mato grosso v^tVilt Bill bolivia • Vila Rial do ' Bom Jatui da Cuiaba paraguai argentina ma to g rosso do sul REGIAO DAS MINAS E MONROES bah ia Vila 8oa goiás minas gerais Tijuco» (Diamap.iinei Sabal... Ca.,. Sao \ <>•*>.....;„:r"--^spirito paulo \ ,0u"f .. «saoJoio , D. -Bf iOurc Pralo) santo Pincicabi. • Pom Ftiiz» rio de janeiro * • Sán Paula Sorocaba • Santos parana ATLANTICO legenda Rola das mon^óes A sociedade mineradora As diferencas em reíacšo ä regiäo acucareira A exploracao do ouro era a preocupacao fundamental das pessoas que se dirigiam para Minas Gerais. Em torno do ouro, organizaram outras atividades e importantes vilas e cidades, como Vila Rica (atual Ouro Preto), Congonhas do Campo, Mariana, Sahara, Sao Joao Del Rei etc. Comparando-se a mineracao no Brasil com a agricultura de exportacao, podemos dizer que o trabalho nas minas, alem de menor quantidade de equipa-mentos e instalacoes, exigia mao-de-obra menos numerosa. Disso se conclui que os investimentos de capital na mineracao eram menores que os necessarios ao funcionamento da propriedade agricola exportadora. Por isso, o acesso a condi-cao de minerador foi relativamente mais facil do que o acesso a condicao de se-nhor de engenho. No nordeste brasileiro, a exploracao do acucar deu origem a uma sociedade rural, dominada pelos senhores de engenho e tendo na base os escravos e de-pendentes. Em Minas Gerais, a exploracao do ouro fez nascer uma sociedade urbana, heterogenea, composta de comerciantes, funcionarios do rei, profissio-nais liberals e uma vasta multidao de escravos. Esses ultimos chegaram a consti-tuir, em 1786, 75% da populacao das Minas Gerais. Representando-se esquematicamente a estrutura social da regiao mineradora e da regiao acucareira, temos: 122 sociedade mineradora Sociedade acucareira I Grandes mineradores I Autoridades reais Tropeiros Oficiais Burocratas Sol dados Clerigos Comerciantes Profissionais liberals Pequenos mineradores (Escravos Senhores de engenho Escravos e dependent es Na sociedade mineradora, a ascensäo social era relativamente mais fäcil do que no Nordeste acucareiro. Se, explorando o ouro, um hörnern se tornasse rico, podia freqiientar as altas rodas sociais. A possibilidade de subito enriqueci-mento atenuava ate mesmo o preconceito de raga. Sendo rico, o negro ou o mu-lato tornava-se gente respeitävel aos olhos da sociedade. Minas torna-se centro cultural e consumidor A riqueza, a princípio fácil e abundante, levou diversas pessoas a assumir comportamentos osíentatórios e extravagantes. A prostituicäo era intensa na re-giäo. Fortunas eram gastas em vícios e coisas supérfluas. Mas nem todos utilizaram sua riqueza no esbanjamento e desperdicio. Muitos utilizaram-na para o requinte in-telectual. Näo é de se admirar que o pri-meiro movimento literário efetivo do Brasil (o arcadismo) tenha surgido em Minas Gerais, assim como nossas primei-ras grandes figuras no campo das artes plásticas (Aleijadinho, Mestre Ataíde) e da miisica (Emérico Lobo Mesquita, Francisco Gomes da Rochá, Inácio Parreiros Neves). A exploracäo do ouro era a ativida-de dominante dentro da sociedade minei-ra. Essa especializacäo de atividade fez da regiäo mineradora um excelente mer-cado comprador de alimentos e outros produtos, como roupas e ferramentas para o trabalho. Inúmeros comerciantes de Portugal e da propria Colönia abaste-ciam a sociedade mineira com os produtos de que ela necessitava. Minas tornou-se um grande centro consumidor, gerando um importante mercado interno dentro da economia colonial. Da vasta obra do Aleijadinho, destacam-se as esculturas dos Doze Profetas, consideradas obras-primss do periodo colonial, situadas no adro da igreja de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo. Na foto, Profeta Daniel 123