Alfredo Bosi, nascido em 1936 na cidade de São Paulo, é um professor universitário, crítico, historiador de literatura brasileira e autor das obras História Concisa da Literatura Brasileira, O ser e o tempo da poesia, Dialética da colonização e Machado de Assis: O enigma do olhar etc. No fim do século XIX muda-se a opinião sobre os negros. Começaram a ser não objectos da economia mas obtinham certo valor científico. Porém, havia pensamento que a raça negra é considerada subordinada da raça branca. A raça negra é então considerada inferior. (Alfredo Bosi explica, que é fenômeno que decorre no século XIX, então na época quando o problema da escravidão não era plenamente resolvido). Esta inferioridade da raça negra é, segundo antropólogos desta época, um fenômeno natural, produzida pela marcha desigual do desenvolvimento filogenético da humaninde. Os negros são julgados incapazes de ler, educar-se, descrever os seus sentimentos e geralmente criar a cultura. Alfredo Bosi critica este opinião. Refere-se à inferioridade da raça negra e a sua superioridade da raça ariana, o homem negro é achado atrasado e primitivo, porém, não se menciona que o homem branco é responsável por extermínios ao longo da história. Alfredo Bosi no ensaio menciona o poetista João da Cruz e Sousa, que, como o represante da raça negra, acusa a ditadora ciência d‘ hipótese que contesta o conhecimento e entendimento da palavra escrita à raça africana. Cruz e Sousa por causa disso compôs a prosa poética chamada Emparedado, parte integrante das Evocações, onde protesta contra os argumentos da ideologia dominante no discurso antropológico. Aponta que o homem afrobrasileiro tem os seus sentimentos inteiriores e consegue apresentá-los nas obras com grande paixão e imaginação. Cruz e Sousa ataca a Antropologia física que caracteriza o homem negro só pela cor dos pigmentos da sua pele. Cruz e Sousa considera-se como o vate do homem negro, tenta lutar com a sua raça. As sua idéias junta com a mitologia clássica e com as idéias dos outros pensadores. A poesia de Cruz e Sousa tem os traços oníricos e visionários mas também estético antiburgueses do imaginário romântico. Por outro lado usa expressões negativos e jargão naturalista para significar a danação africana.