Folha1 ISABEL LUCAS 12 de Setembro de 2018, António Lobo Antunes entrou na Biblioteca La Pléiade: "É muito maior do que o Nobel" É o segundo autor português a integrar a prestigiada colecção francesa, depois de Fernando Pessoa, em 2001. O escritor dedica o “prémio” ao seu amigo José Cardoso Pires. "Sonhei com este prémio desde os 13 ou 14 anos, desde a adolescência até agora. É o maior reconhecimento que se pode ter enquanto escritor, muito maior do que o Nobel", afirmou António Lobo Antunes ao PÚBLICO pouco depois de ser informado pela sua agente de que a Biblioteca La Pléiade quer publicar a sua obra. Visivelmente emocionado com a sua entrada nesta prestigiada colecção francesa, o escritor acrescentou: "Estar no meio desta gente sábia dá-me muito prazer e muita alegria." O “prémio”, como lhe chamou, quer dedicá-lo ao seu "irmão" José Cardoso Pires. "Esteja ele onde estiver, sei que vai ficar feliz e dizer 'ganhámos!'. Era o meu melhor amigo. Sempre que vinha a notícia do vencedor do Nobel, ele ligava-me a dizer 'perdemos!', e quando soube que eu tinha vencido o Prémio Pessoa telefonou a gritar 'ganhámos!'. Já viu a elegância daquele homem? Tenho muitas saudades dele. Sei que seria uma grande alegria para o Zé. Isso sim, importa, o resto é literatura e é sempre discutível." António Lobo Antunes, 76 anos, torna-se assim no segundo escritor português a merecer o interesse da Pléiade, depois de Fernando Pessoa, em 2001. Considerada a colecção de referência da literatura mundial, a Bibliothèque de la Pléiade foi criada em 1931 com o objectivo de publicar as obras completas de autores clássicos franceses em edições cuidadas, de papel bíblia e capa dura. Baudelaire inaugurou a colecção e André Gide, em 1939, seria o primeiro escritor vivo a integrar o grupo restrito de eleitos da Pléiade. Era a abertura aos contemporâneos, mas só na década de 1960 a colecção editada pela Gallimard se estenderia à literatura mundial, passando a integrar clássicos da antiguidade grega e romana, além de textos asiáticos e de filosofia. Dela fazem parte autores de origens e escolas tão distintas como Samuel Beckett, Tolstói, Milan Kundera, Marcel Proust, Cesare Pavese ou Charles Dickens. Em 2016, a Pléiade anunciava a publicação da obra do Nobel da Literatura Mario Vargas Llosa, ainda em vida do autor peruano; um ano depois, decidiu publicar a do norte-americano Philip Roth. Agora, em 2018, será a vez de Lobo Antunes. A notícia chega a menos de um mês de estar nas livrarias portuguesas o próximo romance de António Lobo Antunes, A Última Porta Antes da Noite (D. Quixote), e dois dias depois – contou ele ao PÚBLICO – de o escritor terminar mais um livro. "Não sei como vai ser, mas estou muito contente. O meu pai tinha muitos livros da Pléiade em casa e li muitos dos grandes autores naquela colecção que aprendi a tratar com grande deferência", conta o autor de Os Cus de Judas, que terá de aguardar por novas traduções dos seus livros publicados em vários volumes (um processo que levará algum tempo) para poder finalmente juntar o seu nome aos 250 autores que até agora integram uma colecção com 800 títulos. Entre eles, está toda a obra poética de Fernando Pessoa. A obra completa de António Lobo Antunes conta 32 romances e a edição já está negociada com a Gallimard, como anunciou ao escritor Dominique Burgois, a sua editora francesa. "Isto representa um grande empenhamento por parte da Gallimard. São muitos livros. Não sei se vão considerar os livros de crónicas. Há autores [na Pléiade] que têm muito menos obra. É de facto muito importante", refere Maria da Piedade Ferreira, a editora de Lobo Antunes em Portugal. A trabalhar com o escritor há muitos anos, reafirma que Lobo Antunes "achou sempre que estar na Pléiade era mais importante do que vencer o Nobel, pela continuidade no tempo, pelo aparato crítico, pelas revisões cuidadas". E acrescenta que tudo isto acontece num momento em que obra do autor está a entrar noutros mercados a que antes não chegava, como a China e os países árabes, "que ele nunca tinha atingido". 1. Questões sobre o texto. a) O que é a Bibliothèque de la Pléiade? E de que editora faz parte? b) Há outros autores portugueses nessa colecção? c) Como reage o autor ao saber que havia sido aceite pela Bibliothèque de la Pléiade? d) A quem dedica o prémio e porquê? Diz-lhe algo esse nome? e) Quais são , segundo o texto, os outros espaços em que o autor está a tornar-se conhecido. f) No artigo são referidos dois títulos da vasta obra do autor. Quais são? Diga o que sabe sobre eles. g) Imagine que teria de fazer uma curta apresentação sobre o autor ALA. 2. Diga de outra maneira: a) É o segundo autor português a integrar a prestigiada colecção francesa… b) É o maior reconhecimento que se pode ter enquanto escritor c) «Já viu a elegância daquele homem? » O que significa , no contexto em que é dito? d) …com o objectivo de publicar as obras completas de autores clássicos franceses em edições cuidadas, de papel bíblia e capa dura. e) …grupo restrito de eleitos da Pléiade f) …que terá de aguardar por novas traduções dos seus livros publicados em vários volumes (um processo que levará algum tempo) g) Faça uma síntese da notícia. Explique por outras palavras As quintas /hortas da periferia das cidades já represent​aram um importante meio de fornecimento de frutas e legumes frescos à cidade, de forma sustentável. Com o crescimento urbano e a alteração dos padrões de vida, tal tem vindo a perder importância. O desenvolvimento social e as grandes questões ambientais que enfrentamos obrigam-nos a repensar comportamentos e modos de vida. Esta nova forma de produção de alimentos contribui para a​umentar a autonomia alimentar das famílias, fomenta práticas de consumo mais equilibradas, amplia a biodiversidade, alicerça a consciência da necessidade do desenvolvimento sustentável, potencia a convivência familiar e comunitária e contribui para uma melhor consciência ambiental. Para ouvir e ler Outras ideias, abordagens e opiniões relacionadas com o 1º tema do texto do Manual – Aceite o desafio -à fontes de recolha de vocabulário específico 1. Hortas comunitárias urbanas (6.42mn) https://www.youtube.com/watch?v=wwfYT8UqSbc 2.HORTAS URBANAS : O contributo da arquitetura para a integração das hortas urbanas na (re)qualificação da cidade As hortas urbanas comunitárias e pedagógicas são uma manifestação sociocultural de preservação de tradições de cultivo e, uma prática agrícola que contribui para o desenvolvimento sustentável. Porém, estes espaços agrícolas podem ser mais do que uma mera componente sustentável e contribuir para a (re) qualificação urbana, qualificando a cidade. A presente dissertação analisa as caraterísticas das hortas urbanas de forma a entender como o arquiteto pode dar o seu contributo na (re) qualificação da cidade com espaços hortícolas, de forma a dar um sentido urbano a lugares intersticiais ou expectantes da cidade. Assumindo que a arquitetura e o urbanismo têm um papel determinante na organização da cidade e que as hortas urbanas são práticas sustentáveis, pretendo demonstrar que deve existir mais investimento a nível do próprio desenho urbano, planificação e melhor integração das hortas dando lugar a espaços de caráter urbano, embora com caraterísticas que ainda são comummente associadas ao ambiente rural. A arquitetura como disciplina de síntese deve fomentar a ideia de deixar de existir uma barreira entre o rural e urbano, pois, apesar das hortas, no seu sentido lato, não emergirem de um caráter urbano, não deixam de ser cidade. https://estudogeral.sib.uc.pt/.../1/Tese%20Diana%20Teixeira.pdf O campo invade a cidade: hortas urbanas fazem sucesso e já valorizam os imóveis https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2021/03/18/46644-o-campo-invade-a-cidade-hortas -urbanas-fazem-sucesso-e-ja-valorizam-os-imoveis