Carolina Maria de Jesus – Quarto de despejo SMETIŠTĚ – Deník ženy z favely - Diário de uma Favelada → Ide o neobyčajnú, zaujímavú knihu, ktorá vyvolala senzáciu pri svojom vydaní v Brazílii v roku 1960. Bola preložená do sedemnástich jazykov, zdramatizovaná, upravená pre televíziu. Sú to bez zvláštnych úprav usporiadané výňatky z denníku obyčajnej černošskej ženy z favely, chudobnej štvrti v São Paulu. Denníkovými zápiskami bezprostredných zážitkov a dojmov vytvorila obraz hmotného aj duchovného živorenia chudoby v tiene prepychového života veľkomestských boháčov. Carolina Maria de Jesus (Sacramento, 14 de março de 1914 — São Paulo, 13 de fevereiro de 1977) foi uma escritora brasileira. Negra, jovem, bonita, inteligente, mãe solteira, independente, uma mulher forte, assím podemos characterizar esta autora incrível. Carolina Maria de Jesus nasceu numa comunidade rural. Filha ilegítima de um homem que já era casado, foi tratada como pária durante toda a infância. A mãe de Carolina tinha dois filhos ilegítimos, o que ocasionou sua expulsão da Igreja Católica enquanto ela ainda era jovem. No entanto, ao longo de sua vida, ela foi uma católica devota, mesmo nunca tendo sido readmitida na Igreja Católica. E em seu diário, ela muitas vezes fez referências bíblicas, e à Deus. (strana 164) Teve vários casos amorosos quando era jovem, embora tenha se recusado a casar-se, por ter visto muita violência doméstica na favela. No seu diario tambem descreve várias escenas, quando ela disse não ao pedido de casamento de um cigano muito lindo, de um velho vendedor, etc. Ela preferiu permanecer independente. Todos os seus três filhos tinham pais diferentes, um dos quais era um homem rico e branco. A única coisa que ela quería da vida era só ficar viva, sem fome e frío com os seus tres filhos, os quais adorava muito. Fazía tudo só por eles. Também ela tinha o seu próprio estilo de educação, porque ela era completamente contra a violência. Nunca tinha castigado os seus filhos. Ela achava que as ciranças precisam das palavras calmas e amorosas e não os castigos. Em seu diário ,,Diário de uma Favelada“, ela detalha o cotidiano de favelados e, sem rodeios, descreve os fatos políticos e sociais que ordem as suas vidas. Ela escreve sobre como a pobreza e o desespero pode levar as pessoas de alta autoridade moral a comprometer seus princípios, honra, e a si mesmos simplesmente para conseguir comida para si e suas famílias. Em sua linguagem simples e com erros ortográficos temos conhecimento da dura vida na favela, do difícil convívio com os vizinhos, da politicagem do país e principalmente da fome e da violência. A luta diária pela sobrevivência, onde ter o que comer é a maior alegria do dia. O diário começou a ser escrito em 1955, mas podemos ver sem dificuldade nenhuma que os problemas sociais como moradia, alimentação, atendimento médico dentre outros direitos dos cidadãos são os mesmos de hoje. Isso nos leva a pensar se realmente evoluímos, ou se alguns evoluíram e outros simplesmente foram engolidos pela metrópole que nunca para. Pelo sistema sócio-político-econômico que valoriza o individualismo. O Diário de Carolina Maria de Jesus foi publicado em agosto de 1960. Ela foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, em abril de 1958. Dantas estava cobrindo a abertura de um pequeno parque municipal. Imediatamente após a cerimônia uma gangue de rua chegou e reivindicou a área, perseguindo as crianças. Dantas viu Carolina de pé na beira gritando "Saia, ou eu vou colocar você em meu livro!" Dantas perguntou o que ela queria dizer sobre seu livro. Ela se mostrou tímida no início, mas levou-o para seu barraco e mostrou-lhe tudo. Ele pediu uma amostra pequena e correu no jornal.A cidade ficou inmediatamente fascinado pela esta história de Carolina e, em 1960, Quarto de Despejo, foi publicado. A tiragem inicial de dez mil exemplares se esgotou em uma semana. Embora escrito na linguagem simples e deselegante de uma favelada, seu diário foi traduzido para dez a sete idiomas e tornou-se um best-seller na América do Norte e Europa. Mas não foi somente fama e publicidade que Carolina ganhou com a publicação de seu diário, mas desprezo e hostilidade de seus vizinhos. "Você escreveu coisas ruins sobre mim, você fez pior do que eu fiz", gritou um vizinho bêbado. A chamavam de prostituta negra, que tinha se tornado rica por escrever sobre a favela, mas recusou-se a compartilhar do dinheiro. Junto com as palavras dos vizinhos cruéis, as pessoas jogavam pedras e penicos cheios nela e em seus filhos. As pessoas também estavam com raiva porque ela se mudou para uma casa de tijolos nos subúrbios com os ganhos iniciais do seu diário. Vizinhos se juntaram ao redor do caminhão e não deixá-la partir. Além do Quarto de Despejo, escreveu também Casa de Alvenaria (1961), Pedaços de Fome (1963), Provérbios (1963) e Diário de Bitita (1982, póstumo). Pela qualidade de seu texto e pela inovação que representava no mundo das letras, Carolina foi uma das autoras brasileiras mais traduzidas nos anos sessenta e setenta. Sua história correu mundo em várias línguas. Carolina Maria de Jesus chegou a ser mundialmente conhecida com a publicação de seu primeiro livro. No entanto, após o fracasso de suas últimas obras, voltou a viver na pobreza, falecendo em 1977, ignorada por todos.