ao cinema e á praia e, sobretudo, para se dedicar a um dos seus hobbies de crianga: a confecgáo de buncos, colares e anéis, quefaziam as delicias das amigas. "Desde miúda que gosto de traba-Ihos manuais. É uma maneira de me abstrair do que me rodeia". 17 U N I D A D E Bijutaria como negócio Marta encarava o seu passatempo como uma brincadeira, até conhecer Ricardo, o seu actual namorado. Ainda mais do que as amigas, ele sempre Ihe estimulou a veia criativa. "Comegou a perguntar-me porque é que eu näo levava a brincadeira um pouco mais a sério e criava o meu próprio negócio." Inicialmente näo deu qualquer importäncia á ideia: trocar um emprego sólido com possibilidades de promogäo, por um sonho de miúda? Nem pensarl "Quando fiz 25 anos, o Ricardo fez-me uma surpresa. Levou-me a um centro comercial, perto da casa dos meus pais. Näo fazia a minima ideia do que ele pretendia. Se calhar queria oferecer-me urna prenda... ". Näo. O namorado da Marta pô-la diante da oportunidade da sua vida, obrigando-a a tomar urna decisäo. "Parámos em frente de urna loja para alugar e ele disse-me: "Está aqui o espaco ideal para o teu negócio de bijutaria". Fiquei sem saber o que dizer". Depois de urna primeira reacgäo negativa, Marta viveu a angústia da dúvida. Mas depois pensou: por que näo arriscar? Os pais ajudaram-na a decidir. Foi ainda hesitante que apresentou a carta de demissäo. Mas assim que saiu da empresa, resolveu que näo voltaria a oľhar para trás. "Foi urna mudanga de 180°. Tive de aprender a montar e a gerir o negócio. O dia de trabalho já näo acaba äs 19 horas, mas vai para casa comigo, e os fins-de-semana deixaram de ser de descanso." Arrependida? "Nem pensar. E outra forma de me sentir feliz e realizada." in Consigo I C_> ľi:U í C i .1 C 1 ~ 1. O que acha da atitude da Marta? 2. Séria capaz de tomar uma decisäo do mesmo tipo? 3. Que mudanga pensa que séria capaz de fazer? 4. Conhece alguém que num certo momento da sua vida decidiu mudar radicalmente de carreira profissional? Conte o caso que conhece. 5. Sonhos, quem os näo tem? Tem algum sonho que considere difícil de realizar? 2- No texto pode encontrar o início de um provérbio muito conhecido, que qualquer portugués saberia terminar. I * i - ové r*Tt y i Quem näo arrisca, näo petisca. CONHECER PESSOAS Explique o seu significado e, em seguida, forme provérbios com os elementos das duas colunas. Tente explicar o sentido de cada urn deles. 1. Quem corre por gosto a. que dois a voar. 2. Devagar D. vai a Roma. 3. A cavalo dado c. quem tem um olho é rei. 4. Quem tudo quer d. näo se olha o dente. S. Quem tem boca e. näo morde. G. Cäo que ladra f. näo faz o monge. 7. Amor com amor 0- näo cansa. 8. Em terra de cegos h. tudo perde. 9. 0 hábito i. se paga. 10. Mais vale um pássaro na mäo i. se vai ao longe. S- Ou diál°g o diálogo. 1. Porque é que o Joáo náo faz sempře a separacao do lixo? 2. Que tipo de lixo é que por vezeš o Joáo separa? 3. Qual foi a reaccáo da Guida? 4. Qual foi a justificacáo que o Joáo deu para náo fazer a separacao de todo o lixo que produz? 5. Segundo o diálogo, é possível acreditar que as novas geragoes vao ser mais respon-sáveis em relacáo a este assunto? Porque? G. Como é no seu país? Há regras e multas para os que náo fazem a separacao do lixo? 24 N AO ACRED I TO QUE NAO SE PARES %- Repare nas seguintes frases do dialogo. Todas as formas verbais se encontram no Presente do Conjuntivo. Gramatica: I 1 *- do Coi\jvintivo | Ndo acredito que tu nao facas a separagao do lixo. ... embora saiba que devia faze-lo. ... ndo acho que seja uma questao de paciencia. E imprescindivel que todos facam um esforgo... Ai talvez tenhas razao. E possivel que uma crianga de 10 anos saiba mais do que tu. !. O Presente do Conjuntivo forma-se exactamente como a forma voce do Imperativo. Complete o quadro com as formas do Presente do Conjuntivo dos verbos que se encontram conjugados na la pessoa do Presente do Indicativo. Gramatica: T< >roiagacj do Presente do Indicativo Presente do Conjuntivo mudo mude faco faga digo ponho vejo venho visto trago ouco durmo peco perco 25 I D A D E 2 2. Completa agora o quadro com as formas dos verbos irreguläres. Presente <±o Conjun *.-:■-■-»< irregulan Verbos irreguläres ser estar ir dar querer saber haver eu esteja queira - tu sejas - voce, ela, ele saiba haja nös vamos - voces, elas, eles d£em - 3- O Presente do Conjuntivo usa-se depois de: ("Ji M ii l i\ I i c-ii : Presente !. Expressöes impessoais + que E imprescindivel que sefaga a reciclagem do lixo. Complete as frases, conjugando os verbos no Presente do Conjuntivo. i. E possivel que tu E importante que nös 1 E essencial que os professores Näo e fäcil que todos_ (ter) mais cuidado? _(separar) o lixo. _(dar) bons conselhos. fi. Näo e provävel que nös (obter) informacöes correctas. _(conseguir) convencer todas as pessoas. Volte a escrever as frases retirando o que. a._ c. 26 "NAO ACREDITO QUE NAO SE PARES O LIXO. Z. Talvez...; Oxald...; Deus queira que... Talvez tenhas razao. Complete as frases, conjugando os verbos no Presente do Conjuntivo. fl. Oxala as pessoas (ter) mais cuidado. b. Talvez a publicidade (ajudar) a melhorar a situacao. c. Deus queira que as futuras geracoes (ser) diferentes. d. Talvez no futuro as pessoas (colaborar) mais. e. Oxala a Camara Municipal (fazer) mais publicidade. 3. Conjungoes: embora; mesmo que; caso; sent que; ate que; antes que; para que; a fim de que... Nao tenho muita paciencia, embora saiba que devia faze-lo. Complete as frases, conjugando os verbos no Presente do Conjuntivo. fl. Todos temos de colaborar para que (poder) ter um mundo melhor. b. Vou por o lixo la fora antes que (passar) o camiao do lixo. c. Mesmo que (dar) mais trabalho, todos devemos fazer a separacao do lixo. d. Embora todos (estar) mais conscientes do problema, os paises mais desenvolvidos sao os que mais poluem. e. Os Portugueses nao colaborarao, sem que (haver) multas pesadas para os que nao cumpram as regras. Volte a escrever os verbos (a., b., d., e.) no Infinitivo Pessoal, fazendo as alteracSes necessarias. a__ b__ d__ e__ 27 I N I D A D Ľ 2 4. Verbos que expressam opiniäo, quando se encontram na forma negativa. Näo acho que seja uma questäo de paciéncia. Complete as frases, conjugando os verbos no Presente do Conjuntivo. fl. Näo pensamos que este problema (resolver-se) facilmente. ll. Näo acredito que (haver) um empenhamento sério por parte das autoridades. C. Ele näo julga que eu (conseguir) chegar a horas. d. Näo me parece que se (poder) convencer as pessoas a ter mais cuidado. 6. Näo creio que Portugal (ser) o pais mais poluidor. I. Leia os seguintes textos. Reciclagem será mais exigente 0 sistema de embalagem em Portugal vai ser mais exigente, de forma a cumprir as metas da Uniäo Europeia. Recolha selectiva mais eficaz das embalagens de vidro, plástico e cartäo e um valor de contrapartida mais elevado e justo, pago aos sistemas municipals que fazem o tratamento do lixo, säo dois pontos importantes da nova licenca da Sociedade Ponto Verde (SPV) que permitiräo aumentar os níveis de reciclagem. A SPV é a empresa que faz a gestäo do sistema de embalagens em Portugal, desde que estas säo produzidas até serem recicladas. A forma de calcular o valor que os sistemas recebem por fazerem a recolha e o tratamento dos lixos será mais justa, mas também mais exigente, pois haverá objectivos concretos para cada sistema e estes seräo recompensados consoante o desempenho. Plástico é o material mais difícil de reciclar 0 plástico é o material mais difícil de reciclar em Portugal, havendo ainda uma grande parte deste resíduo que näo é encaminhado para a reciclagem. A situacäo tem várias causas. Por um lado, existe uma dificuldade técnica real de tratamento de alguns plásticos, mas esta näo é a única razäo. 0 facto de näo existirem empresas com essa tecnologia específica disponível no nosso pais e ainda a impossibi-lidade de escoamento dos produtos reciclados a partir desses resíduos, por falta de mercado, só acentuam o problema. A sociedade Ponto Verde está a trabalhar no sentido de encontrar solucoes técnicas para tratar este material e encontrar mercado para o escoar. Na separacäo doméstica dos lixos também há, de resto, algo a fazer. É que muitos plásticos colocados no contentor respectivo estäo sujos e possuem pedacos de matéria orgänica, aumentando assim a dificuldade da sua reciclagem. Cidadáos váo pagar mais por tratamento do Hxo No future, os cidadáos teráo de pagar mais para térem uma gestao dos residuos mais eficaz e ecológica. Esta é a tese que os especialistas Portugueses em materia de residuos defendem actualmente. J princípio teórico do poluidor-pagador já está em vigor em muitos países da Uniáo Europeia, mas em Portugal ainda é uma realidade pouco consistente, embora inevitável. A longo prazo, os cidadáos pagaráo consoante o volume de lixo ue produzirem. Os que demonstrarem comportamentos mais ecológicos - por exemplo, separando correctamente o .Lxo - seráo recompensados. A taxa que as autarquias cobram aos municipes pelo tratamento do lixo é actualmente estipulada pelas cámaras e obrada na factura da água. Aquele valor é calculado em funcáo do tamanho do aglomerado familiar mas, normalmente, náo é suficiente para Biportar as despesas que as cámaras tem em recolher lixo e tratádo. Os tempos mudaram e o sistema complicou-se bastante, sendo agora necessário recolher e tratar selectivamente os residuos e enviá-los para a reciclagem. A consciéncia ambiental dos cidadáos Portugueses ainda náo é suficientemente profunda, mas o future terá de passar :>or uma responsabilizagáo do cidadáo, defenderam os especialistas reunidos em Berlim no Congresso Europeu de Reciclagem, e por uma discriminacáo positiva dos que se esforcam por fazer a separacao dos lixos. in Diário de Noticias mSĚĚBHSSISm bhhhBhhhhhi 2. Responda e desenvolva as seguintes questoes. < > ilit! m tic i 1. Como se processa a reciclagem do lixo no seu pais? 2. Concorda que aqueles que produzem mais lixo devem pagar mais? 3. Acredita que a separacao do lixo e a reciclagem sáo essenciais para um ambiente melhor? 5- Leia a seguinte publicidade. Compreensao escririiza. Mi ■ > COLOCAR APENAS GARRAFAS DE PIÁST1C0 SACOS DE SUPERMERCADO LATAS DE 6EBIQA E C0NSERVA PACOTES DE BE8I0A amaciador de roupa detergente líquido: loica detergente tíquido: roupa ......i lixívia_________ □ champó gel de banho □ pacotes de leite pacotes de sumo i ; pacotes de vinho j latas de bebidas n garrafas/garrafoes: água P iogurtes liquidos □ latas de conservas CAIXAS DE CARTA0 J0RNAIS E REVISTAS PAPEl DE ESCRITA E IMPREKÁO 2 caixas detergente: roupa jj caixas detergente: toica j caixas de cereais 3 caixas de bolachas ] jornais ] revistas □ ! COLOCAR APENAS GARRAFAS. FRASCOS E BOIOES OE VIDRO garrafas de vidro: água garrafas de vidro: vinho garrafas de cerveja boioes de vidro: iogurte frascos de doce frascos de conserva garrafas de vidro: azeite □ 29 U N I D A D 1. Esta listagem da separacäo dos produtos comprados é similar ä que se processa no seu pais: 2. Complete a lista de ecopontos, acrescentando mais produtos que considerar adequados. O Diário de Notícias publicou no dia 13 de Novembro de 2004 uma entrevista a John Hinton sobre o problema da poluicäo sonora. !. Leia a entrevista. Leitura de enl Minientre vista John Hinton ESPECIALISTA EM ACÚSTICA QdadesdoSul da Europa säo mais ruidosas A prevaléncia do tráf ego rodoviá-rio como principal fonte de ruído é uma realidade em todas as cida-des? É de facto predominante e o que mais afecta as pessoas, porque é o quetem o raio de influéncia mais alargado. Ouvimos o ruído do transite em todas as cidades, em todo o lado. Em alguns casos há também aeroportos que se sobrepöem. Porque é que as cartas de ruído säo importantes para o planea-mento? Ajudam a identificar «locais quen-tes» e areas que hoje säo calmas e que podem e devem ser preserva-das, porque se estäo a perder em toda a Europa. Podem-se proteger com um piano de desenvolvimento, impedindo actividades ruidosas, ou fechando as estradas ao tráfego, di-rigindo-o para outros locais. As pessoas tendem a f ugir desses locais quentes? Náo penso quefujam, porque ou-vem e sabem que existe ruído. Fo: gem maisda poluigáodoar.quenáo se vě e que pode ser um problema grave, como na Grá-Bretanha, onde há mapas děste tipo de poluicao que afectam o prego das casas. As cidades do Sul da Europa sáo mais ruidosas que as do Nořte? Penso que o sáo ligeiramente, o que pode ser devido a uma série de fac-tores. Por exemplo, em Itália e na Grécia há muitas motorizadas, e náo as há no Nořte, por causa da chůva e do trio. Também no Sul há a tendéncia para passar mais tempo no exterior. Logo, sem a protecgáo de edifícios, está-se mais exposto. As pessoas sáo sempře afectadas, algumas incomodam-se, outras ha-bituam-se. Penso que náotém cons-ciéncia da forma como o ruído afecta gravemente as suas vidas. Que conhecimento tem das cidades portuguesas em termos de ruído? Sabemos que 19% da populagáo se encontra sujeita a um ruído superior a 65 decibéis. Fizemos estudos em Londres e em Birmingham que re-velaram no primeiro caso 14% e no segundo 12,5, só para o tráfego re-doviário. Podemos deduzir disto que as cidades portuguesas sáo mais barulhentas e uma causa é que em -Portugal as zonas de maior cresci-mento sáo ao pé de estradas, o que em Inglaterra e em outros países náo acontece da mesma maneira. in Diário de Notícias Oralida 2. Responda äs seguintes questöes e justifique as suas opiniöes. 1. 0 que é que, na sua opiniäo, provoca mais poluigäo sonora? 2. Quais säo as consequéncias que um alto nível de poluicäo sonora pode ter nas pessoas 30 Stress Ansidedade Depressäo Irritabilidade Outros 3. Já alguma vez se sentiu afectado pela poluigäo sonora? 4. Concorda que as cidades dos países do Sul da Europa säo mais ruidosas que as do Norte? 5. Qual é, na sua opiniäo, a situacäo no seu pais? Observe a lista dos principals poluidores publi-cada na revista Visäo, a 7 de Outubro de 2004. PoluÍ9ao: analisai- lista. e c.oniemar I 0 'top' da poluipo bono (CO') rcsultante das combustocs. sobretutfo escapes do automóveis. USTA DOS PRINCIPAL POLUIDORES 1. Ficou surpreendido/a com a posigao de alguns dos países que constam da lista? 2. 0 que deveria, na sua opiniao, ser feito para que se atingisse um baixo nível de poluicao, a fim de garantir as futuras geracoes um ambiente melhor? 3. Que tipo de consequéncias tém surgido devido a este excessivo nível de poluigao do ambiente? 4. Nao há dúvida que estamos mais conscientes da necessidade de cuidar melhor do nosso ambiente. Faga uma lista do que deveria e do que nao se deveria fazer para proteger o nosso planeta. 31 U N I D A D E 2 3- Ouca a notícia e responda as questoes. <_'< > 111 l > I?GGttS£LO < > III 1 1. Qual é a cidade classificada como mais ruidosa a nível nacionál? 2. Que factores contribuem para essa classificacao? 3. Quais as consequéncias mais comuns para as pessoas afectadas por essa situacáo? 4. Qual é a consequéncia possível quando se verifica uma exposicao contínua ao ruído? C. OrtograýLa/ & Prott/ú/ft/cla/ Existem palavras que tem a mesma pronúncia, mas que se escrevem conforme o seu significado. No primeiro grupo a diferenca ortográfica reside no o ou u. No segundo grupo a diferenca consiste no e ou i. Ouca cada grupo, repita as palavras e explique a diferenca de significado. Use o dicionário sempře que for necessário. assolar acular bocal bucal estofar estufar moral mural roído ruído soar suar area ária peáo piao despensa dispensa elegível ilegível descricáo discriyao emigracao imigracao 32 I) P E N D I C E 1 GRRMRTICRL Presente do Conjuntivo Verbos reguläres Forma-se a partir da la pessoa do singular do Presente do Indicativo, substituindo a terminacäo -o por: Verbos reguläres -ar -er -ir eu -e -a tu -es -as voce, ela, ele -e -a nös -emos -amos voces, elas, eles -em -am Verbos irreguläres Verbos irreguläres ir dar estar ser saber querer haver eu vä de esteja seja saiba queira - tu väs des estejas sejas saibas queiras - voce, ela, ele vä de esteja seja saiba queira haja nös vamos demos estejamos sejamos saibamos queiramos - voces, elas, eles väo deem estejam sejam saibam queiram - 0 Presente do Conjuntivo usa-se depois de: I* Expressoes impessoais: E possivel que... E importante que... E necessärio que... E conveniente que... E provävel que... Exemplos: E possivel que venham amanhä. E provavel que vd ao Porto. E importante que levem os livros. E conveniente que reserves os bilhetes. E necessärio que entregues o livro. # 33 1! R P E N D I C E GRRMRTICRL J 2» Verbos ou expressoes de opiniao na negativa: pensar que, crer que, julgar que, acreditar que, parecer que... 3» Talvez; Oxald; Deus queira que Exemplos: Talvez vd ao cinema hoje a noite. Oxala nao chova este fim-de-semana. 4* Conjuncoes: caso; mesmo que; a nao ser que; a menos que; antes que; sent que; embora; ainda que; se bent que; ate que... Embora esteja doente, vou trabalhar. Nao posso ir contigo a nao ser que saia mais cedo. Caso tenhas tempo, telefona-me. Nao resolvas nada ate que o banco te de uma resposta. Mesmo que o filme comece tarde, vamos ao cinema. Exemplos: Nao acredito que cheguem a horas. Nao penso que o trabalho esteja pronto amanha. Nao me parece que queiram ir connosco. Exemplos: — U N I D A D E O Igor é um emigrante ucraniano a quem um jornalista fez uma entrevista sobre a sua vinda para Portugal e a sua experiéncia neste país. I. Antes de ler a entrevista, ouca-a e responda as seguintes perguntas. 1. 0 que aconteceu ao pai do Igor? 2. Por que razao é que a mae veio para Portugal? 3. Quais foram os trabalhos que a mae arranjou? 4. Porque é que o Igor decidiu vir para Portugal? 5. C omo é que o Igor entrou em Portugal? B. Qual foi o seu primeiro trabalho em Portugal? 7. Porque é que ele teve dificuldade em conseguir a renovacao do seu visto permanéncia? 8. 0 Igor pensa voltar para a Ucránia? de 2. Leia a entrevista e confirme as informacoes que i <>,,,,i« eventualmente nao compreendeu. HA QUANTO TEMPO VIVES EM PORTUGAL? --------. Jornalista: Igor: Jornalista: Igor: Jornalista: Igor: Jornalista: Igor: Jornalista; Isor: Jornalista: Igor: Jornalista: Isor: Jornalista: Igor: Há quanto tempo vives em Portugal? Há quase quatro anos. Quantos anos tens? Tenho 22 anos. Porque é que escolheste este pais? 0 meu pai já tinha vindo em 1999, mas infelizmente morreu atropelado e a minha mae veio no ano 2000 para pagar o dinheiro que tinham emprestado ao meu pai. Primeiro, ela arranjou um trabalho de empregada doméstica, mas agora é porteira e assim ficou com uma casa onde mora. Como eu vivia sozinho na Ucránia, decidi deixar os meus estudos para vir ter com a minha mae. Foi difícil entrar em Portugal? Há quern diga que náo é fácil, mas para mim náo foi muito complicado. Entrei com um visto de turista e em Novembro de 2002 consegui uma autorizacáo de permanéncia por um ano. Foi difícil arranjar um trabalho? 0 meu primeiro trabalho foi na McDonalds. Depois trabalhei como soldador, mas como náo tinha um contrato de trabalho foi difícil conseguir a renovacáo do meu visto de permanéncia. Mas com o apoio da Associacáo Solidariedade Imigrante, resolvi a situacao. Pensas voltar para a Ucránia? Sinceramente, prefiro que eu e a minha mae fiquemos aqui a viver definitivamente. Tirei um curso de informática e tenho esperanca de encontrar um trabalho de que goste e que me permita melhorar o meu nível de vida. Tiveste dificuldades para aprender a falar portugués? Na minha opiniáo, quem quer que decida ir viver para um pais diferente, tem sempře que aprender a lingua desse pais. Náo achei muito difícil aprender a falar esta lingua, mas tive sempře muitas ajudas de algumas organizacoes. Claro que náo é uma lingua fácil, mas acho que agora já falo bastante bem. Concordo contigo. Desejo-te muita sortě para o teu futuro em Portugal. Obrigado. I Gramática: 1: " w~ ť.sc-nt<_i * » C o n j untivo | I. Repare nas seguintes frases da entrevista, sublinhe as formas verbais que se encontram no Presente do Conjuntivo e tente explicar a razäo para o seu uso. Há quem diga que____ ... prefiro que ... fiquemos aqui a viver definitivamente. Tenho esperanga de encontrar um trabalho de que goste e me permita melhorar... Quem quer que decida ir viver para um pais diferente... " U N I D A D E 3 2. Agora confirme se as suas explicacoes coincidem com as seguintes regras. GrX"a matica : e senate < 1 <> Conjuntivo (uso) O Presente do Conjuntivo usa-se depois de: a) há quem...; quem näo consiga arranjar um trabalho adequado. b) verbos que expressam: dúvida, ordern, desejo, sentimento, pedido, aprovacäo, etc.; gostar que... preferir que... agradecer que... lamentar que... querer que... permitir que... ter pena que... pedir que... proibir que... sentir que... concordar que... duvidar que... Gosto que as pessoas sejam pontuais. Lamento que ela nao venha a entrevista. 0 director permite que eu hoje saia mais cedo. Duvidamos que ele seja admitido. c) um pronome relativo, com um antecedente indefinido; Eu quero estudar numa escola que fique perto da minha casa mas Eu estudo nesta escola que fica perto da minha casa. d) expressoes como: o que quer que; quem quer que; como quer que; onde quer que; quando quer que; ... Tambem depois de quer...quer... Faco o que quer que seja necessário para trabalhar nessa empresa. Vou acabar este projecto, quer ele fique contente, quer fique zangado "HA QUANTO TEMPO VIVES EM PORTUGAL? 3 . Complete as frases com os verbos no Presente do Conjuntivo. C J r;i in í\ t í ca : Presente nj u wm li vc> 1. Quero comprar um carro que (gastar) pouco. 2. É importante que voces 3. Oxalá ele (falar) bem portugués. (ter) sortě no novo emprego. 4. Duvidamos que eles (conseguir) chegar a horas. 5. Ela näo quer candidatar-se, embora eu 6. Näo continuo nesta empresa, nem que me (achar) que ela devia fazé-lo. (aumentar) o salário. 7. Detesto que as pessoas (olhar) para mim por ter o cabelo comprido. 8. Prefiro que eles näo me_(dar) o horário da noite. 9. Lamentamos que eles näo 10. Poděs contar comigo, caso 11. Deus queira que tu 12.É impossível que eles _(ser) admitidos. _(precisar) de alguma coisa. (ser) chamada para a entrevista. _(fícar) em Portugal por muito tempo. 13. Poděs telefonar-me quando quer que (querer). 14. Eles näo acreditam que eu (falar) russo. lS.Sinto-me sempre cansado, mesmo que (dormir) oito horas. U N I D A D E 4 . Responda oralmente äs seguintes perguntas, seguindo o exemplo. El e vai para casa: Talv ez va. 1. Tens tempo para estudar? 2. Fazes o trabalho para amanha? 3. Eles trazem o carro logo? 4. Ele sabe a que horas e a entrevista? 5. Ela da a notfcia ao Igor? G. Os teus amigos vem ao encontro? 7. 0 director ja estara na sala? 8. 0 teste sera dificil? 9. 0 Igor prefere ficar em Portugal? 10. A mae do Igor fica com o filho? i So Coiyuntivo 3- I. Leia o seguinte texto, retirado da revista Cais, uma publicacäo de apoio aos sem-abrigo. C "oniy->i escrit^ Portugal Da emigracäo ä imigracäo As migracöes näo tem época ou era. Desde sempře, os homens migraram de uns lugares para outros em busca de melhores condicöes de vida, qualquer que fosse a natureza desse melhoramento. i Também no que a Portugal diz respeito, a partir da época dos Descobrimentos, os Portugueses passaram a procurar noutras paragens o sustento, a liberdade ou a fortuna. Nos Ultimos cinco séculos, a diaspora portuguesa atingiu todos os continentes: cerca de cinco I milhöes de compatriotas vivem fora de Portugal. No entanto, no final do século XX o j{ movimento migratório assumiu novamente o sentido inverso. Durante todo este periodo, a emigracäo foi uma constante na sociedade portuguesa, até ao princípio da década de 70 do século XX. Na origem dessa situacäo estiveram aspectos I económicos, políticos e sociais, quer externos, quer internos ao pais. Portugal que foi, durante séculos, porto de partida para todo o mundo, há cerca de duas décadas e meia, embora com mais intensidade nos Ultimos quatro anos, foi-se tornando mais um porto de chegada do que de partida. Ao satisfazer parte das necessidades do pais em mäo-de-obra através da imigracäo, a sociedade I portuguesa enfrenta hoje em dia um verdadeiro teste ä sua capacidade de integracäo e de I assimilagäo das diferencas, com a coexisténcia satisfatória para todas as partes, após séculos de emigracöes contínuas. Será que o pais passa neste teste de movimento inverso? 0 multiculturalismo é, sem dúvida, um desafio dificil para o qual nem sempře se está preparado. in Revista Cais, Marco 2003 40 "HÁ Q UAN T O TEMPO VIVES EM PORTUGAL?" 2. Verifique a informacäo do quadro que se segue, para que possa ficar com urna ideia mais clara sobre a origem dos imigrantes legais residentes em Portugal. Uni verso Total de Imigrantes Legais residentes em Portugal 405580 Fönte: SEF {Servi^o de Estrangeiros e Fronteiras) Paises N° Individuos 61 ISO 11 779 3. Responda äs seguintes perguntas. 1. Justifique o título do artigo que leu: Da emigragäo á imigragäo. 1. Como é a situacäo no seu pais? Faca uma comparacäo e teňte fazer uma pequena lista ordenada dos paises de origem dos imigrantes, para que os seus colegas possam ter uma ideia dos grupos mais representatives. 3. Como é que, na sua opiniäo, e ainda relativamente ao seu pais, os imigrantes säo integrados na sociedade e no mundo do trabalho? Quais säo as maiores dificuldades? 4. Considera que a imigragäo na Uniäo Europeia ajuda a criar riqueza? Oralidade .vší; 41 U N I D A D E C^om.greensa o escrita I. Leia os testemunhos destes 8 imigrantes. ... . . ' ■■■■ ' ...'''i . «Estou ca ha dois anos, trafaalhei nas obras, hoje sou empregada domestiea, A minha filha, de 16 anos, ja veio tambem. A vida e agora boa, trabalho e ganho o suficiente para ir de ferias a Russia.» Helena Akhmedova 37 ANOS, RUSSA «Vim há 13 anos, por motivos prof Issionais. A sltuacáo é cada vez pfor e o Governo näo trabalha a fundo o problema da imigracäo. Gosto imenso de ser animador cultural, mas quero Ir para outro pais ( da Europa.» ->Alcides Mendes 32 ANOS, CABO--VERD1AN0 «Cheguei em 2000. Estudo fisioterapia e as condicoes sao boas. Agora da para o estrangeiro nao ser tao explorado. 0 meu piano e acabar o curso, juntar dinheiro e Ir embora daqul a um tempo.)) -> Erlck Hoffmann 25 ANOS, BRASILEIRO «Quandovim para Portugal, há trěs anos, comecel a trabalhar nas obras. Agora trabalho numa fábrlca de plásticos. 0 portuguěs é difícll, mas quero ficar cá o trazer a ^HD familia.» -> Yaroslav Bats 43 ANOS, UCRANIANO «Vim para fugir da guerra. Estou a ter formacäo de rádio e já fiz voluntariado. A adaptacäo näo foi difícll. A medio prazo gostarla de voltar a Timor para contrlbuir para o desenvolvimento.» -» Pascallna Cabral 27 ANOS, TIMORENSE «Foi em 1990 que cheguei. Antes, estudava hotelaria na America. Quando vim, a situacao era boa, agora há muitos Imigrantes. Mas quero continuar em Portugal com o meu restaurante.)) -» P. H. Murali 37 ANOS, INPIANO «Sou a favor da imigracao desde que traga melhorias ao Pais. Quero continuar em Portugal, porque foi ca que a minha filha nasceu. A Bulgaria e o meu pais, masja nao consigo escolher entre os dois.» -> Ivayto lordanov 35 ANOS, BOLGARO «Estou em Portugal há mais de 20 anos. Trabalhava numa empresa de moagens, mas acabei por abrir uma tipografia. Na Alemanha conheci uma portuguesa e hoje temos quatro filhos.» -» Pedro Wong 55 ANOS, CHINES in Diário de Notícias 2. Agora responda äs perguntas: 1. Quais os que estäo contentes com a sua situacäo? Porque? 2. Quais os que pretendem regressar ao seu pais? Porque? 3. Quais os que pretendem procurar outro pais? Porque? Oralidade 1- C_"í>in1'tic?ns.u) escrita I. E vein o dia em que o sonho se torna realidade. Jovens Portugueses com menos de 30 anos provam que, com um bocadinho de sorte e algum talento, e possivel emigrar para outro pais e alcancar o sucesso. Veja os casos destes jovens que fizeram a capa da revista Visao de 21 de Outubro de 2004. 42 "HÁ Q U A N T O TEMPO VIVES EM PORTUGAL?" IDADE 30 anos PROFISSÄO 0 único professor portugués do Departamento de Gestäo da Unlversidade de Nova lorque (NYU) Licenciado em Economia na Universidade Nova de Lisboa, onde fez tambem urn Mestrado em Gestao de Empresas (MBA), foi seleccionado pelo Departamento de Gestao da NYU para dar aulas a estudantes de todo o mundo. Uma maqueta de quatro originais do que IDADE 25 e 23 anos era ainda banda de garagem impressionou os produtores da indus-PROFISSÄO Vocalista tria discográfica americana. A banda rock portuguesa gravou nos e guitarrista da banda estúdios por onde passaram grande estrelas musicais. Espera agora Climb assinar urn contrato com uma editora americana. IDADE 28 anos PROFISSÄO Chefe executivo do Hotel Plaza Um dia, o cozinheiro de um hotel em Viseu encheu-se de coragem e enviou um curriculo para o famoso Hotel Plaza. Oias depois, responderam-lhe e, em poucos meses, tornou-se responsävel pela sala VIP, por grandes banquetes e pelos menus personalizados de grandes estrelas de Hollywood, como Johny Depp, Michael Douglas, Catherine Zeta Jones, Bruce Willis e Michelle Pfeifer. f IDADE 17 anos PROFISSÄO Manequim da agenda de modelos DXL IDADE 25 anos PROFISSÄO Arquitecto Os olhos e o ar exótico da elegante rapariga, filha de pais cabo-verdianos, seduziram os fotograf os da marca de lingerie Victoria Secrets. Há frés meses, quando recebeu o convite para trabalhar em Nova lorque, a manequim portuguesa largou a escola e arriscou tudo para assinar urn contrato de exclusividade com a Victoria Secrets. A partir deste més será a cara da marca de cosméticos MAC. Mandou o curriculo para um atelié nova-iorquino e integrou a equipa do projecto que ganhou este ano o concurso do Museu de Arte Moderna de Nova lorque (MOMA). 0 projecto do arquitecto portugués está em exibicäo no Centro de Arte Contemporänea PSI do Museu, em Queens. 43 UNIDADE 3" 2 . Responda as seguintes perguntas. Oralidade 1. Qual dos casos de sucesso considera que dependeu mais do factor sorte e qual aquele que, para si, o talento foi mais importante? 2. Que adjectivos utilizaria para classificar estes Portugueses? 3. Conhece algum ou alguns casos de sucesso de estrangeiros que imigraram para o seu pais? Futebolistas? Cozinheiros? Modelos? C'on i [ >i-< -t-usao escri t ;i Mas nem so de emigrantes e imigrantes nos falam os jornais, as revistas e a televisao. Muitos sao aqueles que, dentro do seu pais, mudam de cidade, vila ou aldeia em busca de uma vida melhor. Leia este pequeno excerto de uma reportagem da Noticias Magazine sobre aqueles que, tendo vindo do campo para a capital, encontraram um pedaco de terra para cultivar, tentando preservar um pouco a vida rural que deixaram para tras. Hortas de Lisboa Chegaram a capital para fugir da vida agricola, mas o coracao falou mais alto: de enxada na mao, a sombra de predios e estadios, cultivam hortas em Lisboa. Ilhas de legumes, er-vas... e alguma feli-cidade, que ate sao visitadas por miudos das escolas para verem como nascem as batatas, as favas, as ervilhas e os grelos. 44 HÁ Q U A N T O TEMPO VIVES EM PORTUGAL? Jose dos Santos, natural de Idanha--a-Nova, onde foi "nascido e criado ate ä tropa", deixou urn dia a terra que o viu crescer "para procurar emprego e fugir ao trabalho duro". Curiosamente, acabaria por voltar ao trabalho do campo, ja näo na provin-cia, mas em plena cidade de Lisboa. A horta de Jose dos Santos e a pri-meira de muitas que ainda sobrevi-vem em Benfica, por entre o barulho dos autocarros e a poluicäo dos tubos de escape. Quando comegou a cultivar ali, ja lä väo mais de vinte anos, foi num "bocado dispensado por urn vizinho". Vinha para a horta "nas folgas e nas tardes, depois dos turnos", cumpridos nas cargas e descargas da TAP, onde trabalhou durante 25 anos. "A gente tem de estar em algum lado para ir ganhando algum", explica, enco-lhendo os ombros com ar resignado. Depois da reforma, que conquistou aos sessenta anos, näo perdeu o há-bito nem a vontade. Pelo contrário, comegou a vir mais cedo e a ficar mais tempo. Cultiva couves, nabos, pimentos, tomates e alfaces. Mas também salsa, hortelä e ervilhas. No fundo, "um bocadinho de tudo" o que é preciso lá em casa. in Noticias Magazine 1. Comente a situagäo apresentada nesta reportagem. 2. Existem no seu pais situacöes semelhantes äs que säo referidas neste texto? Ouca a experiéncia do Nelson Ferreira como imigrante em Portugal. "Sempře sonhei em ter uma empresa, uma loja, qualquer coisa do género... e vou lutar por isso. " Nelson Ferreira i C > i n i :> ícfiisat) oral 1. De onde sao os pais do Nelson? 2. Onde nasceu o Nelson? 3. 0 que é que ele precisa de fazer para ter a nacionalidade portuguesa? 4. Porque é que ele teve de deixar de estudar arquitectura? 5. Qual é o trabalho dele agora? G. Qual é o grande desejo do Nelson para o futuro? 45 U N I D A D E 3 Ouca as palavras e acentue aquelas que, de acordo com o que ouviu, considera necessitarem de um acento. pode para varias falamos caia sabia vem sai pais tentamos contraria avo de sai saia duvida mas R P E N D I C DRBNUTI E R L I resente do Conjuntivo O Presente do Conjuntivo usa-se depois de: !• Expressöes e verbos de desejo, emocäo, dúvida, sentimento, ordern, autorizacäo, proibicäo... Duvido que eles venham cä no fim-de-semana. Espero que voces passem no exame. Lamento que näo possas ir ä festa. Queres que te telefone mais tarde? Agradeco que sejam pontuais. Preferimos que voces fiquem connosco. Desejo que tudo corra bem. Receio que eles näo saibam o caminho. Sugiro que vamos a Sintra. Tenho pena que näo queiras visitar o museu. Tenho medo que näo gostem da nossa proposta. 2 • Antecedente indefinido numa fräse relativa. Exemplos: Quero comprar uma casa que tenha jardim. Conheces alguem que fale russo? Nota: Quero comprar a casa que tem jardim. 3* Quem quer que; onde quer que; o que quer que; quando quer que; qualquer que; quer...quer... Onde quer que esteja, sente-se bem. Quem quer que venha, será bem-vindo. A quem quer que contes isso, ninguém vai acreditar. O que quer que faca, fá-lo bem. Para onde quer que vá, diverte-se sempre. Por onde quer que väo, há sempre tränsito. Qualquer que seja a vossa decisäo, contem comigo. Quer queiras quer näo, tens de fazer o exame. Exemplos: Exemplos: P E N D I C E RRMflTICRL 4* Há quem. Exemplos: Há quem emigre na infäncia. Há quem tenha problemas com a autorizacäo de residéncia. Há quem prefira viver no estrangeiro. Há quem viva longe da família e dos amigos. Nota: Há + substantivo + Indicativo: Exemplos: Ha pessoas que emigram na infancia. Ha Portugueses que nunca viajaram. Ha emigrantes que nunca se adaptaram ao novo pais. UN I DADE DE REVISÁO 1 I. Fac,a frases com as palavras dadas, conjugando os verbos Que se encontram no Infinitivo no tempo adeouado e acrescente as preposicoes e artigos que faltam. i. Ultimamente / eu / ir / ginásio / segundas e sextas 2. Talvez / o Igor / manter / o mesmo horário 3. Quando eu / ser / crianca / náo haver / tantos imigrantes / minha cidade 4. Dirigir-se / recepcáo / e entregar lá a sua inscricáo, se nao se importa 5. Dantes / ninguém / fazer / reciclagem / lixo 6. Ao / entrar / centra comercial / é melhor / voces / esperar / nós / porta do cinema 7. É aconselhável que todos / esforcar-se / a proteccao / ambiente 8. Ontem eu / pór / o carro / a garagem onde tu / pór / quando / viver / Lisboa 9. Quando ela / chegar / Portugal / a máe já lhe / arranjar / um trabalho 10. Duvido que eles / conseguir / uma autorizacáo de residéncia 2. Junte as duas frases com a expressáo Que se encontra entre paréntesis e faga as alleracoes necessárias. I. Amanhá chove. Náo vou contigo ao passeio. (caso) 2. Tiras um curso técnico. Consegues um bom emprego. (para que) 3. Primeiro termino este trabalho. Depois telefono-lhes. (depois de) 4. Aprendes a falar portugués. Arranjas um trabalho em Portugal, (sem que) 5. Ele trabalha muito. Ganha pouco. (embora) 6. Náo levo o carro. Está pouco tránsito. (mesmo que) 7. Ela tem o curso de arquitectura. Trabalha num centra comercial. (apesar de) 8. Primeiro acabamos o projecto. Depois chegam os clientes. (antes que) 49 3. Infinitivo - Conjuntivo. Conjugue no Presente do Conjuntivo os verbos Que se encontram no Infinitivo Pessoal, fazendo as altera^öes necessärias. 1. Apesar de ser dificil, tenho a certeza que ela vai passar no exame. 2. Liga-me, no caso de teres alguma düvida. 3. Vou chamar o empregado para me trazer a conta. 4. E aconselhävel voces comprarem os bilhetes com antecedencia. 5. Aguardem na sala de espera ate vos chamarem. 6. Ajudem-me a preparar a sala, antes de os convidados comecarem a chegar. 7. E preferivel o senhor ir de täxi. 8. Näo consegues um trabalho nessa empresa, sem saberes falar bem ingles. 9. Traz a mäquina de calcular, para podermos fazer estas contas. 10. Basta voces chegarem ao aeroporto com uma hora de antecedencia. 4. Indicativo ou Conjuntivo? Conjugue os verbos no Presente do Indicativo ou no Presente do Conjuntivo. 1. Näo conheces ninguem que me_(poder) ajudar? 2. Vamos ver o filme que_(estar) na sala 1? 3. Näo me parece que eles_(fazer) esse trabalho por esse preco. 4. E provävel que o autocarro_(atrasar-se), porque_(estar) imenso tränsito. 5. E evidente que muitos imigrantes_(ter) muitas dificuldades de integracäo. 6. Duvido que eles ja_(saber) a que horas_(ser) a entrevista. 7. Ele acha que esta casa_(ser) boa, mas prefere uma que_(ficar) mais perto do centro. 8. Hoje näo_(haver) aulas, embora näo_(ser) feriado. 9. Oxalä as pröximas geracöes_(preocupar-se) mais com o meio-ambiente. 10. Ele näo gosta que as pessoas lhe _ (dizer) que _ (conduzir) demasiado depressa. 11. Quer _ (estar) frio, quer _ (fazer) calor, ele nunca veste um casaco. 12. Hä pessoas que _ (gostar) muito desse actor, mas tambem _ (haver) quem_(dizer) que ele näo sabe representar. 50 5. Complete o Quadro. separar permanecer a estreia exigir reciclar recolher recompensar a poluicäo despender consciencializar 6. Escreva duas palavras a partir da palavra dada, seguindo o exemplo. limpar — limpo — a limpeza emigrar —_ receber — _ acompanhar -_ distinguir —_ hesitar —_ iniciar -_ seleccionar —_ cumprir — _ dificil —_ sujar - _ 7. Complete o Quadro com sinónimos. o tráfego o ruído consoante actualmente elevado a meta a causa estipulado contínuo no entanto a fortuna residir Escreva no plural. novo-rico chapéu-de-sol quarta-feira surdo-mudo guarda-roupa porta-voz caminho-de-ferro pisca-pisca recém-nascido 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. se 4 D E 4 " Ouca o diálogo antes de o ler. Diálogo i <-■< > ii i prt-c-i í.siii Sara: Vou tirar uns dias de férias na semana da Páscoa. Que tal irmos fazer uma viagem nessa semana? Tu também tens férias nessa semana, náo tens? Claudia: Tenho. Mas estás a pensar viajar para outro país? E que eu náo estou com muito dinheiro. Sara: Ah! Isso parece que é um problema geral. Nao! Estava a pensar em ir, como eles dizem, para fora cá dentro. Podíamos ir até ao Nořte, ao Gerés, por exemplo. Ou, no caso de o tempo estar bom, podíamos ir para o Algarve ou para a costa alentejana. Vi na Internet e prevéem que vamos ter uma Páscoa com sol. Claudia: Também dava para irmos até á Madeira ou a os Agores. Acho que nao fica muito jJ ca ro e eu nu ne a fui nem a um lado, nem a I outro. Sara: Olha, eu também nao. É uma boa ideia. Claudia: A Marta ficou de me telefonar logo á noite. Vou perguntar-lhe se ela nao connosco, caso nao tenha nenhum trabalho muito importante em maos pensa no trabalho! Sara: Boa ideia. Temos é que passar a convidá-la mais vezeš. quer vir . Ela só C " ( > 11 ipreei is i 11 > do diálogo ; formulář perguntas 1. Explique o significado de "ir para fora cá dentro". 2. Escreva trés perguntas sobre o diálogo para fazer aos seus colegas. b. ..r:;:T:vfi, 54 "VAMOS PARA FORA CA D E N T R O ? " Z - Repare nas expressöes retiradas do texto. Gramática: veŕbos -+- preposÍ9ao ...dava para irmos até ä Madeira. .. .ficou de me telefonar... Temos é que passar a convidá-la. Os verbos dar, ficar e passar podem ser utilizados com diferentes preposicôes, que mudam o seu significado: A. B. C. dar com ficar com passar a dar-se com ficarem (näo) passar de dar para ficar de passar-se em dar por ficar para passar para ficar por passar por Complete as frases com a preposigäo adequada. A. 1. Ontem näo dei o caminho para a nova escola. 2. 0 meu marido e tao distraido! Imagina que mudei os sofas da sala e ele chegou, sentou-se como habitualmente a ver televisao e nao deu_nada. 3. Os alunos dao-se muito bem_a nova professora. 4. A janela do meu quarto da_um jardim enorme. 5. Nao da_ir contigo hoje. Tenho imenso trabalho. 6. 0 meu carro näo dá levar tanta bagagem como o teu. B, 1. A Eduarda já está atrasada. Ficou chegar äs cinco horas e já säo cinco e vinte. _fazer. 2. Quando saio de manhá, a cama fica sempře_ 3. Eles ficam_Lisboa durante cinco dias e depois ainda väo visitar o Porto. 4. Vais de férias amanhä? Quem é que vai ficar_o teu gato? 5. Hoje já näo faco mais nada. Este relatório fica_amanhä. 1. A Teresa teve umas notas muito boas. Passou_ 2. No domingo passei_ti e tu näo me viste. o 11° ano com uma média alta. a minha rua. _trabalhar menos. 3. Esse acidente passou-se exactamente_ 4. Estás com um ar cansado. Tens de passar_ 5. Já passa_as 22:00 e ainda näo encontrámos o hotel. Estou a ver que ficamos a dormir no carro. U N I D A D E 4 3 - Os verbos ter, ver, vir, pôr, fazer e pedir estäo na origem de outros que seguem as mesmas regras de conjugacäo. < i i;i m ática: verboí . . derivaclO'S ter ver vir pôr fazer pedir manter deter conter rever prever convir intervir provir repor propor supor desfazer satisfazer refazer despedir-se impedir Complete as frases, conjugando os verbos entre paréntesis. 1. É necessário que os passageiros_(manter) a calma até que o metro volte a funcionar. 2. Ontem a polícia _ (deter) os ladroes que tinham assaltado a minha loja. 3. 0 que é que_ (conter) esta mala para estar täo pesada? _(rever) os verbos e o vocabulário que aprendemos na aula. (prever) a descida das taxas de juro. (convir) aos teus amigos ou será muito caro? 4. Ontem, mal cheguei a casa,_ 5. Esse economista já tinha_ G. Achas que este quarto_ 7. Ele_(intervir) na discussäo para acalmar os änimos. 8. Este vinho_(provir) de uma regiäo perto da cidade do Porto. 9. 0 empregado dessa firma já_(repor) o dinheiro que admitiu ter roubado? 0 meu director ilha. (propor)-me uma viagem ä Madeira para visitar os nossos clientes m 11. Eu _(supor) que o voo para S. Miguel demora cerca de 2 horas, mas näo tenho a certeza 12. Acabaste de chegar e já_(desfazer) as malas todas? 13. Passei uns dias nesse hotel nas férias da Páscoa, mas o servico näo me muito. (satisfazer 14. N os 15. Meninos, 1 fi. Näo há quem o (refazer) o projecto de acordo com as novas regras. _(despedir-se) dos avós e väo para a cama. _ (impedir) de tirar férias sempre no més de Agosto. ^ifil'IrHii 1\ MX J\ jT KJ jT\ J\ i\ idiomáticas 1. Preste aten^äo ä expressäo retirada do diálogo e tente explicá-la por outras palavras. ter em mäos 2. Relacione as seguintes expressoes idiomáticas com cada uma das explicates da direita. dar com a lingua nos dentes 2. dar o braco a torcer 9. contradizer-se b. ter inveja —-- 3. falar pelos cotovelos C. ser sovina 4. fazer ouvidos de mercador d. ter fome S. ficar de pé atrás 8. sentir-se protegido 1 G. meter o nariz f. ficar desconfiado 1 7. meter os pés pelas mäos j). ser muito falador 8. näo pregar olho h. fingir näo ouvir j 9. ser unha de fome 1. contar um segredo í 10. ter a barriga a dar horas |. interferir num assunto " 11. ter as costas quentes 1. admitir que errou j 12. ter dor de cotovelo III. näo conseguir dormir 3. Tente imaginär situa^öes em que possa utilizar as expressoes anteriores. 57 U N I D A D E 4 B. PortU/ßO/L: o Cotí/ti/fv&tt/tb & cos tih/OsS 1- It • £»» • Conhecer Portugal . Leia os textos e iique a conhecer urn pouco mais <■«,,,!..........i &s nh. de Portugal. Viana do Castelo t Minho Trás-os-Montes e Alto Dour o Aveiro Castelo \ tjf Braneo Leiria/ ^ t* Santarém^? \Portalegre Lisboa,/ .' j%l f^Xe^Wé Algarve Madeira Porto Santo Acores 0 1/ r*1 ^-3 Ponta Delgada / n vsi es VAMOS PARA FORA CA DENTRO? Portugal é um pais que se situa no extremo sul da Europa. Banhado pelo Oceano Atläntico e com um clima temperado, existem, no entanto, diferengas climatéricas entre o Norte e o Sul. Portugal é constituído por uma parte continental e por dois arquipélagos: o da Madeira e o dos Acores. A sua populacäo é de cerca de dez milhoes de habitantes e possui zonas geográficas bem definidas, quer a nível da paisagem, quer a nível da arquitectura. A zona costeira portuguesa é extensa, com praias de areia branca. 0 resto do pais contrasta entre o verde das montanhas do nořte com as suas casas de pedra, e as planícies do Alentejo com as tfpicas casas brancas. A Madeira e os Acores tem identidades próprias, resultantes da sua localizacäo geográfica no meio do Atläntico. verdadeiro paraíso natural, c uja riqueza e bele/.a a tornararn um importante destino turístico. Banhada poľ águas da corrente do Golŕo, com Verôes quentcs e Invernos suaves, é um destino de férias para todo o ano. Sendo a maior ilha do arquipélago, a Madeira distingue-se da oulra ilha habitada, Porto Santo, näo só pelo tamanho e características naturais, como também pela maior ofcrla cultural e turística de que dispôe. 0 arquipélago é também constituído pelas Uhas Desertas e Uhas Selvagens, ambas desabitadas f>or falta cle água. Na Madeira poderá encontrar paisagens naturais únicas, ainda com locais de vegetacäo indígena. tendo a possibilidade de contemplar a beleza da nalureza e desírutar de caminhadas ou, para os mais arrojados, passcios de montanhismo. A posigäo geográfica e o seu carácter montanhoso propiciam um clima ameno. As lemperaturas médias säo muito suaves. de 22°C no Veräo e 16"C no Inverno, a par de urna humidadc moderada. A água do mar é igualmente temperada por influéncia da corrente quente do Colfo, apresentando médias de 22°C no Veräo e 18°C no Inverno. Um terreno fértil e urna fauna marítima abundante possibilitam ä Madeira oferecer urna gastronómia variada, saudávcl e apetilosa. Recomendam-se os íiletes de peixe-espada preto, os bifes de alum de escabeche, assim como a tradicional espetada em pau de louro, acompanhada pelo saboroso milho frito. 60 "VAMOS PARA FORA CA DENTRO? Ulms dos Acores Em pleno Oceano Atläntico, entre a America do Norte e a Europa, trés grupos de ilhas de origem vulcänica formám o Arquipélago dos Acores. Há quem afirme que estas ilhas faziam parte da misteriosa e lendária Atlantida. Montanhas e vales tranquilos cobertos de exuberante vegetacäo, lagoas de enorme beleza alojadas em crateras de vulcöes extintos, nascentes de água quente, picos imponentes e cavernas misteriosas, a contrastar com campos cuidadosamente cultivados, conferem a este arquipélago uma variedade paisagística rara. 0 clima é temperado e suave, näo havendo grandes variagöes da temperatura do ar, que atinge valores médios de 23°C no Veräo e 13°C no Inverno. A temperatura da água do mar näo sofre grandes alteragoes, oscilando entre os 17°C e os 24°C. Trata-se de um dos melhores locais do mundo para observar cetáceos ou explorar o fundo das águas cristalinas. Os Agores tem para oferecer, em conjunto com uma imponente beleza natural que cativa o turista e um vasto leque de actividades ligadas ao mar. El U N I D A D E 4 2. Fale aos seus colegas do seu pais, näo esquecendo os seguintes aspectos: Oralidaď . territorio . localizacäo geográfica . paisagem . temperatura . cidades importantes . principals actividades económicas . gastronómia 2 - Conheca a visäo de duas mulheres nascidas nas ilhas, para que possa perceber a sensacäo de se viver rodeado de mar por todos os lados. Em seguida, responda äs perguntas. Compreensao r~i I Agua e fogo Luz Henriques tem 46 anos, é artista plastica e professora de Educacäo Visual e Tecnológica. Nascida em Cämara de Lobos, na Ilha da Madeira, vila piscatória, sente o mar de duas formas: urna perdida na inľäncia, onde o oceano era esperanga, um mar de sonhos escondidos para lá do horizonte. A outra, mais adulta, onde o mar é já "um intruso", mas ainda capaz de alterar o seu destino. "Com o tempo percebemos mclhor o significado do facto de urna ilha ser urna porgäo de terra cercada de mar por todos os lados". Ironicamente, é quando Luz se fecha no seu atelier que mais viaja para outros lugares, outros mimdos. "A minha intimidade com os materiais é a minha maneira de combater esta sensagäo de elaustrofobia que se cola á pele". Como se sente isso? "Quando se enconlra a mesma pessoa cinco vezes no mesmo dia, por exemplo". Questiona-se, por vezes: "Que mal fizemos nós ao destino para eontinuarmos aqui?" Näo há resposta clara. E séria até injusto. "Já passámos além do básico, lemos auto-estima e uma qualidade de vida melhor do que no continentc. Todos sofremos dos males de ficar nesla terra, só que uns disfargam melhor do que outros. Já tive muitas oportunidades e continue preparada para sair. Mas ainda näo consegui, ľalta qualquer coisa." in Noticias Magazine 62 VAMOS PARA FORA CA DENTRO? hh O acoriano e a insularidade... Luisa Amaral tem 45 anos, é professora de Filosofia e de Psicologia e é psicoterapeuta. Nasceu numa pequena vila de S. Miguel, nos Acores, de onde saiu aos 18 anos. Vive em Lisboa desde 1980. Pedimos-lhe que nos falasse de como se sente um acoriano, longe do local onde nasceu. "Só posso falar por mim. Sinto a minha terra de origem como um paraiso que perdi. A sua beleza natural, os seus costumes e os seus rituais religiosos fazem-me imensa falta. A espontaneidade das suas gentes, também. A ilha funciona como o lugar aonde temos que retornar frequentemente para repor energias e para nos reestruturarmos. Muitas vezeš considero a hipótese de um regresso definitivo mas, como qualquer emigrante ou como qualquer exilado, sei que esse regresso é apenas ideal. A saudade que sinto pela ilha e pela sua tranquilidade assemelha-se á nostalgia que qualquer um sente pela infáncia e pela inocéncia perdidas. Muitas vezeš sinto que náo pertenco efectivamente a nenhum lugar mas, como qualquer cidadao do universo, vivo o dia-a-dia, criando e vivendo as minhas circunstáncias. Formei aqui a minha família e vivo feliz porque os horizontes sáo mais alargados do que nos Acores. Lá, paradoxalmente, o mar dá-nos o infinito, mas também nos confina á pequenez da terra. As montanhas sao belas mas podem dar a sensacao de sufoco. Acabamos por conhecer, de perto, muita gente, correndo o risco de desejar maior privacidade. Por outro lado, a proximidade das gentes que nos conhecem desde sempře, reconforta-nos e deixa-nos uma agradável sensacao de proteccao. Mas falta á ilha o cosmopolitismo a que me habituei. Faltam também livrarias e iniciativas culturais que, para mim, se tornaram imprescindíveis. Muitos dos meus amigos estao em Lisboa. Enfim, a minha vida organizou-se cá. Necessito ir aos Acores mais do que uma vez por ano, o que de facto acontece. Regresso renovada, mas nao como quem faz uma viagem turística. E antes um retorno a mim propria. E deixa tantas saudades que, secretamente, como todos os acorianos, sei que hei-de voltar, para sempře..." Luisa Amaral J Oralidade] 1. Refira, por palavras suas, os sentimentos que os dois testemunhos realcam. 2. Ja sentiu a necessidade de partir da sua terra natal em busca de novas experiencias, de um mundo novo? 3. Quais as vantagens e as desvantagens de se viver num local onde todos se conhecem e onde quase tudo se partilha? Sente-se melhor no meio do anonimato de uma grande cidade, ou prefere o ambiente de uma pequena localidade? Ouca uma lenda sobre a origem dos Acores e, em seguida, responda as perguntas. 1. Qual era a razäo para a tristeza do rei? 2. 0 que é que essa tristeza provocava no rei? 3. Qual foi a visäo que o rei um dia teve? 4. Qual era a condicäo imposta para o rei ter uma filha? 5. Porque é que um dia o rei ficou täo furioso? G. 0 que aconteceu ao seu reino? Ortografia/ & ProH/u/H/ci/O, Em cada par, assinale a palavra que ouviu. dá-mos damos dose doze des dez atraí atrai contém contem assar azar compra-mos compramos saí sai viveram viveräo pôde pode sé se contém contém Ouca os pares de palavras e preste atencäo ä diferenca da pronúncia. Em seguida, leia-as. Repare nas diferencas de pronúncia e refira a diferenca de significado entre as seguintes palavras. colher colher pára para molho molho cor cor dúvida duvida fábrica fabrica r p e n d i c e e r r h n t i c o l ú Verbos Derivados Os verbos fazer, pôr, pedir, ter, ver e vir säo irregulares e, como tal, os seus derivados conjugam-se da mesma forma. I • Fazer satisfazer: agradar; ser suficiente Os resultados do teste näo tne satisfizeram. perfazer: totalizar A viagem e o seguro perfazem a quantia de 550 euros. refazer: fazer novamente Tivemos de refazer as contas. refazer-se: restabelecer-se Ela ainda näo se refez da morte do pai. 2* Pôr compor: criar, ajustar Antigamente compúnhamos poemas e letras de música. Rui, compôe a gravata! compor-se: ser constituído por 0 programa para hoje compôe-se de actividades culturais. opor-se: näo concordar com Eles opuseram-se ä decisäo do colega. propor: sugerir Proponho que adiemos o jantar. supor: presumir Suponho que queiras sair logo ä noite. Nota: Os verbos derivados de pôr näo säo acentuados no Infinitivo. 3* Pedir despedir-se: dizer adeus Despedi-me dos meus colegas há meia hora. despedir: dispensar os servicos de alguém A empresa j á despediu 50 trabalhadores. impedir: näo autorizar; obstruir lmpediram-me de falar sobre o assunto. 0 acidente impediu a circulacäo. 4* Ter conter: incluir 0 livro content exercícios difíceis. deter: demorar; prender Näo vos detenho por mais tempo. A polícia deteve os dois ladrôes. manter: conservar Durante a discussäo, mantive a calma. obter: conseguir Obtivemos um desconto óptimo. g p é n d i c e 1 r r m h t i c fl l • ' * ä ■ - / * - ... ■ 5» Ver rever: ver de novo Revi os meus colegas da escola naquele jantár. prever: supor Como já prevíamos, o voo foi cancelado. 6» Vir convir: ser útil Convém marcarmos a reuniäo para o mais cedo possível. provir: descender; ter origem em 0 Pedro provém de uma família do norte. intervir: interferir Eles intervieram várias vezes no debate. 66 Li e p e p i 8 F U N I D A D E A. O qu/b é- cjH/b nos fcuz, felLz,esS* I- _c__^, I - Antes de ler, oica o diálogo e responda äs perguntas. Diálogo: <_"<:> a "n i> t-c u-iusao or-» Luis: Já reparaste na quantidade de livros que agora se escrevem com o objectivo de ajudar as pessoas a sérem felizes? Carlos: Já, já reparei. Olha aquele ali: "A arte de ser feliz". Quando a minha prima fizer anos, vou oferecer-lho. Vejo-a sempře a ler livros děste género. Luis: Estás a falar daquela tua prima que eu conheci no teu jantar de anos? Carlos: Sim, a Beatriz. Anda sempře com depressáo e, entáo, alem de tomar anti-depressivos, faz ioga, reiki, eu sei lá. E se fores ao quarto dela, só ves livros de auto-ajuda: "Como náo ter stress"; "Encontre a felicidade"... Luis: De facto, há pessoas que nunca conseguem sentir-se felizes. Náo conseguem encarar um problema de uma forma positiva. De qualquer modo, o conceito de felicidade varia muito de pessoa para pessoa. Depende do que cada um considera mais importante. Alem disso, ser completamente feliz também deve ser impossível, creio eu. Carlos: Náo leste um artigo no jornal de ontem sobre os Portugueses e a felicidade? Luis: Náo, o que é que dizia? Carlos: Olha, segundo um estudo que fizeram, os Portugueses, apesar de se sentirem insatisfeitos, sentem-se felizes com a vida. Luis: Ah, é? E o que é que nos faz felizes? Carlos: Parece que para os Portugueses é mais importante ter tempo livre e uma vida familiar equilibrada do que uma vida profissional intensa e ganhar muito dinheiro. Luis: Olha, faco parte desse grupo. Anda, mas é, beber uma cervejinha e vais ver que também nos vamos sentir mais felizes. Carlos: Embora. Falar: c ■« >m ft i-ií ( ■ 11 s ;:i < > do dialog 1. De que género de livros é que os dois amigos estavam a falar? 2. Porque é que a prima do Carlos lé esse género de livros? 3. 0 estudo sobre os Portugueses e a felicidade é optimista? 4. Segundo esse mesmo estudo, o que é que para os Portugueses é mais importante para que se sintam felizes? 5. Concorda com essa posicáo? 68 " O QUE E QUE N OS FAZ FE LIZES?" 2-Repare nas frases do diälogo: Quando a minha prima fizer anos... E se fores ao quarto dela... O Futuro do Conjuntivo forma-se a partir da 3a pessoa do plural do P.P.S., retirando a terminacäo -am e acrescentando as seguintes terminacöes: falar eu tu . es ele nos mos eles em Forme o Futuro do Conjuntivo a partir do Preterito Perfeito Simples dos verbos que se encontram dentro do quadro: PPS. Futuro do Conjuntivo ser eles eu ir eles eu estar eles eu dar eles eu fazer eles eu dizer eles eu trazer eles eu ver eles eu vir eles eu poder eles eu por eles eu saber eles eu haver querer eles eu I D A D E 5 3- O Futuro do Conjuntivo usa-se: C r i-; 111i ii t í ť-; * : I^mAtui-o 1. Depois de determinadas conjmu}öes/locucöes para expressar uma ac§äo relativa ao futuro. Complete as frases com os verbos no Futuro do Conjuntivo. 1. Vou comprar um livro para a Beatriz, quando_(ir) á livraria. 2. Se voces_(preferir), podemos fazer o jantar lá em casa. 3. Assim que_(nós - chegar) a casa, vou-me deitar. Estou cansadissima. 4. Telefona-me, sempre que_(vir) a Lisboa. 5. Logo que voces_(saber) quando estreia esse filme, digam-me. G. Nao deves ir trabalhar, enquanto te_(sentir) doente. 7. Vou fazer essa sobremesa exactamente como tu me_(dizer). 8. Marcaremos a viagem conforme os senhores (querer). 2 . Depois dos pronomes relativos que, quern e onde para expressar uma situa^ao eventual no futuro. Complete as frases com os verbos no Futuro do Conjuntivo. (querer). 1. Convida para a festa quem tu_ 2. Vou ver o filme que voces_ 3. Quem näo_(chegar) a horas, ja näo poderä entrar. (escolher). 4. Vou aonde tu (ir). 3. Presente do Conjuntivo + elemento de ligagäo + Futuro do Conjuntivo (repetigäo do verbo na mesma pessoa). Complete as frases com os verbos no Futuro do Conjuntivo. 1. Vá aonde _, encontro-o sempre a falar ao telemóvel. 2. Näo sei onde estäo as minhas chaves. Mas estejam onde_ 3. Chegues a que horas_, eu vou buscar-te ao aeroporto. 4. Venha quem_, será bem recebido. 5. Coma o que_, tudo me engorda. hei-de encontrá-las. G. Vás por onde 7. Sej am quais _ 8. Ganhe o que _ _, a esta hora encontras sempre muito transito. as consequéncias, eu näo vou aceitar o novo horário. _, ele gasta logo tudo. 71 QUE E QUE NOS F A Z F E L I Z E S ľ 4" O que nos faz felizes? j Compreensao cscrit i I. Sabe o que a maioria das pessoas valoriza para que possam ser felizes? Se näo sabe, leia os artigos que däo conta dos resultados de urna investigacäo sobre a felieidade. Existírá uma receita para ser feliz? Eis o que centenas de cientistas, das mais diversas areas, decidiram investigar numa sociedade que pede, com urgéncia, uma "revolucäo de alegria". 0 Valor da Amizade Uma das mais importantes descobertas dos cientistas diz respeito ao peso das relacöes afectivas na nossa felicidade. Onde se vive, quanto se ganha e até o estado de saúde tem efeitos limitados na satisfacäo com a vida, quando comparados com a existéncia de relacionamentos pessoais fortes. Um estudo da Associacäo Americana de Psicologia, envolvendo 24 mil pessoas, indica que os casados tem tendéncia para sérem mais felizes que os solteiros. Será porque trés em cada quatro casados dizem ver no compa-nheiro o melhor amigo? A amizade, concluíram os investigadores, é o tipo de relacäo que mais contribui para a felicidade. Por isso, avisam: este deve ser o grande valor a preservar e a cultivar nas nossas vidas. 0 que importa realgar, já que, na voragem dos dias, as pessoas se esquecem, frequentemente, de reservar tempo para alimentär este tipo de relagöes e diminuem, cada vez mais, o seu círculo de amigos. Dinheiro? Näo... Desde a Grécia antiga que o homem quer entender, qualificar e descodificar o bem-estar subjectivo — o nome científico que os investigadores utilizam para falar de felicidade. Já Socrates defendia que a chave da felicidade es-tava em minimizar a ansiedade através de uma mudanga das nossas atitudes e crengas. Mas nao explicou como fazé4o. E a maioria seguiu o caminho mais fácil: o de tentar "comprá4a". Poderá um carro, uma casa ou um numero de sortě na lotaria garantir a felicidade eterna? 0 que os investigadores concluíram é que "o dinheiro nao traz felicidade", o que pode ser ve-rificado "quando comparamos os níveis de sa-tisfagáo com os de rendimento e constatamos que, apesar de tudo, os nossos níveis de satis-fagáo se mantém estagnados". Porque, afinal, esta obsessáo pelo dinheiro? Se hoje vivemos muito melhor do que há 30 anos - temos mais casas, carros e milhoes de telemóveis -, porque dispararam as taxas de depressao, o índice de divórcios, o numero de suicídios? Gostar do que se faz é igualmente importante. Várias investigagoes comprovam que quem nao é feliz no trabalho dificilmente consegue ser feliz noutras areas da sua vida. Pequenos nadas 0 que as pessoas identificam como aquilo que as poderá fazer felizes näo mudou nas ultimas décadas. 0 importante é ter saúde, um bom emprego, amor, família e amigos e viver com alegria e paz interior. Para o con-seguir, temos de aprender a dar valor äs pe-quenas coisas da vida. A cultivar e encontrar tempo para fazer o que nos dá prazer - ouvir música, ler ou jardinar. • • in Revista Visäo (texto adaptado) "Yfíí:s;:': U N I D A D E 5 2 . Será que os Portugueses se consideram felizes? Conheca os resultados da mesma investigacäo feita em Portugal. Insatisfeitos mas felizes? Queixamo-nos muito. Alias, a nossa insatisf acao atingiu em 2003 os valores mais altos desde 1989 (43% da populacao). Mas o mais recente inquerito a felicidade dos Portugueses verifica que so 8% dos inquiridos se assume infeliz e 21% diz mosmo ser «completaniente feliz». As razoes desta onda de alegria poderao estar na data em que a pesquisa foi conduzida — em Maio e Junho de 2004, em plena euforia do Europeu de Futebol... Nivel de felicidade Satisfacäo com a vida Fonte: Eurobarómctro 60, Diiiorio de 2003 INSATISFEITOS RAZOAVELMENTE SATISFEITOS 41 Dinamarca 35 H Luxemburgo Grácia S3 Holanda ~ PORTUGAL H Suécia Reino Unido Irlanda Austria Alemanha Franca Espanha Itália Finländia MÉDIA UE 4! 50 51 52 MUITO SATISFEITOS 38 40 57 57 57 58 59 60 63 64 64 66 60 28 24 23 25 declarada dos Portugueses Numa escalade I a 10, em que I corresponde a «complctamente inf eliz» e 10 a «completamente feliz» • i 0% 0% 0% 2% 6% 5% 18% 32% 16% 21% >tivos devida 1° Tamftia* iounarporcausassujf 9°letamiSos ,2=letumacasaco» ida |4. __j„ns\S 5? 6? r. Portugueses dizem-se bastante felizes. Para a maioria dos Portugueses, o Estado em nada contribui para a sua felicidade. Apesar disso, a maioria dos Portugueses considera-se bastante felizes e, numa escala de zero a dez, situam o índice medio dessa felicidade num generoso oito. O retrato é tracado pela APEME (Area de Planeamento e Estudos de Mercado), onde se conclui também que os investigadores cien-tíficos merecem o reconhecimento de serem os que mais contribuem para o bem-estar de cada um. Partindo de um inquérito telefónico a 1092 indivíduos, o estudo "Consumidores Portugueses: Um Roteiro para a Felicidade" traca um cenário de optimismo (42% dos inquiridos ga- rante ser "bastante optimista") e mostra como os Portugueses se confessam mais interessa-dos em ter mais tempo livre do que em ganhar dinheiro e em ter a vida familiar mais equili-brada, ao invés de uma vida profissional intensa. Apesar do optimismo, o documento aponta também os grandes receios nacionais: assegurar o futuro dos filhos, a pobreza e o desemprego, o estado da saúde em Portugal, o terrorismo e a corrupcäo. Estas foram, pela ordem apresen-tada, as únicas preocupacoes que, na mesma escala de zero a dez, recolheram um índice medio de respostas superior a quatro. Moda, política e publicidade säo, por esta ordem, os temas que menos preocupam os inquiridos. in Diário de Noticias ii 1. Ficou surpreendido com alguma informacao ou resultado? 2. Imagine que era alvo deste estudo. Qual seria a sua posicao? Considera-se satisfeito ou insatisfeito? Feliz ou infeliz? 0 que mais contribui para a sua felicidade? Quais sao os seus principals objectivos na vida? 3. Verifique se o seu pais se encontra incluido na lista dos resultados. Tente justificar a sua posicao e refira quais serao os objectivos de vida que as pessoas mais valorizam, fazendo uma lista ordenada, de acordo com a importancia que considera ser atribuida a cada um. A lista de objectivos de vida para os Portugueses pode servir como referenda para a elaboracao da nova lista. Objectivos de vida ■*- 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. B. Lima/ socbbda/Aes com/ press so, 1- Leia o artigo sobre uma "doenca" da sociedade moderna que todos conhecemos bem: o virus da pressa. > it ."-iti < > < -.*s<- rif;i n U N I D A D E 5 A Amea§a do Vírus da Pressa Olhamos constantemente para o relógio, queixamo-nos de que näo temos tempo para nada, queremos tudo o mais rápido possível, vemos tudo a girar ä nossa volta a uma velocidade estonteante e ficamos frustrados por näo termos pedalada para acompanhar o ritmo... Será que fomos "atacados pelo mal da pressa", apanhados por urna "epidémia" galopante ä escala mundial? Estamos cada vez mais acelerados, é um facto! Acordamos ao som do despertador, engolimos qualquer coisa rapidamente, corremos para näo perder o autocarro ou agarramo-nos ao volante, com o pé a fundo no acelerador, na vä tentativa de serpentear o tränsito, deixamos os miúdos ensonados no colégio, trabalhamos a contra-relógio a pensar na hora da saída, no fim-de--semana, nas férias... Queremos ser os melhores, os mais rápidos, os mais bem sucedidos, mas o que alcancamos näo passa, tantas vezes, de um enorme cansago e de uma amarga sensacäo de frustragäo. Sentimo-nos exaustos e impotentes perante tudo aquilo que gostaríamos de fazer, de ter, de conhecer... e culpamo-nos por näo conseguirmos dar a devida atencäo äqueles de quem mais gostamos, por näo sermos capazes de acompanhar a torrente de notícias que todos os dias nos entram pelos olhos dentro, por näo estarmos a par dos filmes ou dos livros que "toda a gente" conhece... por parecermos lentos e ignorantes, num mundo que se move a uma velocidade vertiginosa. Os novos aceleradores do tempo. Vocé é daqueles que prime o botäo do "fecho da porta" do elevador só para näo ter de esperar trés segundos? Entäo poderá fazer parte do grupo de pessoas designadas por personalidade tipo A. "As pessoas do Tipo A caminham depressa e comem depressa. Terminam as frases que iniciamos. Sentem remorsos por se descontraírem. Tentam realizar duas ou mais tarefas ao mesmo tempo". A verdade é que a sociedade moderna e a poderosa indústria que a sustenta nos instigam cada vez mais a "padecermos" do mal da pressa. Näo perdemos a oportunidade de substituir o computador por outro mais rápido, os jogos electrónicos säo cada vez mais exigentes e desafiam a nossa velocidade mental, os servicos noticiosos reclamam a nossa atencäo múltipla ao exibirem várias informacôes em simultäneo, os anúncios publicitários recorrem a técnicas sofisticadas e estäo cada vez mais compactos... -Mt O Q L E É QU E NOS FA ;^€í"'";- n Munidos de telecomandos, saltamos de canal em canal, revelando impaciéncia face a instantes de pausa ou a longos planos cinematográficos. As campanhas de marketing, com o poderoso apelo ao consumo, tornaram-se especialistas em nos fazer envelhecer mais depressa. Estávamos em pleno Veräo, com temperaturas de 40 graus, e já as lojas colocavam ä venda a coleccäo de Inverno. Lembra-se? Ainda o ano lectivo näo tinha terminado, já lfamos por todo o lado "Encomende aqui os seus livros escolares"... Ainda o bebé está no quentinho da barriga da mäe, j á os pais andam ä procura de um infantário para assegurar que o novo rebento tenha entrada imediata aos trés meses de idade!!!! Nunca corremos tanto como hoje. Nunca a nossa civilizagäo foi täo marcada pela velocidade, pelo ritmo, pela sincronizacäo e pelo desejo imperioso de controlar o tempo. 0 desenvolvimento das redes de transportes e de comunicacoes permitem-nos realizar auténticos "milagres", alguns inimagináveis há poucos anos... Conseguimos em poucas horas percorrer distäncias que antes demoravam dias, semanas ou até vários anos! Podemos estar permanentemente contactáveis através do telemóvel, enviar mensagens escritas em fraccöes de segundo, estabelecer ligacöes para qualquer parte do mundo via Internet, assistir na TV ao desencadear de guerras ou outros acontecimentos "notáveis". A evolucäo tecnológica procura dar-nos respostas em "tempo real", encurtando distäncias, tentando abolir as barreiras do espago e do tempo. E näo pára de nos surpreender todos os dias. Quanto mais depressa... Mais devagar! Lembramo-nos deste ditado populär, mas só depois de entornarmos o café, que engolimos enquanto calgamos os sapatos e falamos ao telefone! Estamos constantemente em multitarefa (como gostam de dizer os "especialistas") e nem o acto de dormir (a pausa regeneradora, por excelencia) escapa a esta tensäo, ao ser induzido, tantas vezes, por tranquilizantes e perturbado por ruídos e outras formas de poluigäo. Pensar, reflectir, observar, ficar em siléncio, fazer "nada", mais parece um luxo do que uma necessidade básica do ser humano. A economia moderna vive obcecada por poupar tempo, por produzir mais e mais, gastando cada vez menos. A escolha é nossa. Se tivermos tempo para isso! Está na nossa mäo parar para viver. in Nolicias Magazine |~l ".>«-; 11 i c 1 o,cl t - I 1. Considera que pensar, reflectir, observar, ficar em siléncio ou näo fazer nada, é um luxo ou uma necessidade básica do ser humano? 2. Este "virus da pressa" é uma ameaca no seu país? Sente que as pessoas estäo sempře com pressa e a olhar para o relógio? Sente que as pessoas näo tém capacidade de parar e näo fazer nada por algum tempo? 3. De que modo é que vocé coexiste com este "vírus"? 4. Enumere algumas das consequéncias negativas que este tipo de "vida" nos pode provocar. "UNIDADE 5 S. Em portugués existem vários ditados populares que nos transmitem uma filosofia de vidi bem diferente. Quanto mats depressa, mais devagar. Devagar se vai ao longe. Depressa e bem nao hd quem. De grao a grao enche a galinha o pap Lembra-se de algum ditado popular, na sua lingua, que tambem reflicta este modo diferente de ver a vida? Ouca trés curtas notícias de rádio e resuma em ' " poucas palavras o conteúdo de cada uma. Notícia 1 Notícia 2 Notícia 3 Coloque os respectivos acentos nas palavras que devem ser acentuadas grafic amente. Em seguida, ouca as palavras para que possa confirmar a acentuacäo. raiz saida pontape lapis falamos caracter gas area util facilmente ruido intimo sotao lampada anel elegancia refem compor detem gostariamos heroi juiz abriamos meses acucar exito 11 hpendice GRRMHTICRL Q Futuro do Conjuntivo Forma-se a partir da 3a pessoa do Plural do P.P.S., substituindo a terminacäo —am por: eu comprar tu fizeres voce, ela, ele quiser nós formos voces, elas, eles tiverem O Futuro do Conjuntivo usa-se nos seguintes casos: 1» Para expressar uma accao ou intencao no futuro depois de: quando, assim que, logo que, enquanto, sempre que, todas as vezes que. Exemplos: Assim que chegarem, telefonem. Enquanto estiver doente, náo vou trabalhar. Quando vieres a Lisboa, avisa. Sempre que for ao Algarve, hei-de visitar Lagos. 2 • Para formulář hipóteses que se podem concretizar no futuro. Exemplos: Se tiver tempo, passo pelo banco. Se forem ao Porto, visitem a Sé. 3» Para expressar concessao, utilizando: Presente do Conjuntivo + elemento de ligacao + Futuro do Conjuntivo. Exemplos: Venha quern vier, terá de esperar. Digas o que disseres, tu náo tens razao. Vás por onde fores, vais apanhar tránsito. 4» Depois de quern e onde sem antecedente expresso e de que com antecedente expresso. Exemplos: Quern quiser ir a Madrid, tem de marcar a viagem rapidamente. Fico onde voces ficarem. Poděs pedir o que quiseres. 78 . V cul U/Hva, biocv & U/Wu frcustbi dt> na/ta/? A Celeste tern uma amiga francesa, a Nathalie, que todos os anos passa duas semanas de ferias em Portugal. I. Antes de ler, ouca o dialogo entre as duas. iowir diai^ Nathalie: Sempre que venho a Portugal, delicio-me com os vossos pratos de bacalhau. Adoro bacalhau. Celeste: Eu também gosto de bacalhau. Mas no Verao prefiro umas sardinhas assadas com batatas e salada. Nathalie: Também gosto muito de sardinhas assadas. Mas o meu problema quando estou aqui de férias sao os doces. Engordo sempre, pelo menos, dois quilos, durante as férias em Portugal. Celeste: Vé lá! Es magra como um espeto! Só te faz bem vir a Portugal e engordar uns quilos. Mas, de facto, os Portugueses sao muito gulosos. Há sempre uma desculpa para um cafezinho e um bolito. Mas eu sei que tu também gostas das nossas sopas. Nathalie: Pois gosto. Sempre que vou jantar a casa dos teus pais a tua mae faz umas sopas fantásticas. Celeste: Olha, já sáo onze horas. Ainda falta muito tempo para o almoco. Vai uma bica e um pastel de nata? 2. Responda as seguintes perguntas: Compreensao o>»~ 1. Que pratos e que a Nathalie refere que gosta? 2. Qual e o problema para a Nathalie sempre que passa ferias em Portugal? Porque? 3. Porque e que a Celeste diz que os Portugueses sao gulosos? 4. Como até ao almoco ainda falta algum tempo, o que é que elas decidem fazer? 3. Agora leia o texto. - Na lingua portuguesa fazem-se algumas comparacoes para atribuir qualidades ou defeitos as pessoas. I. Relacione os adjectivos que se encontram á esquerda com cada um dos substantivos da coluna á direita. Os desenhos poderáo ajudá-lo a compreender as comparacoes. V7 < ><•; 11 > 111 i"i «. > : * - um j >.i r,-1 t~>*.- s 1. - gordo como 2. - surdo como 3. - vaidoso como 4. - branco como S. - fresco como 6. - lento eomo 1. - corado como 8. - fiel como 9. - esperto como 10. - magro como 11. - sao como 12. - forte como 13. - pesado eomo 14. teimoso como c e 9. -um pavan D. - um tomate um touro uma porta um espeto uma lesma um Imrro um pote um cao a cal chumbo uma alface uma raposa um péro i I. -chuml) ei U N I D A D E 6 2. Tente imaginar situacoes em que possa aplicar cada comparacáo e escreva frases que exemplifiquem o seu significado. Exemplo: Quando a Luisa tem de falar em publico, fica sempre corada como um tomate. I I. 4.. S.. 11__ 12__ 13__ I I -or: pi'ocinL<:>.^; i>ic I. Leia o texto. No pais ainda sobrevivem tradicoes, artesanato e produtos regionais, numa época em que a globalizacáo apaga muito das identidades nacionais. Pastéis de Belem, ginjinha, queijo da Serra, doces algarvios, o fado, largadas de touros — uma viagem á nossa iconografia. Procurar o típico em Portugal nao é complicado. Basta sair das estradas principals, subir as serras ou vasculhar bem os centros urbanos. Tradicoes que se mantém, segredos que passam de avós para netos, hábitos de viver e de estar que se arrastam no tempo. Pode ser um monumento, um doce, um prato, uma festa ou simplesmente uma pe§a de artesanato. Mas vamos rever alguns produtos que, por serem täo populäres, se transformaram em símbolos do Pais. Bacalhau: um prato diferente para todos os dias 0 bacalhau seco e salgado, com que se preparam mais de 300 pratos diferentes, tornou-se impres-cindível na casa de muitos Portugueses. Pastéis de bacalhau, bacalhau com gräo, bacalhau com natas, bacalhau ä Brás, bacalhau ä Comes de Sá e tantos outros, säo pratos que fazem parte da lista de muitos restaurantes. Pode näo ser um amor ä primeira vista (ou prova), mas quando se comeca a gostar de bacalhau, näo se passa sem ele, sendo um dos pratos tradicionais da ceia de Natal. Café para todos os gostos Os estrangeiros bem precisam de consultar um dicionário, ou melhor, ter um interprete ao lado, para conseguirem descodificar as várias formas possíveis de pedir um café. 0 site oficial do Turismo de Portugal dá uma ajudinha, ao enunciar as dez maneiras mais referidas: a já famosa bica (expressäo típica de Lisboa) ou o cimbalino (termo usado no Porto), a bica escaldada, o café curto ou i taliána, o jm^f carioca (café com mais água servido numa chávena pequena), o café abatanado (com mais água, servido numa chávena maior), o garoto (leite em chávena pequena com um pingo de café), o galäo (café com leite servido num copo de vidro alto), a meia de leite (café com leite servido numa chávena grande), o nescafé (saqueta de café solúvel e água a ferver ä parte, para o diente misturar). Uff, só de 1er ficamos confusos... Näo admira que os turistas se sintam meio perdidos quando olham para a ementa. in Notícias Magazine O Império do pastel de nata Säo raras as pastelarias que näo exibem nas suas vitrinas o famoso e delicioso pastel de nata. Täo famoso que já passou a nossa fronteira e se vende em parses täo diferentes como os Estados Unidos, Inglaterra, Filipinas, Franca, Coreia, etc, levado por imigrantes Portugueses que fizeram sucesso com a venda dos nossos pastéis. Muitos dos que visitám Lisboa reservám uma tarde para ir a Bělém e, no meio de uma visita aos monumentos da zona, däo um salto ä pastelaria que, desde 1837, vende os pastéis de Bělém, cuja iL] receita se mantém em segredo até hoje. Que näo se diga que säo pastéis de nata, "porque a diferenca é de cem por cento", garante o mestre Ramiro, há 30 anos a trabalhar na Fábrica de Pastéis de Bělém. ■ 83 Uma sopa quentinha no Inverno e umas sardinhas assada?-no Verao Uma sopa quentinha cai sempře bem no Inverno e as variedade? de sopa nao tem fim. É só preciso alguma imaginagao. Contudo. quem quiser comer a sopa mais típica, tem de provař o caldo verde com uma rodela de chourico. A demonstrar que os Portugueses nao passam sem a sua sopa está o éxito que as casas de sopas tem tido; casas, cujo prato principa. é a sopa em boa quantidade e a fumegar. Já no Veráo, o cheiro a sardinhas assadas invade as ruas e há que aproveitar bem, pois, acabando-se o Veráo, acabam-se as sardinhas. Z. Ficou a conhecer alguns produtos da area alimentär que se tornar símbolos de Portugal. Muitos outros se poderiam referir: o vinho Porto, o queijo da Serra e de Šerpa, o touro, o cavalo Lusitano, o g de Barcelos, o Mosteiro dos Jerónimos, a Ponte 25 de Abril, o Cast de S. Jorge, o mosteiro da Batalha, o Santuário de Fátima, etc. Pense no seu país e refira os símbolos que mais frequentemente lhe associados, mesmo que, por vezeš, sejam só para turistas. •Existem palavras derivadas por prefixacäo e outras por sufixacäo. 1. Junte um dos prefixos a cada palavra base e forme uma nova palavra. Quando o prefixo serve para transformar a palavra base em verbo, terä de alterar tambem a sua terminacäo. Gramát preíixa Palavra base participar legal posicäo montar honesta doente ler possfvel responsável velho visao contente feliz Nova palavra "VAT UMA BJC A E UM PASTEL DE N ATA?" 2 . Para cada sufixo encontre uma palavra base para que possa formar uma nova palavra derivada por sufixacäo. Palavras c_i eri v a cl í.i s i~> o i" m.^/f^.x~ťM *^€ím *» Palavra base Sufixos Nova palavra -ano (nacionalidade) -és (nacionalidade) -äo (nacionalidade) -mentě (advérbio) -eiro (profissäo) -or (profissäo) -ista (profissäo) -izar (verbo) -itar (verbo) -ecer (verbo) -aria (loja) -enca (substantivo) -cäo (substantivo) -dade (substantivo) -gem (substantivo) -äncia (substantivo) -éncia (substantivo) -ez (substantivo) -eza (substantivo) -vel (adjectivo) -oso (adjectivo) -al (adjectivo) 5- No seu pais é habitual as pessoas formarem uma fila segundo a ordern 1 F"'^ I de chegada, esperando calmamente pela sua vez, quer para sérem atendidas em lojas ou servicos públicos, quer para entrarem num autocarro? Em Portugal, a fila ou bicha é um hábito nacionál que as pessoas aprenderam a respeitar desde criancas. Por todo o lado se podem ver bichas de pessoas que aguardam a sua vez para algo. 85 A ascensäo social no interior de uma bicha Isto da modernizagäo da administragäo publica tem muitas vantagens, mas também faz perder coisas boas. Por exemplo, o direito a estar numa bicha e a conviver com o parceiro da frente e com o de trás. Muitos de nos sempře viveram com bichas e há hábitos que custa perder. Para muitos cidadäos solitários děste pais, a possibilidade de dar dois dedos de conversa. enquanto esperam pela sua vez de chegar a um qualquer balcäo de atendimento, constitui um verdadeiro oásis no deserto do silěncio em que vivem; a pouco e pouco, a maior rapidez de alguns servicos e o facto de o acesso ao atendimento ser através de senhas retiradas de uma maquineta veio retirar essa possibilidade. Já para näo falar do acesso via Internet. Porém, de vez em quando, lá vamos tendo oportunidade de matar saudades de uma bicha ä antiga portuguesa. Mas, de facto, näo somos todos iguais. Nem numa bicha! Quando ela é longa, o ultimo a chegar traz uma cara de enfado. Nessa altura, achamo-nos mais fracos, mais vulneráveis, e olhamos com veneracäo e inveja aqueles que estäo colocados ä cabeca do pelotao; esse estado de fragilidade só comega a ser ultrapassado quando, finalmente, ganhamos o estatuto de penúltimo; deixamos de ter a visibilidade que é originada pelo facto de sermos o tanso lá do fim. Ficamos um pouco mais animados, ä medida que väo chegando os novatos ä retaguarda e que neles vamos observando a mesma reaccäo que tivemos, momentos antes. A certa altura, mais hora menos hora, verificamos que estamos a chegar a meio caminho e ganhamos novo alento; comegamos a olhar para os de trás já com uma certa irónia e, quando nos viramos para a frente, näo sentimos de forma täo acentuada o peso da hierarquia na bicha. Ao passarmos a ter mais indivíduos para trás do que para a frente adquirimos o estatuto de veteranos. Já só tornamos a baixar os olhos quando alguém sai da reparticäo com o assunto resolvido. Finalmente, ao alcangarmos a posigäo numero um naquele longo cordäo humano, torna-se a olhar para trás e sente-se, por um momento, a inveja de dezenas e dezenas dos nossos concidadäos, unidos no mesmo desejo: estar no nosso lugar! Ora näo abundam oportunidades destas na vida das pessoas. (Texto adaptado) Vasco Prazeres, médico in Notícias Magazine 2. Explique por outras palavras o sentido das seguintes frases retiradas do texto. 1. ... dar dois dedos de conversa... 2. ... constitui um verdadeiro oásis no deserto de siléncio em que vivem;... 3. ... aqueles que estäo colocados ä cabega do pelotäo;... 4. ... ä medida que väo chegando os novatos ä retaguarda... 5. ... ganhamos novo alento;... G. ... adquirimos o estatuto de veteranos. 3. A que é que o autor se refere quando no final diz que "... näo abundam oportunidades destas na vida das pessoas."? 8ľ "UNIDADE 6 4. Relacione cada palavra da coluna da esquerda com a que, na coluna da direita, tem um significado mais proximo. 1. - enfado 0. - no entanto 2, - bicha b. -adoracäo 3. - hábito C. - atrás 4. - porém i -pessoa S. - reaccäo e. - posicäo e. - vulnerável f. -fíla 7. - veneragäo 0- - aborrecimento 8. - tanso h. - costume 9. - retaguarda i. - sensível 10. - alento i. - änimo 11. - indivíduo 1. - idiota 12. - estatuto m. - atitude B. F&rLa/Sf So Agosto. 1- I. Leia o artigo do Diário de Notícias. C'onipi ce j~i -*ri i\ <_> esse i-,~- Portugueses fazem tudo para gozar férias nos meses de Vera Agosto é o més eleito para descansar, nos sectores publico e privado. 0 Pais pára. ■ISALTINA PADRÄO No Veräo, Portugal inteiro pára. A Corrida ä marcagäo de férias para esta época do ano comeca logo em Janeiro (como manda a lei) e a apatia instala-se entre Julho e Setembro, ficando o Pais particularmente anestesiado em Agosto - o més eleito para o des-canso, quer no sector publico, quer na actividade privada. Profissionais como os bombei-ros, os medicos ou os trabalha-dores do sector do turismo - de quem se espera disponibilidade total nesta época do ano - jun-tam-se a muitos outros, ficando quase todos os servicos a funcio-nar a meio gás. «Encerrados para férias». A fräse encontra-se ao virar de cada esquina, nas mais diversas activi-dades e, muitas vezeš, por largos períodos de, tempo - chega a per-manecer durante um més segui-do. A mensagem quer apenas dizer que a paralisacäo é total. Trata-se daquilo a que os psicólogos chamam «boleia social». «As pessoäs já estäo habituadas ä ideia de que, de facto, o Pais pára nesta altura, portanto näo taz qualquer diferenca mais um profissional estar de férias», explica ao DN a psicóloga Teresa Andrade, adiantando que säo inúmeros os factores que levam a maioria das pessoas a tirar férias no Veräo. j Um deles, talvez o mais forte, prende-se com o calendário esco-lar. «Para estar com os filhos, os trabalhadores tem de tirar férias em Agosto, altura em que as esco-las fecham», justifica aquela responsável, referindo que o bom tempo é outro dos factores deter-minantes. «As pessoas tém de se restringir áquilo que o Pais disponibiliza: sol e mar. Se for possivel disfrutar de ambos cá dentro, gastando pouco dinheiro, náo há razao para tirar férias quando está frio, indo em busca desses atractivos no estrangeiro.» A psicóloga aponta ainda motfvos biológicos para tirar férias na época quente: «0 sol é um anti- -depressivo natural que faz com que nos sintamos melhor durante o ano.» Para Augusto Praca, membro do Conselho Nacionál da CGTP, «há uma sistematizacäo da soci-^ que quase impôe o gozo de : no Veräo». Isto apesar de e rem incentivos em matén tempo - quem tira férias na «baixa» tem direito a mais dias no ano seguinte - e em mos monetários - alguma presas recompensam finaa ramente o trabalhador. Também na actividade j da a preferencia vai pai férias de Veräo. Prova diss.:* fonte da Associacäo Indu? Portuguesa, é que «a ml das pessoas opta por usa: semanas no Veräo e deixa: para mais tarde». Já Rui Oliveira e Co: Comissäo Permanente da considera que «há sectore: é necessário funcionar a 1' no Veräo». E o caso da 1k i transportes aéj'eos e turism VAI UMA BICA E UM PASTEL DE N AT A ? Apontamento Docentes obrigados a parar em Agosto Enquanto todos lutam por tirar férias no més de Agosto, á classe docente é-lhe imposta essa épo-ca para descanso. «Os professo-res sáo obrigados a tirar esse més porque o periodo de avalia-coes se estende até ao final de Julho e, em Setembro, há que comecar a preparar o novo ano lectivo», explica a psicóloga Teresa Andrade, falando agora na qualidade de professora. «Tudo isto reduz a possibilidade de go-zar férias noutra altura do ano», sublinha. Os advogados vivem uma situacao semelhante. 2. Desenvolva as seguintes questoes. 1. A situacao no seu pais é semelhante á exposta no artigo que acabou de ler? Refira as semelhancas e as diferencas. 2. Acha que se deveria fazer algo para mudar esta situagáo? Ou será melhor haver um més em que existe uma maior concentracáo de pessoas em férias? Quais sáo as vantagens e as desvantagens deste facto? 3. Já visitou alguma grande cidade num més em que a grande maioria dos seus habitantes estao de férias? 4. Quando é que costuma tirar férias? Também tem um més fixo? 2- Analise o quadro estatístico, referente aos vários destinos de férias escolhidos pelos Portugueses. Em seguida, tente chegar a uma conclusáo em relacao aos destinos mais procurados no seu pais, justificando essas preferéncias. Viagens de lazer, recreio e férias, por principals destinos no estrangeiro 1999 2000 2001 2002 I Total 658 000 707 000 673 800 755 900 Uniäo Europeia 497 500 575 500 513 100 534 900 Zona Euro 462 500 535 500 490 300 522 500 Fora da Uniäo Europeia 160 500 131 700 160 700 221 000 Principals destinos (%): Alemanha 3,8 0,8 1,2 0,6 Espanha 53,3 59,7 55,9 55,0 Franga 8,2 6,3 11,4 7,6 Reino Unido 4,6 5,2 2,2 1,6 Fonte: INE - Inquérito ä Procura Turistica dos Residentes 89 D E Ouca 4 textos publicitarios turisticos relativos a paises ou Ic'"'""1"'''"sa° cidades e, em seguida, responda as questoes sobre cada urn deles. T e x t o A Durante quanto tempo e que a promocao e valida? Em que tipo de hotel se podera ficar? Qual e o preco da viagem? As criangas pagam o mesmo que os adultos? Justifique. 0 preco inclui o transporte do aeroporto para o hotel? T e x t o B 1. Em que epoca e que a promocao e valida? 2. 0 cruzeiro so inclui as ilhas gregas? 3. 0 voo de Lisboa para Veneza e gratuito? Justifique. 4. Os restaurantes a bordo so estao abertos durante o dia? Justifique. S. Que tipo de desportos e que se podem praticar a bordo do navio? i X t o C 1. Em que meses e que a promocao e valida? 2. Por quanto fica a viagem a Londres? 3. 0 prego inclui pequeno-almoco, almogo e jantar? 4. A promocao refere-se a hoteis de luxo? 5. 0 cliente pode partir em qualquer dia da semana? Justifique. T e x t o D 1. A que capital europeia se refere a promocao? 2. A que tipo de hoteis se aplica a promocao? 3. Entre que pregos varia a promogao da agencia? 4. Ate que idade e que as criangas podem beneficiar do desconto? 90 VA I UMA BICA E UM PASTEL DE N ATA? As vogais a, e e o podem ter diferentes sons. Sublinhe as palavras que contém o som indicado em cada coluna. Em seguida, ouca as palavras com atencäo e verifique se assinalou as sílabas correctas. a [a] pá calmo / caro / para / tarde / favor / espaco / partir / caso / cidade / significado / activo / anel / trabalho [e] aluno alto / saber / alegre / lado / barulho / dia / gasto / dado / facto / claro / ano / abre / face / saco / arte / adoro [e] pé IL repetido / pressa / festa / restaurante / vieste / ela / medir / sucesso / repetir / reparar/ relacäo [s] de geral / terra / ajude / belo / devagar / escuro / aquela / desporto / janela / cabeca / peca / letra / galéria / chega [e] ve Jj IL resto / mesa / cedo / lemos / eles / leve / fazer / medir / tristeza / problema / dela / pena / certo / pessoa / ser o [o] so derrota / irónia / nota / doce / loja / provar / pobre / optar / cobra / flór / obra / roda / social / normál / por / coragem / tornar / hotel [o] avô sopa / demora / boca / ovo / hora / nome / cofre / sonho / sol / troca / po vo / rolha / olho / mostro / Agosto / origem / ocidental / época [u] morada dormir / olhar / correr / procura / costume / coser / poeta / porta / coleccäo / moda / postal / todo / temporal / cola / polícia 91 n p E n d i C E 1 g b 6 h h t i í b l 0 Pal avras derivadas As palavras derivadas formam-se acrescentando um prefixo ou um sufixo ä palavra primitíva. I • Prefixos Prefixo Significado a-; na- negacäo čo-; c on-; com- uniäo, companhia de-; des- ideia contraria i- ; im-; in- movimento para dentro; ideia contraria e-; cm-: en- movimento para dentro; mudanca de estado e-; ex- movimento para fora pré- anterioridade re- repeticäo Exemplos: A Joana e analfabeta. Colaborämos no projecto. Nös convivemos muito com os nossos vizinhos. Este medicamento e comparticipado pelo Ministerio da Saude. Como e que se decompöe esta palavra? Ele foi desleal. Muitas pessoas imigraram nos anos 60. Temos importado muita carne. E importante ingerir muitos liquidos. Este texto estä ilegivel. E impossivel chegarmos a tempo. Ainda hä muita injustica no mundo. Eies embarcaram hä dois anos. Engarrafämos o vinho. Quantos quilos emagreceste? Quando ouvi a noticia, empaüdeci. Nas ferias engordei bastante. A emigracäo aumentou em Portugal. A exportacäo de cortica aumentou. Como previamos, a viagem foi optima. Vou reler o livro que me emprestaste. R P Ě I B I C E * G Pi M fl T I Pi L I 2* Sufixos 1 • Sufixos usados na formacáo de substantivos: A Sufixo Significado -ário -eiro, -(d)eiro -in o -ista -or profissao Exemplos: Gosto de ser bibliotecário. Preciso de ir ao sapateiro. Ele é um bailarino fabuloso. Conheces algum pianista? Como se cháma o teu professor? B Sufixo Significado -és -ano -áo nacionalidade -eiro -ol Exemplos: Eu pensava que o Peter era alemao, mas ele é holandes. 0 Mario é italiano. 0 Paulo é brasileiro? 0 Juan é espanhol, mas vive em Lisboa. c Sufixo Significado -anca / -enca -cao -gem -mento -ura acgao; resultado da accao -áncia/ -éncia -dade / -dáo -ez/-eza -ia estado; qualidade -ada ajuntamento; abundáncia 93 A •f e n d I c e r m r t I C h l ■ j Exemplos: Houve uma grande mudanca na empresa. Qual é a diferenca entre os livros? Já estudaste a formacao das palavras compostas? Queremos prestar homenagem aos nossos colegas. Preocupamo-nos com o desenvolvimento da nossa agricultura. Eles deram-nos este presente com muita ternura. Fui muito feliz na minha infáncia. É preciso paciéncia para lidar com criangas. A bondade é rara nos nossos dias. 0 trabalho foi realizado com uma grande lentidao. A Ilha da Madeira tem paisagens de grande beleza. Eles receberam a noticia com muita alegria. Onde é que vou por toda esta papelada? 2 • Sufixos usados na formacao de adjectivos: Sufixo Significado -ar relacäo -al -oso qualidade, estado -vel Exemplos: Como é o teu ambiente escolar? Esta revista é mensal ou semestral? Foi um trabalho penoso. Correr é muito saudável. Estás disponível na terya-feira? 3 • Sufixos usados na formacao de verbos: Sufixo Significado -ar; -er; -ir accäo -ecer início da acgäo -itar; -izar realizacäo da accäo Exemplos: Vamos inaugurar a escola. Queres conhecer o novo parque amanhä? Temos de dividir o trabalho por todos. A Raquel está a envelhecer imenso. Vamos creditar o cheque na sua conta. Quem é que vai realizar o projecto? UNI DADE DE REVISÄO 2 I. Infinitivo Pessoal ou no Futuro do Conjuntivo? Complete as frases com os verbos no Futuro do Conjuntivo ou no Infinitivo Pessoal. 1. Quando_(vir) a Lisboa, venham visitar-me. 2. Apesar de já_(ser) muito tarde, podes telefonardhe. 3. É aconselhável tu_(comprar) os bilhetes com antecedéncia. 4. No caso de_(vir) antes da hora, podes esperar por nos no bar da entrada. 5. Se_(ver) o Joäo, diz-me. 6. Quando_(acabar) estas sardinhas, pedimos umas améijoas. 7. Ao _(sair) de casa, comecou a chover e tivemos de voltar para tras para _(ir) buscar os chapéus-de-chuva. 8. Sempře que_(querer) ir ao cinema e näo_(ter) companhia, telefona-me e eu vou contigo. 9. Ele näo comprou essas calcas por_(ser) demasiado caras. 10. Faca o que_(fazer), ele nunca está contente com o meu trabalho. 11. Näo podem entrar nesse pais sem_(ter) um visto. 12. Entrego-te o relatório quando tu me_(dizer). 13. Voces ficam na minha casa enquanto_(estar) no Porto. 14. Será necessário o senhor _ (ter) uma autorizacäo de residéncia, se _(querer) arranjar trabalho em Portugal. 15. Bašta_(nos - chegar) ao aeroporto uma hora antes de o aviäo_ (partir). 16. Antes de _(decidir) para onde vais de férias, devias ir a uma agéncia de viagens. 17. Eu telefono-te, logo que_(saber) a hora de chegada do aviäo. 18. Se_(por) canela no pastel de nata, vais ver que ainda vai ficar melhor. 19. É conveniente voces_(reservar) uma mesa no caso de_ (querer) ir jantar a esse restaurante. 20. Quem_(trazer) o carro para esta zona amanhä ä tarde, vai ter dificuldade em circular, pois vai haver uma manifestacäo de estudantes em frente do Ministério da Educacáo. 2. Complete o Quadro. Substantivo Verbo Adjectivo a pressa atrasar-se feliz inscrito consumir a änsia satisfazer 35 3. lunte as frases com as expressoes Que se encontram entre pa rentes is e faga as alteraa necessarias. I. Estas nervosa. Faz ioga. (no caso de) 2. Voces vao ao Porto. Visitem as caves de vinho. (quando) 3. 0 salario e baixo. Mas eu aceito esse trabalho. (mesmo que) 4. Nao gostas de bacalhau. Mas tens de provar este bacalhau com natas. (apesar de) 5. Vimos tarde. Nao vos acordamos. (se) 6. 0 senhor tem ferias em Agosto. Sera dificil arranjar um quarto nesse hotel, (caso) 4. Complete com os verbos no Indicativo. Imperativo, Conjuntivo ou no Infinitivo Pessoal. I. ter E claro que tu_ Nao acho que tu Apesar de_ .razao. razao. razao, tens de manter-te calmo. 2. tirar No caso de Se_ Caso_ 3. yer Ao_ Quando Quando . ferias em Agosto, vamos gastar muito mais dinheiro. .ferias em Agosto, vamos gastar muito mais dinheiro. _ferias em Agosto, vamos gastar muito mais dinheiro. . os pais, as criancas desataram a correr. _os pais, as criancas desataram a correr. _os pais dele, digam-me. 4. vir - Meus senhores, Quando eu_ Visitem-me, quando _mais cedo amanha para a reuniao. para casa, encontrei a tua irma. _a Lisboa outra vez. 5. fjor Nao estejas ao sol, sem_protector solar. Nao te deixo ir para o sol, enquanto nao_o chapeu. A tua mae quer que_o chapeu na cabeca. 96 6. estar Acho que eles já Näo acredito que eles já Se eles näo_ . em casa a esta hora. _em casa a esta hora. .em casa até äs 22:00, väo perder o princípio do filme. 7. fazer o que ele nunca gosta do meu trabalho. Paula, _a lista das compras, antes de ires ao supermercado. 0 Antonio esta furioso contigo. 0 que e que lhe_? 8. dizer . o que aconteceu. É necessário que ela me_ E necessário ela_-me o que aconteceu. Fiquei surpreendida quando ela me_o que aconteceu. 5. Complete o Quadro com palavras Que tenham um sentido contrario. abundante ^ sonho # habitado ^ riqueza ■£ tranquilo ^ raro ^ diminuir ^ acelerar ^ lentidäo # pesado ž sovina ^ falador ^ 6. Complete as frases com as preposicoes Que faltam, contraindo-as com o artigo Quando for necessário. Ele náo consegue guardar um segredo. Dá sempře _os denies. Náo deves confiar_ a lingua ele. 2. Eu sei que tinha ficado preferia ficar_ 3. Já passa _ ír casa. Pode ficar o cinema contigo, mas hoje _amanhä? _ as nove horas. Vamos jantar? Já tenho a barriga _dar horas. 4. Ontem sonhei _ o Antonio, aquele colega nosso que falava _ os cotovelos e _ quem tu estavas sempře _discutir. Náo te davas nada bem _ele. 5. Desculpa, mas näo concordo nada _ Claudia_a frente de toda a gente. o que disseste 6. Peco desculpa_ tenho uma consulta marcada . näo poder estar na reuniao _essa hora. hoje, mas 7. Complete o Quadro. Substantivo Adjectivo paisagistica o mar o vulcäo belo misterioso apetitoso lendärio a injustiga obcecado a perturbagäo tranquilizante o sabor a corrupgäo intenso 8. Lembra-se das expressöes idiomäticas Que aprendeu? Relacione um elemento da coluna da esojjerda com um da coluna da direita. I. pregar a. quentes 2. dor b. de fome 3. costas c. de mercador 4. meter d. olho 5. unha e. em mäos 6. ouvidos f. de cotovelo 7. ter g. a torcer 8. brago h. o nariz 98 es WM %. * r tu v x s i a 3 a v k i s o iít a s s \ a d k o :> ..... .... ............... . . s.............. ........... " U N I D A D E 7 Olhe para a fotografia e veja se sabe que tipo de revista é que o horne com o colete amarelo está a vender. I. O Rolf é um alemäo que fala fluentemente portugués e que fica surpreendido ao ver pela primeira vez esse homem na rua. Ouca o diálogo entre ele e o seu amigo Filipe. Rolf: Que revista é aquela que aquele homem está a vender? Filipe: É a CAIS. Rolf: CAIS? E uma revista sobre barcos? Filipe: Barcos!? Claro que nao. É uma revista de uma associagáo que se cháma CAIS e que tem como objectivo apoiar as pessoas que nao tem casa, os sem-abrigo. Rolf: Por acaso tenho reparado que á noite há muitas pessoas que dormem nas ruas. Como é que se chamam? Sem-abrigo? Filipe: Sim, chamam-se sem-abrigo. Segundo uma revista que li, na Uniáo Europeia existem mais de 4 milhoes de pessoas sem tecto e cerca de 10% das pessoas sem casa dorme na rua. Rolf: Se o desemprego diminuísse, talvez essa situacáo melhorasse. E quem é que vende essas revistas da CAIS? Filipe: É vendida pelos sem-abrigo nao só portugueses, mas também imigrantes que, assim, podem receber uma parte do dinheiro das vendas e que funciona como um salário. Rolf: É uma boa iniciativa. É horrfvel pensar que há tantas pessoas que, em países desen-volvidos, nao tem o direito a ter uma casa. Era bom que vivéssemos numa sociedade mais justa, em que todos tivessem um mínimo de condicoes para viver com dignidade. E se comprássemos uma revista? Sempře estaríamos a contribuir para alguma coisa de útil. 2. Antes de ler o diálogo, responda as seguintes perguntas e teste a sua compreensäo oral. Compreensao oí 1. Que tipo de revista é que o homem está a vender? 2. 0 que significa a expressäo sem-abrigo? E SE COMPRÁSSEMOS UMA REVISTA? 3. Quem vende as revistas da associacao CAIS? 4. As pessoas que vendem estas revistas recebem algum dinheiro? 5. Segundo a revista que o Filipe leu, quantas pessoas é que se calcula que nao tém casa na Uniao Europeia? 6. Qual é, na opiniao do Rolf, uma das situagoes que dáo origem ao aumento de sem-abrigo? 3. Agora leia o diálogo. 2- Gr i -; i iii ;'i t i cil: Imperfeito «1«_» Corijuntivo Cťor-m :x ) 1. Repare nas seguintes frase do diálogo. Se o desemprego diminuísse, talvez essa situacao melhorasse. Era bom que vivéssemos numa sociedade mais justa, em que todos tivessem um mínimo de condicoes para viver com dignidade. E se comprássemos uma revista? O Imperfeito do Conjuntivo forma-se a partir da 3a pessoa do plural do Pretérito Perfeito Simples do Indicativo (P.P.S.), a que se retira a termi-nagáo —ram e se acrescentam as seguintes terminacóes. P.P.S. Imperfeito do Conjuntivo eles falarafft eu falasse tu falasses ele falasse nós falássemos eles falassem 101 U N I D A D E 7 Agora complete o quadro. ill Infinitivo P.P.S. Imperfeito do Conjuntivo ir eles eu ser eles eu ter eles eu estar eles eu dar eles eu fazer eles eu dizer eles eu trazer eles eu querer eles eu saber eles eu haver poder eles eu por eles eu ver eles eu vir eles eu 2. Usa-se o Imperfeito do Conjuntivo: C 1 iri;» Lica: Imperfeito i-Pei Lo Conjuntivo (dar) um aumento de salário, mas já sei que isso näo Oxalá este ano ele me_ vai acontecer. Se eles_(ter) um trabalho, näo estariam a viver na rua. Ela fala, como se_(saber) sempře mais do que os outros. Se tu_(ler) o jornal, já saberias o que se passou. Mesmo que nós _ (querer) fazer esse curso, näo teríamos média para entrar nessa Faculdade. Está imenso calor! É como se (nós) Escolhi um hotel que näo_ A professora pediu-nos que_ Preferia que ele näo_ (estar) em pleno Veräo. (ser) muito caro. _ (trazer) os dicionários. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. (ir) almocar connosco. Näo gosto nada dele. _ (vir) mais cedo amanhä. _ (conseguir) passar no exame e parece que tinha Era melhor que voces_ Sempre duvidei que ela _ razao. Agradecia que o senhor me_ Gostava de comprar um carro que Estou cheio de fome. E se nos_ Ele ficaria contente se nos_ Talvez_(ser) mais facil ele arranjar um emprego se curso profissional. 0 professor quis que eu_(mudar) de lugar. Se nao_(estar) a chover, podiamos ir a pe. Quando ela era crianca, a mae ficava sempre ao pe dela ate que ela _ (adormecer). Eu agradecia-te se tu me_(poder) substituir amanha. Tenho o meu filho doente. (dizer) o seu nome completo e o seu endereco. _ (gastar) menos gasolina do que este. _(ir) almocar? (fazer) a festa de aniversário cá em casa. _(fazer) um 103 4. Imagine-se em cad a uma das situacSes que se 1( ■l'1"'"''rit';': fra" seguem e complete as frases. 1. Eu faria uma viagem a volta do mundo, se 2. Se eu estivesse desempregado/a, 3. Eu gostava que me ajudassem, se 4. Se eu tivesse um barco, S. Eu praticaria um desporto radical, se fi. Se eu encontrasse um sem-abrigo a dormir a minha porta, 7. Todos nos seriamos mais felizes, se 8. Se eu tivesse de trabalhar fora do meu pais, 9. Se eu nao tivesse dinheiro para comprar uma casa, Se eu fosse assaltado/a na rua a noite, 104 SE COMPRASSE R E V I S T 3- I. Leia o artigo da revista Notícias Magazine e fique a conhecer um pouco mais sobre a associacáo CAIS. I 1 texto Dez alios da CAIS Muitos os veem na raa, de colete fluorescente a dizer CAIS (abreviatura de Circulo de Apoio a Integracao dos Sem-abrigo), com uma revista na mao que tentam vender aos automobinstas parados nos semaforos e as pessoas que passam nas ruas, ou saem do metro. Foi ha dez anos que surgiu para dar um projecto digno de vida a quem nao o tinha. Ao dignificar o vendedor, pela qualidade do produto que vende e pela possibilidade de fazer um ordenado, permite-lhe gostar mais de si mesmo e atrever-se a ir mais longe. Maria Paula tem 44 anos. Durante 15 a toxicodependéncia orientou todas as suas opcoes e influenciou os seus caminhos. Durante um ano chegou a viver num carro abandonado. Mas, como ela diz, "fecha-se uma porta e abrem-se várias janelas." Conheceu a revista CAIS e pediu que lhe fosse permitida a venda da revista. Foi ai que comecou uma nova etapa na sua vida. Há quase oito anos que Maria Paula Tavares é vendedora da revista CAIS. Quase tantos anos como a idade da propria associagao na qual a revista tem origem. Nascida em 1994, a CAIS é uma associagao de solidariedade social, sem fins lucrativos, que quer apoiar a reinsercao das pessoas ou grupos excluidos. Setenta por cento do valor das vendas da revista fica para o vendedor. Diferente de todas as outras 0 inicio nao foi fácil. Henrique Pinto, director da revista, recorda os primeiros tempos, lembrando que houve momentos complicados, em que, devido á falta de meios, a revista chegou a nao ser editada em alguns meses. Mas se antes a tiragem se situava entre os dois e os cinco mil exemplares, hoje estao perto dos quarenta mil. E quando se fala em crescimento e transformacoes, Maria Paula responde imediatamente: "Uma casa. Consegui ter uma casa, através do dinheiro que juntei e da ajuda da Cámara Municipal de Lisboa. Alem disso, consegui tirar um curso de Informática. Mas conseguir emprego é muito complicado. Importante também é que, depois de comecar a vender revistas, conheci muitas pessoas diferentes e comecei a ser acarinhada, o que foi fantástico." Mas nem só de revistas vive a CAIS. Apesar de dependerem da ajuda de patrocinadores, conseguiram criar algumas iniciativas importantes, como congressos, producao de estudos e livros, organizacao de campeonatos de futebol de sem-abrigo, entre outras. Henrique Pinto quer, no entanto, que fique claro que a ajuda que pretendem dar se relaciona com uma atitude de longo prazo, em que o que é importante é a velha maxima de náo dar o peixe, mas ensinar a pescar, ou sej a, educar para a vida activa. in Notícias Magazine § 105 U N I D A D E 7 11 > rr&ensao do t• 2. Responda äs perguntas sobre o artigo que acabou de ler. 1. Quais säe- os objectivos da Associacäo CAIS? 2. Depois de ler o testemunho da Maria Paula Tavares, acha que, de facto, o trabalho desta associacäo pode aumentar a auto-estima daqueles que se encontram em situacöes dificeis como a que ela vivia? De que forma? 3. Explique o significado das seguintes frases: ... "possibilidade de fazer um ordenado permite-lhe gostar mais de si mesmo e atrever-se a ir mais longe." ... "fecha-se uma porta e abrem-se värias janelas." ... "näo dar o peixe, mas ensinar a pescar." 3. Desenvolva as seguintes questöes. 1. Qual e a sua opiniäo sobre esta associacäo? 2. Pense no seu pais e, mais concretamente, na sua cidade. Existem muitos sem-abrigo? Que tipo de pessoas e que, na generalidade, se encontram nesta situaeäo? 3. Sabe se no seu pais existe uma associacäo como a CAIS? Que tipo de ajuda e que estas pessoa? recebem? 4. Quais säo, na sua opiniäo, os factores que mais contribuem para o aumento de pessoas sem-abrigo: 5. 0 que se poderia fazer para diminuir ou, mesmo, acabar com esta situaeäo? E. Em Portugal existem värias iniciativas com o objectivo de ajudar, näo so os sem-abrigo, como a? familias com problemas econömicos. 0 Banco Alimentär contra a fome e um bom exemplo dessa-iniciativas e muitas säo as pessoas que voluntariamente nelas partieipam, como pode verifica:. lendo esta pequena noticia que demonstra bem o envolvimento da populaeäo, em geral. BANCO ALIMENTÄR SUPERA EXPECTATIVAS A recolha de alimentos realizada no fim--de-semana pelo Banco Alimentär supe-rou as expectativas e aumentou 7,5 por cento relativamente a Maio de 2004. Os 10.500 voluntärios recolheram mais de mil toneladas de alimentos em 527 superficies COmerdaiS. in Metro A Quercus, Associacao Nacionál de Defesa e Conservagao da Natureza, é uma outra organizacao de trabalho voluntário bastante conhecida em Portugal. Os estatutos desta associacao sáo claros ao instituir que nenhum membro dirigente é remunerado. Assim, á excepcao de algum pessoal administrativo, todo o trabalho desenvolvido por esta organizacao tem carácter voluntário. Conhece algumas organizagoes de trabalho voluntário que no seu país apoiem as pessoas que, por variados motivos, precisem de ajuda? Quais sáo e em que áreas é que elas oferecem ajuda? "E SE COMPRÁSSEMOS UMA R E V I S T A ? " Comp>re<3nsao esc 1- O desemprego é uma triste realidade que atinge muitas famílias em todo o mun u/wv SMS. I- O Luis é um jovem com 16 anos e está em casa a falar com os amigos no Messenger, quando o André chega ä sua casa. I. Ou§a o diálogo. >reen sa< Andre: Oi, com quem é que estás a falar? Luis: Tás bom? Com o Bernardo, a Catarina, o Nuno e a Carolina. André: E se fossemos logo ao cinema? Luis: É uma boa. Vou perguntar-lhes se eles querem ir. André: É pena o Joäo näo estar no messenger, senäo também lhe dizias. Luis: Näo faz mal. Manda-lhe um SMS e pergunta-lhe. André: 01ha, o Joäo diz que näo pode. Se lhe tivéssemos dito mais cedo, näo tinha com- binado outro programa para hoje ä noite. Luis: Fica para a próxima. 01ha, eles väo todos. A Catarina vai ver na net que filmes estäo nas Amoreiras e daqui a uma hora falamos outra vez no messenger. Entretanto, vai um joguinho na playstation? Quero a desforra de ontem. André: Tou a ver que se näo te tivesse ganho ontem, näo me tinhas dito para vir cá a casa hoje. Luis: Deixa-te de conversa e anda mas é jogar. JrTiL 1 £ii-: compreensao - «_i — -perfeito «z-«>»: nposto «I iii].lt-t:ii" ( i1< - i -1 > 111 Pretérito msüs-que-perfeito <1< > 1. Quem me dera que eu (encontrar) o Joäo na Universidade. Mas acho que ele está de férias. 2. Se_ 3. Se nós (vir) mais cedo, tinhas visto o que se passou. _(ter) mais tempo, teríamos visitado os teus pais. (deixar) o telemovel em casa, tinha-te enviado uma (ir) ao cinema. 4. Se eu nao _ mensagem. 5. Nos tmhamos-te dito, se_ G. Se os pais nao_ computador. 7. Se voces_ (vir) ca a casa ontem, tinham jantado connosco. 8. Eu tinha-lhe oferecido um telemovel novo no Natal, se ele_ (ter) boas notas. (instalar) o messenger, ela nao passava tanto tempo ao 9. Era bom que eles_ ID. Ele nao teria chegado tao tarde, se (ver) o programa de ontem. _(vir) de carro. tit^a.; frames condiciomi 4. Podemos ter frases condicionais que expressam situacoes hipoteticas com possibilidade de concretizacao diferente: a) hipotese ainda possivel no futuro; Se + Futuro do Conjuntivo + Presente do Indicativo / Futuro do Indicativo / Imperativo Exemplo: Se eu for ao cinema amanha, telefono ao Jodo. b) hipotese nao verificada no presente, ou com pouca possibilidade de concretizacao no futuro; Se + Imperfeito do Conjuntivo + Condicional / Imperfeito do Indicativo Exemplo: Se eu fosse ao cinema amanha, lelefonava ao Jodo, mas infelizmente acho que nao vou poder ir. c) hipotese que nao se verificou no passado. Se + Preterito mais-que-perfeito composto do Conjuntivo + Preterito mais-que-perfeito composto do Indicativo / Condicional Preterito Exemplo: Se eu tivesse ido ao cinema ontem, tinhalteria telefonado ao Jodo. 11B MAND A - LH E UM SMS. Agora complete as frases. 1. Se (ver) a Teresa, diz-lhe que eu lhe telefono logo á noite. 2. Se eu (morar) em Lisboa, ia de metro para o trabalho. 3. Se nós (ter) dinheirn mmprávamns este telemnvpl 4. Se eu (estar) em casa a essa hora, teria visto esse filme. S. Se na próxima semana eu (tpr) aluiím tpmpn livrp vamns almnear juntos. G. Se eu (saber) a que horas comeca o filme, dizia-te. ľ. Se (pór) o carro na garagem, nao tens que andar á procura de lugar. B. Se (ir) á aula de ontem, teríamos tirádo essa dúvida. 9. Se näo (rhnver) amanha pndpmns ir a praia 10. Se näo (haver) Internet ns jnvens passariam menns hnras em frente ao computador. 11. Se (poder) ir convosco, mando-te um SMS. 12. Sp pIps nan (passar) tantas hnras a jnrar plnyxtntinn^ teriam tidn mais tempo para estudar para o teste. 3- Concorda que os jovens de hoje säo uma geracäo que pode ser considerada como digital, devido ao seu perfeito relacionamento com as novas tecnologias? Leia o texto e analise os resultados de um estudo sobre os jovens e a sua dependencia das novas tecnologias. Estas säo algumas das conclusöes de um trabalho que teve como objectivo perceber como é que os jovens universitários, entre os 18 e os 22 anos, ocupam o seu tempo, e como utilizam e se relacionam com as novas tecnologias. O estudo näo deixa dúvidas sobre as alteracöes ocorridas no relacionamento dos jovens com a tecnologia ao longo destas duas ultimas décadas. A maioria dos inquiridos afirma utilizar as TICs (Tecnologias de Informacäo e Comunicacäo) para pesquisar e trabalhar. Percebe-se que é ao fim-de-semana que os jovens dedicam mais tempo äs consolas, telemóveis e computadores, chegando o tempo de utilizacäo a atingir as sete horas no caso do computador, contra cinco horas durante a semana. Muitas mais que aquelas que dedicam aos estudos e desporto: durante a semana näo ultrapassam as 2,5 horas e a prática de desporto näo excede a 1,5 hora, em média. A internet é, para esses jovens, facilitadora de relacionamentos mas, em contrapartida, é um meio criador de dependéncia do qual é preciso tirar "férias" de vez em quando. Os autores do estudo concluem que as TIC's "obrigaram ä reorganizacäo dos quotidianos dos jovens" da chamada geracäo digital, que revela "grande dependéncia" da utilizacäo do telemóvel ou do computador. in Visa o " U N I D A D E J Jovens tecnológicos A esmagadora maioria dos inquiridos neste estudo, fodos com idades entre os 18 e os 22 anos, tern computador, telemovel e passam longas horas a navegar na Internet. As mulheres sao mais «digitais» que as homens. O que tern... Telemovel Automovel on moto Utiliza Messenger Acesso a Internet Computador em casa Televisor no quarto ... e comes passam o tempo Consolas Masculino Feminine Telemovel :;:T:jr::. ■ ; Computador NOTA: Estudo tealijado entre OS esfudanfes do l.° ano do Instätuto Politecnico de Lisboa UHHHR Fonle: Institute Poütecnieo de Lisboa Visäo 1. Ficou surpreendido/a com alguma informaeäo presente no texto ou no estudo? 2. Refira quais as vantagens e as desvantagens deste relacionamento com as novas tecnologias de informaeäo e comunicagäo. 3. A nova geracao no seu pais também pode ser considerada como digital? Acha que haveria algumas diferencas se o estudo fosse realizado no seu pais, mais concretamente, numa grande cidade? Os resultados seriam diferentes com jovens do interior ou de um meio rural? Estamos viciados em SMS. Esta foi a conclusao do primeiro estudo sobre mensagens escritas em Portugal. Muitos Portugueses dificilmente passam um dia sem mandar ou receber um SMS. Analise os resultados desse estudo e, em seguida, responda as perguntas. E, se tiver amigos Portugueses e quiser comunicar com eles, envie-lhes um SMS... Compreender estudo e f SMS Report em Portuga A parceria entre as empresas Multidados e Mobile Soft Systems deu origem ao Primeiro Estudo sobre o Utilizador de SMS em Portugal. Eis alguns resultados. COSTUMA UTILIZAR 0 SERVIQO? / Náo: 9% _ COSTUMA LER OS SMS QUE RECEBE? NS/NR: 0,5% ! Näo:1,5%^aÖB Sim: 98% / UTILIZA 0 SERVICO EM QUE OCASIOES? Várias/quase todas Comunicagäo curta/rápida Contactar amigos/familiares 9,7% Lazer/ brincadeiras Ocasiöes festivas Pouco saldo Dar recados urgentes Necessidade de descricäo Profissionais Näo quer/consegue falar Trabalho e lazer Ocasionalmente Concursos/c/iais Fonle: Multidados/Molibe Soft Systems "ml<<: - ln'°s™lia »P«i"' <±«v>< in Nova Gente MANDA I. Os jovens do seu pais sao tambem grandes utilizadores deste servico? 2. Imagine que lhe pediam para responder as questoes do estudo realizado em Portugal. Quais seriam as suas respostas? 3. Será que consegue compreender os SMS que muitos jovens enviam uns aos outros? Algumas mensagens sao difíceis de entender, parecendo códigos para decifrar. Leia estas 7 mensagens, tente compreendé--las e escreva-as em portugués correcto. A. D. Qi . Td bepv? Oj c i nena - . . ST --"II--J-—< ■=U-:. -_i b : i a i G. 1.11 ITi h- Bora suf'ar pa kos"ba oj tard? i B. E. C. «■»» www bT-v? ň k ot~ax ě" a r-eurdao ananha? N xe?i x 't-S'Fiho pa.x of"~t~'a. ds* at-urar o dr war i o. Ul » KCCiX Ti a mat-ěp i a P'O "fc-E'X'i!- dsi por-tug. S-F-f? A. B. C. D. E. F. G. 119 Compreender t *_- j< t < > c < - x]Tľt>ssiii opini 5- A dependencia que os nossos jovens evidenciám em relacäo ä televisäo e a outros meios de comunicacäo é urna situacäo que preocupa muitas pessoas. Este foi o terna de um debate, em que se analisaram as consequéncias negativas que esta dependencia pode provocar. Leia o artigo e, em seguida, responda äs questôes. Censura na TV, a bem da família Especialistas em ensino, família e meios de comunicacäo reuniram-se em Lisboa para identificar o que vai mal com os nossos miúdos. Joäo Vasco Almeida Será que, se dentro do limite democrático houvesse censura na televisäo para proteger os mais novos, isso séria aceitável? Esta foi uma das questôes apresentadas nos debates, que duraram dois dias, e que juntaram vários entendidos nas matérias. Há muito tempo que se alterou o triängulo família, comunidade e escola, onde a crianca estava inserida. Agora há que contar com um novo vértice: os meios de comunicacäo social e a sua importäncia na vida dos mais novos. A TV há muito que foi ultrapassada pelos novos meios de comunicacäo. "Falamos sobre os peri-gos da TV, mas sabemos o que é um SMS? Um MMS? Ou o que é um "chat"?", questionou um pedagogo presente nos debates que nos alertou: "Hoje há termos como "chatař" ou a expressäo como "7ubal"* ou a frase comercial "i9"** que deturpam a lingua e nós näo temos resposta nem dinämica para as compreender. As criancas estäo agarradas aos computadores, ä internet, onde näo é possível fazer censura. Que respostas temos para estes novos meios? Como se comportaräo os educadores perante estes cenários recentíssimos?", questionou. No entanto, Maria de Jesus Barroso sublinhou que todos os meios tém "um papel fundamental na formacäo dos mais jovens" e que os órgäos de comunicacäo social devem assumir "uma especial responsabilidade nessa formacäo, uma vez que säo, cada vez mais, montra de modelos que os jovens seguem". in Focus * Setúbal 1. Concorda com a existencia de algum tipo de censura na televisäo como forma de proteccäo dos seus possíveis efeitos negativos sobre criancas e jovens? 2. Que influéncias negativas säo referidas no texto, em relacäo ä TV e aos novos meios de comunicagäo? 3. Se tivesse filhos ainda criancas ou jovens acha que exercia algum tipo de censura? 120 MANDA - L HE U VI SMS. O mundo aos 18 anos varia conforme o pais de origem, a cultura, a religiao, etc. Varios sao os factores que influenciam a forma como os j ovens veem o mundo nesta idade. I. Leia o texto e fique a conhecer como é o mundo para os jovens Portugueses aos 18 anos. C on i pi eensa o escrita O Mundo aos 18 anos Individualistas e consumistas, cultivam niais o corpo do que os livros. Näo passam sem as novas tecnologias. Mas também säo capazes de sentimentos mais nobres. Política é que näo: metade dos 375 mil no vos eleitores näo tenciona votar, nas próximas eleicöes. Henrique Botequilha Bem-vindos ä terra de ninguém. Tém 18 anos, já näo säo criancas, mas ainda näo säo adultos. Geracäo rasca, geragäo x, geragäo y, geragäo digital - sociólogos e publicitários usaram vários termos para definir esta categoria etária. Tornou-se comum dizer que os jovens näo tém valores, säo egoístas, indisciplinados e incapazes de assumir uma causa colectiva. Idealistas, sonhadores, radicais säo características associadas aos jovens. Mas o que o presente mostra é que cada vez mais tém os pés bem assentes na terra. A maioria olha, espreita para a frente e vé muito pouco. 0 futuro abre-se em perspectivas modestas, quase sempre associadas ä situagäo perante o trabalho. Escolhe-se um caminho e caminha-se. Um passo de cada vez. Cultiva-se a imagem jovem, o corpo formatado nos ginásios, as novas tecnologias sempre presentes, saídas nocturnas sem hora de regresso. A entrada no mundo laboral vai-se adiando e, com ela, o fim da adolescéncia. Os jovens saem cada vez mais tarde do lar dos pais; quando casam, já estäo, em média, perto dos 30 e os filhos säo poucos e tardios. Consumidores obsessivos, adoram marcas e as marcas adoram-nos. Poucos deveräo conhecer melhor esta idade do que os publicitários. Encomendam-se os estudos e os modos de vida säo passados a pente fino. Assim se fica a saber que o carro é um parceiro indispensável, os CDs säo mais comprados do que os livros, os óculos de sol aderegos importantes. As meninas preocupam-se cada vez mais cedo com o vestuário e com o corpo, enquanto argumentos de I sedugäo. Os rapazes entregam-se a um look cool, prolongando-o. Todos frequentam centres comerciais: 9 em cada 10 recorrem a eles como ocupagäo dos tempos livres. As novas tecnologias tornam-se imprescindíveis. 0 computador e a internet fazem parte da vida ( da maioria dos jovens e da quase totalidade dos estudantes. Estaremos mesmo ä beira da dependéncia da net. Sair ä rua sem telemóvel é hoje o mesmo que sair sem um sapato. Estes jovens clientes däo importäncia ä marca, ao design e ä funcionalidade do equipamento, säo os campeôes do SMS e de jogos, videos, toques e músicas. Em casa, a playstation também tem o protagonismo, na intimidade do quarto: mais de meio milhäo de consolas vendidas em Portugal, dirigidas a uma média etária de 20 anos. E num mundo em que o computador e o telemóvel väo impondo a sua lei, näo deixa de ser curioso que a TV mantenha um lugar igual nas atengôes. 1 -iififfifll 121 U N I D A D E 8 No entanto, também é importante conviver. Do convívio faz-se a festa, do encontro uma celebracáo sem limites. As redes de amizade sao sólidas - a mesma tribo e a mesma onda. Há várias maneiras de se chegar aos 18 anos e outras tantas de se sair deles. Maiores de idade, com certeza; talvez sejam adultos. Sonhadores, sempře. Quando nao temos 18, desejamos lá chegar. Quando chegamos só queremos voltar atrás. in Visáo Ofll/fOSPR A guerra assusta, mas, em termos domésticos, säo a formacäo pessoal e o clesemprego t|iie mais atormentam os jovens Portugueses entre os 15 e os 18 anos Guerra_____________________ Desemprego____________ Fome_____________________________- jlacismo Desigualdades sociais -f. Meio ambiente «> DireitosHumanos 42,7% mm tm. Desemprego aoensino superior :o na; Compra de earro/mota Cii^š do arrendamento paraiiabitacäo ocio = Fonts rj/Markfest2Ó05 in Visäo 2. Responda as perguntas: Falar: o<\> 11 r j > i-«_-<_" usao do tei 1. Como pode definir os jovens de 18 anos de que o texto nos fala? 2. Pense em si aos 18 anos: em que aspectos é que se diferencia e se reve em relacäo ä imagem apresentada? 3. Em que aspectos é que os jovens no seu pais säo diferentes dos Portugueses? 4. No arti go, os jovens säo chamados de egoístas, individualistas, consumistas indisciplinados e incapazes de assumir uma atitude colectiva. Concorda com a atribuicäo destas características? 5. Considera que, de acordo com a informacäo, o que mais preocupa os jovens Portugueses coincide com o que mais preocupa os jovens do seu pais? Ä noite, os bares e discotecas das cidades portuguesas enchem-se de jovens (e näo so) em busca de diversäo e convivio. A oferta e variada e muitas säo as discotecas que funcionam ate de madrugada. O exagerado consumo do älcool por parte de muitos jovens estudantes, que vivem a noite de forma, por vezes, excessiva, e para algumas pessoas responsävel pelo insucesso escolar que se verifica em muitos estabelecimentos de ensino secundario e superior. Faca uma breve viagem, proporcionada pela revista Visäo, aos santuärios nocturnos das cinco principais cidades portuguesas, e, em seguida, conheca a polemica opiniäo do Reitor da Universidade Catolica de Lisboa. »An as discotecas só enchem ás 2 e 30 e esvaziam äs sete da manhä Média de consumo entre os 615 e os 620 ' ' shots, whisky-cola, vodka-limäo e rum Bacardi Nor quarta-feira PARAGEM 0BRIGATÓRIA: Bar da Academia (exclusivamente para estudantes) o bar encerra äs trěs, mas quem já lá está deixa-se ficar äs sete, na discoteca Sardinha Biba Otriunfo da República . „■.:■: tercas e quintas Em dias de festa académica säo batidas anualmente as marcas de venda de älcool Os estudantes universitärios preferem a cerveja enquanto os do secundario apostam nos shots MMTRO: Praca da República A Via Latina e o Remix säo as mais populäres Festas e jantares nas repúblicas (residéncias de estudantes) até de madrugada Academia da noite quarfa PARAGEM OBRIGATORIA: 0 bar Barué, da Associafäo Académica. Fecha äs trés da manhä só há uma na cidade, a Praxis Da noite se faz manhä ■ quintaparaos estudantes univěfSitários e sextas para os do secundario VIDA: Dispersa-se em vários pontos quentes na cidade, mas desenroia--se sobretudo no eíxo-Santos--AIcäntara-Docas A cerveja é campeä imbatível de consumos. A bebida da moda é o Malibu, ä base de rum e coco CUENTES HABITUAIS: os estudantes universitärios. Os mais novos tentam seguir-lhes os passos Nunca antes da meia-noite para os universifários e das 23h para os mais novos. Algumas discotecas těm after-hours, prolongando a noite até á manha do dia seguinte Vodkas e shots garantem uma embriaguez mais rápida por menos dinheiro 123 LJ N I D A D E O Reitor da Universidade Católica de Lisboa estabeleceu uma relacáo directa entre estas noitadas e o insucesso escolar. Avisando que ia assinalar "um facto muito falado e que ninguém tem a coragem de denunciar", o reitor disse que "hoje, em todas as cidades universitárias de Portugal, existe uma auténtica indústria da noite que exerce uma fortíssima pressáo sobre os estudantes universitários e é responsável por um clima de menor investimento no estudo e na aplicacáo geral". Para este docente e sociólogo, "os podereš públicos tem de tomar medidas sobre os horários da indústria da noite", sob pena, avisa, de se "pagar a factura" nas geragoes futuras. in Visáo 1. Concorda com a opiniao do reitor? Em que aspectos? 2. Faca uma apresentacao da noite na sua cidade, tal como e feita para as cidades portuguesas. 3. Em Portugal e proibido vender alcool a menores de 16 anos. No entanto, sabe-se que em algumas discotecas nao se cumpre a risca essa lei. E no seu pais como e? Ouca algumas informacôes sobre experiéncias e modos de |cor vida diferentes de cinco jovens. Em comum, só tém o facto de terem 18 anos. Teste a sua compreensäo oral e responda äs perguntas. 1. 0 que é que a Sofia estuda? 2. Porque é que ela ganhou o prémio de melhor aluna do secundário? 3. A Sofia mudou os seus passatempos depois de fazer 18 anos? 4. Onde é que o Jose Luis trabalhou no Veräo? 5. 0 que é que ele fez com o dinheiro que ganhou? 6. Como é que ele passa o tempo livre? 7. 0 Tó Zé ainda está a estudar? B. 0 que é que ele quer mudar aos 18 anos? 9. Que profissäo é que ele quer ter? 10. Até que ano de escolaridade é que o Roberto estudou? 11. 0 que é que ele faz para ganhar dinheiro? 12. Qual é o sonho do Roberto? 124 -LHE UM SMS. 13. Que curso é que o Bernardo está a tirar? 14. Como ocupa ele o tempo livre? 15. Dos cinco jovens, quais é que considera que tiveram um percurso de vida mais diferente? , Ortografie & Pron/ú/K/oi/ív Coloque as palavras dadas na coluna adequada de acordo com a pronúncia da letra x. Em seguida, ouca as palavras e verifique se fez a opeáo correcta. taxi / maximo / conexao / xaile / exemplo / mexer / xadrez / taxa / xisto / aproximar / faixa / eixo / sexo / hexágono / exame / extinto / enxame / roxo / enxaguar / luxo / puxar / experiéncia / éxito / maxilar / sexual / extinguir cs ch ss RPENDICE ^ G R M fl T I fi L ||| Pretérito mais-que-perfeito composto do Conjuntivo Forma-se com o verbo auxiliar ter conjugado no Imperfeito do Conjuntivo e o Particípio Passado do verbo principal. eu tivesse feito tu tivesses dito vocé/ela/ele tivesse comido nós tivéssemos ganho vocés/elas/eles tivessem ido 0 Pretérito mais-que-perfeito composto do Conjuntivo usa-se para falar de accoes que nao se concretizaram no passado !• em frases condicionais: Se + Pretérito mais-que-perfeito composto do Conjuntivo + Pretérito mais-que-perfeito composto do Indicativo / * Condicional Pretérito Exemplos: Se tivesse tido tempo, tinha/teria ido convosco. Se tivesses esperado por mim, tinhas/terias aprendido a usar o messenger. Se nao tivesses desligado o telemóvel, tinhas/terias visto a minha mensagem. Nota: 0 Condicional Pretérito forma-se com o verbo auxiliar ter no Condicional e o Particípio Passado do verbo principal. 2* em oracoes exclamativas: Exemplos: Quern me dera que tivéssemos ido ao concerto, mas já náo havia bilhetes. Oxald ele tivesse estudado mais para o exame. Teve uma nota muito baixa. Oxald tivesse escolhido outro hotel. Aquele era péssimo. H P E H □ I C E * GR R MAT I C H L 9 Frases condicionais As frases condicionais podem expressar situacoes hipoteticas com diferentes possibilidades de concretizacao. !• Hipotese ainda possivel no futuro: Se + Futuro do Conjuntivo + Presente do Indicativo Futuro do Indicativo Imperativo Exemplos: Se voces vierem a Lisboa no domingo, almogamos juntos. Se sair mais cedo, passo/passarei pelo centro comercial. Se reservares o voo pela internet, pagas/pagards menos. 2 • Hipotese nao verificada no presente, ou com pouca possibilidade de concretizacao no futuro: Se + Imperfeito do Conjuntivo + Imperfeito do Indicativo Condicional Exemplos: Se voces viessem a Lisboa, almogdvamos/almogariamos juntos. Se saisse mais cedo, ainda passava/passaria pelo centro comercial. Se reservasses o voo pela internet, poupavas/pouparias dinheiro. 3* Hipotese que nao se verificou no passado: Se + Preterito mais-que-perfeito composto do Conjuntivo + Preterito mais-que-perfeito composto do Indicativo I Condicional Preterito Exemplos: Se tivessem vindo a Lisboa no domingo, tmhamos/teriamos almogado juntos. Se tivesse saido mais cedo, tinha/teria passado pelo centro comercial. Se tivesses reservado o voo pela internet, tinhas/terias pago menos. 127 A. A tu/cu O/tró é> &stu/vtes?! I - A Helena está a estudar em casa de uma amiga, a Joana. !. Ouca o diálogo entre as duas. I ('« jmpTccnsao Helena: A minha avó telefonou-me a perguntar-me se eu a podia ir buscar á Universidade porque tem o carro na oficina. Joana: Ela é professora? Helena: Nao, é estudante. Joana: A tua avó é estudante?! Quantos anos tem ela? Helena: 72 anos. Joana: E é estudante?! Em que universidade? Helena: Na Universidade Internacional da Terceira Idade. Desde que se reformou que ela inventa sempre novas actividades. Agora anda nesta universidade e gosta imenso. Para ela, a meihor forma de uma pessoa náo envelhecer é manter-se activa. Joana: Ela é capaz de ter razáo. A minha avó passa o tempo a ver televisáo e está sempre a falar de doencas. Helena: Ah! Acho que a minha nao tem tempo de ver televisáo. Ou vai ao ginásio, ou vai jogar golf, ou vai viajar com o meu avó e com os amigos, sei lá... Nao pára nunca. Bom, tenho que ir. Ela disse-me que lhe mandasse um toque para o telemóvel quando estivesse a chegar. Nao a posso fazer esperar. Ela odeia esperar. Tchau! Joana: Tchau! E na próxima vez que formos jogar tenis, pergunta á tua avó se também quer ir. Z. Antes de ler o diálogo, responda as perguntas e teste lc-"'"ť"'B""'^"-'fi" ^ a sua compreensao oral: 1. Porque é que a Helena tern que sair? 2. A avó da Helena é professora da Universidade? 3. Como pode definir a avó da Helena? 4. A avó da Joana é tao activa como a avó da Helena? 5. 0 que é que a avó da Helena detesta? G. Conhece alguém como a avó da Helena? 3. Agora leia o diálogo. Ler o c±i-^- Ci iii 111 a t i c_- zsi : JDiscuirso indirecto 1. Repare nas seguintes frases do dialogo: ... telefonou a perguntar-me se eu a podia ir buscar... Ela disse-me que lhe mandasse um toque para o telemdvel quando estivesse a chegar. As duas frases encontram-se no discurso indirecto. No discurso directo, ou seja, no momento em que foram ditas pela avo da Helena, as frases seriam diferentes. Quando reproduzimos o que alguem nos disse, temos que fazer algumas alteracoes. Preste atencao aos seguintes exemplos: Podes ir-me buscar... Manda-me um toque para o telemovel quando estiveres a chegar. O que e que ela disse: 131 - Ela disse que tinha de se ir embora. - Ela perguntou-me se eu tinha visto a avó dela na Universidade. - Ela disse que quando chegasse, lhe mandava um toque. - Ela disse que detestava que as pessoas se - Ela disse-me que dissesse á minha avó para vir/ir jogar tenis connosco. - Ela disse que no dia seguinte seria um bom dia para ir pescar. 2. Agora passe as seguintes frases para o discurso indirecto e diga o que ela disse. 1. - "Sente-se e esteja á vontade." Ela disse-me que- 2. - "Tem que se inscrever até á próxima sexta-feira." 3.- "Quando me reformar, também quero ser como a tua avó". 4.- "A que hor as é que a vais buscar?" 5.- "Embora tenha muito trabalho, hoje vou sair uma hora mais cedo." 6.- "Estarei á porta do cinema as oito horas." 1.- "Telefona para a Joana e diz-lhe que hoje náo posso ir a casa dela." 8.- "A reuniáopodeficarpara amanha?" 9.- "Ontem náo vim á escola porque estive doente." 18.- "Poděs telefonar-me sempře que quiseres." 11. - "Eu vou ao ginásio, mesmo que me sinta cansada." 12.- "A minha avó náo quer que eu hoje a vá buscar." 133 3- Repare na seguinte frase do diálogo: GramÉ A minha avó telefonou a perguntar se eu a podia ir buscar. Neste exemplo, se näo introduz urna condicäo, mas urna interrogativa indirecta. Por essa razäo, o verbo encontra-se no Indicativo. O mesmo se passa com outras palavras quando tém essa mesma funcäo: Ele quer saber comp se vai para a Universidade. Gostava de saber onde fica esse ginäsio. Ainda näo me disseste quem foi ao jantar de ontem. Eies pergunlaram-me quando era o teste linal. Ainda näo soubemos o que se passou. Complete as frases com verbos no Indicativo ou no Conjuntivo. vir 1. Eu näo sei se amanhä ela_ä aula. Se ela näo_ä aula, eu levo-lhe os apontamentos. ter 2. Quando eu_tempo, havemos de ir ao cinema. Eies perguntaram-me quando e que eu_tempo livre. poder 3. Preciso de saber se voces Sera melhor, se_ dar 4. Sei perfeitamente quem _ vir mais tarde. vir mais cedo. _esta contribuicäo para o lar de idosos. Ficaremos agradecidos a quem quer que dizer uma contribuicäo. essa palavra em portugués. S. Vou ver no dicionário como se- Se nós _essa palavra em portugués, a professora ficava contente. querer Näo sabemos onde é que eles Vamos jantar onde ela_ comer _o que . Diz-me lä o que voces estar Sabes onde_ ir jantar. näo consigo emagrecer. ontem no jantar de despedida do Tó. onde os meus óculos? _eu hei-de encontrá-los. 134 É ESTUDANTE?!" IL E se_todos dar uma volta? Näo era uma boa ideia? Pergunta-lhes se eles também_connosco. pôr Gostava imenso de saber quem_ Ficarei aborrecida com quem quer que a minha mala no chäo. _outra vez a minha mala no chäo. 4-Conheca dois casos de pessoas que, embora tenham entrado na terceira idade, mantém uma actividade física e intelectual que lhes permite envelhecer com mais qualidade. Compreender texte e <_Ti.i i" opiniäo Velhos e muito activos Aos 92 anos, o engenheiro reformado Eberto Manuel de Miranda agarra todos os dias na sua maleta, certifica-se que näo se esqueceu dos óculos de leitura, chama o seu motorista e vai para o trabalho. Passa oito horas rodeado de papéis num gabinete da Universidade Internacionál para a Terceira Idade, em Lisboa, que fundou há 26 anos com a ajuda da mulher e de um professor francés. Usa o telemóvel como qualquer miúdo e vai todos os anos ao estrangeiro. "Parar de trabalhar séria suicídio", diz, enquanto cumprimenta muitas alunas sexagenárias que o tratam por "senhor reitor". Ficar em casa näo lhe passa pela cabeca: "Näo quero ser como muitos velhos que näo fazem nada e vivem a queixar-se de dores em todos os cantos. 0 melhor é manter qualquer actividade, para se fazer urna ginástica intelectual e física". Vanessa Amaro / in Focus Italiano, Espanhol, Cultura geral, Informática, Canto coral... Apenas algumas disciplinas que Laura Rosa frequenta na universidade. A primeira vista, náo se reconhece aqui grande novidade. Mas Laura Rosa tem 72 anos, uma filha e dois netos. E o local é a Universidade para a Terceira Idade. Tudo porque Laura, depois de se ter reformado, "tinha muito tempo disponível e ficar em casa estava fora de questäo. E foi Optimo! Alem de conhecer muitas pessoas interessantes, contribui em muito para levar mais tempo a envelhecer. Já se sabe, se o espírito está bem...". Por isso, aconselha vivamente uma actividade que só abandonará, garante, "quando já näo conseguir descer as escadas. Para estar aqui näo é preciso ter um curso, nem o liceu. Bašta querer. E as pessoas deviam frequentar esta universidade em lugar de ficar nos centros de dia a fazer croché. Obriga-as a sair de casa, o que é muito importante, até para se libertärem de alguns problemas que, muitas vezeš, existem só na cabeca". Laura faz até parte da tuna da universidade. Nas palavras da propria: "Sinto-me como o vinho do Porto - quanto mais velha, melhor". Maria Joäo Vieira / in Notícias Magazine 1. Concorda que a continuagáo da actividade física e intelectual ajuda a envelhecer com qualidade? Porqué? 2. Conhece alguma pessoa que se possa comparar aos casos dos dois idosos dos artigos? 3. 0 que é que, na sua opiniáo, é essencial para envelhecer com qualidade, para alem da actividade física e intelectual? 4. Como se imagina quando estiver incluído no grupo da terceira idade? Se já está nesse grupo, o que faz para se manter em forma? 5- Portugal está a envelhecer. C oni j>i f ti-iiclei.- texto <-- cJ_ílr- opiu I. Analise os gráficos sobre a evolucao e o envelhecimento da populacáo portuguesa e, em seguida, leia o texto. Um país a envelhecer? I Mais velhos, menos jovens. Em 40 anos, a esperanga de vida em Portugal aumentou 11 anos para eles e 13 para elas. As mulheres que, em 2000, fizeram 65 anos, podiam esperar viver mais 18,1 anos, os homens mais 14,6. Esperanta de vida segundo o sexo, portugal 1960-2000 HOMENS 0 anos■ 65 anos 85 anos1 : 0 anos 65 anos 185 anos MULHERES WěBěí 1960 0 h« O) J 5 i WEBĚĚBBĚĚB8ĚĚ rannin 1 ti ■■ 1 1 2000 1 601 401 201 120 140 160 180 Evolucao da proporcáo da populacao jovem e idosa, PORTUGAL 1960-2001 _,, EM % Jovens 1960 1970 l!,4 1980 1990 2000 Fonte: INE in Visáo A CAMINHO DOS TRÉS M1LH0ES 0 Censos de 2001 contabilizou 1,7 milhoes de idosos. Segundo as projecgoes da populagao, este numero vai subír até aos trěs milhoes em 2050. 3 000 000 12.500 000 2 959 957j 2 809 9381 2 472 380 2 000 000 2 136 411 '1 878 459 11500 000 2010 2020 2030 2040 2050 Fonte: Censos 2001, Instituto Nacionál de Estatíslica F0CUS 136 Já náo é difícil encontrar pessoas com mais de 65 anos de idade em plena actividade laboral, mesmo que de forma náo oficial. Num future muito proximo, teráo que ser a maioria para garantir a sustentabilidade da seguranca social. Portugal está a envelhecer cada vez mais e a diminuir em termos de populacáo. De acordo com o censo de 2001, existiam no pais pouco mais de 10 milhoes de habitantes. Em 2025, seráo 7 milhoes e em 2050, 5 milhoes. Em 45 anos, a esperanca de vida vai aumentar seis anos, o que fará que, pela primeira vez, a distáncia entre o numero de jovens e de idosos seja vertiginosa. Segundo o relatório anual de 2003 do Conselho da Europa, em 2050 quase dois tercos da populacáo de Portugal terá mais de 65 anos. Mas será que o Pais está preparado para o "boom" dos velhos? A sociologa e demógrafa Ana Fernandes afirma que náo. "Nenhuma política está a ser pensada a longo prazo. Tem de haver muito mais estrutura para que Portugal seja capaz de sustentar esta evolucáo gradual da idade. Se nada for feito, o future das geracoes actuais pode ser catastrófico", aponta. A especialista em questoes demográficas faz em poucos minutos uma lišta do que deveria ser feito. "Sáo precisas transformacoes em todas as areas, especialmente da saúde, seguranca social, na sociedade e até na arquitectura". A saúde vai ser o calcanhar de Aquiles do Governo portugués, quando os rapazes que hoje tem 20 anos atingirem os 70. De acordo com Ana Fernandes, devem-se comecar a testar novas políticas de consultas domiciliárias e de hospitais que trabalhem com a prevencáo de doengas e náo apenas tratem delas. "É preciso pensar num esquema que, de forma geral, promova um cuidado integrado do idoso tanto agora quanto mais para a frente. Também se devem criar condigoes para que os idosos se movimentem e náo tenham tempo para pensar no que náo interessa". Vanessa Amaro / in Focus Z. Desenvolva as seguintes questöes: 1. Quais sáo as principals razöes que estäo na origem do envelhecimento da populacáo que se verifica em tantos países? 2. Que problemas é que este facto levanta na sociedade? 3. De que modo é que as futuras geracöes poderäo ser, como diz a sociologa Ana Fernandes, afectadas? 4. "Sáo precisas transformagöes em todas as áreas, especialmente na saúde, seguranga social, na sociedade e até na arquitectura". Que transformagöes acha que deveriam ser realizadas face a esta situagáo nas diferentes áreas referidas? 5. 0 envelhecimento da populagáo é um facto preocupante no seu pais? Que medidas tem sido tomadas e que consequéncias é que este fenómeno está a provocar na sociedade? "UNIDADE 9 3. Responda ao inquérito e fique a saber até que idade | - inq"éri- tem possibilidade de viver. Quanto tempo vai ? Uma pessoa comum, num pais industrializado, tem a constituicäo genética e o ambiente que lhe permitem viver até aos 87 anoa lnstru§5es Comececom87anos. Consoante as suas respostas äs perguntas seguintes, adicione ou subtraia o numero correspondente de anos. ATITUDE É optimista? Encara geralmente a vida com bom humor? É capaz de se afastar de coisas stressantes? se näo, subtraia 5 anos GENES Tern pelo menos alguns familiäres que viveram até aos 90 ou mais? A longevidade excepcional ocorre fortemente nas familias. ^ Em caso afirmativo, adicione 10 anos EXERCICIO Dedica pelo menos 30 minutos por dia, tres dias por semana, ao exercicio? Os exerclcios musculares sao particularmente £K importantes. _ » . _ Se nao, subtraia 5 anos INTERESSES Faz regularmente coisas que fazem funcionar o cerebro? E importante dedicar-se a actividades novas e complexas. ^ Em caso afirmativo, adicione 5 anos NUTRICAO Faz uma dieta que o mantem magro? Transportar peso a mais nao conduz a longevidade.^ Senao, subtraia 7 anos OEIXE DE FUMAR Fuma? g Se fuma, subtraia 5 anos in Visäo 6-Existem várias expressoes idiomáticas para expressar dificuldade ou facilidade a vários níveis. Vocabulário: e>cp>res&oe;s idiomáti : 1. ser o calcanhar de Aquiles ser o problema mais dificil 2. ver-se grego encontrar dificuldades para fazer algo 3. dar água pela barba diz-se de algo complicado ou trabalhoso 4. ser canja ser muito facil 5, ser chines diz-se de algo que näo se compreende 6. estar entre a espada e a parede encontrar-se numa situayäo dificil ou perante urn dilema 7. ser favas contadas diz-se de algo que pensamos estar garantido 8. ser um bico de obra algo muito dificil TUA AVÓ É ESTUDANTE? Pense em situacoes em que possa aplicar cada uma das expressoes idiomáticas do quadro. 1. 7. 139 U N I D A D E 9 I - Muitas säo as pessoas que recorrem a cirurgias plásticas e a vários outros tratamentos, quer em busca de um ideal de beleza, quer na luta contra as mamfestacöes físicas do envelhecimento. I. Leia o texto e, se pensava que só as mulheres se preocupam com o seu corpo, fique a saber que está enganado. Haverá alguém mais belo do que eu? 0 acesso expedite- ao crédito é o principal responsável pela banalizacäo das plásticas -das linhas criadas pela indiistria cosmética, até äs facilidades da banca (por exemplo, pode pagar-se quatro mil euros no espaco de cinco anos, em prestacöes mensais de 60 euros). Na franca expansäo da cirurgia plastica, os homens representam já cerca de um terco dos clientes. Para ficarem mais bonitos, eles lancam-se na corrida ao microtransplante (já näo é dos carecas que elas gostam mais), äs abdominoplastias e lipoaspiracoes (a moda da barriguinha está out). A resposta do segmento feminino, essa, é macica, e com clientes cada vez mais novas e sem discriminacöes de estrato social. Antes marcada pela corrida desenfreada a ginásios, nutricionistas e medicos, a febre de Veräo, hoje, também arde com a entrega voluntária ao universo das cirurgias plásticas. Muitas vezes, persegue-se um ideal, fazendo fé que o nariz perfeito, a barriga lisa ou a cara sem rugas tragam consigo uma personalidade nova ou um novo amor. Com a entrada na chamada crise da meia-idade, o culto da imagem atinge o seu auge e as técni-cas cirúrgicas ganham o estatuto de aliadas milagrosas. Os pedidos säo mais frequentes entre os 35 e os 55, geralmente após uma separagäo, mořte de um familiar ou por motivos laborais. Os efeitos do tempo - e dos estilos de vida - conduzem, quase inevitavelmente, ä tentaeäo das medidas drásticas, sobretudo quando a exposicäo publica é um instrumenta de trabalho. Enquanto uns recorrem ä cirurgia plastica para ficarem mais belos e mais jovens, outros näo dis-pensam o bronze artificial no solário mais proximo (maioria homens entre os 16 e os 30 anos), alheios äs contra-indicacöes e äs recomendacoes da Organizacäo Mundial de Saude, que reco-menda a interdicäo destes espagos a menores. Clara Soares / in Visäo (texto adaptado) 11'Tím' fiTjpiiiitnHi MULHERES 1. " Mamoplastias (aumento/diminuicäo) 2. " Lipoaspiragöes/lipoescultUras 3° Abdominoplastias 4. " Infiltragpes/preenchimentps (botox e outras substäncias) 5. " Mesoterapia (massagens para reduzir a gordura) homens 1. ° Microenxertos capilares 2. ° Lipoaspiracöes/ahdominoplastias 3. ° Blefaroplastia (pálpebras) 4. ° Infiltraföes/preenchimentos (botox e outras substäncias) 5° Duploqueixo (papada) in Visäo Saiba que... ... 5 milhöes de mulheres em todo o mundo těm próteses mamárias ... o Brasil é recordista mun-dial de cirurgias estéticas ... os concursos de Miss Be-leza Artificial säo populäres na China ... nos EUA aumentam-se os seios e no Brasil arredondam--se as hádegas com silicone ... na Ásia arredondam-se os olhos (ao estilo ocidental) e auménta-se a barriga das pernas, sujeitas depois a de-pilagäo definitiva in Visäo 2. Responda äs seguintes questöes: 1. Porque e que no texto se diz que "0 acesso expedito ao credito e o principal responsavel pela banalizagao das plasticas..."? 2. Acha que o recurso a cirurgia plastica por pessoas de faixas etarias diferentes tem o mesmo objectivo? 3. Acha que para preservar a juventude basta submeter-se a uma cirurgia plastica, ou sera que existem outros factores mais importantes? 4. Silicone, botox, lipoaspiracao e tantas outras possibilidades de cirurgia plastica estao hoje a disposicao de um cada vez maior niimero de pessoas. Uma simples ida ao solario, massagens e outras terapias de emagrecimento coexistem para os menos ousados. Qual e a sua posigao em relacao a este tema? Concorda com estas solucoes para que as pessoas se sintam melhor consigo proprias ou tem uma posigao mais critica? 2 - Ouca quatro pessoas que recorreram ä cirurgia estética ou a outros tratamentos de beleza e, em seguida, responda äs perguntas para testar a sua compreensäo oral. Maya Coinpreeiisa.o tn;il | 1. A Maya já fez alguma cirurgia plastica? 2. Que tipo de tratamento é que ela faz? Porqué? 3. Que diferenga é que ela refere que existe entre o tratamento que ela faz e uma ida ao dentista? 141 Paulo 4. Que tratamentos de beleza é que o Paulo já fez? 5. Quanto é que ele já gastou nos tratamentos que fez? 6. Em que é que ele vai gastar ainda 4500 euros? Ana Maria 7. Porque é que a Ana Maria decidiu recorrer ä cirurgia plástica? 8. Quanto lhe custou a transformacäo do seu corpo? 9. Que sacrifício é que ela teve de fazer para pagar essa transformacäo? Carlos ID. Quantas cirurgias e que o Carlos ja fez? 11. Que partes do corpo e que ele quis transformar? 12. Porque e que existe a possibilidade de, num futuro proximo, ele vir a fazer outra intervencao ciriirgica? C. Ortografia, e> Pronú/H/ci/a, Ouca as frases e assinale a palavra que ouviu em cada uma. 1. a) hera b) era 2. a) area b) ária 3. a) asso b) aco 4. a) aprecar b) apressar 5. a) senso b) censo 6. a) concelho b) conselho 7. a) piäo b) peäo 8. a) suar b) soar 9. a) estufar b) estofar 10. a) consolar b) consular 11. a) houve b) ouve 12. a) pás b) paz 13. a) roído b) ruído 14. a) ouco b) osso 15. a) traz b) trás 16. a) ilegivel b) elegível 17. a) cela b) sela 18. a) tensäo b) tencäo 19. a) eminente b)iminente 20. a) vós b) voz P E N D I C E RiMHTICRL Discurso directo e indirecto Discurso Directo Discurso Indirecto Modos e tempos verbais Indie ativo Presente Imperfeito Preterite- perfeito simples Preterito mais-que--perfeito composto Futuro Condicional Conjuntivo Presente Imperfeito Futuro Imperfeito Imperativo Imperfeito do Conjuntivo (ou Infinitivo) Adverbios/ expressoes de tempo ontem no dia anterior hoje nesse dia/naquele dia amanha no dia seguinte na proxima semana na semana seguinte lugar aqui ali ca la Exemplos: - "Quando e que vais deferias?" Ela perguntou-me quando e que eu ia de ferias. - "Ontem vi a Rita." Ele disse que no dia anterior tinha visto a Rita. - "Sera melhor escolher outro hotel." Ela disse-me que seria melhor escolher outro hotel. - "Talvez vd ao cinema com os meus colegas." 0 Pedro disse que ele talvez fosse ao cinema com os colegas dele. - "Duvido que eles preencham bem o formuldrio." 0 Joao disse que duvidava que eles preenchessem bem o formulario. - "Seformos a Peniche no proximo fim-de-semana, vamos comer uma caldeirada." Ele disse que sefossem a Peniche no fim-de-semana seguinte iam comer uma caldeirada. R P E N D I C E R M H T I fi L - "Se quiseres, compro os bilhetes." Ele disse que se eu quisesse, ele comprava os bilhetes. - "Empresta-me o teu DVD." Ele pediu-me que lhe emprestasse o meu DVD. ou Ele pediu-me para lhe emprestar o meu DVD. Interrogativas indirectas Usamos o Modo Indicativo em interrogativas indirectas (oragoes que tem a funcäo de complemento directo da oracäo anterior) introduzidas por: porque I onde I por onde I para onde I aonde I como I quando I que I de que I se I qual I quais I quem I a quem I para quem I de quem I com quem I quanto I quanta Exemplos: Näo sei onde estä o carro. Näo faco ideia porque e que eles ainda näo chegaram. Ele perguntou-me como e que eu tinha ido para casa. Gostava de saber aonde e que foste ontem ä noite. Precisava de saber por onde e que eles fugiram ao tränsito. Ele quis saber quando e que tu regressavas de ferias. Eles perguntaram-me se eu conhecia Guimaräes. Tenho que saber se eles sempre vem connosco. Näo sei se podemos contar com ele. Eles querem saber com quem e que falaste. Näo sei ao certo quanto e que custou o telemövel. Näo faco ideia a quem te referes. Ainda näo me disseste de que pais e que eles säo. 144 UNIDADE DE REVISÄO 3 I. Volte a escrevcr as frases com os verbos que se encontram no Presente do Conjuntivo conjugados no Imperfeito do Conjuntivo e faca as alteracöes necessärias. I, Gosto que eles me venham visitar. 2, E bom que as pessoas possam envelhecer com qualidade. 3. Vou ao solärio, embora saiba que tem alguns riscos. 4. £ melhor que voces mandem um SMS aos vossos pais. 5. Prefiro que os meus filhos näo vejam esse programa. 6. Quero ver um filme que tenha legendas em portugues. 7. Oxalä eu consiga chegar a horas. 8, Näo acredito que ela ande na universidade com essa idade. 9. 0 governo deve investir em programas de formacäo que ajudem a diminuir o desemprego. 10. Ele quer que eufaga esse trabalho com urgencia. 2. Passe as seguintes frases para o discurso indirecto: 1. "Embora näo tenha um curso superior, consegui arranjar um bom emprego." Ela disse que-- 2. "Näo te esquegas de apagar a luz, quando acabares de ler o jornal." A D. Isaura pediu-me que-- 3. "Quando tiver 65 anos vou continuar a trabalhar, mesmo que seja com um hordrio reduzido". A directora disse que__--— 4. "Logo que chegar ao escritörio, mando-lhe esse ficheiro para o seu mail." 0 Sr. Goncalves prometeu-me que-- 5. "Se tiver tempo, ainda vou ao gindsio hoje." A minha colega disse que-- 6. "0 envelhecimento da populagäo terd graves consequencias econömicas." 0 deputado avisou que_ 7. "Acontega o que acontecer, sabes que poderás contar comigo para o que for preciso." 0 meu amigo disse-me que_ 8. "Sabem qual é a idade de reforma em Portugal?" O professor perguntou-nos se_ 3. Complete as frases Que expressam condicäo com os verbos entre parentesis conjugados no tempo verbal adeouado. 1. Se näo houvesse desemprego, näo_(haver) tantos problemas sociais. 2. Se eles me_(dizer) com mais antecedencia, teria podido ir com eles ä discoteca. 3. Se_(ter) algum problema, näo hesites em contactar-me. 4. Se ela näo tivesse feito aquela cirurgia plastica, näo_(precisar) de pedir um emprestimo ao banco. 5. Se näo_(fazer) uma pausa para o almoco, conseguiremos entregar o projecto ate äs tres horas. 6. Seria melhor se eles_(vir) connosco ä reuniäo. 7. 0 professor teria ficado contente se nos ontem _ (fazer) a apresentagäo do trabalho. 8. Se eu_(ver) a Rosa, digo-lhe que tu queres falar com ela. 9. Se o senhor_(ter) mais cuidado com a alimentacäo, seria melhor para a sua saüde. 10. Se os meus filhos_(ir) de ferias para a aldeia dos avös, väo passar menos tempo em frente ä televisäo e faräo mais actividades ao ar livre. 11. As pessoas teriam mais tempo para gozar a vida se_(reformar-se) aos 55 ano~ de idade. 12. 0 primeiro-ministro teria conseguido melhorar a economia do pais, se_(ficar> mais tempo no poder. 4. Indicativo, Infinitivo. Imperativo ou Conjuntivo? Conjugue os verbos no tempo verbal adeouado. 1. Näo sei se ele amanhä_(poder) vir ä aula. 2. E necessärio que todos_(contribuir) para que_(haver) mai? solidariedade social. 3. Quem_(querer) participar no debate, poderä enviar um SMS e dar a sua opiniäo. 4. Eu gostava de saber quem_(vir) ä aula de ontem. 5. E evidente que o envelhecimento da populagäo portuguesa_(ser) urn problem^ preocupante. 6. Quando a senhora_(ver) o Dr. Mario,_-lhe (dizer), por favor. que a reuniäo de amanhä_(ser) adiada para as seis horas. 14G 7. Acho que as pessoas 8. Assim que_ (preocupar-se) demasiado com o aspecto fisico. 9. É pena eles näo 10. Enquanto nós_ 11. Assim que_ em comprá-la. 12. Apesar de já _ (ser) meio-dia, vou almocar. _(poder) ficar até mais tarde. . (estar) no norte, o tempo esteve fantástico. (pôr) a casa ä venda, tiveram logo imensas pessoas interessadas _ (ter) 70 anos, continua a praticar desporto sempre que 5. Complete o Quadro. . (poder). Substantive* Adjectivo o sonho o apoio a intimidade a ajuda a dignidade o lucro a solidariedade a curiosidade o resto o alimento a família a cirurgia a escola a sociedade o perigo o consumo a beleza a idade o egoismo o ideal o envelhecimento a juventude 6. Complete o Quadro com sinónimos. ocorrer a alteracäo o ordenado a atitude pretender a etapa superar activo se calhar todavia a perspectiva o efeito 7. Complete o Quadro com antónimos. a saida a falta activo util o emprego aceitável individual amigo antecipar rejuvenescer digno idealista 8. Faca frases com as palavras dadas, de modo a Que a sua utilizacao e o seu significado fiouem claros. S, entretanto enquanto 2. porém embora 3. todavia apesar de 4. porque portanto 5. se calhar talvez 6. uma vez que por isso 7. mesmo que embora 8. logo que mal Alguns verbos podem ser usados sozinhos (por vezeš reflexos), ou com diferentes prepo-sicöes, Que väo alterar o seu significado. Faca frases oue mostrem a diferenca de significado, Quando seguidos pela preposicäo dada para cada um. I. deixar / deixar de 2. reparar / reparar em 3. dar / dar por 4. ficar / ficar de 5. tornar-se / tornar a 6. comecar a / comecar por 7. ligar / ligar a 8. despedir / despedir-se de HS O Joao mora iiiinia cidade do interior e veio passar uns dias a Lisboa, a casa d tios e do primo Ricardo. Sempre que vem a Lisboa, fica surpreendido com j I. Ouea o diálogo entre eles. ou.-vt.x- dialog,. — - Portugal perdeterteno naigualdadedossexos Jorge Sampaio quer m Ricardo: Espera aí. Deixa-me tirar um jornal. Joäo: Entäo, näo pagas? Ricardo: Näo, este jornal é gratuito. Näo sabias que em Lisboa havia jornais gratuitos? Joäo: Näo. Na minha cidade se queremos um jornal, temos que o pagar. Ninguém dá nada a ninguém. Parece que só em Lisboa é que há dessas coisas. Ricardo: Estás enganado! Tanto o jornal Metro, como o Destak, que säo dois jornais gratuitos que tém tido imenso sucesso, já existem também no Porto. Se calhar, daqui a uns anitos vocés podé-los-äo ter também na tua cidade. Joäo: Daqui a uns anitos! Na minha cidade é tudo daqui a uns anitos. Tudo se passa nas grandes cidades e nas outras é daqui a uns anitos, ou até nunca. Ricardo: Estás sempre a refilar, pá. De facto, os jornais gratuitos foram uma boa ideia. Tém as notícias principais, embora näo tenham um grande desenvolvimento, säo fáceis de ler e as pessoas sempre estäo ocupadas, enquanto esperam por um transporte público ou enquanto andam de metro ou de autocarro. Mas olha que a ideia näo é portuguesa. Os jornais gratuitos já existem em muitos países europeus. Joäo: Bem, mas estás para aí a falar a falar e näo lés o jornal, nem deixas ler. Empresta aí para ver se vale a pena ou se tenho de ir comprar um jornal. 2 . Antes de ler o diálogo, responda äs perguntas: C~^ o m j :> i~ c -«_; n ís í i < > do 1. Porque é que o Ricardo näo paga o jornal? 2. Porque é que o primo fica surpreendido? 3. Os jornais gratuitos só säo distribuídos em Lisboa? 4. Por que razäo é que o Joäo refila? 5. Porque é que os jornais gratuitos estäo a ter tanto sucesso? 3 . Agora leia o diálogo. Gramática: Futuro e o«i-i"i « » íl ■ n— ptx-onome I. Repare na frase do diálogo. ... daqui a uns anitos voces pode-los-äo ter também na tua cidade. Quando o verbo se encontra conjugado no Futuro do Indicativo ou no Condicional e é seguido de um pronome pessoal, é necessário tomar atencäo ä colocacäo do pronome no local correcto, o que, por vezes, obriga a fazer algumas alteracôes. (Apendice Gramatical). Substitua as palavras destacadas por urn pronome pessoal de complemento directo ou indirecto e faca as alteracôes necessárias. 1. Compraremos este carro no final do ano. 2. Eu diria ao meu pai o que se passou, mas tenho medo que ele fique chateado. 3. Aceitei a proposta que me fizeram. E tu aceitarias a proposta/ 4. Näo posso ler agora essa notícia. Lerei a noticia mais logo. S. Se ele me convidasse, compraria um presente para ele. b. Contactaremos a senhora ainda hoje. ľ. Entregarei esta encomenda nesse endereco. 8. Levaremos o vosso filho ä escola sempre que precisarem. 9. Quando chegar ao escritório, telefonarei para esse cliente. 10. Quando eles chegarem, mandaräo um postal para nás. 153 Volte a escrever a frase, substituindo as formas verbais pelo Futuro do Indicativo ou pelo Condicional e faca as alteracoes necessárias em relacáo aos pronomes. Siga os exemplos: Exemplos: _ Vou vé-lo hoje á noite ou Vé-lo-ei hoje á noite. Sentava-me um pouco, se pudesse. ou Sentar-me-ia um pouco, se pudesse. 1. Se eu vir o Nuno, vou dar-lhe os parabéns. 2. 0 salário vai ser-lhe pago amanha. 3. Se amanha fosse feriado, deitava-me mais tarde esta noite. 4. Vamos telefonar-vos hoje á noite. S. Sentia-me melhor se tivesse tomado os comprimidos. G. Se eu tivesse carro, levava-te a casa. 7. Amanha vou trazer-te o jornal. 8. Já transmitiram o comunicado e vao transmiti-lo outra vez. 9. Eles vao lembrar-se de mim, logo que me virem. 10. Agradava-me que também houvesse jornais gratuitos na minha cidade. 154 3 - Os jornais gratuitos que säo distribuídos diariamente, como Ler j > t?-.«_i i_i j: i <.:>s artigos cle jrna 1 t - falar säo os casos do Metro e do Destak e outros que o säo sema-nalmente, säo, sem dúvida, um caso de sucesso. Depois de Lisboa, tanto o Metro como o Destak também chegaram ä ci-dade do Porto, onde foram acolhidos de forma muito positiva. I. Leia estas notícias, que nos däo conta do sucesso obtido por estes diários, e conheca o porque desse sucesso, através da opiniäo de trés leitores da cidade do Porto. Em seguida, responda äs perguntas. Lider DESTAK aumenta firagem para 125.000 exemplaresem Lisboa IE DIA. O jornal Destak confirmou a sua posicäo de lider de mercado na primeira vaga do Bareme Im-rrensa de 2005. De acordo com a entidade oficial, o Destak tem 166.000 leitores diarios. Este re-sultado foi alcancado com uma :iragem de 100.000 exemplares diärios. A crescente procura por parte dos leitores fez com que o jornal Destak decidisse aumentar a tiragem para 125.000 exemplares diarios. Este acrescimo sera ab-sorvido pelos actuais 600 pontos de distribuicäo que o jornal tem na area de Lisboa (transportes, uni-versidades, centros de escritorios, centros comerciais, hospitais e cafes). O Destak confirma desta forma a lideranca em audiencia e circulacäo na area metropolitana de Lisboa. C0RREI0D0LEIT0R Destak no Porto Caros amigos, Fiquei surpreendido quando es-ta manhä me deparei com o Destak na minha cidade. Já o conhecia de visitas fugazes a Lisboa, e fiquei muito feliz com a chegada do jornal ao Porto. Já sentíamos necessidade de um jornal deste género há muito tempo. Parabéns! tl«!ue dc t-Jäíiorar nm -.....kenK"("'«l™- .■i,,fJ .M„ríff..IllfiVi-i]íť!):i-»äcf.,. Ji Afflídfwa. Muneram U.USA1 s / rmm Cinema Europa třeba tide troje em Assembler* Municipal UStOtl'mnwiinmiiuikiAliJliHiltCini-IvdeOuriqitcarrepihaie.niAKcaibltii rtimklpil t!i Uibm /AMI!, una ptlif.ln .-™ una ifr Jius mil .iBinalunr coum .l>-i;«';:cj">Tt^5-opiniäo Z. Já pensou se existiräo algumas consequéncias negativas que advenham do sucesso da distribuia\ c 1 í\ Uniäo I -Líroi ATLAS VISÄO DA NOVA EUROPA I O MLWDO DOS 25 Ak aJU* f \ ľlNLANDlAj )\ V_, I..... 1 BUSSIA j I - m Tallinn. / j Est'H-.t.imo E5TÓNJ A\ Hi*" • LKTf)WlA i) IN AM Ali C A WIK DO CotH-nri; riU VNt)A RCÍN0 VflffJr TÜKUlftlil'-'SS! O C V. A N 0 A T I. A >\ T I f. O Lisbiw C""'ESťANHA Berum \ Vursňi-i IIOI.ANOAJ . < 1 ' Ham* J V polONIA \ Bŕ.L«JCX~^ AILMANHAj^ / ,„:„ •JUJ..'- 'JSTKIA^HUN KSľn' MA H M ED IT KRK,\ ft K 0 V„]l,.ii, Malta U 1957 Os ítltulaiinn-s n 197.! Dinaaianra I9!H 1986 Irlatiila Keino Uiiido Gr&ia ľortnKal Kspunha □ 2(XH Os novus □ n 2(107 Dalo íikI Bulgarin Hmtu'nm ■linida Ttinitlía ľ.H'PRK- 2. Sabe o que é a Uniao Europeia? Quando se coloca esta questao, podemos verificar que as respostas sáo muito variadas: há os que nao sabem responder e, entre os que demonstram algum conhecimento, temos, por um lado, os críticos e, por outro, aqueles que apoiam e acreditam no espírito e nos princípios fundamentais da Uniáo. Leia trés visoes bem diferentes sobre este tenia, que o jornal Destak publicou. Sabe o que e a Uniao Europeia? ►"Ja ouvi falar, e uma uniao de paises. Devi-am debater mais a questao da imigra-gao clandestina, o controlo de pessoas na entrada e na safda das pessoas na Euro-pa. Com isto prende-se tam-bem o problema do desem-prego. Muitos vem para a Europa a procura de melho-res condicoes de vida e aca-bam por ser urn fardo para o mercado de emprego." LEANDRO CRUZADA, 23 Cortador de carne ►"Sim, sei.É uma comuni-dade que reú-ne vários paises da Europa com intuito de promoveraestabilidade económica entre eles. As prioridades da UEdeviam abranger a igualdade económica, direitos iguais para todos os cidadaos europeus, circulacao facilitada entre os paises-membros, reconheci-mentodos cursos,oque hoje em dia ainda falta. Concordo com a entrada de mais membros no clube, quanto mais paises houver, maior será a igualdade." CLAUDIA RiBEIRO, 23 Estudante H|iHH ► "Náosei muito bem como fun-ciona, mas sei que Portugal está inseridq neste conjunto de paises. É urn organismo importante, mas náo estou dentro do assunto. Acho que devia haver mais infor-macao sobre a Uniáo Europeia para as pessoas mais novas saberem de que éque setrata. Os membros da UE deviam fazer urn esforco para estarem de acordo em questoesimportantes, para nao haver divergéncias." CARLOS CODINHA, 24 Operário in Destak 1. Dos trés entrevistados qual é que tem uma perspectiva mais optimista? Justifique. 2. O Leandro é o mais crítico. Concorda com esta afirmacao? Que aspecto é que o preocupa mais? 3. Concorda com o Carlos, quando ele afirma que "os membros da UE deviam fazer um esforco para estar de acordo em questoes importantes, para nao haver divergéncias."? Porqué? 4. Se o seu pais é membro da Uniáo Europeia, qual é a opiniáo predominante sobre este tema? 1G1 Compreensao escri A opiniäo dos europeus sobre a UE está longe de ser unänime. Muitos säo os qi se opöem ä continuacäo de um projecto europeu comum, partilhado por numero crescente de novos membros. Porém, urna maioria acredita n Europa unida, mas que respeite as diferencas, a identidade de cada membro. Jorge Sampaio, Presidente da República Portuguesa, até Janeiro de 2006, é dos grandes defensores desse projecto europeu em Portugal. Leia um pequeno excerto da introducäo que ele escreveu no Atlas da A« Europa, publicado pela revista Visäo a 29 de Abril de 2004, a propósito alargamento da Uniäo Europeia de 15 para 25 membros. Em seguida, respo äs perguntas. A mensagem que tenho procurado transmitir é essencialmente de estímulo e confianca. A este respeito, tenho constantemente recorrido ä nossa própria experiéncia de integracäo europeia, frisando a importäncia que a adesäo revestiu para nós, quer para a consolidacäo da democracia política, quer para o desenvolvimento da economia e para a modernizacäo do País, quer ainda para o estreitamento de lacos bilaterais com os nossos parceiros europeus e, em geral, para o reforco da nossa projeccäo internacionál e da nossa credibilidade externa. Entre os desafios que a nova Europa tem pela frente, gostaria de destacar o da paz e da seguranca do mundo, em que cabe ä Uniäo Europeia desempenhar um papel fundamental, näo só pelo seu apego ä resolucäo pacífica dos diferendos, mas também pelo valor que atribui ao respeito pela diversidade como princípio fundamental da paz. Para isso, torna-se indispensável que os europeus reforcem os lacos entre si, se conhecam melhor e se solidarizem no seu destino comum, que sintam e vivam a aventura europeia como uma oportunidade e um desafio em que da uniäo de todos resultará a forca de cada um. ■ am H H ■ ■ HRaa Jorge Sampaio Presidente da República 1. Em que aspectos e que, segundo Jorge Sampaio, a integragao de Portugal na Uniao Europeia foi positiva? 2. Quais sao os pontos mais valorizados por Jorge Sampaio, em relagao aos objectivos e implicacoes do projecto europeu? 3. Quais sao, para si, as vantagens e as desvantagens da Uniao Europeia? 4. Acredita no futuro da Uniao Europeia? IB S !. Leia o texto sobre Portugal, publicado no Atlas da Nova Europa, em 2004, e fique a conhecer melhor este pais. i» i~c*cí i j sa< > escrita ATTAS VTSÄO DA NOVA EUROPA PORTUGAL De um lado Espanha, de outro o Oceano Atlántico. Apesar de ser um pequeno zaís na cauda ocidental da Europa, Por-rjgal já foi dono de metade do Mundo, -.uma altura em que, com apenas um trajdo, se podia dividir o planeta em duas metades. Outrora conhecido pelos seus navegadores e descobridores, este pais ie clima mediteixanico e atlántico tem .indo a ser descoberto por cada vez mais raristas e funciona, hoje, como uma es-oécie de praia para os europeus do Nořte. Durante o ano de 2004, Portugal ce--ebra o 30.° aniversário do 25 de Abril, a revofucäo sem sangue que acabou com décadas de ditadura, protagonizada por .Antonio de Oliveira Salazar. Nome OficiaJ República de Portugal Capital lisboa Moeda Euro Iíugua Oficial Portuguěs Pais de Iřouteira Espanha Area total 92.391 km2 (incluindo Agares e Madeira) ^jj^ Populacao Um terco dos cidadäos nascidos em Portugal, emigraram. Numeros recentes in-dicam que al6m dos 10 lnühöes de portu-gueses que se manteni no pais, ha mais cinco milhöes, espalhados pelo Mundo. A popula9äo tem registado um cresci-mento minimo, mas uma movimentacäo maxima. 0 exödo de muitas familias do campo, no interior, para as cidades, no literal, e incontomävel. Nos Ultimos anos, a iiriigracäo de cidadäos do Leste europeu contribuiupara o amnento da populacäo. Popnlacäo 10.407 milhöes Por religiäo Por gnipos étnicos Católicos Proteslantes Outros 97% Portugueses 2% Africanos 1% Oulros 1% 1% Viana do Cuytrlu O o "' l.isiiou JfcSelfthal Clima (Na capital: Lisboa) Temperaturas médias Maxima diáría Iii Minima diána 21.724'8 J 4. 22.4 17.619.1 .... - ______ '•■ 17.8 14,515.6 — M 8 ■ 11 ffiTJf 8.2 9.0 9.9 11.113.015.617.417.717.014.611.2 8.9 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Precipitacäo Educa Marcos: Paulo: M arcos: Paulo: Marcos: Paulo: Paulo, vocé já foi ä Amazönia? Näo, é a primeira vez que vou para lá. Sempře vivi em Sáo Paulo, e desde crianca que sonho em fazer uma viagem pelo rio Amazonas, de Belem a Manaus. Puxa! Entáo, vocé vai fazer uma viagem e tanto. Sabia que de barco sáo 5 dias de viagem, partindo de Bělém? Sáo cerca de 1.713 km entre as duas cidades. A paisagem é muito bonita e vocé vai poder ver como sáo extensos e largos os rios da Amazönia. Vocé já fez essa viagem? Dizem que há muito desmatamento. Sim. Da primeira vez, eu tinha dezesseis anos. A segunda foi em 1997 e viajei do Rio de Janeiro para Bělém de önibus. Percorri 3.340 km e, depois, peguei o barco até Manaus. Há areas desmatadas, mas a floresta ainda é impressionante! Acho que foi a viagem mais longa que fiz pelo Brasil. Claro, de Manaus, voltei pro Rio de aviáo, porque precisava voltar logo ao trabalho. Acho que näo terei tanto tempo assim pra viajar. Mas sei que vou realizar um antigo desejo: ver a Amazonia, seus rios e florestas, e também poderei observar pássaros, o meu hobby favorito. A vida em Säo Paulo é muito estressante, Marcos. Preciso de contato com a natureza. Z. Responda äs seguintes questôes. 1'Lilar: cornpreensao do 1t. S Para onde é que o Paulo pretende viajar? C omo e que o M arcos descreve a paisagem da A mazonia: Que meios de transporte é que o Marcos usou na sua viagem? Onde vive o Paulo e qual é o seu hobby favorito? Que cidades brasileiras sáo citadas no diálogo? Agora, leia o texto e anote as diferencas encontradas em relagäo ä ortografia, léxico e gramática entre o portugués do Brasil e o portugués de Portugal. Gramática & oi loj VOCE JA FOI A AMAZONIA?" Portugués do Brasil Portugués europeu 4. Oralidade 1. Há no seu pais alguma floresta ou reserva florestal? Como é ela ? 2. A desflorestacäo das florestas tropicais no mundo é um facto noticiado em vários jornais e revistas. Na sua opiniäo, o que se deve fazer para evitar a destruigäo das florestas? 3. Voce acha que os nossos hábitos de consumo tém alguma influéncia na preservacäo das florestas? Refira aqueles que considera mais prejudiciais e o que poderíamos mudar para uma melhor preservacäo da natureza. 4. 0 Paulo, que é um rapaz que vive em Säo Paulo, nunca foi ä Amazónia, mas é capaz de imaginá-la. E voce? Que ideia tem da regiäo amazónica? 5. Qual foi a viagem mais longa ou distante que voce já fez? E. Säo Paulo é uma das maiores cidades do mundo, com quase 20 milhöes de habitantes na sua grande area metropolitana. Quais säo, na sua opiniäo, os problemas que se enfrentam em cidades como esta? 7 0 Brasil tem a maior floresta tropical do mundo e uma das maiores cidades do globo e isso faz dele um pais de contrastes. 0 que é que voce sabe mais sobre o Brasil? !. Antes de ler, ouc,a o texto e responda äs perguntas. Ouvir e ler 0 Parque do Tumucumaque tern 3,8 milhöes de hectares de mata virgem, area m equivalente á do Estado do Rio de Janeiro Macapá 4im 169 I IN I a i) i: i O parque Nacionál Montanhas do Tucumaque, no Estado do Amapá, uma reserva natural protegida pelo governo desde 2002, é considerado um dos maiores santuários ecológicos do planeta. A maior parte de seus 3,8 milhöes de hectares, area equivalente ä do Estado do Rio de Janeiro, permanece incólume ä presenga do homem por causa do acesso difícil. Para chegar lá, só navegando pelo turbulento Rio Amapari até ä entrada sul da reserva ou pulando de um helicóptero e enfrentando a mata densa. Há um més, um grupo de 24 pesquisadores aceitou o desafio de desbravar um trecho da reserva. Por várias vezeš, os integrantes do grupo tiveram de descer dos barcos e arrastá-los pelas pedras por causa dos troncos que impediam a passagem. Depois de dois dias de viagem, eles desembarcaram na regiäo sul do parque. Foi um feito inédito. Até entäo, nenhuma expedicäo científica havia chegado ao local. 0 objetivo dos exploradores cientistas do Instituto de Pesquisas Cientííicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa) e da ONG Conservacäo Internacional, é coletar e catalogar o maior numero possível de animais e plantas da regiäo. A expectativa é que se comprove a tese de que se trata da area com maior biodiversidade do planeta. Até agora, a regiäo mais rica em biodiversidade que se conhece é o Alto Juruá, no Acre, area menos diversiíicada em termos de relevos e habitats do que Tucumaque. No Alto Juruá foram encontradas 616 espécies de aves, cinqüenta de répteis, 300 de aranhas, 140 de sapos e 1620 tipos de borboletas. Os resultados da primeira expedicäo indicam que Tucumaque pode ter quantidade ainda maior de espécies. Desbravar a mata virgem, como em Tucumaque, é uma aventura e tanto. Na primeira noite de acampamento, um dos integrantes do grupo descobriu uma onca dentro de uma árvore próxima. Na hora do banho, numa cachoeira, surgiram cobras venenosas. A jornada diária de trabalho girava em torno de quinze horas. "Guardadas as devidas proporcöes, estamos fazendo um trabalho semelhante ao dos naturalistas dos séculos passados, só que com mais recursos e tecnologia para encontrar espécies", diz Enrico Bernard, biólogo e chefe das expedicoes e coordenador de projetos da Amazónia da Conservacäo Internacional. in Revista Veja, 20 de Outubro de 2004 1. 1. Porque é que o Parque Nacionál Montanhas do Tucumaque permaneceu protegido da presenga humana? 2. 0 que significa a expressáo "santuário ecológico"? 3. Porque acha que Enrico Bernard compara a expedicáo ao Parque Nacionál Montanhas do Tucumaque ás expedicoes dos naturalistas dos séculos passados? 4. Na sua opiniao, qual é a importáncia de se fazerem expedicoes desta natureza? 5. Se vocé pudesse participar numa expedicáo ecológica á Amazónia, quais seriam as primeiras medidas de precaucáo que tomana para organizar a sua viagem? 170 "VOCE JA FOI AMAZONIA? Explique, por outras palavras, o significado das seguintes expressoes: ilI" 1O 1. "mata densa" 2. "girava em torno de quinze horas" 3. "permanece incolume a presenga do homem" 4. "mata virgem" S. "e uma aventura e tanto" Assinale o sinonimo mais adequado das palavras destacadas. 1. ... pulando de um helicoptero. a. transpondo b. saltando c. fugindo desembarcaram na regiao sul do parque. a. entraram b. desceram c. foram 3. Na hora do banho, numa cachoeira, surgiram cobras venenosas. a. chuveiro b. cascata c. cordilheira 4. Foi um feito inedito. a. original b. comum c. conhecido S. ... area menos diversificada em termos de relevos e habitats. a. importancia e solos b. revelagao e habitos c. geografia e ambientes 171 " U N I D A D E 11 S- Aponte novamente as diferencas encontradas no texto, em relacäo äs diferencas na ortografia, no vocabulário e na gramática entre o portugues do Brasil e o portugues europeu. Gramática, vocabulári tí ortografia Portugues do Brasil Portugues europeu 6- Una as colunas de acordo com a definicäo dos termos. 1. -Ecologia 3. - Organizagäo näo governamental 2. - Biodiversidade Ö. -Conjunto de todas as especies de seres vivos existentes em determinada regiäo ou epoca i. -Biosféra C. - Conjunto dos seres vivos e do seu meio ambiente fisico, incluindo as suas relacoes entre si 4. -ONG d. - Ciencia que estuda as relagöes dos seres vivos entre si ou com o meio orgänico ou inorgänico no qual vivem S. - Ecossistema 6. - Conjunto das regiöes da Terra onde a vida e possivel em caräcter permanente ]- No dia 25 de Janeiro de 2004 a cidade de Säo Paulo completou 450 de existencia. Ainda é uma cidade crianga, se for comparada com cidades da Europa, mas é uma crianga gigante, talvez a segunda maior mundo. 172 VOCÉ JÁ FOI Ä AMAZÔNIA? !. Leia as entrevistas de trés paulistanos falando I Ler: Ľ°mi"ľĽĽ"""" sobre a sua cidade. Marta Suplicy (ex-Prefeita do Município de Sao Paulo) "Como todo bom paulistano, adoro jantar fora, ir ao cinema e ir ao teatro. Acho um privilégio morar em Sao Paulo, uma cidade pujante, extraordinária e que oferece muitas opcoes em todos os setores, alem do seu dinamismo. A única coisa que me incomoda e que, as vezeš, eu reclamo é o tránsito. Também lamento quando vejo situagoes de pobreza — pessoas morando nas ruas, principalmente criancas. Sao problemas que me deixam enlouquecida e sao um desafio diário para mim como prefeita desta metropole. Sao Paulo cresceu de uma forma desordenada, e esse é o seu maior problema. Esses foram os principais motivos que me incentivaram para ser candidata á Prefeitura. Eu queria dar novos rumos para Sao Paulo. E, trés anos depois, posso dizer que conseguimos colocar a cidade nos trilhos. Considero Sao Paulo encantadora. Nós estamos em um prédio no Centro. Do 36° andar, a vista que nós temos desta regiáo é maravilhosa! Alias, o Centro está passando por uma revitalizacao. Afinal, nós merecemos uma Sáo Paulo linda". O Sabrina Pariatore (apresentadora de TV) "Säo Paulo é uma cidade muito equipada. Morando aqui, temos acesso a tudo, ou seja, I ao melhor da gastronómia, cinemas, teatros, exposicöes (e os nossos parques säo lindos e eu adoro o verde). Costumo caminhar no Parque Villa-Lobos - é um lugar aberto e fica no alto, onde o pôr-do-sol é maravilhoso! Uma outra vantagem de se vi-I ver em Säo Paulo é o mercado de trabalho, que oferece maior oportunidade do que em qualquer outra regiäo do país. 0 que me desagrada em Säo Paulo säo trés problemas: a poluigäo, o tränsito e a violéncia, que säo desanimadores e decepcionantes." hSShhNBhHmHH Ruy Ohtake (arquiteto) WHĚĚBm "Gosto do Parque do Ibirapuera porque reúne trés atividades importantes: o parque, com seus belos jardins e lago projetados por Burle Marx, os pavilhöes de Oscar Niemeyer em comemoragäo aos 400 anos e a intensa atividade que a po-pulagäo desenvolve: caminhadas, shows, concertos, bienais, etc. Guardo também ótimas recordagôes do passado da cidade. Quando eu era garoto, o rio Tieté significava a referencia paisagística daqui. Ali se praticavam esportes náuticos, como o remo e a Travessia de Säo Paulo a nado. Essa paisagem do rio foi brutal-mente sacrificada, transformando-o num canal de águas poluídas e emparedado por avenidas marginais feias e congestionadas. Só para encerrar, em Säo Paulo, näo costumo sair muito; porém, gosto de ver algumas exposigöes na Oca, no Institute Tomie Ohtake, no MASP e em galerias. E, vez por outra, vou jantár com amigos em restaurantes que aprecio." http://gowheresp.terra.com.br/44/minhasp.htm 173 2. Agora ouca os textos, para testar a sua compreensáo | camiPI-^ms oral e, em seguida, responda as perguntas. 1. Qual é a profissao de Marta Suplicy? 2. 0 que desagrada a Marta na cidade de Sao Paulo? 3. Quais sao as vantagens de viver em Sao Paulo que a Sabrina Parlatore refere? 4. 0 que é que o Ruy Othake gostava de fazer em Sao Paulo quando era crianca? 5. Os trés entrevistados tem opinioes parecidas em relacao a Sao Paulo. Quais sao? 6. Quais sao, segundo a opiniao dos entrevistados, as actividades que mais agradam aos paulistanos? 3. Responda as seguintes questóes, de acordo com a sua opiniao. 1. Marta Suplicy afirma que o maior problema de Säo Paulo é o seu crescimento desordenado. Na sua opiniäo, que caracterfsticas é que uma cidade deveria ter para se poder viver? 2. Ruy Othake enumera as actividades de lazer que os paulistanos mais gostam. Na sua cidade essas actividades säo diferentes? 3. Segundo Sabrina Parlatore, em Säo Paulo existem trés problemas: a poluicäo, o tränsito e i violéncia, que säo desanimadores e decepcionantes. Quais säo os principais problemas da sua cidade? Repare nas seguintes frases. Ortogr Claudio ficou mais tranqiiilo depois do resultado do exame. A Ana estd mais tranquila porque já entregou o trabalho ao director. Na primeira frase a palavra tranquilo está com a ortografia brasileira, que assinala com o sinal do tréma sobre o (ii) as situa^öes em que o "u" deve ser pronunciado depois de q ou de g. No portugués europeu näo há um sinal gráfico para esta situacäo, como podemos notár na segunda frase. Passe as palavras em que o "u" se pronuncia para a ortografia brasileira: 1. A Laura frequenta o curso de Antropológia Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela costuma dizer: " Eu sempre quis estudar antropológia porque é uma ciéncia que nos ajuda a conhecer o ser humano". 2. Os incéndios ílorestais trazem graves consequéncias para o meio-ambiente. 174 "VOCE JÁ FOI Ä AMAZÔNIA?" 3. A delinquéncia juvenil näo é somente um problema das grandes cidades. Queiramos ou näo, ela também acontece nas pequenas vilas e aldeias. 4. 0 bilhete custou cinquenta euros. No ano passado, custava quarenta e quatro. 5. Também podemos encontrar tranquilidade nas grandes cidades. E. Ele näo aguenta mais tanto trabalho. 7. Voce sabe qual é o seu grupo sanguíneo? 3- Algumas palavras e expressöes que aparecem nos diálogos e textos da unidade tém um equivalente diferente no portugués europeu. Seguem-se alguns exemplos dessas palavras. Vocabulário Portugués do Brasil gripado ônibus Oi! desmatamento estressante canudinho Portugués europeu engripado autocarro Viva!/ Olá! desflorestacäo stressante palhinha Lembra-se de mais algumas? Acrescente ä lista as que se lembrar. IľS U N I D A D E II ^ _■_'___ 4 - O Paulo recebe na sua casa a visita do Nuno, um amigo portugués que vem a Sáo Paulo em negócios. E a primeira vez que o Nuno viaja para o Brasil, mas sempře ouviu falar do país e tem parentes que vivem em Sao Paulo. O Nuno sabe algumas coisas sobre a história e os costumes dos brasileiros, mas quer aprender mais, como por exemplo, a origem e a receita da famosa caipirinha. Um aperitivo bem brasileiro c^c_^ Ouca o diálogo entre eles, aprenda a receita desta bebida e responda as seguintes perguntas. 1. Onde se passa o diálogo? 2. Como foi o voo do Nuno até Sao Paulo? 3. De onde é o Nuno? 4. 0 que é que ele foi fazer a Sáo Paulo? 5. Em que época do ano se passa o diálogo? 6. 0 que é que o Paulo oferece ao Nuno como aperitivo? 7. 0 que é cachaca? 8. Qual é que se pensa ser a origem da caipirinha^ 176 VOCE JA FOI AMAZONIA? O portugués brasileiro apresenta uma pronúncia e uma ortografia diferenciadas do portugués europeu. Ouca as pronúncias europeia e brasileira da lingua portuguesa e preste atencao as diferenmfMmhar~u>t& clo Lubcutigo & clo I" O Pedro é portugués e o Francisco é angolano. Ambos tem vinte e cinco anos e acabaram de se licenciar em Agronómia, em Lisboa. I. Antes de ler, ouca o diálogo entre eles: Pedro: Francisco: Pedro: Francisco: Pedro: Francisco: Pedro: Francisco: Pedro: Fizeram-me uma proposta de ir trabalhar para uma empresa de pecuária em Angola. Näo sabia que lá se criava gado. Pensava que só produziam diamantes e petróleo. Angola é um pais muito grande e muito diferen-ciado. Tem de tudo. Para que regiäo é que vais? Ainda näo sei se vou. Tenho de reflectir. Falaram-me numa cidade do sul chamada Lubango. Conheces? Nunca lá estive. Nasci e cresci em Luanda e depois vim estudar para Lisboa. Mas os meus pais säo do Namibe e fizeram os estudos secundários no Lubango, onde há um liceu. Falaram-me muito do Lubango. 0 Lubango fica, entäo, perto do Namibe? Ficam na mesma latitude, mas correspondem a provincias diferentes. A cidade do Namibe é a capital da provincia do mesmo nome e fica no sudoeste de Angola, no litoral. A cidade do Lubango fica no interior e é a capital da provincia da Huíla, o maior planalto do pais. 0 deserto do Namibe e as Terras Altas da Huíla säo separados por uma escarpa gigantesca, a fenda da Tundavala. As duas provincias devem ser muito diferentes uma da outra. Completamente. 0 Namibe é desértico e as principals cidades, Namibe e Tômbua, säo portos piscatórios. A Huíla, que é um planalto, tem um clima húmido e por vezes frio. Por isso presta-se ä agricultura e ä criagäo de gado. Alias em nhaneka, a lingua local, huíla quer dizer erva, e muíla quer dizer pastor. Os naturais da Huíla säo conhecidos por muílas ou xicoronhos. Este ultimo nome é uma deturpagäo da palavra portuguesa colonos. Estás bem informado. Näo queres acompanhar-me ao Lubango e ao Namibe? Disseram-me que há voos directos de Luanda para lá. Fenda da Tundavala, que separa as provincias de Namibe e Huíla Ouvir cütilogc Angola. Provincias Huíla e Ú Namibe Camponesa da Huíl Porto de pesca Namibe 1! NÄO QUEUES ACOMPANHAR-ME AO LUBANGO E AO NAMIBE? 2. Teste a sua compreensäo oral e responda as seguintes perguntas sobre o diálogo. I > r i i i > it_-< -i i ít-íík .* cji-£l1 j 1. Para que cidade de Angola foi o Pedro convidado a ir trabalhar? 2. Com que ideia é que voce ficou de Angola a partir deste diálogo? 3. Como se cháma o acidente geográfico que separa as províncias do Namibe e da Huíla? 4. Qual a principal actividade económica da cidade do Namibe? 5. Quais as principals actividades económicas da provincia da Huíla? 6. Que meios de transporte säo usados na viagem de Luanda ao Lubango ou ao Namibe? 3. Agora confirme as suas respostas, lendo o diálogo. 2- língua.s c i< >; P7VLOť* | 1. Leia o texto. Linguas nacionais dos paises africanos de lingua oficial portuguesa Os cinco paises africanos de lingua oficial portuguesa (PALOP), Angola, Cabo Verde, Guine-Bissau, Mocambique e Sao Tome e Principe, tornados inde-pendentes em 1975, correspondent a antigas colonias portuguesas, cujas fronteiras foram definidas depois de 1885 por negociacoes entre Portugal e outros paises europeus possuidores de colonias em territdrios vizi-nhos. Os antigos Estados africanos ficaram, pois, uns incluidos no interior dos novos territdrios coloniais, outros divididos pelas novas fronteiras. Dentro do ter-ritdrio da Guine-Bissau convivem cerca de doze povos africanos, no de Mocambique onze e no de Angola nove. A cada um destes povos corresponde uma lingua e cada uma dessas linguas e dividida por miiltiplas variantes ou dialectos. Sendo o portugues a lingua comum que une os povos e os identifica enquanto guineenses, mogambicanos ou angolanos, as linguas africanas (de raiz bantu*) faladas nos seus paises recebem a designacao de linguas nacionais. Em Angola, por exemplo, falam-se, portanto, de norte a sul, nove linguas nacionais: o kikongo, o kimbundu, o lunda-kioko, o umbundu, o ganguela, o herero, o nhaneka-humbe, o ambo e o xindonga. Destas nove linguas, so tres, o kimbundu, o umbundu e o nhaneka-humbe, sao exclusivas do territdrio de Angola. As outras encontram-se divididas entre Angola e os Estados vizinhos: o Congo-Brazzaville, o Congo-Kinshasa, a Zambia e a Namibia. 0 portugues falado em Angola tem, evidentemente, interferencia destas linguas e utiliza, consoante as regioes, vocabulos que delas provem. *Grupo de linguas africanas cuja flexao se faz por prefixos, faladas a sul do Equador. UNIDADE 12 . Das irases que se seguem, assinale quais as 1- verdadeiras e as falsas. Corrija as falsas. 1. Em Angola falam-se nove línguas africanas e o portugués é a lingua oficial. 2. 0 kikongo é uma lingua africana falada em Mozambique. 3. Cabo Verde tornou-se independente de Portugal em 1975. 4. 0 kimbundu fala-se em Portugal e na Zambézia. 5. Um dialecto é uma variante de uma lingua. G. Angola faz fronteira com o Congo-Brazaville, com o Congo-Kinshasa, com a Zambia e com a Namibia. 7. 0 lunda-kioko é a lingua oficial de Sáo Tomé e Principe. 8. 0 kimbundu, o umbundu e o nhaneka-humbe sao trés línguas faladas exclusivamente em Angola. 3 - Um pouco de História I. Leia os dois seguintes textos e compare as I— " ^ *"-™>rn provincias do Namibe e da Hufla, em Angola. Diogo Cäo, o navegador portugues que, no final do seculo XV, explorou o actual literal angolano, chamou Baia do Negro ou Golfo das Baleias a uma baia situada a sul do territerio, por ter visto nela africanos pescarem baleias e morarem em ossadas destes cetäceos. Mas so em 1785 e que os Portugueses verificaram que a baia era muito rica em peixe e em sal e decidiram fundar uma povoacäo. Em homenagem ao entäo Governador-Geral de Angola, o baräo de Mocämedes, chamaram Mocämedes a essa povoacäo portuaria, assim como ao deserto que a circunda, hoje conhecido por deserto do Namibe, pois encontra-se dividido pela fronteira a sul que separa Angola da Namibia. 0 antigo distrito de Mocämedes, hoje provincia do Namibe, abränge o territerio dos herero, povo bantu de pastores. Houve värias migracöes de colonos de origem portuguesa para Mocämedes. Destacam-se a de 1850, constituida por uma comu-nidade de brasileiros descontentes com a independencia do Brasil, e a crescente afluencia, acentuada ao longo do seculo XX, de fami-lias de pescadores oriundas de todo o Portugal, mas sobretudo do Algarve. Todos se dedicaram, evidentemente, ä pesca, e äs indüstrias de transformacäo e exportacäo de peixe e seus derivados, assim como ä charqueagäo, actividade que consistia em salgar a carne de vaca vinda da Huila e pronta a ser exportada. Com a independencia de Angola, em 1975, a cidade de Mocämedes, capital do distrito de Mocämedes, passou a chamar-se Namibe, e o antigo distrito tornou-se provincia tambem com este nome. "NÄO QUEUES ACOMPANHAR-ME AO LUBANGO E AO NAMIBE?" Nas Terras Altas da Huila. o maior planalto angolano, de clima temperado, com caracteristicas mediterranicas devido a altitude, predominavam os nhaneka, povos pastores cujo subgrupo mais conhecido sao os muilas. Desde o seculo XVIII que os Portugueses, que acharam a regiao propicia para a criagao de gado bovino, caprino e ovino e para o cultivo de cereais, como o trigo e o milho, da batata, da batata-doce, de hortafigas e arvores de frutos, fbrairi construindo fortificag5es militares. Mas a chegada de colonos a Hirila so comegou na segunda metade do seculo XIX, depois das medidas tomadas nesse sentido pelo ministro portugues Sa da Bandeira. Instalaram-se inicialmente familias de militares Portugueses e alemaes, depois comunidades boers fugidas ao dommio dos ingleses na Africa do Sul, por fim varios grupos de indigentes provenientes da Ilha da Madeira. Ja no seculo XX, intensifica-se a emigragao de camponeses do norte de Portugal, sobretudo transmontanos. Adquirindo a categoria de distrito em 1901, a Huila tinha como capital uma povoacao, fundada por madeirenses, que recebeu o nome de um ribeiro que passava proximo, o Lubango. Porem em 1923, ao tornar-se ponto de passagem do caminho-de-ferro de Mogamedes, a cidade do Lubango passou a chamar-se Sa da Bandeira, em homenagem ao antigo ministro, so recuperando o seu nome com a independencia de Angola, em 1975, sendo a partir de entao a capital da provincia da Huila. 2. Faca corresponder as palavras ou expressôes da coluna da esquerda com as da coluna da direita. Vocabulário: relaerionar- 1. cetáceo 2. deserto 3. pastor 4. transmontano S. gado bovino 6. madeirense ľ. pescador 8. gado ovino 0. norte de Portugal D. vaca C. pesca fl. baleia G. Ilha da Madeira f. ovelha fl. areia ll. pastagem 3. Das seguintes palavras, quais as que relaciona com a provincia do Namibe, quais as que relaciona com a provincia da Huíla e quais as que relaciona com ambas? Justifique as suas respostas. | Cl-' <)iiipi«_-<--n.s íi < > escrita | vaca / baleia / erva / planalto / colonos / baía / nhaneka I imigrantes / peixe / sal / caminho-de-ferro / hortaliga / algarvios / deserto / herero I pastagem / governador / transmontanos / litoral 183 U N I D A D E 2 I. Leia o texto e fique a saber um pouco sobre o povo de Luanda, a capital de Angola, e sobre o chamado espirito caluanda. I Let- l