Hoje em Dia QECR Níveis C1/C2 Portugués Lingua Estrangeira/Língua Segunda/Lingua Näo laterna d UdlMIHdl ä aiKd 0 aprendente terá a oportunidade de desenvolver o uso da lingua, quer a nível escrito quer a nível oral, e, simultaneamente, tomar conhecimento de diferentes vivéncias nos países onde é falada a lingua portuguesa. e de grama'tica, temas para comentar e a respetiva Herminia Malcata St i ri7. 1 "mwl< Icones da Cidade: Renato Borges de Sousa p je Aceite o Desafio P Hoje em Dia... e uni livro coiistidaido por textos que se debrucam sobre temas da vida quotidiana e atual no mundo lusofono e destina-se ao dcscnvolviniento do portugues como lingua estrangeira, lingua segunda e lingua nao materna para alunos ja com conhccimentos da lingua (niveis CI — Autononn;i/C2 — Mestria do QECR). Acraves dos temas abordados, que vao desde o futebol no feniinino, a arte urbana dos graffiti, a expressao cultural capocira e as hortas urbanas, as cimrgias plastica.s, os alunos (de grau avancado) sao levados nao so a rever as estxuturas gramaticais, supostamente ja adquiridas, mas tarnbem a trabalhar a area lexical. O aprendente tera a oportunidadc dc desenvolver o uso da lingua, quer a nivel escrito quer a nivel oral, e, simultaneamente, tornar conbecimento dc diferentes vivencias nos paises oride e falada a lingua portuguesa. Aprcscnta^ao | 5 Este livro e composto por texcos, glossärio, exercicios de compreensäo, de vocabulario e de gramätica, temas para comentar e a respctiva chave dos exercicios. Farias passadascömos avos? Fazem mft .< •■-•--.4«^:' A Exercfcios de compreensäo ▼ Exercicios de vocabulario Aceite o desafio [Pag. 10] • Texto lacunar • Palavras: sinönimas / homöfonas / homögrafas / homönimas / parönimas • Proverbios • Revisäo verbal • Pronomes pessoais de complements direto e indireto • Diferencas entre: portanto / por tanto; senäo / se näo; contudo / com tudo; decerto / de certo Futebol [Pag. 22] • Expressöes futebolfsticas • Expressöes idiomäticas • Proverbios • Palavras: antönimas • Revisäo verbal • Verbos derivados de pör • Preposicöes B • Texto lacunar • Revisäo verbal T jcones da cidade • Palavras: sinönimas • Discurso direto / Discurso in- P • Nome / Verbo / Adjetivo direto ] [Pag. 341 • Expressöes idiomäticas • Preposicöes • Texto lacunar • Revisäo verbal Arle urbana • Estrangeirismos • Conectores • Prefixos • Verbo passar + preposicöes [P.iq. 44] • A Boa Esorita • Texto lacunar • Revisäo verbal Ser supersticioso • Etimologia das palavras • Conjungöes da azar...? • Analogias • Preposigöes • Expressöes idiomäticas com o verbo dar 1 [Pag. 5-1] • Prefixos J • Expressöes idiomäticas com o verbo pör • Revisäo verbal Velhos säo os trapos • Palavras: sinönimas • Nomes coletivos • Pronomes relativos • Pronomes pessoais de com- • Verbo mais apropriado plemento direto e indireto -* i [Pag. 64] • A Boa Escrita 6 i Apresentacäo Itidice I 7 .;• ii ti'h'ffoil'fyf*'Ä.OJSf;fM»aS*fc>Bj-j»;S3J~ti%B*»ííímtVSííJfiiísKW¥(íaí«vlft;;-řSíi"i • Texto lacunar • Preposigöes I • Texto lacunar • Discurso direto / Discurso in- A sesta • Nome / Verbo / Adjetivo • Proverbios • Verbos derivados de ter • Conectores Espelho, espelho meu... • Diferengas lexicais entre portugues euro-peu e portugues do Brasil direto • Conectores [Pag. 74] • Etimologia das palavras < • Expressöes com o verbo apropriado • Preposigöes [Pag. 138] • Plural • Texto lacunar • Expressöes idiomäticas • Verbo mais apropriado • A Boa Escrita • Revisäo verbal • Preposigöes • Pronomes pessoais de com-plemento direto e indireto I" - Seräo os Portugueses felizes? [Pag. 84] i ji ÍH-jTnmé e Principe... • Texto lacunar • Diferencas lexicais entre portugues euro-peu e portugues de Sao Tome e Principe • Palavras: homonimas • Revisao verbal • Preposigdes • Conjungoes e locugoes i Como e que ficamos • Palavras cruzadas • Revisäo verbal [Pug. 150] • Nome / Verbo / Adjetivo • Expressöes idiomäticas com o verbo andar • Analogias • Verbo mais apropriado • Indicativo ou conjuntivo? • Conjungöes täo chatas? [Pag. 96] jf Sol Nascente ou... Loro Sae • Texto lacunar • Lexico em tetum • Expressoes com o verbo apropriado • Revisao verbal • Preposigdes • Pronomes pessoais de com- Ferias passadas com os avös? • Palavras cruzadas • Revisäo verba! • Feminino • Nomes patrios plemento direto e indireto • Expressöes idiomäticas • Preposigöes [Pág. 160] • Proverbios • Conjungöes [Pag. 106] • Nome / Verbo / Adjetivo Ssudade e morabeza • Texto lacunar • Lexico em crioulo de Cabo Verde • Infinitivo pessoal simples e composto • Texto lacunar • Expressöes idiomäticas no portugues do • Revisäo verbal • Diferengas entre: [Pág. 174] • Etimologia das palavras • Expressoes com o verbo apropriado • Conectores • Preposicoes Capoeira Brasil • Diferencas lexicais entre portugues euro- porque / por que; enfim / em fim; ■h • Texto lacunar • Revisao verbal peu e portugues do Brasil demais / de mais; Os Sobas e a tradicao • Expressoes idiomaticas em Angola • Pronomes mdefinidos • Palavras cruzadas porquanto / por quanta • Diferengas lexicais entre portugues euro- • Preposigdes [Pag. 114] • Locugöes finais [P.-'.j. 184] peu e portugues de Angola • Nome / Verbo / Adjetivo • Texto lacunar • Gerundio Brasil, o rei do ritmo e dos espetäculos [Pag. 126] ■ Expressöes idiomäticas no portugues do Brasil • Diferencas lexicais entre portugues euro-peu e portugues do Brasil • Etimologia das palavras • Verbos derivados de vir • Preposigöes :'!i< Macau [Pág. 1961 • Proverbios em patoa • Analogias • Acentuacao • Interjeigoes • A Boa Esorita • Revisao verbal • Indicativo ou conjuntivo? • Preposigdes 8 Indice ceite esafio nha cultivar f a sua ft m quintal? Nao faz mal. m pode criar a sua pro-rta... urbaiia. Hie vai faltando tempo e pa-Dara estar nas filas do super-i, este artigo e mesmo para si. jine-se a ter uma horta na sria casa. Va la, nao faca essa \ mesmo possivel. ns Portugueses ja apostaram ultura "caseira'\ Para A. Silva necou ha cinco anos."0 Life ig surgiu quando iniciamos ta no jardim como um hobby. ;o do tempo fomos experi-lo diferentes tecnicas de cul-uirmdo o conbecimento e a Lcia, c ate uma cstufa tcmos no comcya per coritar. Hojc cm mpresa visa inspirar e incenti-ssoas a cultivarem os seus pro-nentos em espacos reduzidos lateriais reutilizaveis. trecemos produtos que per-riar uma horta de ervas aro- e microvegetais biologicos ie casa, possibilitando, assim, mentacao mais saudavel e o ambiente. A prova disso e a ha pouco tempo a Grow Box de microvegetais Life in a Bag recebeu uma mencäo honrosa nos Food and Nutrition Awards", acrescentou A. Suva. Na opiniao desta nova agricultora, "isto das hortas em casa talvez seja uma moda", devido a cada vez mais serem utilizadas pclos grandes chefes de cozinha c em programas de culi-nária, "mas acaba por se tornar uma necessidade näo só a nivel financeiro, mas também porque é benéfico para a saúde", conclui. Também A. Terroso se aventurou nas hortas com 'uma pequena horti-nha em casa a fim de fazer algumas experiéncias". O projeto evoluiu e A. Terroso comecou a ver a agricul-tura de outra forma: dou mais valor ao trabalho das pessoas que fazem desta atividade a sua vida. Este projeto fez com que alterasse urn pouco os incus hábí to s alimentäres e come-cassc a fazer refeicoes mais saudáveis. Ajudou-me a experimcntar produtos que até entäo dcscorihccia e que säo benéíicos para a saúde", diz ainda. Por isso, se está com vontade de poupar, ouca os conselhos de quern sabe: "Uma vez que temos estes produtos em casa, nao precisamos de nos deslocar para os adquirir, o que torna via a sua obtenfäo mais económica. Alem disso, tém outro sabor, pois foram semeados e plantados por nós com todo o carinho e dedicaeäo", conclui A. Terroso. Posto isto, é só pegar na matéria--prima e... comec^ar a cultivar. ▲ Texto adaptado, Patricia Tadeu in Metro s ■f Levar as raizes ä cidade O fcnomeno das hortas urbanas e recente cm Portugal, mas os agricultures ntadinos estao a aumentar dia apos dia. A ocupacao de tempos livres. o alivio do stress e a prätica dc agrkul-tura de autossubsistencia parecem ser os motivos niais plausiveis para este fen.6m.eiio. As hortas urbanas, familiäres ou comunitarias, sao pequenas parcelas de tcrreno arrendadas a particulates para a cultura de legumes, flores e fru-cos em plena cidade. Em Portugal, esta atividade co-mecoii a ser implementada e divul-gada hä pouco tempo, apesar de este fen6meno ja ter surgido hä mais tempo - durante a segunda metade do seculo xix — em paiscs do norte da Europa. Dado existir um a necessidade crescente, por parte da populaeäo, em contactar com a natureza e dar uti-lidadc a espacos verdes, foi criado o projeto Horla a Porta, o qual pro-move a qualidade dc vida da populaeäo, atraves de boas präticas agricolas, ambientais e sociais. A criaeäo dc hortas na cidade pretend e, por \im lado, garantir a autossubsistencia atraves de produtos hordeola'; e, por outro lado, promovcr a ccossustentabilidade. As hortas dc subsistencia tern coiJio objetivo ajudar na qualidade de vida das populacoes. Desde que esles projetos comee.aram, tern sido inau-guradas pequenas hortas citadinas ern várias cidades do pais. Inclusive na capital! As Cámaras Municipals dispo-nibilizam talhöes de, no miniino, 25 metros qiudrados, para atividades agricolas. Uma das regras impostas é que seja assegurada a utilizacäo exclusiv de produtos biológicos. Para tal, os interessados tcm de preencher uma ficha de candidature, e os criterion de selecäo e distribuicäo obedecem a parämetros de cariz social, nomea-damente se o proponente se encontra em situaeäo de desemprego sem au-ferir o respetivo subsídio, se é benefi-ciário dc prestacöes de apoio social e sc estas representam a única fonte de rendimento ou. ainda, se é de ten tor do menor rendimento do agregado familiar. Nem so de legumes vivem as hortas... Se pensa que as horlas urbanas ser-vem so para culuvar legumes, thru ou ervas aronuticas, cngana-se! Ha tarnbem quern aprovcitc o espaco para construir uma capoeira, ou galiriherro, local onde se albergam galinhas, patos, perus, etc. Estas aves domesticas sao ali-rnentadas com aquilo que se produz na horta, principalmente vegecais k W GLOSSARIO auferir; ganhar, receber; lucrar estufa: reemto fechado em que se estabelece calor artificial nutrir: alimentär; sustentar parämetro: padräo; modelo plantar: cultivar plausível: aceilável; razoável; ad mi ssi vel semear: deitar ssmentes na terra subsistencia: estabilidade; conservag-äo; sustento visar: ter em vista; ter como finaiidade ou objetivo Explique o sentido das frases de acordo com o text o. 1. "Alem disso. tem outro sabor, pois forarn semeados e plantados por nós com todo o carinho e dedicagäo (.. 2. "Levar as raizes ä cidade." fblhosos.A couve-galena e urn vegetal cultivado na maioiaa destes espacos urbanos e nao so serve para a ahmen-tacao himiana, como tarnbem para nutrir estas aves de capoeira. Os de-fensores destes espacos afirmani que sempre que se pense em criar animais domesticos para alnncnracao, se deve providenciar uma boa area dc plantio desta conve, tarnbem conhecida por ''hortas". Avcs criadas com uma boa ali-mentacao fornecem ovos e carne de excelente qualidade. A nossa saude agraJece. pois somos aquilo que comemos... ."(...) promove a qualidade de vida da populagäo, atraves de boas práticas agricolas, ambientais e sociais.,: 4."(...) somos aquilo que comemos." 5. "Nem só de legumes vivem as hortas.. 12 [ Ac cite o desafio Aceite o desafio | 13 ABULARIO plete os textos com as palavras dadas. A. trair _ Hortas citadinas I . de o homem trabalhar a . . é uma questäo de . o homem só pela_ oferecidos pelas_ Tem raízes mais . natural de_ _, para mas a atrac _sente pela atívídade agrícola nšo s _de aceder a outros sabores que näo a\ _dos supermercados. a que näo é alheia uma do ambiente urbano e de . misto de ócio e trabalho em contacto. ifundas terra urbano Tientos direto isidade te lei ras ontade retorno evasáo ivéncia Hortas citadinas II lo inúmeros os_das práticas agrfcolas em meio _, com destaque para o_que poderäo repre- ir na_familiar e na qualidade da alimentagäo, alem jrmitirem a redugäo de matéria orgánica no_indife- ado e de funcionarem como_lúdico, de recreio e te- jtíco. A substituigäo de espacos vazios da_publica, ís vezeš deixados ao_e em degradagäo progres- ľlurante_, pela geometria dos canteiros agrícolas e diversídade das suas cuíturas pode ser também, desde que _com alguma disciplina, um_importante para com a n lixo urbano papel abandono via beneficios anos contribute recurso economia geridos Ouanto a .-. ^-grafia, as palavras podem ser: homófonas, homógrafas, homónimas e parónimas. alidade da paisagem da cidade. icordo com os textos, escolha a palavra alternativa que mais se aproxima do significado da a/expressao destacada. :entivar aumentar motivar modificar isentar ) máti co saboroso saudável odorffero colorido íncáo honrosa prémio medalha diploma certificado rcela unidade fragáo diminuigäo soma >ergar proteger desalojar desamparar recolher trir encher esvaziar sustentar completar svidenciar determinar santificar prover contar ciéncia doenga saúde agilidade tranquilidade ,tc o desafio orerente igual diferente conserto {nome - reparagäo) concerto (nome - obra musical) igual diferente diferente sede (nome - vontade de beber liquido) sede (nome - lugar onde se encontra o poder) lyual igual diferente säo (adjetivo - saudável) säo (verbo: 3." pessoa do plural do Presente do Indicativo do verbo ser) semelhante semelhante diferente area {nome - superficie) ária (nome - composigäo musical) ..omplcte o quadro posicionando os grupos de palavras na coluna adequada. gelo / gelo despensa / dispensa molho / molho cumprimento / comprimento manga / manga cinto / sinto perfeito / prefeito fecho / fecho cozer / coser nós / noz dúvida / duvida governo / governo canto / canto ouve / houve vicio / vicio nada / nada crer / querer rio / rio tráfego / tráf ico cela / sela lonstrua urna frase para exemplificar o significado de cada palavra do exercício anterior. •m plo: pôr geto no refresco. 10._ .nverno, geto quando saio ä rua sem agasalho. _ 11. 4. Forme provérbios juntando um elemento de cada coluna. B 1. colhe tempestades. 2. como o que fica ä porta. 3. nasce a luz. a) Cada um colhe b) Gräo a gräo c) Quem semeia ventos d) Täo ladräo é o que vai ä horta 4. näo acaba a primavera. e) Näo se pode ter sol na eira 5. aquiío que semeia. f) Da discussáo gj Por morrer urna andorinha 6. nunca fizeram mal a ninguém. 7. e chůva no nabal. h) Cuidados e caldos de galinha 8. enche a galínha o papo. j. cxplique o sentido dos provérbios do exercício anterior. 12. 13. b) 14.. c? 15.. d}. 16. e). 17. 18. 9). 19. S h; Aceite o desafio GRAMÁTICA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Se !he vai faltando tempo e paciéncia para estar nas fílas do supermercado, este artigo é mesmo para si, Caso_ b) A ocupacäo de tempos lívres, o alívio do stress e a prática de agricuítura de autossubsisténcia parecem ser os motivos mais plausíveis para este fenómeno. O agricultor disse que_______ c) Em Portugal, esta atividade comegou a ser implementada e divulgada há pouco tempo. Ainda que____________ d) As hortas de subsisténcia těm como objetivo ajudar na qualidade de vida das populagöes. Apesar de_ e) As Cámaras Municipals dísponibílizaram talhöes para atividades agrícolas. Talhöes para__ «A_. Z hstttua a parte destacada pelos pronomss psssoais de complemento direto. a) Vamos plantar a nossa horta com produtos hortícolas da época. b) Ao longo do tempo, experimentaram técnicas de cultivo com grande empenho e dedicagáo. c) Ofereceremos as mesmas oportunidades a todos os que se quiserem juntar a nós. dj Eles disseram que também ocupariam os tempos livres a ajudar os amigos e familiäres nas hortas. e) As Cámaras Municipals disponibilizam talhöes para atividades agrícolas. f) Para isso, os interessados těm de preencher uma ficha de candidature. g) Os defensores destes espacos nunca defenderiam outro tipo de plantacáo. h) Comeremos sempře os legumes da nossa quinta. IS I Aceke o desafío Acdte o desafío j 19 komplete com: portanto / por tanto, senáo / se näo, contudo / coin tudo, decerto / de certo. ^final, o que é isto_uma agricultura inteligente? _evámo-los até lá já_preparado. Náo foi preciso fazer mais nada. Eles nasceram no Alganye,_, sáo algarvios. Eles náo se importam de ficar a viver aqui,_precisam de ter um jardim para plantar algumas flores rvas aromáticas. 3e vocé quíser, pode ficar neste talháo,_tempo quanto o necessário. \ quem,_aos agricultores, se deve o ambiente de muita alegria e esperanga no futuro? Deixei-lhe uma mensagem. _ explicado sucintamente. Eles preenchiam todos os requísítos necessários, de. foi-lhes cedido o direíto de uso da proprie- _trabalho que tiveram, agora recebem os benefícios. _que eles virao antes da hora marcada. Sáo sempře muito pontuais. _der para virem amanhá, adiamos para outro dia. 3a irá,_, optar por ficar aqui. É um lugar muito bonito para passar uns dias. O que há_ou náo, isso eu náo sei. _fosse estar desempregado, nao teria comegado nesta atividade. Gostamos muito de viver na cidade,_falta-nos a tranquiiidade do campo. Falar _ •a elas. _assunto, como, por exemplo, agricultura de autossubsísténcia é sempře muito complicado Í_____r_J__Í ■■■lili MKm 'JSm r13T. />// / řWŽA COMENTAR • i coa que os ciberjogos, como o FarmVille, por exemplo, těm influenciado uma nova camada da :"opu!acáo urbana no cultivo das suas hortas? ' uando vamos ao mercado biológico, encontramos produtos cultivados em pequenas hortas, sem iitivos, mas mais caros do que os que compramos nos hipermercados. Qual é a melhor opcao? orque? * s hortas deviam estar só em lugares fora da cidade ou longe da poluicáo. -utebol Desporto de/ para jonjens mulljefes Num mundo em constante mu-ca hi fenomenos que extravasam la essencta c transpdem areas que, principio, lhc estariam vedadas. tutebol, grandc competteao des-uva ainda nos dias de hoje, e um niplo deste fenomeno. E um pro-o de giobalizacao. Praticamente em todo o mundo, ides de pessoas compartilham o mcsmo interesse: o futebol como desporto de massas ou desporto-rei, como alguns lhc chamam. E, sem dúvida. uma índústria de entretenimcnto que age inten-samence na cultura e na economia dos países. Move multidôcs qualquer que seja a nacionalidadc, a faixa etá-ria ou, até mesmo, o scxo: homens e mulheres säo adeptos deste desporto. Jogam-no. Vibram nos estádios ou em frentc ao eera. Utilizam um lé-xico próprio que, por vezeš, só eles mesmo entendem. Foi pedido a pessoas, de idades e profissóes diferentes, que se pronun-ciassem sobre a nova rcalidade que é o futebol no feminino. Futebol - Desporto excSusivamente msp.culino? Penso que näo. Sem dúvida, o jogo foi cnado em Inglaterra por homens e para homens. Mas naquele tempo o dcesso da mulher ao desporto era muito limitado. A mulher devia prote-ger a pele do sol porque os cánones de beleza exigiam que tivesse a pele muito branca. Mesmo quando prati-cava tenis ou equitacäo, e até quando comecou a ir á praia, usava roupas que cobriam o corpo. E pensava-se que a mulher, como "sexo fraco", näo aguen-taria a dureza do jogo. Hoje, a realidade é bem diferente. Há milhôes de mulheres que jogam futebol e outros desportos igualmente duros. Čada vez mais clubes těm uma equipa feminina. E näo há nada no jogo que a mulher näo possa fazer: correr, passar a bola a outra jogadora com os pes ou com a cabeca, chutar, parar urna bola, ter pontaria, aplicar Futebol Futebol 23 a tática, jogar em equipa, sofrer jm encontrao, driblar, fazer bluff, |ir-se inocente depois de uma i... Só depende do gosto e da habili-le de cada uma. E já se sabe que fm corre por gosto... Eu gosto de um born jogo, rápido, emocio-te, sem interrupcöes constantes, i bons jogadores, com golos boni-(principalmente da minha equipa). ; nunca me senti inclinada a jogar. zmeňte näo so mos todas iguais, sar de ainda soar algo excéntrico ■ uma mulher escolha essa profis-tradicionalmente masculina, Penso o que faz mais falta ao jogo é tica desportiva". E preciso que se lementem meios técnicos (que os para evitar a corrupcäo dos juízes e dirigentes, o favorecimento vergo-so. A meu ver, a injustica dos jogos que mais desanima os adeptos e os ta dos estádios. Com isso é que os lens e mulheres se deviam preocu-< V. Pinto-Coellio ebol no feminino Jma bola, 22 jogadores. Duas equipas rsárias, mas näo inimigas, metade de ladu. Fora das quatro linhas, fícam os tos e adeptas das duas equipas. Mui-'ezes agrupam-se em claques de apoio quentemente vestem-ie a rigor com as sofas, cachecójs, bonés e gorros do. dube apoiam. Um jogo é uma festa e quanto importante for essa partida, inaior é o iiasmo dos sens adeptos. *Jos primórdios deste desporto, ele eia idaímente praticado e apoiado por adep-íasculinos. Com o passar do tempo, o irise por parte da populacäo feminina tem intado, näo so no que respeita ä sua prá-:omo ao acompanhar o derby no estádio ravés da televisäo. \é entusiastas de futebol de ambos os ; que seguem näo só a vída do seu clube do coracäo, mas também a Selecao Nacionál. As opcöes técnicas do treinador säo ques-tionadas ou apoiadas consoante os resultados que a equipa vaí obtendo, e ambos os sexos o íazem com o mesmo fervor. Argumentes e contra-argumentos säo digíadiados, ás vezeš intensamente, entre os adeptos dos vános clubes. Homens e muíhe-res que seguem este desporto acabam sempře por opinar sobre o que o treinador devia ou nao ter feito durante o jogo e sobre as jogadas polémicas no final do encontro. Essas pequenas picardias säo geralmente discutidas antes, durante e depois dos jogos. Säo as grandes penalidades, os golos invalidados, os foras de jogo ou a justfca dos cartoes distríbuí-dos pelo árbitro aos jogadores. A verdade é esta: quem gosla de futebol, seja hörnern ou mulher, sente entusiasmo com as vitórias da sua equipa e sofre mais ou menos intensamente com os resuitados negativus. <]. Pronto O futebol também é um desporto para mulheres? Eu penso que sim. E porque näo? Já lá vai o tempo em que o desporto, pelo menos com carácter cornpetitivo, era interdito äs mulheres. O desporto consistia em jogos entre amigos e conhecidos e näo éram, de forma alguma, jogos para as grandes massas. Näo arrastavam mulťidôes. Hoje é diferente, os tabus foram derrubados e o desporto comecou a ser praticado indistintamente por homens e mulheres. Hoje em dia, há equipas de futebol fsminino que o praticam de forma muito agradável. Se me perguntarem se o boxe ou a luta livre também säo desportos para mulheres, direi redondamente: näo! Säo desportos que exacerbam uma brutalidade e agressividade que me parecem condenáveis.Até mesmo para homens! Mas o futebol é diferente, tern lances interessantes, emotivos, que ex-ploram a velocidade e habiiidade dos jogadores. Por outro lado, também é emotivo pela expectativa do resultado final. Näo sendo um jogo essenciairnente agressivo - ainda que viril -, acho que as mulheres de hoje também assistem com muito fervor a derbies emocio-nantes. Conhecem as regras do jogo, mesmo quando säo só espectadoras. Puxam pelos jogadores ou jogadoras. Fazem parte das claques: cantam e gritarn entusiasticamente. Eu cá gosto de bom futebol! Näo jogo nem nunca joguei, mas sempře fui uma adepta do desporto-rei. Nunca faltei a urn jogo do meu clube favorite; nem o meu marido e o meu filho. Todos os domingos lá íamos nós, de cacheeol ao pescaco. Agora... ougo os reiatos no rádio. A M. A. Ajú Futebol - Oesporto de/para homens e mulheres Desde sempre que o futebol foi associado a um desporto para homens, devido ä sua vi-rilidade. E frequente ouvir frases do tipo "futebol e para homens" ou "paiece uma menina a jogar ä bola". A verdade e que tudo islo se enquadra numa filosofia em que o hörnern e simbolo de virilidade, brutalidade, forca. Elementes necessarios para a prätica de um desporto como o futebol. 0 futebol fol criado por homens e para homens ha mais de cem anos, numa socie-dade em que 3 mulher tinha poticos direitos e era vista como mais sensivel, menos viril e cuja principal funcäo era a de casar e ter filhos. Poucas (oram as mulheres que envere-daram pelo desporto. 0 desporto era para homens. Evidentemente que iiwita coisa mudou nos Ultimos cem anos e muitos direitos foram adquiridos pelas mulheres, desde o direito a votar ate ao de ocupar posicöes outroia so de homens. Há rnilhôes de mulheres que jogam futebol c outros desportos igualmentc duros. Cada vez mais clubes tém uma equipa feminina. E näo há nada no jogo que a mulher näo possa fazcr (.." Futebol Futebol GLOSSÁRIO abarcar: integral", abrangen conler cänone: modelo, regra; paciräo digladiar: confrontar enquadrar: ajustar; combinar entretenimento: divertimento enveredar (por): seguir determinado rumo ou destino exacerbar. agravar; tornar intense extravasal transbordar; ir para alem de; oxteriorizar emocäo ExpS. i i o sentido das frases de acordo com o texto. 1. O futebol "é um produto de globallzacäo". fervor: entusíasmo implementar: realizar; executar; levar a cabo opinar: rnanifestar opiniäo outrora antigamente picardia: provocagäo piropo: galanteio; palavra ou frase lisonjeira dirigida a alguérn primórdios: princlpío: inlcio de relato: descricäo; narracäo; reportagem residual: aquilo que resta de No cdso poitugues, pof exemplo, só após 3 revoludo de 1974 é que comecaram a aparecer mulheres a conduzir autocarros e a assumii algumas prolissöes antes lestritas aos homens pelo lalor forca e masculinidade. No desporto foi igual. Hoje em din vemos mulheres a jogar futebol e oulros desportos como, por exempío, o boxe, coisa impensável há uns anos. Ja nďo é surpresa encontratmos grandes jogadoras de futebol a usar a forca para vencer, jogando tal como os homens. 0 ojrioso é que o futebol feminino ern muitos parses como os EUA, a Norüega ou a Dinamarca já conseguiu triunfos a nível rnun-dial e olírnpico, nunca antes alcancado pelos homens destes países. Em conclusao, alualmente qualquer desporto pode ser praticado por ambus os sexos, sem que haja discriminacäo, havendo até algum respeito por essas mulheres que tém sucesso quer no futebol quer noutros desportos. 0 caminho para a igualdade de oportuni-dades eslá criado e seré cada vez mais urna certeza. o. couto Futebol - Desporto para homens e mulheres? O futebol é um daqueles temas sociais globais que abarca todas as estruturas sociais - da política ä eco-nomia -, étnicas, etárias e de género. A ideia de virilidade, de disciplína militarista, remete o futebol para o uni-verso masculine, quase guerreiro, um desporto de homens. Tal nao significa que as mulheres näo o pratiquem, mas säo sobejamente conhecidos os dis-cursos, mesmo na imprensa especia-lizada, a rogar a fronteira do sex/smo; e, mesmo fora da imprensa especiaii-zada, todos conhecemos os píropos que se produzem sobre o terna, o corpo do sexo fraco que se julga näo apropriado aquelas lides, e um traje desportivo contrario a uma feminilí-dade recatada. Ou seja, as mulheres que invadem os terrenos desportivos considerados masculínos estäo sempře sujeitas a discursos mordazes, e no futebol isso näo é excecäo. A atestar este afastamento da mulher do futebol, como prática des-portiva, está o facto de o přímeno jógo oficial e regulamentado de urna equipa feminina ter tido lugar em Franca, em 1984, isto, tendo em conta que se trata de um desporto com ori-gem em meados do século IV, em tn-glaterra, e cujas regras básicas foram definidas em 1863. Claro que hoje existe futebol feminino organizado, mas a desvalorizacao do mesmo pa-rece ser uma evidencia, quando se constata que muitos depreciam o Mundialito de Futebol Feminino, dis-putado anualmente no Algarve, desde 1994, para näo falar naqueles que o desconhecem em absoluto. Atendendo äs estatfsticas de aná-lise sociológica que tém sido elabora-das, confirma-se que a priori o senso comum considera que o futebo! é, na sociedade portuguesa, um desporto de homens, com participacäo residual das mulheres. ^ A. Luis 2. O íuíebol é um "desporto de massas". 3."(...) nunca me senti inclinada a jogar." 4. "Fora das quatro linhas, ficam os adeptos e adeptas das duas equipas.' 5. "A; i opgóes técnícas do treinador säo questionadas (., 6."(. I säo sobejamente conhecidos os discursos (...) a rocar a fronteira do sexismo (., Futebol I 27 JĚĚKKĚĚĚĚtĚĚĚĚm m&r-~:-~- - ■ «»jr» "i-^i- ,"WT' HUH - - ; ■* ■ŕ—» ' .'J ■■■ - - -A »CABUUARIO icontre na coluna B o significado para as expressôes fuíebolfsticas da coluna Ä. 2. ■ ■ ässöes icliomáticas com partes do corpo. Er-roiv.plo: A Maria fez o exercício com uma perná äs costas, mäo perná cotovelo a) Sem querer, fugiu-lha a '.í-iqua _para a verdade. garganta boca bí A Raquel näo consegue ter_ mäo costas .no filho. perná c) Quando os volteí a ver, ao fim de muitos anos, emocionei-me e fiquei com um nó na. ■jiarganta boca oreiha c3) Ficámos de_atrás com as coisas que eles nos contaram. cotovelo joelho pé e) É preciso que se tomem decisöes de. cnbeca testa f) Ela näo sabe dangar. E mesmo um . osso pé _fria. mäo _de chumbo. coracäo •K' i) Adversário ) Jogo amigável S Árbitro 1. Local onde os jogadores vestem o equipamento de jogo e/ou tomam banho 2. Infragao cometida pelo jogador que, no momenta em que Ihe e pas-sada a bola, tern apenas urn ou nenhum jogador da equipa adversaria entre ele e a baliza g) Ele nunca compreende nada do que se Ihe diz. E mesmo urn . co rapa o testa cabeca h) O Luis irrita-me, está sempře a mandar. cabelos boca s _dura. 3. Forme provérbios juntando urn elemento de cada coluna. I Balneário 3. Jogo no qual o resultado nao vale pontos para a competigao ou campeonato A B Bracadeira 4. Vitória por muitos golos de diferenga a) Quando a esmola e grande, 1. queima-se. Cabazada 5. Nao concretizagao de uma oportunidade flagrante de golo b) Mais vale ir 2. nunca pior. Reviravolta 6. Farra c) Quem brinca com o fogo 3. näo merece castigo 7. Uma equipa ou um atleta oponente d) A culpa 4. que feche a loja. Falhanco 8. Ganhar um jogo depois de ter estado a perder e) Quando mal, 5. o santo desconfia. Fora de jogo 9. Pessoa credencíada pelas entidades oficiaís para fiscalizar um jogo de futebol TĚCN/CA! f) Quem confessa a verdade 6. morreu solteira. ro O Jvre o Q g) Quem näo sabe ser caixeiro 7. desespera. 10. Faixa de tecido colocada á volta do brago do jogador, ídentificando que é o capítao da equipa ď h) Quem espera 8. do que mandar. ■■PIP" ■■W/N --•sir-q- ■ I 5. Escreva antónimos para as seguintes palavras a) organizado b) interdito c) agressividade d) fervor e) apoio f) adquirido g) dúvida h) proprio 1. "Num mundo em constante mudanga hä fenömenos que extravasam a sua essencia e transpöern äreas que, em principio, Ihe estariam vedadas." Alem de "transpor", hä outros verbos derivados de "por": com por / dispor / interpor / opor / pressupor / propor / repor / supor. Escolha o verbo mais apropriado e conjugue-o corretamente. a) Os adeptos_que o jogo comegasse äs 16 horas, mas, afinal, comegou uma hora mais tarde. b) Era necessärio que os jogadores _____ no campo de acordo com as suas posigöes. c) 0 presidente do clube pediu aos adeptos para_um hino para o Campeonato. d) Dadas as circunstäncias, a Diregäo_que o jogo tivesse lugar noutro campo, e) E necessärio que se_a verdade dos factos. f) Houve quem se_ä realizagäo do jogo entre aquelas duas equipas. _restricöes ä entrada de adeptos no campo, isso levará a uma situagäo penosa h) O comportamento dele_näo só conhecimento do facto, como também uma boa educagäo. g) Caso a Diregäo para todos nos. Fiitebol ! 31 ansforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la are que considerar necessário. :ho que as mulheres de hoje também assistem com muito fervor a derbies emocionantes, acho que_. deia de virilidade, de disciplina militarista, remete o futebol para o universo masculine )ra_____ sndendo ás estatísticas de análise socíológica que těm sido elaboradas, confirma-se que a priori o senso m considera que o futebol é, na sociedade portuguesa, um desporto de homens, com participagáo jal das mulheres. lalista disse que___ m mundo em constante rnudanga há fenómenos que extravasam a sua esséncia e transpoem areas que tao vedadas. jtebol move multidoes qualquer que seja a nacionalidade, a faixa etária ou o sexo. |ue__é necessário que iitebol foi criado por homens e para homens há mais de cem anos (...)" ilete as frases com a preposicáo mais adequada: por / para. Faca contragáo com o artigo lo necessário. _a inauguragao do pavilhao desportivo, vai haver música popular e bifanas grelhadas. io proximo més voces forem de férias__o Norte, náo se esquegam de visitar Braga. fomos_a serra até chegarmos ao miradouro. A partir dali, dirigimo-nos_o santuário. o eu saiba _ .onde é que eles andam, mando-te uma SMS. uanto eles veem todos os programas na televisáo, eu só vejo os debates duas vezes_semana. _s deixar esta discussáo_a nossa próxima reuniáo. fonaram-me a dizer que estáo num engarrafamento e náo sabem a que horas váo chegar, cidi trocá-los____substitutes. lisamos de tempo. . treinar _ _ o jogo do proximo flm de semana. hi >x\\\X\X\X v • Futebol, um desporto tradicionalmente masculine. . As futebolistas těm mais civismo dentro do campo do que os futebolistas. • Futebol, um desporto que mexe com a economia do pais. -r t cones idade T Ascensor da Gloria Vscensores de J^isboci isboa é conhecida como a cidade iete colinas — ä semelhanja de la - e foi Frei Nicolau de Oli-, no século xvil, quem se refe-clas pela primeira vez no Ltvro Irandezas de Lisbon. Poréin, com scimento urbano da cidade ao i dos anos, o numero de colinas atou. ra ŕ'acilitar a vida da populacäo i veneer os declives naturais da foi criado, nos fínais do século m programa de obras públicas ouxe ä cidade os emblemáticos ares: do Lavra, da Glória e da :m destes trés, sob a forma do mal elétrico,existe um outro de ícäo diferente, mas näo menos iante: o elevador dc Santa Justa. iscensor do Lavra, construído oul Mesnier du Ponsard, enge-trances, foi inaugurado a 19 de : 1884. É o elevador publico tigo de Lisboa que ainda está cionamento. liga o largo da ida ä Rua Cämara Pestana, a calcada íugreme com 188 Tem capacidade para trans-;rca de 42 pessoas e é movido, '15, a eletricidade. ubirmos neste ascensor, de-nos com uma magnífica vista sobre a cidade a partir do Jardim do Torel. Na colin a oposta, o ascensor da Gloria transporta os passageiros desde a Praca dos Restauradores ate ao Jardim de Säo Pedro de Alcäntara, numa subida fngreme de 265 metros. Este e um dos ascensores mais utilizados quer por moradores locais, quer por visitan-tes, pois no terrnino superior encon-tra-se o ponto de ligaeäo entre tres bairros com caricter bem diferentc: Chiado, Bairro Alto e Principe Real. Este ascensor tambem foi cons-truido por Ponsard, e foi inaugurado a 24 de outubro de 1885. As caracte-risticas säo semelhantes as do ascensor do Lavra: dois bancos corridos, colo-cados de co.stas para as janelas. Nas proximidades do rio Tejo, e com atributos cemcos da zona onde se localiza, encontraiiios o ascensor da Bica. Faz um trajeto menos ingreme do que os anteriores: so 70 metros.Tambem diferente e o local onde comeca a viagem: a partir de um pre-dio setL-centista na Rua de S. Paulo. Fsta subida proporciona uma vista impar sobre o rki, ao mesmo cempo que atravessa um bairro populär e ti-picamente alfacinha. O ascensor da Bica tambem foi coristruido por Raoul Mesnicr du Ponsard e inaugurado oíto anos dc-pois do primeiro. F. igualmcnte com-posto por duas carruagens, cada urna com trěs compartimentos desnivela-dos e de acesso independente, com capacidadc para transportar 23 passageiros {nove sentados). Os trés ascensores, que sao semelhantes ao tradicional elétrico da cidade, foram reconhecidos como Mo-uumentos Nacionais em 2002. Diferente destes trés ascensores, mas nao menos interessante, é o elevador de Santa Justa. Ascensor de estruťura vertical e consdtuído por duas torres metálicas interligadas entre si obedecendo ao estilo nco-gótico, foi construído entre os finais do século XIX e o início do século xx. Há quem diga que esta construcao se deveu a Gustave Eiffel, contudo pa-rece que foi o já referido engenheiro Ponsard quem se responsabilizou por esta construcao em conjunto com o arquiteto trances Louis Reynaud. Utilizaram técnicas e materials já uti-Hzados em Franca. O interior do ascensor é revestido a madeira, espelhos e tem capacidade para 24 passageiros. Este ascensor sobe até uma altura de 45 metros, e faz a ligacao desde a baixa da cidade até ao Largo do Carmo. \ \ í_ • V* li ^11 »#4ľ ':i im' 'tt li™* vm ■ fV—--^ -i v US if * da cidade ^ilas & páteos partir tle meados do século xrx a cidade boa comecou a ter uina maior coiicen-de mail de obra operária como resul-Lo processo de industrializaclo. A popu-da cidade aumentou: -vicram pessoas do >r do pais ä procura de trabalho. A com-o social da cidade modificoii-se. iquela época assistiu-se ao desenvol-to da burguesia e ä diversificacao em s sociais ao mesmo tempo que uma operária comecou a emergir. Para sanar ;ssidades de alojamento dos rnenos fa-ios economicamente, forarn criadas ^erárias. as vilas refletiam a imagem da indus-cao, ocupaiido pequenas areas e reu-ndo ao maximo o espaco. Ainda hoje Ic observar o desenho cuidado das is com elegantes varandas de ferro, as até parecem condomínios fechados äo falta a mercearia, o talho, o cafe... )oa chegou a ter cerca de 350 páteos e .as muitos deles já desapareceram. en-outros foram reabililados, mantendo cterísticas originals. Existem atual-planos de revitalizacäo habitacional ncais, de modo a trazer diferentes fai-ias, sociais ou étnicas. tes locals cruzam-se reformados com ;asais, estudantes-trabalhadores, desig-nalistas, pintores, etc. stanca, uma portiiguesa nascida na ba, é uma das mais recentes niorado-i vila. Com 25 anos, Constanca está um doutoramento em Ciéncias da .cacao na Univcrsidade Nova de dá aulas de Portuguěs a estrangeixos. Lravés de amigos que encontrou a casa e com o namorado, Tí^aul que é pro-música mima Academia em Lisboa. ■4 Vila Sousa Paga 500 € de reiida, a meias com o namorado, e desfrutam de uma vida calma e integrada com outros moradores. '"Quando nos mudámos para esta casa, näo conliecíamos tienhum vizinho. Mas íoi sol de pouca dura, porque logo no prirneiro fim dc semana o casal que vi ve no andar de baixo convídou-nos para tomarmos café e provarmos uns bolinhos que tinham tra-zido da terra...", conüdenciou Constanca. ''Depois fomos convivendo nra com uns ora com outros. Muitos säo casais Triais ou menos da nossa ídade.'" Georgina Silva, 72 anos, moradora numa vila em Lisboa, qucixa-se de que quase toda a vizinhanca 'já partiu" e, agora, os que ali vivem saem de manhä cedo para o trabalho e só voltam a noite "quando já estou a ver a telenovela". diz. "Näo conheco a nraior parte deles, mas há gente de vários sítios. Na casa ao meu lado vivem uns brasileiros rruiito alegres, ali... cm freute... sei que vivem uns in-dianos que tem dois filhos que já falam bem portugués, andam na escola, está visto! Aqui há de tudo. E vive-se beni. A minha renda é que é muito alta para mim que sou viúva e reťormada", acrescentou esta simpática moradora. Há muitas vilas espalhadas pela cidade, das Amoreiras até Sapadores, passando pela Rua Pascoal de Melo, Campo Pequeno, Gráfa e Campolidc - poderu encontrar-se vilas habitadas por uma populaeäo diferente daquela que originou estes espacos ha dois séculos. Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Nas proximidades do rio Tejo, e com atributos cénicos da zona onde se localiza (...)" 2."(...) assistiu-se ao desenvolvimento da burguesia e ä diver-sificagäo em estratos sociais (...)" 3. "Paga (...) renda, a meias com o namorado, e desfrutam de uma vida calma (...)" 4. "Mas foi sol de pouca dura (...)" 5."(...) quase toda a vizinhanga já partiu I Tcon« da cidade | 37 s da cidade OCABULARIO complete o texto com as palavras dadas. S, Complete o quadro. ruido cidade ascensor diBtäncias papel esforco vida desenvolvimento habitante Lisboa dos Ascensores O ascensor teve na_dos moradores dos bairros deste äntinho_täo acidentado, como é a nossa capital, um _preponderante a que é precíso fazer justiga. Este_trouxe uma carga simbólica ao _ aproximavi sboa, uma vez que, encurtando as _ Bssoas. Volvendo os olhos para o passado, facilmente com os da valiosa contribuicao desse meio de locomogao, par _das mentalidades das pessoas circunvizinhas. A cidade renascia, surgindo uma_e aliciante poi 3tiva, numa dimensao nova, mais dinamica que os documer 3evos enaltecem e descrevem, patenteando a forga ambicios espfrito bairrista, a saudavel preservagao do seu cantinho, rit _coletivo e representative dos pequenos mundos enc 'ados dentro do muro do velho burgo, onde palpitava o cora 3 portugues alfacinha. Esta_, urbe cosmopolita, da-nos de tudo, desd _a vertigem, desde o deslumbramento a aventura; )s oferece ladeiras para galgar, uma vez que o_ajuc as nao elimina por compieto os desnfveis existentes, que sac iz do soberbo panorama que extasia o recem-chegado a cidac Maria Amelia Lemos Alves portugues nova transporte HP Hv. »e acordo com os textos, escolha a palavra alternativa que mais se aproxima do significado da avra/expressao destacada. burgo coevo galgar locomogao urbe volver burguesia contemporaneo correr transporte condomínio regressar aldeia antigo escorregar movimento urze virar abastado medieval cair comboio cidade repetir castelo perdido escalar promogäo vila rever _____ crescido fácil inaugurar o transporte a concentragäo com por a habitagäo calmo alegre 4, No texto aparece a expressäo "mao de obra". Há outras express ôes idiomáti- Jj. cas com a palavra "mäo". H Substitua o que se encontra destacado nas frases por uma das expressôes H seguintes. ■ deu a mäo a palmatóría dar uma mäo em segunda mäo de mäo beijada em mäo em boas máos ponho as mäos no fogo abrir mäo de a) Eles näo podem reclamar. Tudo Ihes tem sido dado com a maior das facilidades. b) Uuem é que está disposto a recusar uma oferta täo tentadora? c) A mäe da Patrícia está a ser bem cuidada. O medico que a trata é muito competent d) Eu confio plenamente no Joäo. Ele é uma pessoa íntegra. e) O diretor entregou o relatório pessoalmente. f) Só ao fim de muito tempo é que ela admitiu o erro. § 9) O Frederico comprou um carro já usado. g h) Estava täo cheia de trabalho que a minha colega teve de me ajudar. [cones da cidade 5. Explique o sentido das expressóes idiomáticas destacadas. a) A D. Georgina abriu o coracáo oonnosco. b) Ela anda feita barata tonta sem saber o que fazer. c) O referido casal decidiu riscar do mapa os antígos vízinhos por sérem arrogantes. d) O marido de Georgina Silva foi desta para melhor. e) Foi preciso muitos anos a virar frangos para construírem aqueles ascensores. f) Quando o primeiro ascensor foi inaugurado, houve muito rebeubéu, pardais ao ninho. GRAMATICA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Quando nos mudámos para esta casa, náo conhecíamos nenhum vizinho. Logo no primeiro fim de semana, o oasal que vive no andar de baixo oonvidou-nos para tOmarmos café e provarmos uns bolinhos que tinham trazido da terra. Constanca disse que_,___ L). Georgina lamentou que _ , acrescentando que _ d) Nao conhego a maior parte dos novos vizinhos, mas ha gente de varios sitios. Na casa ao meu lado vivem mis brasileiros muito alegres e simpaticos. Cumprimentam-me sempre quando saem para o trabalho e per-guntam-me se preciso de alguma coisa. A septuagenaria ainda disse que_ b) Há trés anos que morarnos nesta vila e estamos muito felizes pelo ambiente calmo que aqui se vive. Esta-mos longe do rebuligo da cidade. A moradora acrescentou que_ c) Quase toda a vizinhanca do meu tempo ja partiu. Isso e triste, mas tenho de saber levar a vida em frente. Como vivo sozinha, entretenho-me a ver televisao, a fazer palavras cruzadas e tambem saio para fazer as minhas compras. j: fej Também gosto de dar os meus passeios pela cidade. Ás vezeš, apanho o eiétrico até á Baixa e depois dou * | a i mnha voltinha. Gosto de apanhar o ascensor do Lavra e caminhar até ao Campo de Santana. Tenho uma ') ^ 3 ni9a Que vive ali perto. é. £ 1 | D. Georgina desabafou que___ 40 | íccmes rfa cidade ícones da cidade 41 quadro. haja tenha havido subirmos subirmos for virem tivessem visto virem venham tiveremos tivesse posto tenha posto texto com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne- por para sobre Do cimo do elevador de Santa Justa descobre-se toda a Baixa lísboeta e o Casteío de Säo Jorge. Situado_pleno cora- gäo pombalino_cidade de Lisboa, o elevador de Santa Justa é um verdadeiro ex-líbris_capital portuguesa, tor- _ qualquer turista, nacionál ou e fotográfíca - é essen-_ era da arquitetura _ meio num pilar de betäo armado e, . torre metelica_45 metros nando-se visita obrigatória _ estrangeiro. Além de ser uma atragäo turística ■ cialmente um transporte publico, _ _ferro. Este vistoso e fotogénico elevador tem uma estru- tura_ferro, construída_um viaduto metálico de 25 metros, apoiado_ num dos extremos,_ _altura. Daí ser fácil perceber a emogäo que se sente _os escassos minutos_lenta viagem, rumo _céus, Mas quando se sai, quando as portas se abrem d vento fresco acaricia a cara, é um mar de beleza que temos _nossa frente. ^TV- í 771" i i « , .■TiWfcwir.j ■■- PARA COMENTAR Se ja conhece algum dos fcones da cidade, qual e que mais apreciou e porque? a sua cidade tarnbem existe um icone. Fale/escreva sobre ele: faca uma descricao o mais fiel possfvel. O uso de transportes publicos, em vez de privados, numa grande cidade. Quais as vantagens e desvantagens de ambas as opcoes? cAfte para todos OS ciue passam Por todo o pais cncontramos espacos publicos coin as pa-redes pintadas de mode menos ortodoxo. Sao verdadeiras, galenas de arte cujo teto e o ceu. O conceito de arte urbana surgiu para designs r os mo-vimentos artisticos relacionados com as intervencocs visuais das grandes cidades. Deparamo-nos com esie novo conceito que, no inicio, era considerado um moviniento underground. Com o passar do tempo foi ganhando forma e estniturou-se com graflsmos ricos cm detalbes, que vao do graffiti ao stencil, passando por cartazes chamados poster-bombs. Ti^te tipo de arte serve para que v> an tores passam ex-pressar a i,ua oprmao sobrc o que os rodeia.E tambem atraves desta expressao artistica que divuigam mensagens sobre o que sentem, muitas vczes como se fossem poem as, mas na forma de desenho. Graffiti ou grafiti e o nome dado as insencoes feitas nas parcdes desde o Imperio Romano. Pode ser uma inscricao em forma de caJigrafia, um desenho pintado ou gravado sobre uma siiperiicie que normalmente nao e a prevista, num espaco publico. Pelas cidades ja se fazem visitas guiadas para ver, apreciar e tomar contacto com riovos nomes da arte. Arte urbana [ 45 1 ▼ Senhora das Olaias Sainer é um desses noracs. Este artista polaco notabili?ou-sc řnterna-cionalmente com os seus gigantescos e estranhamente ťamiliares murais. Na lateral de um prčdio numa praca de Lisboa, pintou a Senhora das Olaias: uma senhora idosa, corn um saquinho, a carninhar distraída e a fumar um cigarro atraves de uma bo~ quilha. Aos pes, um pato e um cao aos quais ela se mostrá alheada. No dedo, ura anel com um boncco dc neve (as-sinatura de Sainer). Uma senhora. ao passar por aquela parede, vai virando a cabeca para trás, na dirccao do mural, em movimentos ascendentes e des-cendentes. Olha-nos e diz: "O quc quer que lhe diga? É uma pintura bonita. Passo por aqui todos os fins de semana e nunca me canso de a admi-rar. Há gente com muko talento. Náo hí dúvida!" O artista foi elevado por mna grua para fazer esta pintura. Jré-la sem qualquer projccäo prévia, em qite o desenho da mäo tem pro por™ côes duas vezeš maiores do quc o ta-manho de Sainer. Alexandre Farto. mais conhecido conio Vhils, pin-tor e graiiteiro lisboeta que cresccu ni matgem sul do Tejo. Conhecido pelos seus "Ro.stos" esculpidos em pa-redes nao so em Portugal, mas tambeni alem-frontcrras. Digamos que Vhils destroi para criar. Da higar a ms-tos (algims anonimos, outros nao...) gravados nas pare-des com a tecnica pela qual. liojc, o mundo o reconhece. Retira camadas a. parede para nela criar as tiguras. Ele proprio reconheceu numa entrevista: "Gosto inuito de experimentacao pura, de desbastar os preconceitos de utilizar materiais que nao sao tidos conio nobres. ou rccorrer a processos que nao sao valorizados. O rticu trabalho tcm uma dimensao destrutiva e abrasiva muito forte, embora csta scja esseiirialmerite processual, rae-todologica. (...) O objetivo c criar atraves de processos destrudvos. Isto tern uma vertente simbolica muito grande. Gosto de atingir restdtados poeticos atraves destes nieios destrudvos. Gosto tambeni de refledr e levantar questoes sobre a valorizacao do que cbamamos arte. ŕ' (S- <í)t- - ' A. Marinheiro robo £ muito interessante, por exemplo, poder retirar urn pe-daco de parede do seu contexto normal, do espaco publico, expô-lo numa galcria e observar o modo como passa a ser visto, como tendo um valor muito mais elevado do que tinha." Na parede de urn armazem junto ao rio uma mulher parece esperar o marido, no mar, abracada por urn robo. Obra de Pixel Pancho. E urn artista de rua italiano, natural de Turim. E urn especialista em grandes murais e deve ser considerado como um dos meüiores na sua area. Gosta dc trabalhar com urn esquema 46 I Arie urbaiia de cores da terra para transmitir um sendmento mais antigo. Cria figuras robódcas inspiradas em ambicntcs di-ferentes: praia. mar. ůoresta, etc. Pela cidade encontramos trabalhos dele cm conjunto comVbils. Mulher abragada por um robô Nos aiios trinta, Vicente Inácio Martins era urn rnenino que vendia pássaros pelas ruas da cidade de Se-túbal Naquela época foi fotografado pen- Américo Ribeiro. Agora Sergio Odeith baseou-se nessa fotografia píra homenagcar o fotógrafo c repro-duziu o Rapaz dos Pássaros. Sergio Odeith levou nove dias a pmtar o mural, tendo utilizado uma tecnica rnista que variou entre a pintura com rolo e o grajJUi. A obra tem rerca de 20 metros de altura e pode ser vista de longe por quem passa pela r.'-iiicipal avenida da cidade. A obra é essencialmente pintada s preto e branco. tendo como exce-côes os pássaros quc säo apresentados de forma colorida. Uma caractcrística do artista está nos adornos tridimensionals que acrescentou ao mural e que nao fa Ham parte da imagem original. Assim como a moldura da pintura e a assinatura no fundo do mural, que transmits uma sensaeäo de profundi-dade. Odeitli e um dos miters mais anri-gos e coniiecidos da cidade de Lisboa. Há muito que se tornou conhecido fora de Portugal. Pode encontrar-se o talcnto do artista espalhado por Lon-dres, Dubai, Nova Orleäes ou Abu Dhabi. O trabalho de Odeitli destaca--se pelo anamorfismo que Joga com perspetivas para fazer o graffiti saltar do muro, quase literalmente. O rapaz dos passaros ► S COMPREENSÄO . xplique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Säo verdadeíras galerias de arte cujo teto é o céu.' GLOSSARIO abrasive: aquilo que desgasta por friccao adorno: enfeite alheado: absorto nos seus proprios pensamentos; distraido anamorfismo: formacao de minerals complexos a partir de substantias mais simples boquilha: tubo por onde se iiima cigarro caligrafia: forma de letra desbastar: polir; aperfeigoar; desbravar grua: gulndaste homenagear: galardoar; distinguir; bonrar ortodoxo: que segue fielmente urn prinefpio, uma norma ou uma doutrina llliillllk HEM: 2. "Fě-la [a pintura] sem qualquer projegäo previa (...)" 3. "Gosto muito de experimentagäo pura, de desbastar os preconceitos de utilizar materiais que näo säo tidos como nobres, ou recorrer a processos que näo säo valorizados. O meu trabalho tem uma dimensäo destrutiva e abrasiva muito forte (...)" 4. "Uma característica do artista está nos adornos tridimensionals que acrescentou ao mural (.. Arie Urbana I 47 ABULÁRIO 3. Construa uma frase com cada uma das palavras em portugues que corresponde ao estrangei-risrno do exercfcio anterior. íplete o texto com as palavras dadas. habitantes populagäo reai s favela Vhils em Providéncia, Rio de Janeiro _mais antiga do Rio de Janeiro, com uma _ moredores demollcäo lunidade lhares de pessoas, foi marcada por um processo de exproprin ntes do Mundial de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos ď srca de um tergo da_, com 832 casas, foi ame com a_das suas habitagoes a fim de dar lugar a u _de reabilitagáo no valor de milhóes de_. >ntudo, esse investimento náo ia atingir os_da favel i meados de setembro de 2012, o artista urbano portugui 3 a sua equipa passaram um més em Providéncia. Á luz c sso de_e demoligáo, desenvolveram um projeto £ , no qual envolveram os__cravando os retratos c ; daqueles que tinham sido despejados no que restou das su< a urn video sobre este trabalho de Vhiis em http://youtu.be/PVATJR-eriQ. Kto encontramos palavras como: graffiti, stencil ou poster-bomb. Säo estrangeirismos. i, entre as hipóteses dadas, aquela que corresponde ao significado do estrangeirismo. chance acaso oportunidade troco croquis esbogo jovem pintura gaffe deslize raridade facto nuance semelhanga nebuloso cambiante premiére estreia primeira bob matinee filme peca sessäo da tarde scanner cämara digitalizador fotocopiadora jeans calgas calgas de ganga calgäo vitríne montra janela vidro groggy atordoado enjoado doente e). girl). 4. Escolha um dos seguintes prefixos e encontre a palavra contraria. Escreva uma fräse utilizando essa nova palavra. des- i- ir- im- in- a) responsável * _ _ b) legal c) fazer d) habitado e) feliz f) harmonia g) perdoável h) coerente i) previsto j) real 5. - .', -.v>ita. Assinale as palavras que näo estäo corretamente escritas ö -eescreva-as. Pode haver mais de uma em cada alínea. a) adocäo / rececäo / coaccäo b) tractor / diretor / ator c) accäo / transaccäo / infecäo d) humilde / humano / eléctrico e) Optimo / decepcionado / adocäo f) veem / leem / děem g) diariamente / facilmente / cafezinho h) f im de semana / guarda-costas / dia a dia i) cor-de-rosa / couve-flor / ervilha-de-cheiro j) bem-estar / cor-de-laranja / mal-educado GRAMATICA 1. Transforme a fräse dada, comecando como indicado e näo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Este tipo de arte serve para que os autores possam expressar a sua opiniäo sobre o que os rodeia. Emfaora_ b) É também através desta expressäo artlstica que divulgam mensagens sobre o que sentem, muitas vezes como se fossem poemas, mas na forma de desenho. c) É uma pintura bonita. Passo por aqui todos os fins de semana e nunca me canso de a admirar. Há gente com muito talento. Náo há dúvida! Ela confidenciou-nos que___ d) Nos anos trinta, Vicente Martins foi fotografado por Aménco Ribeiro. Américo Ribeiro_ e) A obra tem cerca de 20 metros de altura e pode ser vista do longe por quern passa pela principal avenida da cidade. tlete as frases com o corrector mais adequado. alem disso talvez ou seja com efeito com o intuito de para que dado que apesar de _a Arte Urbana estar em franca expansäo, ainda há muitas pessoas que näo reconhe- ilor destes artistas. po de estudantes estrangeíros organizou uma visita pela cidade . murais repletos de graffiti. _ o momenta näo seja o mais apropriado para falarmos desse assunto. fotografarem 3 trabalho foi exposto na galeria. apreciar a obra do artista. passeia peías ruas pode encontrar arte em cada esquina,_ s dimensoes: músicos, workers, maiabaristas, homens-estátua, etc. vive-se numa época em que a arte faz parte do nosso dia a dia, e nos deslocar a lugares distantes para a podermos apreciar. _todas as pessoas tivessem a mesma oportuni- vemos artistas de : ja nao preci- quei-me a Setúbal para ver o mural de Sergio Odeith e, , é um trabalho espeta- ,í. "Uma senhora, ao passar por aquela parede (...)". O verbo "passar" é usado com diferentes preposícôes, tomando diferentes sentidos. Substitua a expressäo assinalada por uma equivalente, tendo em atencäo a conjugacäo do verbo. passar por passar de passar de... a passar-se em passar a passar para r-«) Se já tivesse mudado desta casa para a nova, estaria mais perto de voces. b) Finaimente comecei a ter mais cuidado com a alímentagäo. c) O caso do qual te falei aconteceu nos arredores da vila onde moro. d) Ela fala muito bem alemäo, até parece urna alemä. e) Até que enfim! Os exames terminaram e ele transitou de ano. '.; Eie é um pouco negiigente. Pouco ou nada faz, por isso mesmo, näo consegue ir de empregado a chefe. 3 o privilégio de ter arte urbana aqui e ali. Somos bafejados pela sortě de termos jovens talentosos e 3 que se dedicam á arte._, também há pessoas que usufruem do resultado děste .rte. Nao nos esquegamos do que vimos no link mencionado num exercicio anterior. PARA COMENTAR ) graffiti é uma expressáo artística ou uma atitude de rebeldia? \ arte urbana é aquela que é assinada pelo artista; graffiti é a que aparece anonimamente. ) graffiti é uma maldicáo nao só para as paredes e outras areas urbanas imaculadamente pinta- as, como também para comboios, túneis, etc. 1 ■Í+-J Ser supersticioso dá Sorte Ao longo dos tcmpos, algumas supersticoes tem-se fixado na memoria, nos costumes ou na cul-tura de uma .sociedade, de um povo ou do individuo. Subsisrem nas socie-dades modernas, e todos nos, do leigo ao cieucista, siicumbimos a esses atos por algum considtrados insematos. Porque será que evitamos passar por barxo de uma cscada? Porque c que batemos com os nós dos dedos na nu-deira depois de expressarnios olimismo e dizemos "cruzes, canhoto!"? Porque é que di'zcniüs "Deus te ajude" depois de alguém espirrar? Pois é. todos nós evitamos esta ou aquela situaeäo, 'nao vá o diabo tecé-las",e mesmo jssim ainda admi-timos näo ser supersticiosos.A verdade é que as supersticoes těm passado de geraeäo eni geraeäo c as mais populäres tem ganho terreno, espalhando-se e resistindo ao tempo e ao avanco da teenologia. É darr, que näo tem qualquer base científica, mas há gestos que evitamos no nosso dia a dia. Näo se. sa.be ao certo a origein de como as supersticoes comeoaram a iniluenciar a vidu do homem, mas certamente tem uma origem bem distantc no tempo. 54 I Ser supcrsticioso áí azar...? 2 Ha supersticocs que sao resquicios de cukos ou rituals religiosos que ja de sap are c cram. Muitas pessoas per-petuam-nos, mas nao sab em explicar a razao ou a origem de iima deter-minada supcrsricao. Na maioria dos casos sobrevive apenas a nocao de que, se aquele comportarnento nao for ob-scrvado, o pior podera acontecer. Pensando bem... o que a pessoa supersticiosa quer e mauler o con-trolo da propria vida. algo que e im-possivel.ja que o futuro e incerto... Ha quern diga que a supcrsticao "deve ajudar as pessoas a lidarem con-si go e com o mundo a sua volta, tern urn aspeto positivo e agregador (...)". Vamos la conheccr a origem de certas supersti^oes.Tanto quanto se sabe. e claro! eles, a figura triangular reprcsentava a trmdade dos deuses, e passar por nm tnängulo era profana-los. Ora, uma escada encostada a uma parede forma ujii triängnlo... Segundo Charles Panati, ''esta crenca atravessou os tcmpos e, secu-lo1- ma is tarde, os seguidores de Jesus Cristo usurparam a supersticao, mter-pretando-a ä lux da morte de Cnsto. (...) Como uma escada descamou contra o cruciüxo. toniou-se urn siin-bolo de maldade. de morte c traicäo. Passar por baixo de tmia escada tozia desgraca". Mais larde, por volta de 16U0, na Inglaterra os criminosos cram obriaa-dos a caminhar debarxo de uma escada no caminho para a forca. Ma sone! Da azar passar por baixo Espelho partido, de uma escada sete anos de azar Ha quern diga que esta supersticao Era costume, na Grecia Antiga, a* ; teve origem hi 5000 anos no Antigo pessoas coimiltarem um ';vidente de Egito. Os egxpeios coiisidcravam a espelho", o qua! sc. debrucava sobre a forma triangular sagrada (lembremo- sortc de quern o procurava atraves da -rros das famosas pirarnides). Para aualise das sua^ refle_Yoes. Reflexoes m Agar? est^ que se baseavam na adivmhacao atravós da água e de um espelho. A este processo cháma va-sc catoptro-rnanaa. MerguUiava-se o espelho na ágna e uma pessoa uo* nu L-ia convidada a olhar para o recipiente. Se a ima-gevn aparccia distorcida. nao havia dúvida: a morte apro-ximava-se. Mas se a imagem era clara, etitao essa pessoa viveria muitos anos. Posteriormente, no século i d. C, os romanos in-troauziram uma ressalva nesta supersticao. Acrcditavam que a saudc das pessoas mudava em ciclos dc sete anos. íiitio.uma hrugein distorcida rei-ultante de um espelho paitido signiticava sete anos de azar e falta de saúde. GuLra vez, má sortc! Gato Dreto que se atravessa á n«;>?,s'0 frente Neste caso, iiá quem aeredne que \ta-i .izar ou boa • sorte.Va-se l.i saber! Tambem no Antigo Egito os gacos éram reve.ren-ciados, quer fossen; puetos ou nao. Um %3to preto que sc arums'-e no caminho de alguém trazia-lhe boa sorte. Nao fosse a adorada Den sa Easter, ter cabeca de gato... :- Porém, durante a Idade Média, em inuitas partes da Euiopa, as pessoas aereditavam que o gato preto trazia 3?ar Considera\ram que os gatos pretos tinliam uma , alianca tom as bruxas c. por ísso, eruzar com um gato preto prenunciava azar. A&nahsorie ou azar? i Sal derramado Se isto acontecer, o melhor é mesmo dcitar uma pitada para trás do onibro es-querdo. Assiin evita-se o azar... F.sta crenca vťm dos Sumérios, poi; volta do ano 3500 a. C. Hles acreditavam que podiam aniilar o ďeico do azar se assim procedesscm, já que o sal derramado era considerado um efeito de má sortě liá já milliares de anos. Mas, armal, qua.l era o valor do sal? Bern, se consideranios que era um bem precioso (uma espéoic de ouro para os roman os) devido as propriedades que rinha para conservar os alimentos, der-ramá-lo significava desperdicar algo de muito valioso. Dali uáo vinha sortc al-guma! Abrir o guarda-chuva dentro de casa Há que m crmsidere que esta crenca também teve origem no Aiitigo Egito. Que eles eram supersticiosos, todos nós sabemos mas, aHnal de contas. os histo-nadores apontam para uma época mais rccciuc c na IngUterraraépoca vitoriana, Charles Panáci esereveu que no sé-culo xrx, em Londres, os guarda-cliuvas á prova de água eram de metal. O mec.j-nismo para o abrir era bastante difícil, o que o tornava num oojeto perigoso para ser aberto dentro de casa. Se um destes guavda-chuvas fosse aberto rcpentina-mentě numa casa pequena, podia parfar algum objeto ou, até mesmo, fenr gra-vemente uma pessoa. Mesmo que pro-vocasse um acidente de menores pro-porcôes. rrmguém se hvrava de prolerir palavras desagradáveis ou imciar uma briga., o que era sinal de azar numa família ou entrc aimgos. Daqui se rnfeie o sábio conselho: dentro de casa, o guarda-chuva deve ficar sempře techadinho. GL0SSÁR1O briga: desavenga; Ijta; dišputa derramar: verter; entornar inferir: deduzír; tirar por conclusao leigo: desconhecedor; ignorante profanar: injuriar; ofendar; macular resquício: vestígios: icstos ressalva: excecáo sucumbir: ceder; acabar; desaparecer tecer: inventár; intrigar; tramar usurpar; apoderar-se violentarnente do que pei Lence a outrem COMPRIENSÄO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "A verdade é que as supersticöes těm passado de geragäo em geragao e as mais populäres tém ganho terreno (...)'' 2. "Pensando bem... o que a pessoa supersticiosa quer é manter o controlo da propria vida (.. 3. "Acreditavam que a saúde das pessoas mudava em ciclos de sete anos ( 4. "Consideravam que os gatos pretos tinham uma alianga com as bruxas (...) .:<) Imagine trés situagóes em que se apliquem as seguintes expressôes: 1. "Cruzes, canhoto!" 2. "Deus te ajude." y,| § 3. "Näo vá o diabo tecě-las.' 50 Scľ supcistiaosi) clá azar. Ser srípcrsriciaso dá azar...: | 57 VOCABULARIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. chaves aranha comichäo decorative sabe cultural orelha acred itam dinheiro sorte tradicöes enfeitar mao pé porta gato quando dinheiro \ Só os Portugueses säo supersticiosos? Tanto quanto se „ , näo. Cada pais tem as suas _ e crengas, de tal modo que muitas vezes ate fazem parte do patrirnö-nio_. Vejamos alguns casos. Na Suecia da azar pousar ou deixar as_em cima da mesa; na Italia consideram que o espirro do_traz sorte; na Grecia a terga-feira e o dia do azar; no Japäo, matar uma_ de rnanhä e destruir uma alma humana; na Polönia, da_ agarrar num botäo_se ve urn limpa-chamines. Os Portugueses tambem näo gostam nada de sentir a_ esquerda muito quente, porque é sinal que estäo a falar mal deles. Para dar sorte e evitar a falta de_, é bom ter um elefante a_ _ um móvel, mas sempre com a tromba erguida e de cos- tas para a. _da entrada. (Atencäo: trata-se de um elefante _. Nada de ter um verdadeiro dentro de casa, porque se pode virar o fettigo contra o feiticeiro.) Se se fiver_na palma da_, e sinal de que se irä receber_; mas comichäo na sola do_ja significa outra coisa: uma viagem ao estran- geiro. Tambem nas areas rurais, os habitantes däo muita enfase ä adoracäo dos santos, porque_piamente que seräo curados por eles quando estäo doentes. Daf que se diga; "Se Deus quiser!". 2. Palavras com a mesma raiz etimológica. Escreva duas palavras da mesma famllia das seguintes. a) memoria _ e) cientista _ b) antigo c) sorte d) azar f) simbolo g) razäo h) morte i) cnminoso j) anular k) vida I) luxo i, Analogias. Há uma relagäo logica entre a primeira e a segunda palavras. Descubra as relacöes lógicas em falta. a) azar azarado g) sorte b) vida viver h) morte c) certo acertar i) errado k d) pequeno pequeníssimo j) grande > e) antes anterior k) depois f) caminhar caminhante I) andar 4. No texto aparece a expressäo "dá azar". Há outras expressöes idiomáticas com o verbo "dar". Encontre na coluna B o significado das expressöes da coluna A. a) Dar um passo em falso b) Dar conta de c) Dar medo d) Dar o berro e) Dar musica f) Dar andamento g) Dar o nó h) Dar graxa B 1. Amedrontar 2. Deixar de funcionar 3. Tomar uma má resolucäo 4. Casar 5. Lisonjear 6. Aperceber-se de 7. Enganar 8. Despachar 58 j Ser sup et stí et o so dá azar. Ser supersticioso dá azar...? | 59 5."(...) todos nös (...) sucumbimos a esses atos por alguns considerados insensatos." Escolha um dos seguintes prefixos e encontre a palavra contraria. Escreva uma fräse utilizando essa nova palavra. des- i- ir- im- in- a) agradável b) proprio * c) limitado d) prudente * e) mobilizado * f) responsável * g) habitado * h) repreensivel * i) satisfeito * j) capaz * - GRAMÁTICA :. Transforme a frase dada, comecando como indicado e nao alterando o sentido. Pode completá-la í sempře que considerar necessário. 'li I a) Há quem diga que a supersticáo deve ajudar as pessoas a lidarern consigo e com o mundo. • Ha pessoas que__para que_ ill Ha supersticöes que säo resquícios de cultos ou rituais religiosos que já desapareceram. Embora_ c) "Esta crenca atravessou os tempos e, séculos mais tarde, os seguidores de Jesus Crísto usurparam a supersticäo, interpretando-a ä iuz da mořte de Crista." Charles Panati afirmou que__________ d) No século i d. C. os romanos introduziram uma ressalva nesta supersticao. 'Jma ressalva_ e) Há quem acredite que o gato preto traz azar ou boa sortě. Ainda que__ f) Eles acreditavam que podiam anular o efeito do azar se assim procedessem. Ainda hoje eles__caso I g) Se um destes guarda-chuvas fosse aberto numa oasa pequena, podia ferir gravemente uma pessoa. i No caso de amanhä_ h) Acreditavam que a saúde das pessoas mudava em ciclos de sete anos. 2. Conjuncöes. Complete as frases da coluna A com as da coluna B. 3. Complete o texto com a preposigäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-oessário. a) Näo gosto de entornar sal na mesa b) Odeio ver gatos pretos ä minha frente, c) Näo nos importamos de ter os guarda--chuvas dentro de casa, d) Eles procedem e) A tradicäo é de tal modo arreigada, f) Bateu com os nós dos dedos na madeira g) Fiz figas com os dedos, h) A Maria está feliz i) Näo te esquecas de dizer "Saude" j) Quando ela cá vier, vou pôr uma vassou-ra de cabeca para baixo atrás da porta 1. consoante as crengas nas quais acreditam. 2. que eles näo se conseguem libertär das su-perstigöes. 3. mal ouviu os colegas dizerem que era um tipo com muita sorte. 4. enquanto ia passando por baixo de umas escadas quando vinha para o trabalho. 5. porque dá azar, 6. porquanto achou um trevo de quatro folhas. 7. se alguém espirrar perto de ti. 8. embora goste muito de animals. 9. conforme me recomendaste. 10. conquanto näo estejam abertos. para Na passagem de ano dá azar... Ter os bolsos vazios. Se passar a passagem_ano_dinheiro _a algibeira, ou_carteira, pode ter a certeza que o novo ano íhe trará esta data pode azar nas financas. Vestir roupas escuras. Dizem que quern assim se vestir_ atrair azar e momentos turbulentos_o ano que se vai iniciar. Usar roupas velhas também näo é aconselhável. Já pensou que se vai entrar _um novo ano deve deixar_trás tudo o que já viveu_as trás _ roupas passadas? Passar o réveillon sozinho(a). Ponha as tristezas_ tas e cerque-se_amigos (ou conhecidos...) e familiäres divertidos. Dance, cante, salte e beba muito espumante! Deitar cedo. Já a minha avozinha dizia (e ela era sábia que quem assim faz pode esperar um ano_cama. Doente, é claro! Cruzes, canhoto! Queremos um ano melhor! estas questôes,..) PARA COMENTAR ticha que a supersticäo é um hábito "dos mais fracos"? ■■Mais säo as supersticôes mais conhecidas no seu pais? E voce, acredita? Tem alguma? Amuletos. Para que servem e quem os utiliza. Si— -Lif'_r_Lic:oäo .lá arcn 5| ťíi Velhos säo os trapos Ja estäo reformados, mas tern Lima genetica que näo lhes permite parar, bai-xar os bracos e ticar enfiados no sofa a ver televisao. Senteni-se com energia para fazcr coisas que tiunca tiveram tempo de pör em prätica. Querem aprendcr aquilo que a vida näo lhes facultou. Näo se querem sentir no fim da vida. Se para uns e dificil tomar a decisao de dar um novo rumo ä vida isoladamente, para outros e urn desafio para provareni, a si proprios, que ainda säo capazes. jMaria Alzira tern 72 anos e enviuvou hä poucos anos. O unico filho trabalha no estrangeiro. Como as saudades eram mui-tas, e so falar ao telefone näo bastava, de-cidiu inscrever-se num curso de iiiformä-tica para a terceira ldade. Comprou urn portäül. Agora, alem dos e-mails qtic troca com o fillio, tambcm ja utiliza o Skype c todos os dias tern umas horas destinadas ao convivio familiar: conversa com o.s netos e acompanha o crescimeuto deles; fala do dia a dia por cä e quer saber o que se passa por lá... Isto é. quer vé-los e näo sentir a dištancia. Mas esta fantástica fer-rainenta tarribém llie serve para contactar as amigas, "falamos muito e apoiamo-nos umas äs outras.Até já plancámos umas vi-sitas ao Norte. Quando urna de nós näo está online, já as outras se preocupam e ten tam saber o que se passa. É urna com-panhia1'. referiu Maria Alzira. G. Pinheiro, aos 66 anos, é urna mullier dinámica. Foi professora e fez um curso de Administracäo Escolar, nias a vontade de se manter ativa levou-a a aceitar o desafio e iiiscrcvcu-sc como voluntária para a Ilha do Princípe. Foi dar formacäo a professores do en-sitio básico e do secundário. Aos sábados, dava formacäo sobre gestäo de conflitos e indisciplina na escola. Estcvc ao abrigo de um projeto da Gulbcnkian no qual tam-bém colaboravam jovens. "Há urna rede de escolas muito organizada e completa que cobre toda a ilha. Mas os professores näo säo professores e os educadores também ä 64 I Velhos sä.o os trapos nao. O magisteři o é feito cm Sao Torné e poucos těm conduces ecoiiórnir.as para o fazer"', reťeriu G. Pinheiro. Nao seiitm qualqner dificuldade na adaptaciio a "uma nova vida", nem táo pouco no alojamenro.Vivia mima casa na qual só havia cletricidade a ccrtas horas do dia, devido ao forncci-mento por gerador a gasólco. As vezeš até a luz era cortada para poupar o gerador. A água também era uma res-tricäo "tomava bariho äs escuras e dc cócoras, para aproveitar a água". O t\ome dcsta, voltmvaria, 6cou conhecido enure a comurridade onde vivcu. Ainda hoje, algumas pessoas the pedem ajuda sobre a administra-täo escolar - "Apareciam dúvida.s dc como fazer um regulamento interno, um processo elcitoral ou uma avalia-cäo. Tinham uma enorme änsia por ap render." Seguír o que o cora^ao diz", foi o lema de Maria Adelaide. Após uma longa e iiuensa vida de trabalho, com pouto tempo para ela c com mu i ta vonlade de poder ajadar os outros, decidiu insertver-se para tra-balhar como vohmtária nu m hospital oncológjco da cidadc. O tempo que lá estevc ťoi gratificante. Nao tinba horário para "riabalhar" e nem dava pelo cansaco. la para o hospital logo de tnanh.i e tinha urna palavra amiga para cada doente. Ouvia-os atenta-mente e elcs ficavam-lhe gratos. Lia--llies notícias dosjornais. Ajudava-os a comer, quando eles já näo tinham forcas. Estava presentc quando acor-davam da anestesia após as dramáticas cirurgias. Oferecia llorcs ä quiiita--ťeira a cada doente. Sorria, sempře! Um dii, também ela parnu.Todos os que a conheciam disseram: "Parte com o cora^äo cheio." Mas ainda liá uma considerável mina de cabelos brancos que viaja,näo só dentro, mas cambém para fora do pais. Alguns säo sóaos de associacöes de verteilte cultural. Esculheni luga-res com os quais sonliaram durante anos. Väo com amigos, ou näo. Isso nao import a. porque o fundamental é conlieccr e sociabilizaT. Sentem-se, uma vez mais, realizados e competisa-dos.VoIum com as rotos e as Vustórias para contar aos que ficarani... Ocorgiua. casacU c iá avó, sente que nos sc us 65 anos pode fazer oiitras coisas que näo sejani só i r as compos, arm mar a casa e fa?er o corner. Per-tence, decide há alguns anos, a um coro. Duas vezes por semana tern ensaio e aos fins de seraana há mna exibicäo cuja reccita reveite a favor de uma organizácií o que se dediča aos rncnos fa-vorecidos da cidade onde mora. Georgína diz: ''agora sinto-mc realizada. Os filhos estäo criados e os netos tam-béni. Ü tempo agora c meu.'' Também os ginásios cém visto au-mentar o numero tle frequentadores semores. frequentam-nos essential-mentě para se sentirem melhor fis tea e psí.cologicamente, mas também aprove i tam o facto para térem um motivo p?ra sair e conhecer outras pessoas. quer dizer: talár, porque o silěncio do dia a dia é duro, quando a família já está demasiado redu7ida. Também as universidades téin cnado Cursos Livres em areas diversi-nV.adas nos últiinos anos. Nao sao cnr-sas destinados exclusivamente a idosos, COMPBEENSÁO mas. a verdade é que clcs sao a mařena que os frequenta. Já há mni to que dcixaram os estudos, mas o desejo de saber e de se nianterem ativos tntelcc-aialmcnte leva-os a insereverem-sc, a participarem e até a fazerem trabalhos de grupo. As Univers i »ii des da Tereeira Idade (ou de Seniores. como alguns preferem chamar) těm sido uma boa aposta para todos aqueles que nao querem arru-ttiat as botas. GLOSSÁRIO aposta: desafio; opgäo cobrir: envolver, ocupar cócoras: ayachado; sentado sobre os calcanhares envíuvar: estado civil apôs a morta do marido ou da mulher facultar: ceder; dar; olerecer gerador; dÍ!ípo3Ííívo que transforms energia mecänica. química ou calorífioa em energia elétrica gratificante: satistatório; recompensador magistério; proíessorado reverter: destinar lucro/ganho a favor de senior: mais velho; idoso Ě>;plique o sentido das frases de acordo com o texto. 1,,!( . ) tém urna genética que näo Ihes permite parar, baixar os bragos e ficar enfiados no sofá a ver televisäo.' 2. Dar um novo rumo ä vida. 3, Seguir o que o coracäo diz. ) mina de cabeios brancos.. 5."(. .) falar, porque o silěncio do dia a dia é duro, quando a famflia já está demasiado reduzida." ..) aqueies que näo querem arrumar as botas." 66 I Velhos silo r>s topo: Vclhos säo os trapos | 67 VOCABULARIO 1. No texto aparece a expressäo "pôr em prática". Há outras expressôes idiomáticas com o verbo "pôr' Encontre na coluna B o significado das expressöes da coluna A. a) Pôr em causa b) Pôr a boca no trombone c) Pôr a nu d) Pôr a escrita em dia e) Pôr a careca ä mostra a alguém f) Pôr a cabeca em água a alguém g) Pôr a andar h) Pôr as mäos no fogo B 1. Descobrir 2. Contar/ficar a saber as ultimas novidades 3. Acreditar em absoluto em alguém 4. Mandar alguém embora 5. Duvidar 6. Divulgar uma verdade ou segredo 7. Fazer desesperar alguém 8. Desmascarar alguém 2. Escolha a palavra ou expressäo mais aproximada da que se encontra destacada. a) Tém uma genética que näo Ihes permite baixar os bracos. QJ näo těm forca nos bracos [_' näo gostam de estar ocupados f~J näo gostam de estar sem atividade b) Falamos rnuito e apoiamo-nos umas äs outras. \~_1 encostamo-nos umas äs outras \_l ajudamo-nos recíprocamente r_| conversamos rnuito umas com as outras c) Tinham uma enorme änsia por aprender. fj muita vontade de aprender \~\ rnuito nervosismo por aprender muitas dúvidas se podiam aprender d) Seguir o que o coracäo diz. Q näo arríscar [H ir ao cardiologista i fazer o que mais deseja 68 I Velhoi säo os trapo >" if- ^ # f fw' -"i e) Há uma considerável mina de cabelos brancos. ] jovens com o cabelo pintado [H idosos — adolescentes i) É uma organizacáo que se dediča aos menos favorecidos. aos que těm mais dificuldades económicas J aos que näo gostam de sociabiiizar aos que näo těm família g) Os filhos estäo criados. QJ estäo em casa dos pais Q1 vivem em casa de amigos Q] sšo independentes h] Todos aqueles que näo querem arrumar as botas. (_1 usar sapatos deixar o calcado debaixo da cama deixar de estar ativos Velhos sao os Lrapos | 1)9 3. "Pertence, desde há alguns anos, a um coro". Encontre na coluna B o significado dos nomes coletivos da coluna A. A B ill a) Assembleia 1. Conjunto de artistas (cinema ou teatro) 'í f b) Elenco 2. Grupo de ladrôes i. c) Frota 3. Grupo de pessoas ou coisas \ d) Magote 4. Grupo de pessoas que se revezam em determinado servigo i i e) Pomar 5. Grupo de pessoas reunidas para determinado fim i í f) Quadrilha 6. Conjunto de navios ou avióes g) Réstia 7. Grande extensäo de vinhas ř í 1 h) Turno 8. Conjunto de ceboías ou alhos atados pelo caule íl i) Vinhedo 9. Conjunto de árvores de fruta l j) Constelacäo 10. Conjunto de estrelas 4. Escolha o verbo mais apropriado para completar as frases. a) Eies gostam muito de_ dar formulár eiogios aos amigos, tecer b) Ao_conversa com o vizinho do lado, deu-se conta de que tinham os mesmos interesses. comeqar entabular ouvir _ a responsabilidade? c) No caso de a viagem näo se realizar, quem é que vai_ dlzer guardar assumir d) Todos nós sabemos que näo vale a pena_esperangas, quando já näo existem. acalentar lamentar viver e) É necessário_contacto com os outros interessados no curso, a fim de sérem informados da data de início. abrír estabelecer fazer f) Pontualmente, vamos_ pedir medir 70 I Vellios sao os Impos _ uma excegäo para este caso. abrir S. A Boa Escrita. a) Escreve-se com g ou j? baga_em _ej umělo_io al_ibeira b) Escreve-se com ch ou x? e_celente _ávena bru_a mo_ila cj Escreve-se com c, 9 ou ss? erup_30 a_entuar cora_em _eitoso e_agero quei_a ■ S gro_eiro pě_ego impre_ionar tenděn_ia GRAMAT1CA í. Complete o quadro. 1 ' - apoiávamo-nos nos apoiemos fazeres tivesses ferto vivia tenho vivido viver tém visto virem escolherem escolham preferiam tivessem prefendo frequentares frequentares VelhoR 'sän 05 trapos | 71 onstrua uma so frase, utilizando um pronome relative para juntar as duas frases dadas. scolheram o voluntariado. Vivem intensamente para ele. Di dar formagao a professores do ensino basico. O ensino basico esta a atravessar uma crise economica. s idosos inscreveram-se num Curso Livre da Universidade. O curso terminou no passado mes. recisamos de gente dinamica. Gostavamos de trabalhar com eles, stes sao os meus amigos. Vou viajar com eles na primavera. n grupo de varios idosos organizou um coro. Cantam no coro todos os sabados. aria Alzira tern uma amiga de infancia. Sai com a amiga todas as tardes. li ser organizada uma viagem cultural. Todos os idosos podem participar nela. 3, Substitua a parte destacada pelos pronomes pessoais de complemento direto ou indireto (ou atibos, contraidos). a) Ate ja planeamos umas visitas ao Norte. bj Maria Antonia fez um curso de artes decorativas em regime pös-laboral. c) Depois de se reformarem teräo mais oportunidades com toda a certeza. d| Quando voltam, mostram as fotos aos amigos que ficaram. eS Perguntaram a mim e ao meu marido se queriamos ir para o ginäsio deles. fj Escreveria ä Maria Amelia se tivesse o e-mail dela. Mas näo tenho. g) Ela quer as compras feitas ao fim de semana. hi Enviaremos as fichas de inscricäo aos candidatos. A ■—■—. a cfe Já Van Gogh a pintava... E nós pcr-guntamo-nos: sun ou näo ä scsta? A palavra sesta tem origem na expressao latina hora sexra que no calendário romanü (o dia iniciava-se äs 6 da manha) correspon-dia ä sexta hora a partir da manhä ou seja: ao meio-dia. Tanto quanto se sabe, esta tradicao surgiu m Europa, no século xiii, e, apesar do pro-gresso da humanidadc c do ritmo acelerado da vida moderna, ťoi-se espalhando, ao longo dos anos, por alguns países. É um hábito cm alguns deles, como a Esparilia, por exeniplo. Mas a influéncia espanhola propagou esta tradicao de dor mir durante o dia até muitos paises latino-americaiios. A explicacao está principalrnente nas altas tcmpcraturas que se fazeni sentir a mcio do dia, geralmente após o almoco, e as pessoas optarem por dorrnix nas horas mais quentes do dia e traballiar duran-tes as horas mais frescas. Mas nlo se pense que é um hábito de donmr horas e horas a fio ä espera de que o tempo arrefeca. Longe disso! Segundo os cspccialistas em sono, é re-pousaote descansar näo mais de 40 niinii-tos porque, após este periodo, o organismo comeca a entrar em sono proii.in.do, e acor-dar nesta fase pode ser pior. Quer isto dizcr que as pessoas acabariam por acordar com uma sensaeäo de cansaco, lentidao e conŕu-säo mental. Ora, näo c isto o pretendido para quem precisa de continuar a atividade laboral. A voncade que a maioria de nós sente em fazer uma soneca surge devido ao facto de o aumento da temperatura do corpo humano ťavorecer o dito sono. Com esta cxplicacao ja fieamos mais descansados e näo nos culpabÜi-icainos a pensar que somos preguicosos. Por outro lado, também o sono que nos atacíi após o almoco tem uma. justíhcacäu: o que se passa é que grande parte da energia do corpo está voltada para a digestäo dos ali-mentos que acabámos de ingerir e o fruxo sanguíneo concentra-sc no aparclbo diges-tivo, deixando o cérebro dc lado. C oni o é o sanguc que transporta o oxigénio, o cérebro acaba por receber menos quantidade e tica cansado, sonolento... B por tudo isto que precisamos de dor-mitar um puuco para nos rcgeiicrarmos e iiielhorarnios o nosso poder cerebral c a memoria. Scrá que os nossos chefes säo 74 I A sesta AsĽsta I 75 sensíveis a esta imperativa necessidade? Hunmim... Em Portugal, o hábito de fazer a sesta es tá. longe de ser en cara do como uma questao que mereca discussáo publica. Em 2003, foi criada a Associacäo Portuguesa dos Amigos da Sesta, tendo mexido com as hostes nacionais. Num curto espaco de tempo passou de 4 para 246 associados, entre os quais pessoas de diversos ramos e estratos sociais. O entäo presidente desta associacäo afir-mou que "a sesta é uma causa social''1 e acrcsccntou que "há quem leve o terna a sério, mas outros levam-no como uma paródia." Em Foz Coa, algumas pessoas ten-taram implementar este rituál numa empresa. mas a necessidade de apro-veitar a hora de alrnoco para tratar de assuntos buroeráticos foi mais forte. O presidente da associacáo disse ainda que :'os empresários deveriam eriar condicocs para que os ftmeionários pudessem repousar. porqxre podemos sentir-nos muito cansados c com stress ao frnal da manha, mas se dormirmos alguns minutos, retomamos o trabalho como no vos". Entao, chefes, vainos ou nao ter o dircito á sesta? GLOSSARIO estrato: carnada fluxo: fluido; Ifquido qus corre hoste: rnuliidao; grande numero da pessoas imperativo: que se irnpoe; fundamental implementar: pór em prática; executar paródía: brincadeira; animagao: pándega propagar: alastrar; transmitir soneca: sono curto COM PRE E NSÄO r-:xplique o sentido das frases de acordo com o texto. 1."{...) dormir horas e horas a fio (,..)" 2. "Em 2003, foi criada a Associagäo Portuguesa dos Amígos da Sesta, íendo mexido com as hostes nacionais." 3,"(,..) a sesta é urna causa social (...)" 4. "(.-■) há quem leve o terna a sério, mas outros levam-no como urna paródia,'1 JŕOCABULÁRIO '!. Complete o texto com as palavras dadas. presenca corpo sesta rsputacäo ignorancia memoria biológicos boas-vindas decisoes cardíaco ócio mediterränica associacáo porta aereditam Faca a sesta, mude a sua vida! Ja que bateu ä nossa_. faca favor de entrar, a casa e sua. A APAS - Associagäo Portuguesa dos Amigos da Sesta dä-lhe as e congratula-se com a sua_. Somos uma de pessoas diligentes que_ na boa prática da cultura _ , benéfica para a harmonia dos ritmos _ e de todo adequada ä saúde física, psíquica e mental. Vítima de má pelos seus detratores que por _ a conotaram com a preguiga e o micos e científicos o comprovam o u maldade _, bem pelo contrario - estudos acadé- a sesta reduz o stress, revigora a , impulsiona a criatividade, minimiza o risco de colapso , clarífica a tornáda de , melhora a produtividade... De resto, a sesta é um procedimento natural; o pede-a. Aos humanes, aos outros mamiferos, äs aves. Informe-se e divulgue. Benvhaja pela sua visita. Voite sempře. Antes ou depois da . A http://amigosdasesta.org 76 I A sesci A sesta | 77 2. Complete o quadro. 4. Explique o sentido dos provérbios do exercício anterior. a origem acelerado optar a confusäo a digestäo preguigoso sensibilizer implementar repousar burocrático 3. Forme provérbios juntando um elemento de cada coluna. 1. sua sentenga. 2. faz a forga. 3. nem tanto ä terra. 4. trancas ä porta. 5. pouco siso. 6. é que se torce o pepino. 7. aqui se paga. 8. do que quern b) _ c) . 5. Palavras com a mesma raiz etimológlca. Escreva duas palavras da mesma família das seguintes. a) fio _ e) digestäo _ b) dia _ f) merecer c) atividade _ g) causa__ j d) humano__h) empresa _ : 4 GRAMÁTICA |. 1. Complete o texto com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-cessário. para par em com sem de a enl.e | Dormir a sesta näo significa pregar olho toda a tarde! É uma discussäo recorrente cá_casa e que nunca termina_forma consensual. Na ver- dade, é uma questäo que se tem posto muito poucas vezeš desde que o Manuel nasceu, mas, ainda assim, volta e meia é debatída. E o que é que está_causa? As sestas. _mim, uma sesta é um pequeno repouso, normalmente após o almogo, uns minutos____ que a pessoase encosta um bocadinho,_o sofa,_acama, e passaligeiramente_ as brasas__chegar a entrar num sono profundo. É um descanso que dura_15 e45 minu- j tos,_o maximo. Isto é uma sesta, é o concerto _sesta. ! _a minha mulher, näo - isto näo faz sentído. Uma sesta é uma pessoa dormir_a tarde. mas dormir a sério, um pequeno descanso que vai_as 2 horas e a tarde toda. Já a vi dormir ses- < tas_as tres e meia e as sete e meia,_exemplo, sobretudo_aqueles domingos mais frios_que näo temos vontade_sair das mantas_o sofá. Isso,__ mim é impensável. Eu sou um pouco paranoico_as perdas de tempo, e näo sou propriamente um apaixonado_dormir,_isso comego_ficar stressado e vejo as horas a correrem e eu ali deitado,_fazer nada. Mas a verdade é que nem é sequer isso que me faz dormir pouco_a tarde, as tais sestas, que normalmente duram 20 a 25 minutos. O meu corpo näo pede mais, mesmo quando estou cansado. Tenho . uma espécie ._relógio biológico que dá horas_o tím_esse tempo, e que me i deixa restabelecido e_sono. Se assim é, porque é que hei de ficar deitado_a cama a olhar_o teto? Estou a escrever este texto precisamente_um desses momentos. Mäe e bebe estavam terra j dos_o sono quando fui almogar (fui correr 20 quilómetros_manhä só_tirar a ferrugem äs pernas, e eles comeram primeiro). Terminei o almogo, fui ter__ eles, encostei-me um | bocadinho e adormeci 20 minutos. Acordei, tentei arrancá-!a_a cama_irmos dar um passeio, mas ela é que me mandou passear. O que vale é que o puto daqui a nada está_berrar e näo haverá como ela näo acordar. 2. "Para nos mantermos despertos e mais produtivos, necessitamos de fazer uma sesta no maximo de 20 ; minutos." Alem de "manter", há outros verbos derivados de "ter": abster-se / conter / deter / entreter-se / jier / reter. Ěscolha o verbo mais apropriado e conjugue-o corretamente. a) Ultimamente o Joäo_bastante com o jogo que Ihe démos no ano passado. Nem tem feito a sesta! fa; Esta unidade_um longo exercício de preposigóes. c) Embora eles_autorizagäo para descansarem após a hora do almogo, optaram por tratar de assuntos burocráticos. é) Ainda que muitos_, eu acho que vamos conseguir fazer valer os nossos direitos. et Tive de esperar algum tempo até me entregarem os documentos. Informaram-me de que os_ i por näo estarem devidamente preenchidos. , fi Ontem fiquei preocupado porque já era tarde e ela ainda näo tinha chegado. Quando chegou, pediu-me ; dfisculpa e disse-me que_a falar com uma amiga da universidade. ; g) Depois de eu ter visto uma ínjustica täo grande, näo_e disse-lhe tudo o que pensava. Já ; há muito que andava para o fazer. 1 h) Na semana passada a polícia_trěs imigrantes ilegais. 80 [ A sesta A sesta [ 81 3. Complete as frases com o conector mais adequado. ainda assim apesar de contudo náo obstante nem que no entanto embora ao passo que a) Eles trabalham muitas horas por semana,_těm sempře tempo para ajudar os amigos. b)_estarmos cansados, náo queremos fazer uma sesta. É uma perda de tempo. c) Vou preparar o jantar, d) As informagoes que nos deram foram esclarecedoras locar. eles tenham dito que traziam uns petiscos. _, ainda ten! 3 umas questoes a cc e)_a doenga, mantém-se sempře bem-disposta e náo tem faltado ao trabalho. f) O preco da gasolina tem aumentado bastante nos úitimos tempos,_o prego do gasoleo tem mantido. g) Já fiz uma sesta das 3 ás 5, h) Eu preciso que me ligues_ _sinto-me cansada. _seja á meia-noite. Preciso de falar contigo. li ■"'ARA COMENTAR - sesta deveria ser institucionalizada em todos os paises. S6 traz beneficios. ' s'jdas as empresas deveriam ter um ginasio, um SPA ou um gabinete de massagens dos quais os empregados pudessem beneficiar durante uma hora por dia. Isso traria maior rentabilidade no empo util de trabalho. • Todo aquele que se sente cansado depois do almoco e preguicoso. A.sesta I S3 Seräo os Portugueses felizes? Claro que säo. Ou melhor: säo moderadamentc fclizcs. Adas ser moderado e uma caracteristica iritrin-seca dos Portugueses. Quando per-guntanios a alguem "Como esri?", a resposta provavclmcntc sera urn "Mais ou menos.ou "Vai-se andando...". Nunca se consideram totalrneiite felizes ou satisfeitos. Faz parte da nossa cultura näo estarmos nein iriuito rnal nein inuito bem. Estamos itivariavel-meiite no meio. Somos mesmo inuito mo der a dos! Quando pesarosainente lastima-mos a sorte de outrem, nao e raro ouvir uma resposta do tipo "Pois foi, mas podia ter sido pior." Temos o dom de minimizar alguinas dores fisicas ou espirituais e de dar a volta por cima. Para o sociologo Rui Bri-tes e necessario "contrariar o discurso pessimista que se ve em todo o lado de que os Portugueses sao os mais in-felizes da Europa". Ao falarrnos de felicidade, estamos a refer ir-nos a ela em varias dimensoes: padrocs materials de vida, sa.údc, edu-cacao, atividades pessoais e política. E claro que todos nós sabemos que näo há felicidade completa em qual-quer uma destas dimensoes. Sornos lu-cidos e näo enterramos a catena na aiňa pcrantc as difŕculdadcs pclas quais pas-samos, tais como: insatisfacao politica, desemprego, caresria de vida, etc. A insatisfacao politica tem au-mentado nos Ultimos alios e é neste ámbito que os Portugueses tém aban-donado a posicäo do "meioJ . Segundo os dados do ultimo ln-querito Social Europeu, somos o pais da Europa que menos se interessa pela politica. Desta insatisfacao resulta que todo aquele que nao se interessa pela politica tambem nao e capaz de tomar decisoes politicas. Raii lirites vai mais longe ao dizer que as pessoas passam muito tempo a discutirfutcbol e a dizer mal do governo, ainda que muicas delas sejam alheias a politica. Mas a razao parece estar no facto de o salazarismo ter deixado marcas mais profundas do que pensamos, c cstas práticas demorarem muito tempo a passar. Naquele tempo as pessoas näo eram motivadas para terem uma pre-senca politica, porque ela era reser-vada exclusivamente aos politicos. Dai que ainda hoje haja muita abstencäo de voto. Por um lado, porque as pessoas cstao des con ten tes com a politica que se faz no pais, por outro, porque nao acreditam que o seu voto vá ser-vir para alguma coisa... "porque isto já näo se endiieita". Estatisticamcntc, os j ovens säo os que mais se abstěm, enquanto os idosos säo os que mais väo äs urnas. A estes ainda Ihes resta uma esperanca e algum sentimentu de dever cívico. Sera que estamos...? Umas vezes mais do que outras, mas ca vamos remando contra a mare. Nao tivessemos sido umpais de gran-des marinlieiros! 84 I Seräo os Portugueses felines? Seräo os Portugueses felizes? | 85 Alguns portugueses těm refeito a sua vida profissional após momentos dramáticos. Uns porque perderam ü emprego, mas deitam mäos ä obra e criam novas atividades; outros, porque nao encontram traballio compatível com as qualincacöes e decidem emi-grar. Ningucin parte com a felicidade no coracao, mas tambem nao se dei-xarn derrotar. Maria Borges, 26 anos, é um dos muitos casos que vale a pena analisar. Quando acabou os estudos (estudou Enfermagem) e semperspetiva de traballio, decidiu pardr. Foi dificil deixau a ťamília e os amigos, mas era neces-sário tomar uma decisäo e nao fremde bm$os cmzados. Parti« para Pcniba, Mocambique, para trabalhar mima organÍ7.acao de voluntariado. Tra-halbou com doentes irifetados com VIH/sida, alguns já cín fase terminal, mas sempře lhcs dcu um sorriso amigo e muito carinbo. Foi rccom-pensada com o bem que transmitiu: voltou com o "coracao ebeioc a sentir-se mais completa.Viu gente a niorrer, mas sempře com esperanca. Deu-se conta de que havia gente em sjtuacöcs de vida bem mais dra-máticas do que a dela. Relativizou muitas coisas äs quais dava grande importäneja. Agora diz ser uma pes-soa mais tolerante, Serena c feliz. Ela propria diz "agora aprccio mais um arco-íris mim céu azul". Miguel Silva iiasceu nuina al-dcaa na Beira Baixa e aí viveu até há quatro anos. Trabalhava numa fabrics textil que acabou por fechar devide á erise no setor. Casado e com doií íilbos viu-se sem trabalho aos 32 anos Ao abrigo de um programa do Institute do Emprego e Formáciu Pro-fissional fez um curso de Hotelaria t Re-stauracäo e depois estagiou come rececionista num. hotel na Covilha Mais tardc conseguiu um traballio en: Coimbra. Nos primciros tempos er; iinpossível ir a casa com fřequéncia mas com o apoio da mulber c restante família, esta dištancia tornou-sf menor. "Se a rninha família nao nif tivesse apoiado tanto, näo sei comc teria sido. Para miin é uma enormt fclicida.de ter um núcleo familiar solido'', referiu Miguel. s" Se- eskou, só, rjo&ro n&o esíar, Se- KÄc esteit, jjii&ro nshur só, infill a^vro sewpre- esW n ; Ser -feixz- é- se*■ cujaeÍA, E íwptóíe- nôo é- -fate, PbrcjK«- pe+vsd, áe-irbro áeic- A genia- -faz o cjM-e- cjiAer Mas -faíka- se- o n&fl -ftzer, f iaa, peráiÁo w\, teoraA»,. ******** ^/ŕ"*' ., •* Fernando Pcssoa GLOSSÁRIO abstencäo: privagäo ou desisténcia voluntatis de um direito politico, cívico ou social ao abrigo: sob a protecäo de carestia: caréncia; escassez dom; talsnto; capacidade intrfnseco: que faz paite da es-séncia; inerente núcleo: ärnago; essencia; ponto principal outrem: outra pessoa pesaroso. desgostoso COMPREENSÄO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Vai-se andando.,.". 2. "Temos o dom de (...) dar a volta por cima." 3."(...) näo enterramos a cabeca na areia (...)" 4."(...) porque isto já näo se endireita". 5."(...) cá vamos remando contra a maré". 86 j Serao os Portugueses feiizes? Scnio os pormgucscs feüzes? | 87 VOCABULÁRIO 1. Complete o teste com as palavras dadas e depois responda ás perguntas. Näo se esqueca de conferir o resultado. felicidade problemas colegas prazer sonhos alegre donne desafios coisas imagem lotaria •'.f.'i'i'. opimao reiacäo imedíafo Tosto reali_ado pela psicóloga Martha Zouain ► E voce, é f pi 17 no emprego? • Quando acorda para ir trabalhar, sente-se_disposto(a) e entusiasmado(a)? • Tem urna reiacäo de harmónia e integracáo com os seus_? • Sente_nas pequenas conquistas no seu trabalho? • As outras pessoas veem-no(a) como urna pessoa_e positiva? • Sente constantemente urna sensagäo de__no traPalho, mesmo que näo haja um motivo específico? ■ Tem pianos e_para o seu futuro? • No dia a dia de trabalho, acontecem-lhe com frequéncia_ tes? > Quando se vé ao espelho, gosta da_refletida? _ interessantes e motivan- 1 Quando se deita, adormece de . noite sem acordar? • Considera-se otimista em_ _ e, na maior parte das vezes, toda a _ ä vida? • E considerado(a) urna referencia na sua profíssäo e, como tal, recorrem a si para emitir urna _ou ser consultado(a) sobre um assunto? • Minímiza os_que ihe acontecem e sobrevaloriza as coisas boas? • Encara os obstéculos do trabalho como_a serem superados? • Se ganhasse a_, continuava a trabalhar ainda que a um ritmo mais tranquilo? • Se pudesse voltar atrás, escolhia a mesma profissäo? Agora some os SIM e veja o resultado. De 14 a 15 respostas SIM: Parabénsi Escolheu urna profissäo que o(a) realiza. As suas atitudos tendem a ser positivas e favo ráv&is perante a vida. Tem tendencia a aproximar as pessoas de si, e estas a considerá-lo(a! urna referencia profissional. De 12 a 13 respostas SIM: E provável que tenha feito a escolha čerta. No entanto, está a dispersar energias que podem ser mais bem canalizadas. Se nada fizer poderá ficar cada vez mais longe da täo procurada felicidade. De 10 a 11 respostas SIM: Cuidado! O seu mornento é critico. Reflita sobre a sua vida como um todo. Entenda que a felicidade está ao dispor de todos e voc§ tem a responsabiíidade de encontrar o melhor caminho para chegar até e!a. Abaixo ou igual a 9 respostas SIM: Todo o profissional (quer seja crn início de carreira ou näo) deve saber com objetividade onde quer chegar. Só assim alcanga a felicidade. A CORAGEM é o seu maior desafio. 88 Seiľao os Portugueses ťelizes? Seräo os poľlugueses felizcs? | 89 2. No texto aparece a expressáo "náo enterramos a cabeca na areia". Encontre na coluna B o significado das expressoes idiomátícas da coluna A. a) Passar-se dos carretos b) Náo me aquece, nem me arrefece c) Ir na esgalha d) Fechar-se em copas e) Pór-se a pau f) Ir dar uma volta ao bilhar grande g) Meia dúzia de gatos pingados h) Fazer de olhos fechados i) Estar nas sete quintas j) Ser um paz de alma B 1. Nao dívulgar o que sabe 2. Poucas pessoas 3. É-me indiferente 4. Ter cautela 5. Fazer sem dificuldade 6. Ser muito calmo 7. Perder o juízo/enlouquecer 8. Estar á vontade 9. Ir incomodar outro 10. Ir com muita velocidade 3. Construa uma frase usando cada uma das expressoes idiomátícas do exercício anterior. a)- b). d). 9). j)_ WĚĚT 3t&~J.'..^£t.. 90 | Seríio os pomigueses felízes? Scráo os portugueses felizes? | 91 4. Escolha o verbo mais apropriado para completar as frases. a) Perante qualquer que seja a dificuldade, näo se deve_ encolher baixar erguer b) Ao_tamanho desinteresse, näo vai conseguir o que ambiciona. dar ctemonstrar mostrar _os bragos logo ä primeira. c) Ele trabalhou bastante ate_ siting «r perder _ os objetivos. encontrar d) Se voces quiserem_o sacrificio de trabalhar ao säbado de manhä, para melhorarem a situagäo, estarnos dispostos a ajudar-vos. fazer e) Elas decidiram _ fazer f) E melhor voce atender trazer _uma piada sobre a situagäo ridicula que viram. tevar atirar _äs aulas diariamente, porque caso contrario vai ter dificuldades. assistir tomar g) E desaconselhävel___ colooar levar GRAMATICA em causa tudo o que se ouve. Nem tudo säo boatos! pör 1. Complete as frases usando as palavras dadas e conjugando o verbo. a) No ano passado / por mais que / (eu) / tentar... b) Näo acho que / (ela) / chegar... c) Para que / (voces) / ter boas notas .., d) Agradego que / (os senhores) / dizer. 5. A Boa Escrita, Assinale a palavra cor-rstamente escrita. f) Enquanto / (voces) / estar / em casa . g) Era melhor / (tu) / apanhar. I i.) Havia quern / dizer. 92 Scräo os Portuguese* t'elizes? Seräo os Portugueses fchzes? | 93 ľimplete as frases com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ssário. de por para Segredos que nos guiam até ao bem-estar, até ä felicidade • Expressar gratidäo, através do exercicio das trés béncäos (acabar o dia a identificar as trés coisas boas que nos aconteceram); • Näo se comparar_os outros; • Praticar pequenos atos_generosidade, aprendendo_perdoar; • Cultivar, conscientemente, as amizades; • Deixar que as emogoes, boas ou más, se libertem; • Fazer uma pausa_o frenesi_o dia a dia; • Arranjar tempo_o exercícío físico regular; • Meditar; • Ir alem_o destino, interpretando o que nos acontece e o que fazemos; • Näo se vitimizar; • Se quiser ser bem-disposto, finja que é e acabará_ser; • Brincar mais_a vida, despreocupando-se. jbstitua a parte destacada pelos pronomes pessoais de complemento direto ou indireto (ou os, contraídos). z já o teu nome! j teria comprado a tal enciclopédia, se näo fosse täo cara. js escreveriam aos amigos, se soubessem o enderego. 3 eu te pedisse, trar-me-ias a encomenda dos Correios? Obrigada. io me agradegas. Fiz isso com muito gosto. nso que ela emprestará o iivro ao colega. es teräo visto o filme? a quer o assunto resolvido quanto antes. Icvio os Portugueses felizes? m PARA COMENTAR • interprete o poema de Fernando Pessoa "Felicidade". • C; ,.|ue é que faz as pessoas sentirem-se felizes no seu pais? • "O (iinheiro näo traz felicidade, mas ajuda muito!" Como é que ficámos täo chatas? Dantes, a vida era simples. Nao era preciso tnandar 30 e-mails e 58 SMS para combmar qualquer coisa. Agora, ace tomar cafe com uma amiga exigc mais or-gairizacao do que urn golpe de Estado. Como e que, de repente, nos tornamos pessoas tao complicadas? A agenda DANTES - Ligávamos a iilgucni pot volta das l2h45."Marla, anda dai comer qualquer coisa." Rcs-posta: "Esta bcm. Quern cficgar tarde é um ovo pod re." AGORA - Huním... Hoje tenho a iiora do aknoco livre.Vou ligar á Marta. "Ai, boje nao posso porque tenho de acabar uma coisa urgente". Ninguém pode. Uma vai a casa ao almoeo porque o bebc nao para de voniitar. outra Lem aula de zumba, orrtrajá combinon com outra pessoa, outra está na 'lailáii-dia, outra agora nao almoca, outra nao responde, outra mudou de numero... "Está bem. entao se nao poděs hoje vamos combinar outro dia, que já nao te vejo há anos". Entáo: "Amanlia tambcm nao posso porque tenho uma retmiao, na terca eu posso, mas tu nao, na quarta vou á minha mae, quinta e sexta vou tirar dois dias..." Quando damos por isso, a marmita é a nossa melhor amiga. 96 I Como é que ficamos cäo chatasř A omenta DANTES - Nem viamos o que e que linhamos no prato, o que interessava era a conversa. AGORA — Toda a genfce teni algum tipo de "restricäo" alimentär. Uma nao come gorduras. a outra näo come fritos, a outra nao come nada que näo seja bio, a outra näo come, ponto. Uma e alergica ao gluten, outra des-cobriu que e alergica a lactose, outra näo come carne, outra näo come acu-car, outra näo come päo, outra näo come sal, outra näo come hidratos de carbono porque a Maria Jose näo deixa. outra nao come a partrr das sete, outra näo come antes das sete. E preciso paciencia! DANTES - Falävanios de tu do - das pessoas, de filmes, de vestidos, de livros, de namorados, de coisas serias, de coisas parvas. AGORA — Acaba-se sempre numa das duas hipoteses: a fotografar o prato de salada e espeta-lo no Facebook com o conicntärio: "Al-moco com amigas que näo via ha anos: que saudaaaaades!" E a ficar em stress ä espera de mais tun like e a fazer comentärios. Ou: a rodar o ecrä do telemövel ä procura de fotos dos filhos para mostrar äs outras. De repente alguem diz: "Ai, isto para a joana estä a ser uma chatice, que ela näo tem fülios." A Joana, que tinha estado a pubÜcar no Facebook "Mas porque e que as pessoas näo se calam com as gra-cinhas das criancas'\ acorda de repente, tenta fazer um ar simpatico e diz "Näo, näo... eu ate gosto de vos ouvir':,fazendo uma nota mental para nao voltar a almocar com alguem que tenha filhos, netos ou cäes pequenos e ainda estejam na fase do deslumbre. Como e que ücänios Lao chala A relacao DANTES - Aino-te. Amas-me? Claro que sim. Fixe. Quanios lilhos queres? Imensos.Está bem. AGORA — E preciso levar as criancas ao médico, é preciso lavar a loica do jantar, e antes foi preciso fazer o jantar, e veriřicar se fizeram os trabalhos de casa, c mesrao que nao hajá filhos há outras coisas, o trabalho, o chefe, a "mesmice" do dia a dia. É verdade que uma relacao tambérn é feita disso, de nao se ter paciěncia, de nao se ter tempo, de nao ter de pintar os olhos para estar com aqucla pessoa, dc nao ter mascaras... Isto é tao romántico,nao se pcrccbc que a rotřna seja tao insultada em nome de uma inocén-cia adolescentoide que já passou. De qualquer ma-neira, as vezeš temos pena de que tudo passe ž řřente do mmantismo que ainda podíamos ter, de que hajá tempo para ir ás compras e para arrumar a casa, mas nunca para namorar. Mas pronto, É a vida. DANTES - Ligávamos á Rita: "Liga á Maria e á Leonor e pergunta-lhes se querem vir acampar para a quinta do men tio Zé". Punham trés vestidos na mochila e estava a andar. Ou, entao, dividia-se um eslúdio 110 aldeamento. AGORA — O Sul é quente, mas tem "viquingucs" cs-trangeiros e filas para a praia e nao apetece pegar no carro. O Nořte é sossegado c charmoso, mas nao tem praia, tem frigoríficos, e chove metade dos dias ou o nevoeiro só le-vanta lá para as trés da tarde, e pelas trés da tarde já metade das criancas adormeceu outra vez, fez birra ou partiu a ca-beca íe o jarrao chrneš da residencial). O sonlio de uma vida era ir para tun hotel de luxo, mas descobre-se que há uma explicacao para os sonhos terem uma fantástica propensáo para nunca se realizarem (...). Acabamos no mesmo aldea-mento para onde sempře fomos. E mau e caro, mas pelo menos já sabemos com o que é que contamos. Dantes nao eramos perfeitas e nao queríamos saber. Agora queremos: e dá % : trabaaaaalho. Eicamos perfeitas... c chatas. A vida coniplicou-se: nao porque * i estamos mais velbas, mas porque tudo á nossa volta mudou... O visual DANTES — Banho. Calf as de ganga.T-shirt. Ou um vestido. E pronto. AGORA —Já se invencaram produtos para cada centímetro do corpo: há cre-mes especiais para o contorno dos olhos, para o pescoco, para as inaos, para a barriga, para as pernas, para os pes; há seruns c cremes e locoes. Há aiiricelu-Kticos, e hidratantes (.--), c águas dc Colónia, e parfum, e eau parfUm, e eau de nao sei do qué, e eau hidratante, e haumes, isto para nao falar na lišta imensa de tralha para o cabelo (...). E ainda nem sequer abrimos o armário: dantes tudo nos ficava bem. Agora há dias em que nos sentimos um clone de baleia. E há aqueles dias em que nada nos cai bem (...). Era suposto aprendermos o "des-pojamento" com a idade, mas a idade só nos ensinou que a idade dá trabalho... Vantagem: o consolo de estarmos inuito melhor do que as nossas avós com a nossa. idade... ^ Texto adaptado, Catarina Fonseca in Actíua COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1."(...) quinta e sexta vou tirar dois dias..." GLOSSARIO chatice: magada; aborrecimento deslumbrar: fascinar; seduzir; ofuscar despojamento: privagao; renúncia; rejeigao fixe: formidável; excelente marmita: recipiente com tannpa, para transportar comida parva: palerma; pateta; idiota tralha: amontoado de coisas com pouca ou nenhuma utilidade vomitar: expelir pela boča substáncias que estáo no estómago 2."(...) isto para a Joana está a ser uma chatice ( 3."(...) fazendo uma nota mental para nao voitar a almogar com alguém que tenha tilhos, netos ou cáes pe-quenos e ainda estejam na fase do deslumbre." 4."(...) a mesmice do dia a dia." 5. "0 Nořte é sossegado {...), mas nao tem praia, tem frigoríficos, e chove ( 6. "E há aqueles dias em que nada nos cai bem ( 98 | Como é que ficámos tao chatas? Como é que ficámos tao chatas? | 99 VOCABULARIO 1. Palavras Cruzadas. Escolha o adjetivo mais adequado. Horfeontais 9- Aborrecido Verticais ^Aqaetequegaslamuitod.h6jro 4- Corajoso 5- Avarento 10- Genti/ 2. No texto aparece a expressäo "anda da/". Hä outras express Oes idiomäticas com o verbo "andar". Encontre na coluna B o significado das expressöes da coluna A. A B a) Andar äs aranhas 1. Andar muito ä procura de alguma coisa b) Andar äs turras 2. Estar distraido c) Andar seca e meca 3. Tentar conquistar alguem d) Andar na lua 4. Näo saber o que fazer; estar confuso e) Andar ä deriva 5. Discutir sem chegar a acordo f) Andar na mä vida 6. Andar a divertir-se sem fazer nada de ütil g) Andar aträs de 7. Levar uma vida de ilegalidade h) Andar na boa vida 8. Näo ter objetivos definidos 3. Analogias. Hä uma relacäo lögica entre a primeira e a segunda palavras. Descubra as relacöes lögicas em falta. a) simpätico simpatia g) antipätico b) alguem ninguem h) algum c) ligar desligar i) acender d)sossego sossegado j) barulho e) frio arrefecer k) quente f) hörnern rosto i) animal 100 I Como e que ficämos täo diatas? "Žil if,..- 4. Escolha o verbo mais apropriado para o respetivo complemento. a) entabuiar 1. efeito b) tecer 2. uma divida c) surtir 3. um poema d) arregalar 4. conversa e) contrair 5. os olhos f) recitar 6. conta g) tomar 7. elogios MBit.' 5. Construa uma frase em que utilize os verbos e o respetivo complemento do exercicio anterior. a)___ iRAMATICA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e náo alterando o sentido. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Está bem. Quem chegartarde é um ovo podře. Ela respondeu que_e que____ b)_ c) d) 9)- 102 | Como é que ficámos tao chatas? b) Nem viamos o que e que tfnhamos no prato, o que interessava era a conversa. Embora nem___ c'j Uma relacao tambem e feita de nao se ter paciencia. Ainda que_ d) O sonho de uma vida era ir para urn hotel de luxo. Apesar de__ e) Era suposto aprendermos o "despojamento" com a idade, mas a idade só nos ensinou que a idade dá trabaiho... 4 É suposto que _ Como é que ficámos tao ciiatas? | 103 plete as frases com os verbos no modo indicative ou no modo conjunťivo. tu a Maria, diz-lhe que amanhä temos um jantar com as nossas amigas. tu _muita televisäo todos os dias, é natural que näo tenhas tempo para ler. caso de voces . ao jantar, por favor: deixem os telemóveis em casa. ícisava de saber se ele tambénn . 'guntou-me como é que eu_para o restaurante. spondi-lhe que näo se preocupasse comigo, porque_como lutos. . demorava só dez mamente os dias ia ótimo se amanha já. . muito cansatívos. _sábado. lentei que a Joana näo_ eu lne_um presente, já lho teria dado. Näo achas? o namorado com ela. Parece que é um tipo simpático. nedes. Complete as frases da coluna A com as da coluna B. B lando eles entraram no restaurante, 1. eu vou telefonar para o restaurante. il ele se sentou á mesa, 2. respondí-lhe imediatamente. mpre que nos encontramos, 3. flcaram surpreendidos por nos verem lé. quanto voces leem este artigo, 4. aconselho-te a náo comegares outro. nedida que o tempo passa, 5. eles estáo a ficar sem paciéncia para acampar. >ois que soubemos da notícia, 6. ainda náo fizeste outra coisa senáo telefonar. >im que recebi o e-mail, 7. telefonámos-lhes a felicitá-los. i que tenhas terminado o livro, 8. comegou logo a publicar no Face. de que chegaste, 9. liga-me para te ir buscar ao aeroporto. o que chegares, 10. eis está cheia de pressa por causa das eriangas é que fícámos tao chatas? PARA COMENTAR Publicar no Facebook em que restaurante se está e o que se come é um hábito (bom ou m«.-i...7) los nossos dias. __ Hoje em dia as mulheres estáo mais bem conservadas devido a var.ada gama de cosmet.cos. Mac os homens náo Ihes f icam atrás. Já náo se pode viver sem agenda: eletrónica ou náo. Ferias passadas com os avós? Fazem bem fecon\Gf}dicLrn-SQ\ e Os avos sentcm-se rejuvenesci-dos e os netos vivcm experien-cias diferentes, enquanto os pais ganham tempo para dcscansar ou namorar. Especialistas dizem que todos ganham com o cruza-mento das geracoes. As primeiras ferias de Leonor com os avos foram aos seis anos. Agora, com 12, 6 mipensavel passar urn verao sem aquela semana "na casa de Peni-che". Divide-se entrc a praia e a piscina, vai ao mercado com a avo fazer as compos para o almoco, passeia com o avo de barco, pinta conchas e pe-dras. ouvc historias do "antigamentc". E amda en con era ''os amigos de Pem-che'VE muito fixe ir para la. Existem regras, claro, mas eles sao avos, dao mais niimos e deixam-mc fazer mais coisas." Quando surge o convite, alguns pais questionam-se se devem dei-xar os filhos ir de ferias com os avos. Ou porque acham que sao muito pequenos ou porque nao sabem se aguentam as saudades. E ainda ha a ideia dc que os avos os "estragam.'" com mimos. Por esta altura, e urn tenia que alimenta 106 . Heriir; passadas com os avos? discussdes nos fóruns online. Os dois especialistas ouvidos pelo DN — J. Morgado e Teresa V. Marques — sao unátiimes em afirmar que a expe-riencia é boa para avós, pais e netos. E recomenda-se. Näo há uma idade ideál para as férias com os avós. "Depende da autonómia da erianca e da experiéncia dos avós", defende 1. IVlorgado. Nao há dúvida de que os avós säo bons cuidadores, acrescenta o especialista. "Mas há pais, mais obsessivos com a seguranca, que acham que fazem sempře melhor do que os avós, mas tam-bém pensam isso em relacáo a todas as o u tras pessoas. Por isso, ganliam mais ansiedade e ficam mais inseguros." Gcralmente, as ferias com os avós implicam "fugir ä rotiiia",pelo queť'é sempře uma experiéncia nova". Con-tudo, destaca o psicólogo, "é preciso que os avós percebam que tém de adaptar a sua rotina ä erianca e eriar hábitos corisoante a sua idade. Nao väo passar trés horas num restaurante, por exemplo". Como nao säo cuidadores a tempo inteiro, diz J. Morgado, "tendem a facilitar na iniposicao de regras e limites. Mas as férias com os avós só fazem é bem, näo väo eseragar a educacäo dada pelos pais ao longo do ano". Ansiedade dá lugar äs saudades Dcsafiada pelos avós. Matdde, dc 10 anos, resolveu ir este ano, pela primeira vcz, com eles para o Al-garve, sem os irmäos. Norinalraente, Maria, de 15 anos, e Tornás, de 13, tambérri väo. Dcmcimu alguns dias i tomar a decisäo. Fez perguntas, anali-sou os pros e os contras e resolveu ír. A mäc partilliou a história no blogue. Dando-lhe o seguinte dtulo:"A Ma-tilde foi de ferias... que saudades!". "Nós temos muitas saudades. Estamos sempre a olhar para o telefóne para ver se ligám, mas eles até se esque-cem". conta ao DN. Alcm das saudades, há urna ligetra ansiedade, "mas nada de anormal". (...) ''Custa um pouco mais passar a responsabilidade para os sogros"'. Mas todos ganham com a cxperiéncia.'"Os avós até se sentem mais novo s. Qua títo aos netos, esse carinho dire-rente faz-lhcs muito bem ao cresci-mento.''" Naturalmente, segundo a mae FáiaS passadas c s avós? I 11)7 de Matilde " tem de ser figura s mais permissivas. Däo-lhes mais mimos, mas lilo desedueam". Sem esquecer que ''também é bom para os pais". Teresa P. Marques, psieóloga na area do comportamento infantil, re-forca quc "os pais ficam mais livres para namorar, sabem que os avós cui-dam bem dos filhos, tal como cuida-ram deles, e todos ganham com a expcriěiicía". Como tém mais rempo e pacicneia, refere a psieóloga, os avós "contam-lhes histórias c. quando vivem na provincia, proporciou am-lhes experiéncias que näo tém nas cidades, como o contacto com os aniniaís e as hortas". Quem näo sente nostalgia ao re-cordar os tempos em casa dos avós? i. COMPREENSAO "Sao experiencias muilo enriqucce-doras. £ para os avos e uma lufada dc ar fresco", indica Teresa P. Marques. Contudo, ressalva, ha regras que rem de ser cumpridas, nomeadamente no que diz rcspeito äs horas dc souo e ä alimentaeäo. "Desde que scjam as-scguradas, e muito benefico para as criancas." Quando sao adolesccntes. "os pais devem ainda instruir os avos quanto äs regras para sair a noite, por exemplo". Näo raras vezes, as ferias säo tambem um encontro de ge-racöes: avos, pais, netos. "Desde que se entendam. 8 muiro interessante a partilha dc experiencias entrc as vä-rias geracöes", conclui a espccialista. A Tcxto adaptiHo. Joana Capucho in Diana de Natiaas GLOSSÁRIO aguentar: aturar; tolerar: suportar concha: involucro caloário do corpo de certos moluscos fixe: diz-sG daquilo que agrada ou tern qualidades positivas lufada: sopro forte mimo: gesto ou condescendence generosa para com outro permissivo: tolerante; índulgente rotí na; häbito de fazer alguma coisa sempře da mesma maneira Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Especialistas dizem que todos ganharn com o cruzamento das geracoes.'' 2. "[Os avós] tem de serfiguras mais permissivas/' 3. "E para os avós é uma lufada de ar fresco." VOCABULARIO U Palavras Cruzadas. Escolha a palavra mais adequada. 00 Horizontais 1- Pai do mando 4- Rlho dos tios 5- Relaxar 8- Paí do paí 9- Há muito tempo Vertical's 32:o,S°POdra2erse^eom-o 6- Mäe da mulher 7. Gostar muito dealguém 2. No texto aparece a expressäo "os amigos de Peniche". Esta também é uma das muitas expressôes idio-máticas na lingua portuguesa. Encontre na coluna B o significado das expressöes da coluna A. a) Amigos de Peniche b) Abrir o coraeäo c) Agarrar com unhas e dentes d) Bater na mesma tecla e) Chatear o Camôes f) Estar com os azeites g) Levar a peito h) Paninhos quentes i) Riscar do mapa j) Trocar alhos por bugalhos B 1. Insistir 2. Estar aborrecido 3. Fazer desaparecer 4. Amigo deslea! que näo merece confianga 5. Confundir factos ou histórias 6. Ofender-se 7. Desabafar; declarar-se sinceramente 8. Näo desistir de algo ou de alguém facilmente 9. Ir incomodar outra pessoa 10. Com todos os cuidados 108 I Férias passadas com os avós? Férias panadas com os avós? | 109 3. Forme proverbios juntando um elemento de cada coluna. ., Gomplete o quadro. a) Quem tem telhado de vidro b) 0 pior cego c) Quando um burro fala, d) A vinganga e um prato e) Quem conta um conto, f) Quem quer vai, g) A ociosidade e a mäe h) Dois olhos B 1. e aquele que näo quer ver. 2. acrescenta um ponto. 3. os outros baixam as orelhas. 4. de todos os vioios. 5. que se sen/e frio. 6. veem mais do que um so. 7. näo atira pedras ao do vizinho. 8. quem näo quer manda. 4. Explique o sentido dos proverbios do exercicio anterior. a)_ b) g). h)_ o cruzamento mimar unanimar a ansiedade habitua! o desafio rejuvenescedor a ideia fugir tender ho I Ferias passadas com os avos? Tetias passadas com os avös? i 111 RAMATICA S. ;:onjuncóes. Complete as frases da coluna A com as da coluna B. iomplete o texto com a preposigáo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-sário. A B por tie ate Avós do século xxi ultrapassarem, e muito Segundo as estatísticas, há cada vez mais Portugueses_ □o, a barreira psicológica_os 65 anos, aquemuitos ainda chamam "terceiraidade". Masparece muitos deles näo ligám "pevíde" aesta designagäo e sentem-se_dinämica_cuidarem netos. Zomo a presenga_os avós é muito mais do que urna questäo demográfica, eles säo a espinha ;al_a sociedade portuguesa. _o apoio_os avós, ínúmeras famílias näo seguiriam, pura e simplesmente, funcionar. Muitos avós tém a missäo_acompanhar os netos _a escola, ir buscá-los (estamos a referir-nos_os mais pequeninos...), dar-lhes o lanche ;ompanhá-los_os TPC. Tudo isto porque os pais veem-se obrigados a cumprir horários mais entes e pesados e precisam_este imprescindível apoio familiar. _outro iado, muttos deles dedicam-se_atividades versáteis que gostam_ ílhar_os netos sempre que estes estäo_férias ou,_mesmo,_o . semana. Uns gostam. . os levar a viajar. _ o pais (ou até mesmo . . atividades desportivas (as vezes um pouco radicais...); ainda há os que _ as criangas que ama- i; outros iniciam-nos_ :am_os ievar a espetáculos ou visitar museus. )s avós säo uns bons companheiros_o crescimento saudável. seräo adultos. ansforme a frase dada, comecando como indicado e nao alterando o sentido. Pode completa-la ipre que considerar necessario. nteontem os avos foram ao concerto com os netos adolescentes. fisse que___.___. omo nao tSm muito tempo disponfvel, nao podem fazer a viagem que tinham planeado. iles_ necessario proceder de modo sensato. cessario que nos_. manna, partiremos para a serra as 11 horas. mha por estas horas ja_. om mais tempo, terfamos conhecido melhor a cidade. Férias passadas com os avós? a) Se eles forem fazer surf, b) Caso o seu filho näo tenha aulas, c) Desde que tenham tempo, d) Falem mais devagar 1. podem aproveitar para ir ao castelo. 2. a fim de que vos possa compreender. 3. devem levar o equipamento adequado. 4. vamos ao evento. s) Para que tivesses passado no teste 5. eles estäo a ficar sem paciencia para acampar. f) Dado que recebemos o convite, 6. inscreva-o em atividades desportivas, g) Conquanto a casa seja grande, 7. porquanto o assunto ultrapassa a minha competéncia, Näo posso tomar urna decisäo 8. deverias ter estudado mais. Á inedida que o tempo passa, 9. exceto se forem ver um filme de terror. ■ You com voces ao cinema, 10. ela nunca convida a família para lá ficar. •V f s3ARA COMENTAR ■s avós säo as melhores "infraestruturas" dos netos. ;:nar näo é deseducar. -ntagens e desvantagens de passar muito tempo com os avós. j - i > .Jftta o$ á\\rŕ ] 113 Capoeira Capoeira e uma expressäo cultural brasileira que mistura arte marcial, dcsporto, müsica e cul-tura popular. A origem remonta a epoca da escravatura no Brasil, seculo xvi. Muitos negros foram lcvados de Africa para o Brasil a iim de tra-balharem nas fazendas de cafe, nas rocas ou nas casas dos senhores. Muitos destes escravos erain de Angola, tambem antiga colonia por-tuguesa. Sabe-se que os angolanos gostavam de fazer dancas ao soin de musicas muito ritmadas. Ao chcga-reni ao Brasil, estes escravos africa-nos aperceberam-se da necessidade de desenvolvcrcm formas de pro-tecäo contra a violencia e repressao por parte dos colonizadores brasi-leiros. E foj assim que eles come-caram a prati-car capoeira durantc os rntervalos do trabalho, porque era uma forma dc treina-rem nao só o corpo, mas também a mentě para cventuais situacócs de coinbate. Os donos proibiam qualquer que íosse o Úpo de arte marcial pra-ticada, mas os escravos persistirain ainda que de uma mancira enco-berta. como se se tratasse dc uma inocente danca reereativa. Mais tarde, no seculo xvii, algum escravos conseguiram fugir e forma-ram territórios escondidos, mas go-vernados por eles próprios, os deno-minados quilombos. Alguns destes quilombos, que no início eram assentamentos simples, evoluíram com o tempo c foram aíraindo mais escravos em fuga c até mesmo řndígenas. Me srno depois da abolicao da es-eravatura, em 1888, a proibicäo de praticar capoeira manteve-sc. Era vista como uma prática violenta c subversiva. Os guaraas tinliam ordens para prender os capoeiristas que a praticavam, mas eles nao só continuavam a praticá-da, como a aperfeicoavam com o tempo. £ assim contřimou, apesar de proi-bida, até 1930, quando um importance capoeirista brasileiro. Mestre Bimba, teve urna enorme im-portáncia no desenvolvimento da mesma. Ao perceber que esta arte estava a perder o seu valor cultural e a enrraquecer, enquanto luta, misturou elemeritos da capoeira tradicional com o batuque (luta do nordestc brasileiro extřnta com o passar Jos anos), eriando assim um novo es-tilo de luta que podia ser pratkada por qualquer um, com movimentos mais rá-pidos e acompauhada de música. Desta forma, cle conseguiu que esta expressao culmral conquistasse todas as classes da sociedade. Foi Mestre Bimba, um exfniio luta-dor e, acima de tudo, um grande mestre, quem apresentou a luta ao entao presidente Getúlio Vargas. Tanto quanto se sabe, o presidente gostou de tal forma desta arte que a transformou em des-porto nacionál brasileiro. Convidou um grupo de capoeira para se apresentar oůcialmente no Palácio do Catete, libe-ralizando, assim, a capoeira. 114 Ca.pod.ra Capoeira ; 115 Instrumento s Urna característica que distingue a capocira da niaioria das outras artes mar-ciais é a sua musicalidade. Quem a pratica tambcm aprende a tocar os instrumento s típicos e a cairtar. Säo vários os instrumentos que fazem parte desta arte: Herimbau E constatuido por um arco e uma cabaca e toca-se com uma ba-queta. produzmdo sons atraves da vibraeäo do arco. Este e o instrumento prmcipal da Roda, que vai definir o ntmo da müsica e tam-bem do combate de capoeira. Ongmalmente o benmbau tmha a funcäo de alertar os comba-tentes para chegadas moportunas. Agogo Este instrumento tambem foi introduzido no Brasil pelos africanos. O nome agogö per-tence ä lingua nagö e significa "sino". E um instrumento de ferro c c tocado com o auxflio de uma vara. Atualmcnte, e o instrumento de percussäo mais agudo que se usa na capoeira. Atahiiquc E um instrumento musical de percussäo afro-brasileiro. E cons-atuido por um tambor cilíndrico ou ligeiramente comeo, com uma das bocas cobertas de couro de boi, veado. ou bode. E tocado com as mäos, com duas baquetas ou, por vezes. com uma mäo e uma baqueta. GLOSS AR10 alertar: inforrnar; avisar assentamento: porgao de terra para cultivar eximio: excelente: muito habil extinto: terrrifnado; acabado fazenda: propnedade rural indigena: pessoa natural da regiao onde habita inocente: inofensivo recreativo: diz-se daquilo que distrai roca: terreno onde a sementaira e plantada entre o mato; casa de campo um pouco luxuosa e original subversivo: revolucionano Reco-rcco Tambem e um instrumento de percussad, de origem afro-brasileira. composto por um tubo de bambu com golpes transversals num. dos lados. Sobre cstes golpes faz-se des-lizar uma varmha de mo do a pro-duzir o som. T Atabaque I'andeiro E um tipo de tambor. com pele ŕina e. embora näo tenha caixa de ressonáncia, geralmente tern um som mais agudo do que o ataba-que.Tem uma forma circular c ao redor tern umas platrne-las duplas de metal. O som é produzido com o bater da mäo ou dos dedos na men-brana. ihr** mm COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1."(...) era uma forma de treínarem näo só o corpo, mas também a mente (...)." 2."(...) os escravos persistiram, ainda que de uma maneira encoberta, como se se tratasse de uma inocente danga recreativa." 3. "Era vista como uma prática violenta e subversiva." 4."(...) ele conseguiu que esta expressäo cultural conquistasse todas as classes da socii VOCABULARIO . Complete o texto com as palavras dadas. logo circulo focada musical algum aplicar batendo inicia berimbau treino entre berimbau Roda de capoeira A roda de capoeira é um_ batéria_em que a capoeira é jogad; tada. A roda serve tanto para o_ de capoeiristas com uma _e can- , divertimento e espetá- culo, quanto para que os capoeiristas possam_o que aprenderam durante o _. Os capoeiristas colocam-se na roda cantando e _palmas ao ritmo do_, ao mesmo tempo que dois capoeiristas jogam capoeira. O jogo _estes dois capoeiristas pode terminar quando o tocador de_o determinar ou quando_autre- capoeirista da roda "compra o jogo", ou seja, entra no jogo dos dois primeiros e_um novo jogo com um deles. 116 I Capoeira ressöes Idiomáticas no portuguěs do Brasil. Encontre na coluna B o significado das expres-a coluna A. B 1. Morrer 2. Descarado; sem-vergonha 3. Construa uma frase usando cada uma das expressöes idiomáticas do exercício anterior. a)__ Pór minhoca na cabeca Abotoar o paleto Arrumar sarna para se cocar Botar pra quebrar Cara de pau Levar um fora Andar feito barata tonta Acertar na mosca Bater papo Pisar na bola 3. Fazer algo com muita intensidade (geralmente em sentido positivo) 4. Estar distraído/indeciso 5. Pensar sobre problemas inexistentes 6. Conversar informalmente 7. Cometer deslíze 8. Procurar problemas 9. Acertar com precisäo 10. Ser desprezado 4. Abaixo, estäo listadas algumas diferencas lexicais entre o portuguěs europeu e o portuguěs do Brasil. Portuguěs europeu Portuguěs do Brasil a) agrafador » grampeador b) autocarro ~+ ônibus c) boleia .» carona d) oasa de banho _». banheiro e) fato de banho . maiô f) peäo - pedestre g) penso rápido ~. esparadrapo ou bandeide h) relva -» grama i) sumo .... suco j) telemóvel —> celular a) Escreva uma frase para cada uma das palavras no portuguěs do Brasil. Grampeador:_ Ônibus: Carona: Banheiro: Maiô: Pedestre:. 120 I Capoeira a¥ras Cruzadas. Encontre a palavra mais adequada no portuguěs do Brasil. H°rizonta;s 3. Bica 6- Hanear a Prapmas 9- Autocarro 10- Traváo Verticais 1. Talho 2- Eletnco 4. Atacador 5. Comboío 7. Sandes 11- Peöes b) Ao chegarem ao Brasil, estes escravos afrioanos aperceberam-se da necessidade de desenvolverem for-mas de protegäo contra a violéncia e repressäo por parte dos colonizadores brasileiros. Quando__ o) Os donos praibiam qualquer que fosse o tipo de arte marcial praticada, mas os escravos persistiram, ainda que de uma maneira enooberta, como se se tratasse de uma inocente danga recreativa. Embora os donos_ d) A capoeira era vista como uma prática violenta e subversiva. Os donos_ e) Getúlio Vargas convidou um grupo de capoeira para se apresentar oficialmente no Palácio do Catete. Um grupo de capoeira_ mplete com: porque / por que, enfim / em fim, demais / de mais, porquanto / por quanto. _, aquilo que quer dizer é que näo gosta de jogar capoeira. Näo é verdade? __comprou este berimbau? iham cuidado, porque voces jogam_. 3 acho que seja nada_, näo se preocupe com isso. je descansado,_ela vai telefonar logo que chegar. reformaram-se porque já estavam_de carreira e tinham atingido a idade. quipa näo atingiu os objetivos, _ näo houve boas condigoes de trabalho. _ razäo näo veio ao treino de ontem? ucöes finals. Forme frases juntando um elemento de cada coluna. B )espache-se, V fim de que fale bem portugués, em de comprar um bom dicionário, emos de procurar um desporto 1. para que nos sintamos melhor. 2. se sente täo desmotivado? 3. para que ainda apanhe o autocarro. 4. para que o ougamos. ara que ela possa viajar nas próximas férias, 5. para que se possa pedir o visto. >me este medicamento, 6. a fim de que possamos resolver o seu caso. or que motivo 7. precisa de estudar mais. srn de voltar amanhá, 8. para que Ihe passem essas dores. io se esquecam do passaporte, 9. tem de trabalhar bastante. ir favor, fale mais alto, 10. para que adquira mais léxico. Para si a capoeira é uma arte marcial ou uma expressáo musical? Que t pos desporto considera que estao mais irvterligadosco,, a m.nte? , Será que ainda existem diferentes tipos de escrav.dao nos d.as de hoje. *«. í, f.. Brasil, o rei do ritmo e dos espetáculos Sk Para muitos, o Brasil é súiónimo de sul, piaia e mar. Associate o Brasil a Säo Paulo e Pvio de Janeiro, a Tpaiiema e Copacabana. Para mukös, o Brasil é ( .ar naval Contudo, é muito mais do que isso: e um pais vasto quer na di-mensäo geográfica quer social e cultural. Gada regiao tem o seu cncanto e as suas tradicöes, muitas delas säo comuns em ^dguns aspetos, por exemplo, a alegria do povo brasileiro que se reflete, tao be in, na criatividade que os caracteriza. Säo reis no futebol, no teatro. ms telcnovelas, na música, na danca, 110 ritmo... Se. no ínício, o futebol era apenas praticado por uma elite, agora é por todos aqueles (e säo muitos...) que tém talento e preparacáo řlsicapara este des-porto. Mas voltemos atrás no tempo, rc-cuando até 1895, quando o paulista Charles Miller, após uma viagem pela Luglaterra, levou duas bolas de futebol para o Brasil e comecou a converter a comunidade dc expatriados británicos (que viviain em Säo Paulo) dejogado-res de críquete emjogadores de futebol. Chegou a eriar um clube de futebol, mas como era uma certa aristoeracia quem dommava. a prática děste des-porto restrmgia-se a uma elite branca. As classes sociais menos ťavorecidas e até mesmo os negros só podiam assistir. Apenas mais tarde, em 1920, é que o tutebol sc massiňcou com a aeeitaeäo dos negros neste desporto. Durante o governo de Getúlio Vargas foi feito um grande esforco para im-pulsionar o futebol no país.Trinta anos mais tarde, e ainda durante o governo de Vargas, foi construído o Maracanä. Mas a música tern uma relacäo forte entrc os brasileiros, onde quer que estejam. Quem näo gosta de bossa nova? Falámos com alguns brasileiros e todos foraiu unánimes na resposta "Opa! É um ritmo bacaná." A história da bossa nova é a. his-tóna de uma geraeäo de jovens artis-tas brasileiros, na década de cinquenta, que aereditava no futuro e conseguia realiz.iv o sonho de levar a música aos quatro cantos do mundo. As primei-ras manifestacöes děste tipo de música ocorreram na /ona sul do Rio de Janeiro. Cantores, músicos, poetas, intclcc-tuais c amantes do jazz americano par-ticiparam no nascimento děste género musical, que juntou a alegria do ritmo brasileiro com a harmonia do jazz americano. Muitos nomes ficaram ligados ä bossa nova: Antonio Carlos Jobim,Vi-nicius dc Moraes, Joao Gilberto, Nara Leao, Dur val Ferreira, Elizeth Cardoso e tantos outros. Nos anos sessenta, houve dois factos que niarcaram a consolidacäo da bossa nova näo só no Brasil, mas também no mundo: prřmeřro foram os esperlculos na Faculdade de Arquitetura e na PUC (PontirTcia TJniversidade Católica); de-pois seguiu-sc o show no Carnegie Hall e com ele a explosäo do ritmo brasileiro pelo mundo. Mcií conw é que se pode caracterizweite género musical? Esta é a pergunta que alguns desconhecedores fazem. Pois bem, caracteriza-se por uma maior integraeäo entre melodia, harmonia c ritmo, com poemas mais elaborados e ligados ao quotidiano, valorizando as pausas e o silencio, cantando de modo mais despojado e intimista do estilo que vigorava ate entäo. Näo so a bossa nova tem um ritmo intrinsecaniente Jigado ao Brasil — existe tambem o samba. O samba desenvolveu -se como genero musical urbano no Rio de Janeiro, nas primeiras decadas do século xx. Na origem. era urna forma dc danca. acompanhada dc pequenas fbiscs melódicas e reŕrôes de criacäo anónima. Foram os negros que migra-ram da Babia - tia segunda metade do século xrx - que o divulgaram. Quer o tipo dc danca quer o género musical tém raiz nos ritmos e mclodias africanas, como o lundum e o batuque. Em meados do scctilo Xix, a palavra samba era usadá para definir diferemes tipos de música mtroduzidos pelos escravos africanos, sempře acompanliados por diversos tipos de batuque. mas que assumiam características próprias em cada Estado do Brasil. Esta diversidade de características baseava-se nas diferentas de cada tribo de escravos, assim como na peculiaridade de cada regiäo cm que se estabclcccrani. Tradicionalmentc, a música é composta pelo acompanhamento de cavaquinho, vários tipos de violäo e o rei do utuio e dos pspmculos Brasil, o rei do ritmo t dus cspi'táculos | 127 GLOSSARIO converter: mudar; transformar elite: referents ao que existe de melhor numa comunidade, sociedade ou grupo estereótipos: opiniao proconcebida expatriados. expulsos da pátria imensurável: que nao se pode medir massificar: influenciar os individuos no sentido de transformar e unitormizar comportamentos peculiar: próprio; particuiar; invulgar restringir: limitar diferentes instrumentos dc percussao. Por iirfluéncia das orque<>tras americanas, em voga depois da II Guerra Mundial, tam-bém passaram a ser utiiizados o trombone e o trompete e, por uukiéncia do choro, a flauta e o clarinctc. Ao longo dos anos, os ritmos latinos e americanos tém mťlucnoado o estilo do samba. O momento alto desta inŕJhiéncia surgiu entre os compositores das eseolas de samba dos morros eariocas, näo propria-mente ligados ä danca. mas sob a forma de improvisacocs cantadas, iiidividualmente. alternadas com estribilhos conhecido1- e li uuAis pela assistčncia. 1 loje em dia, nao podemos dissociar T> miba do Carnaval brasileiro. Estäo nterligados. Quando se fala de espetácu-los brasileiros, tendemos a pen-sar de imediato no Carnaval. Näo há dúvida de que estť é o espetáculo que movimenta muita gente - alem dos participant es, há um numero ktícnsurável de pessoas que sc deslocam para ver os desfi.-les. É um espetáculo que, além de alegre c colorido, tem bastante trpacto na e c on o m i a do pais, •las näo só o Carnaval faz parte da ''indústria" dos espetáculos brasileiros. Todos nós apreciainos - de urna nianeira ou de outra. com iiiais ou nienos assidui-dade — as telenovelas. Este é um espetáculo com largos anos de producäo e se, por um lado, c bem vis to por uns, que o consideram um prodíHo de entretenimento bem conseguido, há outras pessoas que veem na telenovela a alienacao da populacáo e a ilustracao do Brasil como um lugar dc estereótipos e de caricaturas. Concordando ou nao, há que adimtir que a representací o dos atores é bastante au-téntica e, por consegnintc, tem feito eseola. Por oritro lado. as telenovelas brasileiras tem abordado temáticas essenciais da so-ciedade brasileira, além de térem passado para o eera obras literárias que acabaram por chegar mais perlo de algum público, por exemplo, o caso da obra eserita por Jorge Amado Gabriela, Cravo e Canda ou Dona Flor e Seus Dois Maří dos, entre outras. Talvez por tudo isto, que dantes era visto minia perspetiva negativa e precon-ceituosa, tenha gariho novos contornos, c amalmcntc tem sido teitas diversas pes-quisas (até em meios académicos) com o objerivo de estudar a importáncia e a inÚuéncia das telenovelas na sociedade brasileira. Resta acrescentar que as telenovclas brasileiras p rovem das radionovelas dc grande sucesso dos anos qiurenta e cin-quenra. Com o aparccimento e o cresci-niento de um novo meio dc comunica-cáo no país — a televisao — as radionovelas entraram em decadéncia, dando lugar as telenovelas. Quando surgiram, erani trans-mitidas ao vivo em dois dias da semana. Quem sabc se nao é por esce motivo que ainda hoje os atores brasileiros těm grande á-vontade a representar cm palco, isto é, no tealro, onde sao exmiios. COMPREENSÁO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Brasil, o rei do ritmo e dos espetáculos." 2. "(...) comecou a converter a comunidade de expatriados británicos de jogadores de críquete em jogadores de futebol." 3. "Apenas mais tarde, em 1920, é que o futebol se massificou com a aeeitagäo dos negros neste desporto." 4. "Esta diversidade de características baseava-se nas diferengas de cada tribo de eseravos, assim como na peculiaridade de cada regiäo em que se estabeleceram." 5. "[O Carnaval] tem bastante impacto na economia do pais." 6. "(■■■) há outras pessoas que veem na telenovela a alienacao da populacáo ( brielci k^avo, ct cane VOCABULÁRIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. sentimental violáo palavra surgiy chorosa apenas reuma estilo origem salôes tarde colonial O Chora _ O Choro brasileiro . no Rio de Janeiro em 1870 e teve na sua _ _a fusäo de ritmos europeus com ritmos afro-brasileiros. Entre outros instrumentos, eram utilizados o_, a flauta e o cavaqui- nho, que dávam ä música um tom_, melancólico e "choroso". O nome deste_musi- cal parece ter derivado da época_ "xolo", que era um tipo de baile que os escravos organizavam na Mas também há quem defenda que o nome se deve ä maneira_com que os musicos suavizavam certos ritmos da sua epoca. No inicio, era_urn grupo de instrumentistas que aos sabados e domingos se_na casa de urn deles para fazer musica. A partir de 1880, o Choro popularizou-se nos_de danga e nos suburbios cariocas. Mais_, ja no seculo xx, comecou a ser cantado, deixando de ser apenas instrumental. 2. Expressdes idiomaticas no portugues do Brasil. Encontre na coluna B o significado das expressdes da coluna A. B 1. Resolver urn problema complicado 2. Manter urn segredo 3. Atrapalhar o namoro 4. Tomar consciencia 5. Conversa fntima 6. Criar confusao em publico 7. Quando alguem se da conta de algo 8. Improvisar; ajudar a resolver urn problema 9. Agradar 10. Cometer excessos a) Armar urn barraco b) Segurar a vela c) Pé na jaca d) Descascar o abacaxi e) Quebrar o galho f) Boca de siri g) Cair na real h) Conversa de pé de ouvido i) Cair a ficha j) Fazer a cabeca Construa urna frase usando cada urna das expressdes idiomáticas do exercício anterior. g) . h) 130 I Bnisil, o rei do rittuo e dos espetáculos Bmsil, o red do litmo c dos espetáculos | 131 4. Abaixo, estäo hstadas algumas <.. ~ . |exicais entre o portugués europeu e o portuguěs d Brasil. Portugués europeu a) apelido b) bilhete c) camisa de dormir d) camisola e) dormitar f) falador g) fita-cola h) gelado i) guarda-costas j) simpático Portugyés do Brasil sobrenome ingresso camisola blusa de lá cochilar boca mole durex sorvete capanga bacano ; Escrcv.i Lim.i tuii.c pnia cnd.i uma das palavras no portugués do Brasil. Sobrenome:____ Ingresso: Camisola:. Blusa de lä: Cochilar: _ Boca mole: Durex: _ Sorvete:. Capanga: Bacano:. 132 j Brasil, o rei do ritmo e dos esperáculos Biasil, o rei do rilmu Ľ dos cspctáculos | 133 5. Palavras com a mesma raiz etimológica. Escreva duas palavras da mesma família das seguintes. a) mar _ f) dimensäo _ b) criatividade _ g) sonho _ c) aristocracia _ h) desfile _ d) entretenimento _ i) despojado _ e) improvisacäo _ j) assistencia _ - - ■ :# "í GRAMÁTICA 1. Portugués do Brasil. Transforme as frases usando o gerúndio. a) Ele estava a ser observado pelos amigos. b) Andei a fazer um inquérito sobre o Carnaval. c) Depois do desfile, a Neusa vinha a arrastar os pés de cansago. d) Estavam todos a dormir quando eu entrei. e) Eles iam a cantar e a dangar pela rua quando encontraram a Polícia. f) Ela continua a escrever para novelas. g) Quando vocé me vir a dormir frente ä televisäo, näo me acorde. h) Vocé está a perguntar isso a quem? 2. "Restaacrescentar que as telenovelas brasileiras provem das radionovelas de grande sucesso (...)." Ha outros verbos derivados de "vir": advir / convir / intervlr / provir. Escolha o verbo mais apropriado e conjugue-o corretamente. a) Näo me parece que Ihe_passar o carnaval na Bahia este ano. b) Antes de eu entrar na sala de reuniöes, eles ja_sobre o assunto que tinhamos pendente. c) Mesmo_de uma familia nobre, gosta de partioipar nestas festas populäres. d) O cansaco que ela sente_de tantas noites sem dormir. e) Lamentamos que näo te_vir assistir ao desfile na semana passada. f) Para nös_no debate, temos de preparar bem o tema. g) Tudo o que_do investimento feito, e do nosso agrado. h) Todos nös sabemos que o Carnaval_do Brasil! 134 I Brasil, o rei do ritmo e dos espetáctilos Brasil, o rei do ritmo e dos espetáculos | 135 3. Complete o texto com a preposicao mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne cessário. contra História do Carnaval no Brasil A história do Carnaval brasileiro teve inicio . o periodo colonial. Uma manifestagöes carnavalescas foi o Entrudo, que era uma festa . __os escravos na colónia. Eles saiam pelas ruas,_ _origem portuguesa e praticada _ os rostos pintados, atirando farinha e bolinhas de ägua de cheiro äs pessoas. Mas... nem sempre eram cheirosas! Ainda que o Entrudo fosse uma festa bastante popular, tambem era considerada corno uma prätica ofensiva e violenta, dado que as pessoas eram atingidas__objetos diversos. Este era o motivo_o qual as familias mais abastadas fi- cavam_casa nessa aitura. Contudo, estas familias tambem tinham os seus divertimentos: as mocas jovens desta elite ficavam__as janelas a atirar ägua_os transeuntes. Em meados do seculo xix, a prätica do Entrudo_o Rio de Janeiro comegou a set" criminalizada, apös uma campanha_esta manifestagäo popular e que foi levada a cabo_a imprensa. Enquanto isto, a elite do Império criava os bailes de Carnaval. clubes e teatros. Foi esta mesma elite do Rio de Janeiro que veio a criar as chamadas sociedades. as quais comegaram a desfilar as ruas da cidade. Mas as camadas populäres näo desistiram_as suas práticas carnavalescas. No final o século xix procuraram uma forma de se adaptarem_as tentativas de disciplína imposta a Polícia. Criaram os cordôes (incluiam a utilizagäo da estética das procissöes religiosas com manifestagöes populäres, como a capoeira e os zés-pereiras que tocavam grandes bombos) e os ranchos (cortejos pratica-dos principalmente_as pessoas do campo). Ainda__o século xix surgiram as marchinhas de Carnaval, ou Chiquinha Gonzaga, como eram mais conhecidas. Na Bahia, os primeiros afoxés (cortejo de rua durante o Carnaval) surgiram nos finais do século xjx e princípio do século xx,_o objetivo_relembrar as tradigôes culturais africanas. Também _o Recife passou a ser praticado o frevo (ritmo musical e danga) e o maracatu (ritmo musical, danga e ritual de sincretismo religioso cristäo com as crencas africanas)_as ruas de Olinda. Na década de vinte apareceram as escolas de samba, as quais eram o desenvolvimento_os cordöes e ranchos. A partir dos anos sessenta, as escolas de samba e o carnaval carioca passaram _uma importante atividade comercial. Espelho, espelho meu... O Brasil é eonsiderado o campeäo das cirurgias plásticas, o que causou um acréscimo lexical: lipoescuitura, ab-dottiinoplastia c únoplastia, entre outras, säo téciiicas de cirurgia plastica que passaram a fazer parte do vocahulário da maioria dos brasilciros,independent tementc da elasse social ou idade. Por-que se quer atingir a pcrfeicäo estética ou porquc se quer ficar parecido com um{a) tal ator/atriz de Hollywood, ou ainda porque siiix, as iiitervencÖcs esté-ticas passaram a ficar táo banais quanto comprar um carro ou fa^er urna via-gem a um lugar longínquo. Capricho? Bern, cada um sabe de si. A verdade c que nem é preciso ter muito uiidieiro, apenas encontrar urna empresa que financie o numero de vezes adequado em relacäo ao orcamento do diente. No Brasil liá consórcio com pianos de pagamcnto até oito anos. Em 2014 o Brasil conquistou o primeiro lugar no ranking de países que fazem niais cirurgias plásticas. Sabe-se que os especialistas brasilei-ros tbram responsáveis pur 12,9% das 11 ,ň milliöes de intcrvencôes estéticas realizadas no mundo. Näo nos pode-mos esquecer de que muitas destas cirurgias foram de reconstrucäo após acidente ou doenca. A Sociedade Internacionál de Cirurgia Plastica Estética fez um le-vantanieiito e mostrou que no Brasil 13H . Espcllio, espelho men... Existe no mundo ^alguem metis, befo do que eur se realizairi anualmente cerca de 1.5 njdlhoes de cirurgias: um milhao säo procedimentos estéticos e 500 mil säo reparadoras. Mais do que um recurso para adiar o efeito do tempo, a cirurgia 6 um meio para conseguir a aparéncia desejada ern qualquer idade. Em 2013 verificou-se que o numero de plásticas em adolescentes — entre os 14 e 18 ano s — tinha aumen-tado 141% em quatro anos. Ncsse mesrao periodo, o numero de cirurgias estéticas realizadas em adultos tinha crescido 36,8%. Hoje em dia, o Brasil tem mais cirurgiocs plasticos por habitantc do que os Estados Unidos. Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina, há um especialista para cada 44 mil pes-soas, cnquanto nos Estados Unidos a proporcao é dc 1 para 50 mil pessoas. Nos anos cinquenta o cirurgiao plástico niineiro Ivo Pitauguy ganhou fáma no Pvio de Janeiro. Trabalbou com. outros cirurgioes de renomé e, em 1961, ganhou notoriedade ao eriar uma equipa dc voluntários para aten-der as vítirnas do incéudio do Gran Circm Norte-Ameriamo que sc apre-sentava em Niterói. Muitas forani as vítirnas deste enorme acidente. Ape-sar de Pitauguy ter conquistado fáma por rejuvenescer o rosto dc atrizes e figuras famosas da sociedade brasileira, trabalhou na sua especialidade a fim de corrigir as lesöes provocadas pelo incéndio, e assim ajudou o Brasil a ga-rihar destaque nesta area da Mediana. Mas o espelho pede mais, quer corpus bem definidos —, není que para isso se tenha de passar horas intindá-veis na mallutcao. Nos Ultimos anos o "culto do corpo" vírou preocupacáo geral, atm-gindo as mais diferences classes sociais e faixas ctárias. A imprensa - revistas, jornais, tc-levisäo - dedica cada vez mais espaco nao só aos bcneficios/efeitos da cirurgia estética, mas também a produtos de cosmética c alimentäres que aju-dem a melhorar a forma íísica. Somos bombardeados com publicidadc a novas formulas de sucesso. Ninguém. duvida dos beiietäcios de um bom piano alimentär e exerci-cio físko, mas dentro de um programa adaptado a cada pcssoa.Nao podemos ser a irmgem decalcada da attiz do ultimo filme que viuios; näo podemos ter o corpo trabalhado como o atleta profissional. Temos de procurar o bem-estar flsico e psiquico dentro de certos limites. Quais? Gabe a cada um deüni-los e näo entrar em profunda ansiedade. Correr no cal^a-dao ou fVcquentar o gínásio é uma boa opcao qualquer que seja a idade. Sor~ rir também dá bem-estar. GLOSSÁRIO abdominoplastia: cirurgia ao ventre para retirar gorduia banal: sem originalidade; sem valoi consorcio: giupu operagöes comuns decalcar: cüpiar; imitar de empresas que těm lipoescultura: cirurgia plastica pata remodfilagao da iorma do corpo malhacäo: prática de exeracio fisico renomé: concertuarío rinoplastia: operagao cirúrgica para corrigir deformidades do nanz Ninguém é ígual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.' ' C','iflrti Prummonil de ^nďa'' Espelho, espelho i COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "Espelho, espelho meu, existe no mundo alguém mais belo do que eu?" 2. "O Brasil é considerado o campeäo das cirurgías plásticas (...)." 3. "(...) um milháo säo procedimentos estéticos (...)" 4."(...) recurso para adiar o efeito do tempo (...)" 5."(...) o 'culto do corpo'.(...)" 6. "Somos bombardeados com publicidade a novas formulas de sucesso." VOCABULÁRIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. personagens vestuárío pegou estilo vitrína pegas figurinos atores A influéncia das novelas no constimidor brasileiro Sabe-se que a novela influéncia e muito o. _ de milhares de brasileiros. A novela é uma espécie de _ com a qual as pessoas se identificam, inclusive com as personagens, desejando o seu _ Nao importa qual a classe social, gosto ou estilo, há sempře alguém que se inspira nas produgoes das novelas. Mas aquilo que muitos náo sabem é que, na verdade, na maior parte das vezeš as_nao langam tendéncias. Sáo as indústrias de moda que se aproveitam da exposigáo dos_para langarem as suas próximas colegóes. Esta história comecou com a chegada de uma figurinista da Rede Globo, que percebeu que seria muito mais prático procurar_nas lojas do que produzir um figuríno inteiro a partir do zero. Depois desta iniciativa, muitas marcas comegaram a interessar-se por este canal de televisao e a promover as suas colegóes. Este estilo de publicidade_tanto, que já há estudos que apontam no sentido de as novelas sérem a maneira mais eficaz de in-fluenciar o consumo. Há uma grande percentagem de espectadores de novelas que utilizam os_como inspiragšo na hora de comprar. Isto acaba por ser uma coisa boa para todos; os fabricantes podem expor as suas roupas, os lojistas conseguem direcionar os produtos, e os consumidores acabam por se sentir mais seguros na sua escolha ao saberem que determinado tipo de produto já foí usado e afirmado como status de beleza. 140 I Espelho, espelho meu. Espelho, espelho meu... | 141 2. Abaixo, estäo listadas algumas ciiferengas lexieais entre o portuguěs europeu e o portuguěs do Brasil. Portyguěs europeu a) afia-lápis b) assistente de bordo c) aterrar d) berma e) oastanho f) chávena g) elétríco h) fato i) rebucados j) sésamo Portugues clo Brasi! apontador aeromoga aterrissar acostamento marron xícara bonde terno balas gergelim a) Escreva uma frase para cada uma das palavras no portugues do Brasil. Apontador:__ Aeromoga: Aterrissar: _ Acostamento:. Marron: i? Xícara: Bonde:. Terno:. Balas: _ Gergelim: _ 142 j Espelho, espclho meu. Espcllio, espelho men... | 143 5. Qual e o plural de...? a) atriz _ b) örfäo__ c) cristäo _ d) anäo _ e) bagagem f) banal _ g) couve-flor h) cidadäo _ i) corrimäo___ j) nuvem__ k) cäo__ I) virus _ m) hotel ___ n) olival__ GRAMÄTICA 1. Passe para o ctecurso fcdireto. a) O Brasil e considerado o campeäo de cirurgias plästicas, o que causou um acrescimo lexical Eies disseram-nos que______ b) A verdade e que nem e preciso ter muito dinheiro, apenas encontrar uma empresa que financie o numero de vezes adequado em relacao ao orgamento do cliente. Informaram-nos de que _ c) A Sociedade Internacionál de Círurgia Plastica Estética fez um levantamento e mostrou que no Brasil se reaíizam anualmente cerca de 1,5 milhôes de cirurgias. Foi-nos dito que__________ ĚĚĚĚĚSĚ \ J í d) O espelho pede mais, quer corpos bem definidos, nem que para isso se tenha de passar horas infindáveis na malhagäo. Ela disse-me que_______ e) Näo podemos ser a imagem decalcada da atriz do ultimo filme que vimos e näo podemos ter o corpo tra-balhado como o atleta profissional. Temos de procurar o bem-estar físíco e psiquico dentro de certos limites. Cabe a cada um defíni-los e näo entrar em profunda ansiedade. Correr no cslgadäo ou frequentar o ginásio é uma boa opgäo qualquer que seja a idade. Sorrír também dá bem-estar. Por fim, ela aconselhou-nos a_______ 146 I Espclho, espclhn men. EspdWspdhomcu... | 147 2. Complete as frases com o conector mais adequado. a meu ver a f im de porem decerto a) Eu näo vi esse filme, b) Ela interessa-se por moda, do mesrno modo com o intuito de Ii o livro no qual o filme foi baseado. _que se interessa por pintura. logo por conseguinte c) Tenho trabaihado bastante e nao tenho tido ferias. Na proxima semana vou para o Brasi fazerferias. d) Os alunos fizeram urn bom trabalho durante o ourso e passaram no exame com sucesso: merecem descansar nos proximos dias e antes de retomarem o segundo semestre. e)_, optar por constantes cirurgias plásticas näo é saudável. f) A Florbela vai comegar as aulas de ioga_de melhorar a capacídade de concentracäo g) No proximo fim de semana vou para fora,_näo contem comigo. h) Acho que hoje eles väo entregar os íivros que requisitaram__já os leram. 3. Complete as frases com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando necessärio. de a por para com a) Precisamos_chegar a horas_apanharmos o comboio. b) Eies apressaram-se_entrar antes que os outros chegassem. c) Estava preocupado_eles, mas acabei_receber noticias_e-mail. d) Ela faz anos_4_fevereiro. Temos_Ihe telefonar_dar os parabens, e) Eu näo permito_ninguem que träte mal os animais. f) Eles ficaram contentes_as noticias e aproveitaram_ir festejar. g) O miüdo desatou_chorar quando deixou_ver a mäe na praia. h) Eles foram condenados_pagar uma multa_falta de documentagäo atualizada i) Reparaste_aquela pintura? j) Elas näo querem estar sujeitas_medidas_esse tipo. 148 I Espelho, espelho men... PARA COMENTAR • "Ninguem e igual a ninguem. Todo o ser humano e urn estranho impar." • A cirurgia plastica so se justifica em caso de necessidade de reconstrucäo na sequencia de urn acidente. • Sorrir e um meio de ultrapassar depressöes e falta de autoestima. ^-Espcllio, cspcllio men... | 149 Säo Torné e Principe.. de 1001 km nyxgici Dona Carlota re c us a dizer a idade e tem coda a razao. Porque ha-veria um "branco" - que ela näo co-nhece de lado nerihum — de querer saber tai coisa? "Tuxe o barco e depots fa'/ perguntas!'' Assim seja. Durante tins longos c penosos minutos. liomens, mulhercs e criancas puxam a pequena embareaeäo areia acnna, carregada de peixe. A tareia escava terminada, mas Dona Carlota gosta mais de interrogar do que ser inter-rogada: "Nunca viu pescadores na vida? Somüs pobres, a nossa sorte é o mar farco'\ explica esta habitante de Neves, urna das principals cidades de Säo Tome, e Principe. "Tem quan-tos ülhos?" Um dedo indicador serve de resposta. "So um? Tristeza. Tenho cinco", explica ela, enquanco as suas rnäos calejadas agarram um volumoso atum. Atarelada e sem grande voutade de fazer conversa mole, despedc-se de forma subita, mas amistosa: "Nao es-queca, isto é terra de Dcus!" Olhando ä volta, é dificil de dis-cordar. Apesar do Kxo espalhado pela praia, apesar das humildes casas de madeira, apesar das águas pouco re-comendávcis do rio Provaz, este é um território rnágico. Bašta sair desta aglomeracao urbana onde residem perto de sete mil almas c regressar ä estráda reabilitada recentemente, com dinheiros da TJniäo Europeia. A paisagem virgem acaba por se impor e deixar desconcertado quern nunca aqui pôs os pés. E bem provável que tenha sido essa a sensacao que teve o fidalgo D. Joao de Paiva e respetivos acompanhantes quando fundearam por estas bandas, em 1485. No lugar de Anambó sobrevivc urn velho padrao que assinala esse desembar-que e a chegada dos primeiros co-lonos Portugueses - na sua maioria, judeus e prisioneiros condenados ao degredo por D. Joao II, que percebeu a importancia estratégica do arqui-pélago, supostamente desabitado até entao. Em certos sitios, parece que cs-tamos no principio dos tempos e, mesino quando a mao do horném marca presenca, logo a natureza sc encarrega de fazer das suas. É o que acontece quando alguem atravessa o tunel de Santa Catarina, rumo a nořte, e cornea a ver o que o espcra do outro lado: coqueiros, muitos co-queiros, de cot alaranjada. Claro que tudo nao passa de urn mero efeito de órica gracas ao sol e á localizacao das árvores.Já agora, convém fazer urn es-clarecimento: estanios a falar da costa ocidental de Sao Torné, que a gene-ralidade dos especialistas e dos sáo--tomenses considera até nem ser a mais bonita do pais. Gostos nao se devcm discutir, mas, na qualidade de escriba independente, aprovcita-mos para dar um manifesto e singelo exernplo de injustica: a Lagoa Azut. Sim, o ťamoso filme homónřmo, pro-tagonizado por Brooke Shields, foi feito na Jamaica, mas tambéin poderia ter sido aqui rodado. Contemplar a baia c as águas turqucsas do Atlántrco desde o morro do Carregado e de-pois serpentear até á praia da Lagoa Azul é uma experiéncia que dispensa quaisquer cornentários. E que só fica coiupleta após prestarmns o devido respeito ao centenário embondeiro que serve de referenda a quern vai a bauhos ou mergulha com o propósito de ver os corais que fleam entre os 10 e os 30 metros dc profundidade. ísto para nao falar de outras praias até ao extrému sul da dha e dos ilhéus que ponniam toda a orla oeste. Seja como for, subiiiihe-se a injustica de ser uraa regiao demasiadas vezeš ignorada pelos folhetos turísti-cos ť que praácamente nunca aparecc enrre os ex-libris do território. O mesmo se poderia dizer do Parque Obó. que cobre quase urn terco do pais — 235 quilbmctros qua-drados em Sáo dbrné c. outros 85 no Principe (que Limbem fazem parte da biosféra da UNESCO desde 2012). E ai, no centre das duas ilhas. que se concentra toda a floresU primitiva e as nascentes dos 50 rios que depois correm até ao oceano. Uma enorme e luxuriante mancha vcrde que as vezes parece confundir-se com os ce-nários de Parque Jurássico, de Steven Spielberg, c que em muito contribui para o caráeter enenntatório děste que é o segundo mais pequeno £s-tado de Africa. A fotógrafi e cineasta I. Goncalves, que trocou Lisboa por Sao 'Torné há cinco anos. rostuma dizer que estas sao ''ilhas mágicas". E isso noca-se quando nos embrerma-mos na vegetacao densa ou nos dete-mos a ver os pontos- mais altos.muitas vezes envoitos nuni misterioso niíinto de nevoeiro. Os adeptos dos despor-tos radicals e de aventura nem fazem ideia do que tem aqui ao sen dispor. Bašta dizer que o Pico Cao Grande - uma elevacao de origem vtilcánica com 300 metros de altura — é uma das imagens de marca do pais, serve mais de retiro espiritual aos feiticei-ros locais do que aos poucos alpinistas que cometeram a proeza de chegar ao top o. O mesmo se aplica aos outros picos e ruontanhas ainda mais altos, onde os stlíjotis unitu e os bohdá dc ininja (os curandeiros e os massa-gistasj cucontram tudo o que pre-cisam pata tratar todos os males da humanidade. Parece exagero? Talve7 pense de forma diferente após ouvir os guias do Jardim Botanico explica-rem as aplicacoes terapéuticas e mi-lagrosas dc platitas como o tmtamhii^o ptiu-purga, o cubango c a Mimosa puďua — flor que encolhe quando tocada e c tambem conhecida por "rnulher por-tuguesa". Mitos e lendas que fazem parte dc unia rultura crioula que tern em J. C. Silva urn dos scus cxpocntcs mais populares. O carismatico chefe nunca perde nma oportunidade para subli-nliar a importancia dos saberes tradi-cionais: "E nao e so na cozuiha, e em todas as artes." Se bem o diz, melhor o faz na Rofa de Sao Joao dos An-golarcs, onde fica o seu incontoma-vel restaurante e a casa grande cou-vertida em boutique-hotel com uma vista de postal ilustrado.A sua ementa 150 I Säo Torné e Principe. Säo Tonic e Principe... | 151 - variável mas sempře crlativa -continua a seduzir os coniensais mais exigentes c faz jus aos pracos c produtos indígenas, incluindo a feijoada de búzios {com os ditos a provirein da terra e nao do mar), a pedir um aromático mollio picaiitc ironicamente chamado fura-cueca. Para os měno*; avisados. é im-perioso alertar que nenhunia visita a este país de 1001 quilóinetros quadrados, bem no centro da Terra — onde a linha do Equador sc cniza com o ineridiano de Greenwich —, estará completa sem tuna desloca-cao a ilha do Principe. Com apenas sete mil habitan-tes, ainda mais verde e selvagem do que Säo Torné, é um mundo ä parte que a dupla insularidadc eriou para o melhor e para o pior. Para o conliecer, näo ehega ricar mis quantos dias nos resorts turís-ticos que existem. E p re cis o falar com as pessoas que lá vivem e procurar - a pé, de barco ou num todo-o-terreno — o muito que há para descobrir. Conio diz o pro-vérbio säo-tomense. "aqiiilo que Deus näo nos deu, näo pode-mos tomar á forga"... ATcxto adaptado. Filipe Fialho ht Viiäo glossArio calejado: endurecido; que tem calos carismatico: fascinante comensal: que come com outras pessoas na mesma mesa; convidado decjredo: pena de desterro imposta judicialmente como castigo por urn crime grave embrenhar-se: envolver-se; entrarpelo mato farto: repleto; abundante fundear: atracar insularidade: relativo a vida numa ilha; constituidn por uma ou mais ilhas luxuriante: exuberante; vigoso orla: margem penoso: difici! COMPREENSÄO Explique o sent i do das frases de acortio com o text o. 1. "Atarefada e sem grande vontade de fazer con versa mole ( 2. "Näo se esqueca, isto é terra de Deus!" 3."(...) mesmo quando a mäo do hörnern marca presenca, logo a natureza se encarrega de fazer das e 4. "A sua ementa (...) continua a seduzir os comensais mais exigentes e faz jus aos pratos e produtos indígenas (...)." 5."(...) aquilo que Deus näo nos deu., näo podemos tomar ä forca." VOCABULÁRIO 1. Complete o texto com as palavras dadas aceitavam zangadas aviso festa refúgio educados Lenda do Canta Galo Diz a lenda que há muitos, muitos anos, Säo Tomé era o _ _de todos os galos do mundo. Víam-se galos por todas as partes da ilha. O cocorococó dos galos era ensurdecedor. A ilha parecia estar sempře em _por causa da algazarra e do cantar dos galos, a toda a hora e por todo o lado. A alegria era infernal. Mas os galos monopolizavam a ilha, esquecendo-se de que näo eram os únicos habitantes. Havia quem estivesse_com os galos, por causa da alegria deles. Era uma alegria contagiante e, por isso, achavam adequado e_o barulho feito pelos galináceos. Também havia quem estivesse indiferente a tanta algazarra. Mas existia um terceiro grupo de habitantes da ilha (o mais numeroso) que achava impróprio o barulho feito pelos galos. Estas pessoas estavam muito _com os galos e, como já näo podiam aguentar mais o barulho, mandaram um_, através de um mensageiro, aos perturbadores "Aconselhamo-vos a emigrarem e a fixarem-se num local afastado de nós. Caso contrario, haverá guerra entre os nossos grupos no periodo de 48 horas. O vencedor ficará no terreno." Como os galos eram muito_e delicados, optaram pela primeira hipótese e convocaram imedia- tamente uma_com o objetivo de escolher o rei para chefiar a expedigäo que se iria realizar imediata- mentě. A escolha recaiu sobre um galo preto, muito grande. Depois dos preparativos, a emigragäo comegou. Deram voltas e mais voltas äs ilhas e ilhéus, procuraram incansavelmente um sítio bom, que reunisse todas as condigóes para térem uma vida alegre. Depois de muito andarem e proourarem, encontraram o lugar ideal, que parecia ter sido eriado de propósito para eles. Ali se fixaram. A partir desse momento nunca mais se ouviu galos a cantar desordenadamente de node a sul, de este a oeste, mas, sim, num determinado lugar e a _certas. Entäo, os habitantes das ilhas passaram a chamar a esse lugar Canta Galo. 152 I Säo Tomé e Principe. Säo Tonié e Principe .. | 153 a) Escreva uma frase para cada uma das palavras no portugués de Säo Torné e Principe. Chuvisco:_ Cacharamba: Saliente:. Bendencha: Cacula:_ Geleira: Capanga: Piucú: Mongonha:. Roca: _ 154 j Säo Torné e principe. Säo Tome e Principe... 155 3."(...) a LagoaAzul. Sim, o famoso filme homónimo protagonizado por Brooke Shields (...)" Em portugués há muitas palavras que podem ter mais de um signifícado. 4. Complete o quadro. Escreva duas frases para cada palavra dada, de modo a ilustrar os diferentes sentidos. r. a) dó ! 1. ; a embarcacáo ---------------- a aglomeragäo 2. condenado b) vaga i 1. contemplar ignorar 2. encantatório c) vale jlf -—-_ , -iffiseum a fotografia cxa irrar d) cachorro 1._ 2._ e) saia 1._ 2._ f) manga 1. 2._ GRAMATICA 1. Transforme a frase dada, comecando como indicado e näo alterando o sentldo. Pode completá-la sempře que considerar necessário. a) Puxe o baroo e depois faz perguntas. Dona Carlota respondeu que_ b) Näo se esquega de que isto é terra de Deus! E acrescentou que_ c) E bem provávei que tenha sido essa a sensagäo que teve o fidalgo D. Joäo de Paiva. Seria bem provávei que___ J, d) Os adeptos dos desportos radicais e de aventura nem fazem ideia do que tém aqui ao seu dispor. i Ainda que____ jjj e) Talvez pense de forma diferente após ouvir os guias do Jardim Botánico explicarem as aplicagôes terapěu-8 ticas e milagrosas das plantas. •■; i Talvez_se_ 156 | Sio Tumŕ e Principe. Sio Torné Ľ Principe... | 157 2. Preposicöes. Caca ao erro. Em cada fräse pode encontrar um ou dois erros. Assinale e corrija a) Eu näo confio nele, porque se esqueoe sempre me avisar quando näo vem trabalhar. b) E frequente ele meter-se com assuntos que näo säo da conta dele. c) As condicöes säo favoráveis de mudancas de clima. d) Costumo ir no aviäo para Säo Torné, mas desta vez penso de ir de barco. e) Eies esforcam-se muito em agradar äfamilia que os acolheu. f) Disoordando com as afirmacöes feitas durante a reuniäo, ele saiu batendo ä porta. g) Todos se queixam do clima, mas ninguém faz nada por melhorar as condicöes ambientais. h} Confesso que simpatizo por eles, säo bastante amáveis. i) Eies sempre foram muito generosos com os turistas, acolhendo-os äs suas casas. j) Este artigo é bastante acessivel por as pessoas que ainda näo co-nhecem o arquipélago. 3. Conjuncöes e locucöes. Complete as frases da coluna A com as da coluna B. a) Enquanto vocés visitám a ilha, b) Sem duvida que esta ilha B 1. de repente, caiu uma enorme carga de ägua. 2. nös näo nos importamos de nos mudarmos para cá c) Estávamos a caminhar pela praia e, 3. tanto melhor para todos nös. d) Desde que nos deem condicoes, e) Quanto maior for o silencio, f) Voltaram para o pais deles, g) A medida que o tempo passa, h) Embora estivessemos cansados, 15K | Sao Tome e Principe... 4. assim que terminaram a reportagem. 5. eu vou aproveitar para ir pescar. 6. mais eu aprecio estas pessoas que aqui encontrei. 7. fomos ajudar os Pescadores. 8. tem algo de mágico. o Viver num arquipelago e estar longe da qualidade de vida. • A natureza e cada vez mais importante para o mundo que nos espera no future » Destruir florestas e sinal de que se esta a dar trabalho aos mais carenciados. Sol Nascente ou... Loro De quantas [íngtCC^S se faz um pais ? O primeiro contacto dc Timor coin a lingua portugucsa foi prova-velmente em 1511, quando Francisco Scrrao a visitou. O portugues come-con a espalhar-se pelas costas das terras dorninadas politic a mente pela Coroa portuguesa e, a mcdida que a sobera-nia portuguesa sc foi csrabelecendo.. o portugues inipos-se como lingua de adminiscranio. A principal via dc difu-sao da lingua portuguesa em Timor -Leste foi a missionacao. Durante os primeiros 1.50 anos forain os rnissio-naxios que se ocnparam do ensino. desenvolvendo o primciro manual bilingue para ensinar portugues.Tam-bem to ram eles que implementaram as primeuas escolas priniarias. Fnquanto colonia do Imperio Portugues, no seculo xvi, o pais era conhecido como Timor Portugues. So depois adquiriu a designacao de Timor-Leste. Assini continuou a ser ate a independencia, proclamada uni-lateralmente a 28 de novembro dc 1975. Porem, pouco tempo depois a Indonesia (que faz fronteira terres-tre pelo lado ocste do pais) invadiu Timor e consequentemcntc a lingua portugucsa foi proibida durance 24 anos, o tempo que důrou a ocupacao. Passou a ser o indonésio a lingua mais falada. Em. 2002, Timor-Leste tornou-se urn pais independente e, entäo, quer o portugues quer o té tum foram as linguas adoiadas como oůciais. Na prática, o tétum é a lingua mais dissemmada: é fabda em todo o território. Segnndo Mari Alkatiri (líder da Fretilin) iLo portugues näo é a lingua da unidade, mas é a lingua da identidade." De acordo com a Cons-titui^ao de Timor-Leste (artigo 3.")."1. O Jornal da República é publicado em ambas as linguas oficiais. 2. As versöes em portugues e em tétum säo publicadas lado a lado, ocupando a primeira o lado esquerdo. 3. Em caso de divergencia entre ambos os tex-tos, prevalecerá o texto em lingua portuguesa." Toda esta complexida.de de linguas faladas em território timorense levou as autoridades do pais a soiici-tareni a. análise da situacao por parte de linguistas. Como o té turn é uma lingua pouco desenvolvida, pois näo tem uma tradicäo escrita, carece de vocabulário e tem uma enorme com-plexidade gramatical, Geoffrey Hull — linguista australiano — estabeleceu regras ortográůcas e dc evolucao para a lingua timorense. Tendo concluído que "'as palavras que näo existem devem ser roubadas ao portugues". Acrescentou ainda que "o mais im-portante símbolo nacionál c, sem dú-vida, a lingua e, se ela se descnvolver recorrendo ao inglés ou ao babasa do Indonesia, o tétum acabarä por desa-parecer, engolido por aquelas linguas, que tem muito mais forca na regiao. Mas, se se desenvolver com o portugues, o tétum assuinirá uma especifi-cidade que o tornará irredutível e um símbolo dc identidade" Contudo, há quem pergunte: "Porque é que depois da independencia ainda há uma csmagadora maioria da populaeäo que näo fala portugues?'1. O jornalista portugues Paulo Moura explicou: "Aprende-ram bahasa Indonesia e ingles como segunda lingua c falatn tétum em casa, alem de alguma "'V.'- ; as*. -;» 160 I Sol Nascente ou... Loro Sae Síw^"' HS h) Daquí a um ano terei visitado os meus amigos de Baucau. PARS COMENTAR • As relacöes com paises que těm mais de uma lingua/ dialeto tornam-se dificeis. • Havendo vários dialetos em Timor, dependendo da re-giäo, isso pod era trazer graves problemas de aprendi- zagem por parte das criancas quando mudam de loca-lidade. • Depots de ter lido o texto iniciál, qual Ihe parece que deveria ser a lingua a perdurar em Timor, portugués ou tétum? Saudade e No principio era a saudade... Diz-se que Cabo Verde nasceu sob o sigiio da saudade, dado terem sido os poreugueses a descobrir este arquipclago cm 14bU. Hä quem drga que ja outros povos nnham estado nas ilhas do arqmpelago ä procura de sal, pois era eonsiderada uma especiaria nesses tempos remotos. Contudo, näo existem documentos que comprovem esta teoria. Bern, mas deixemos as hipoteses e passemos aos factos. A prrmeira ilha descoberta foi a Ilha da Boavista, nome dado pelos Portugueses em consequen-cia do longo penodo de tempo que permanccerani no mar, sein nenhuma reierencia de terra. Dcpois, foram clie-gando äs outras ilhas: Santo Antäo, Sao Vicenic. Santa Luzia, Säo Nicolai), Santiago. Nomes de santos correspondentes aos dias em que apor-taram. Numa das illias encontraram grandes sali nas, por isso deram-ihe o nome de Ilha do Sal. Em maio clie-garam a uma outra ilha e batizaram-na com o nome de Ilha de Maio. Numa outra, depararam-se com um vulcao, que supostaiiiente estava em atividade no momento da che-gada dos portugueses e por isso lhe chamaram Ilha do Pogo. Mas ainda encontraram uma outra ilha, com aspeto selvagern. urn tanto ou quanto hostil, e que ficou com o nome de Ilha Brava. Como todo o arquipélago se en-contrava desabitado, os portugueses deram inicio ao povoamento das ilhas — era 1462 — com nativos da costa ocidental da Africa, genoveses e portugueses. £sta era uma forma de fazer com que as ilhas fosseiii urn ponto dc apoio ä navegacao e assegurassem a continuidade das Descobcrtas mais para o sul e o comércio da costa. Quer os europeus quer os afřica-nos,longe da terra natal e dos seus, de-senvolveram um senrimento de perda e de saudade. Mais tarde, fundindo na mesticageni essas saudades dc conti-nentes diferentcs, surgiram as cantigas crioulas que deram origem a morna, de torn dolente e nostalgico. Mas conhecamos urn pouco mais do povo cabo-verdiano. Este povo ha-bituou-se a ver chegar e partir pessoas de e para outras paragens. Firmino Silva, pescador desde que sc lembra, em jeito de desabafo, mas tambem com uma ponta de orgulho, 5 afirmou: "Sabe, o homem comecou a |ri sair em busca de melhores condicoes ^ de vida e, hoje, esta nos quatro cantos 3 do nnmdo..." q| Assun c! Atualmente, sera seguro q dizer que qualquer cabo-verdiano tern urn filho, urn parente, urn compadre ou um amigo a viver noutra ilha ou emigrado no estrangeiro. Talvez por estas circunstäncias se tenha desenvol-vido uma disponibilidade natural para recebereni, de forma amavel, qualquer visitantc, quer seja urn conterraneo quer seja um estrangeiro. E a esta ati-tude amigavel, gentil que se querem referir quando dizem: morabeza. Falemos agora da cultura deste ar~ qiiipelago.Trata-se, pelos motivos an-teriormente referidos, de uma mistura da cultura africana com a europeia. Cabo Verde tern uma grande varie-dade de generös musicals, que reve-lam as diversas origens da populacäo cabo-verdiana. A morna e um dos mais conhecidos estilos musicals (e de danca) deste pais, que reflete a reali-dade insular do povo de Cabo Verde: o profundo romantismo dos scus trovadorcs e o amor ä terra (ter de partir, mas querer ficar). Tradicional-mente, e tocada com instrumentos acusticos (como o violäo) e e ca-racterizada por ter urn andamento lento, urn compasso binario; a estru-tura poctica c organizada cm estrofes que vao altcrnando com um refräo. A morna ja foi "apresentada" ao mundo por värios artistas, tendo sido Cesäria Evora a mais famosa embai-xadora deste genero musical. 174 I Saudade e morabeza Saudade c morabeza | 175 Como danca, a niorna constitui unia dan^a de salao, dancada aos pares. Os execuuntes dancam-na com inn braco a enlacar o parceiro, enquanto com o outro braco matitem as rriaos dadas. A. dan^a é levada impriniindo oscilacocs do corpo ora para urn lado ora para ontro. Mas Cabo Verde tern outros estilos musicals e dc danca, tais como o fu-naná e as coladeiras. Resta acrescentar que, ao contrario das mornas, o fumná está intirna-mcnte associado ao acordeao. conhe-cido em Cabo Verde por gaita, e ao ferrinho. A poesia cantada no funaná enaltecc as situacoes do quotidiano, íazendo referencia äs amarguras e alegrias do dia a dia, assim como a críticas socíais, reťlexoes sobre a vída c situacoes idílicas. Mas näo é só o ritmo que ligamos ä cultura cabo-verdiana.Também o ar-tesanato, a gastronómia, a literatura... Quanto a esta últiina referencia cultural, é necessário destacar que é uma das mais ricas da Africa lusófona. Muitos sao os eserkores e poetas que tém deixado obra literária a enrique-cer o património cultural de Cabo Vcrde. Na ŕrnpossibilidade dc reťerir todos, aqui ficam alguns nomes: Eu-génio Tavares, Baltasar Lopes da Silva, Aguinaldo Fonseca, Onésimo Silveira, Germano Almeida, Orlanda Amarílis, entre muitos outros. GLOSSARIO aportar: entrar num porto; ancorar; chegar compadre: diz-se de pessoa que se estima e com quem se manlém uma relacao afetiva de amízade conterráneo: pessoa da mesma terra; aquole que compartilha a mesma origem dolente; que sente mágoa; queixoso; triste estrofe. conjunto dc dois ou mais versos que apresentam, em geral, sentido complelo, e em que se dividem certas composigoes poéticas idílico. suave; terno; rraravilhoso mesticagem: cruzamento do ragas ou de etnias distintas nostálgico: meiancólico; triste oscilar: třemen vacilar; hesiíar; variar remoto: distante ŕ' - 5" 'i .Jí*, -»>» '-t '_ ť / >■ -'"Iři~ VýíS-41 ■■■Ji COMPREENSAO Explique o sentido das frases de acordo com o texto. 1. "No princípio era a saudade..." 2."(...) sem nenhuma referencia de terra." 3. "Mais tarde, fundindo na mestigagem essas saudades de continentes diferentes ( 4."(...) pescador desde que se iembra (...)" 5. "A morna (...) reflete a realidade insular do povo de Cabo Verde.' 176 I Saudade e mnrabeřa Saudade e moratie7a | 177 VOCABULÁRIO 2. Como se diz em crioulo de Cabo Verde? (e escreve) o que está na coluna A. Quer tentar descobrir? Procure na coluna B como se diz 1. Complete o texto com as palavras dadas. popular enorme moeda moda antigas artes tecelagem tear vasos aguardente argila ilha ř- -w ■P mm Artesanato cabo-verdiano O artesanato tem uma gem säo__ muito apreciadas neste arquipélago, pois näo só expressam a cultura também säo objeto de utilidade. No que se refere ä_ importäncía na cultura cabo-verdiana. Quer a cerämica quer a tecela- _, como é digno de destaque o pano de terra (bandas de tecido produzidas em . manual, com desenhos geométrícos, que no passado chegaram a ser usadas como . de troca na atividade comercial). Ao longo do tempo, tem sido introduzido no vestuário, assim como bolsas e outros acessóríos, tornando-se_e objeto de grande procura. A cerämica é das atívidades mais_, provavelmente herdada dos muculmanos chegou ä Ilha da Boavista pela mesma via utilizada pela tecelagem: escravos-pastores vindos de Santiago no século xvi. A existencia de quantidades inesgotáveis de_nesta_facilitou a introducäo e o desenvolvimento da olaria na Boavista. Em cerämica, säo feitos vários utensílios, tais como:_e vasilhas; pegas em barro ou em pedra. Mas a arte artesanal näo se fica por aqui. Entre os produtos artesanais na area alimentär e de bebidas, Cabo Verde produz os tradicionais pont- che (bebida doce, ä base de_, acúcar e fruta) e grogue (aguardente de cana sacarina) além de muitos outros licores. *" Compotas e geleias de frutas säo outras das apreciadas i iguarias, assim como o queijo de cabra. Em portuguěs a) Olá, Cabo Verde b) coxo c) minha vida nasceu d) o meu doce amor e) bébedo f) empurrar g) desespero h) minha paixäo i) muito/a j) atirar Em crioulo de Cabo Verde 1. nhá vída näce 2. fúscu 3. afrónta 4. pintchä 5. nhä paxô 6. tchéu 7. Ôi Cábu Vérdi 8. botä 9. máncu 10. nhä dôci amor 3. Palavras com a mesma raiz etimoiógica. Escreva duas palavras da mesma família das seguintes. a) sal _ fjamável - b) ilha c) danca d) selva e) poesia g) visita h) gentil i) origem j) cultura S.uidadc c morabeza | 179 4. Escolha o verbo mais apropriado para o respetivo complemento. a) apanhar b) f azer c) andar d) prestar e) tirar f) sofrer g) passar h) chegar i) reconhecer j) dar an 5. Construa uma frase em que utilize o verbo e o respetivo complemento do exercicio anterior. a)_ b) . c) _ d) e) _ f) 9) h) . i) GRAMATICA 1. Conjugue os verbos no infinitive pessoal sirnpies ou composto. a) Ao_(chegar) ao Mindelo, näo se esquecam de visitar o Fortim del Rei. Este forte, apesar de _(construir) no século xix, está bem preservado e tem uma magnífica vista sobre a cidade e o Porto Grande. b) A cachupa é a comidatradicional de Cabo Verde. Para a_ pois nem todos gostamos de comidas täo fortes, ainda que deliciosas. _ (provař), temos de ser urn bom garfo, 180 I Saudade e rnorabc c) Confesso que gostava de_ d) É bem possivel eles nem_ e) A fim de_(conhecer) melhor este povo, temos de lá voltar. _ (visitar) todas as ilhas, mas infelizmente näo five oportunidade. _ (beber) grogue, pois sairam antes dos anfitriöes_(brindar). Saudade e morabczn j 181 2, Complete as frases com o conector mais adequado. salvo se a men wer a nao ser que assim que ostou em crer que isto é a) Estamos a pensar em ir passar uns dias ä líha do Sal,_chegarem as férias. b) Por mim, vou,_acontega algum imprevisto. Mas penso que isso näo vai acontecer. c) Muítos cabo-verdianos tém emigrado ao longo dos anos, mas eu_ eles nunca esquecem as origens. d) Estou a pensar em Ír aprender a dangar o funaná,_tu näo me quíseres acompanhar. e)_,vocés tém todas as condigöes para estarem felizes: tém saúde, trabalho... que mais querem? f) Gosto muito da gentileza do povo de Cabo Verde, gosto da comida, gosto da música, gosto da despreo-cupagäo com o tempo,_, adoro Cabo Verde. 3. Complete o texto com a preposigäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-cessário. Artes plásticas por para a independéncia . Cabo . surgir Só depois _ Verde,_ 1975, é que comecaram alguns artistas plásticos, quer_o campo_ a pintura quer_a escultura. Numa primeira fase, todos os trabalhos pictóricos evidenciavam a necessi- dade urgente_liberdade e_alegria___ a independéncia. Era o fim . . séculos marcados a escravatura e o colonialismo. Atualmente, Cabo Verde está aberto . _ o resto do mundo. Os artistas väo buscar influěncias_o estrangeiro e também é_lá que alguns väo es- tudar. Há urna čerta globalizagäo . . as artes ca- bo-verdianas, ainda que se mantenham certos sinais as raizes africanas, evidenciados sobretudo a escolha_as cores. Os artistas tern exibido os seus trabalhos _ muitas exposicoes, nao so_o seu proprio pais, mas tambem_o estrangeiro. Portugal tern tido o privilegio_ser escolhido_muitas_ estas exposigoes. PARA COMENTAR • Viver num arquipélago torna as pessoas nostálglcas. • Todos aqueles que emigram näo voltam mais äs origens. • Os ritmos de vida variam conforme os países. A capacidade de adaptagäo também. -«JÉfÍii'd'1 Os Sobas eatradigäo '■>Ti' Tradicôes rázem parte da cultura de cada continente. Umas mais preser-vadas do que outras, mas que chegam a atravessar a história de um pais. Säo estas que nós encoiitranios quando nos debrucamos sobre Africa. Vamos referir-nos a uma figura tradicional em Angola: os Sobas, autoridades re-gionais e tradicionais neste pais. Existem dois tipos de Sobas: o Soba Grande (aquele que lidera os outros dentro da coiuunidade) e o Soba propriamente dito. Desde há muitos anos que existem, em Angola, alem das autoridades governamentais, as autoridades tradicionais, com o objetivo de gerir e iiioralizar as comunidadcs. Este é um tipo dc hierarquia rnuito tradicional c, por isso, muitas vezeš torna-se diŕícil derinir com clareza os papéis e res-ponsabilidades dc cada um deles, na medida em que cstäo iiiterligados pela cultura e contexto locais. Mas quem é que tem poder para se tornar uma destas autoridades tradicionais? Como se chega a Soba? A resposta a estas perguntas, encon-trárno-la num encontro com Agui-naldo Caholo. "Nem todos os cida-daos podem ser Soba, porquc existe uma genealógia que se deve seguir, com rigor.1' Este nosso amigo ango-lano acrescentou; "O que se passa c que mesmo segmndo a genealógia, existem sobrinhos e outros rnembros da família que näo mostram ter ca-pacidade intelectual c cultural. Além disso, também näo conservam os tra-cos dos antepassados." Quisemos saber o proccdimento em casos como cste, e Caholo prosseguiu: "Nestes casos. o Consellio de Sobas escollie um outro indivíduo, no seio da comunidade, que reúna os elementos necessários para a sna congregacao. Após a es-colha ter sido feita. organiza-sc urna cerimónia tradicional para o empos-sameiito do Soba escolhido". Ficámos ainda a saber que a idade näo e um fator impeditivo, basta ser oriundo de uma genealogia de Sobas e que tenha uma con duta aceitável aos olhos dos anciäos. Quando uma autoridade tradicional morre, é es-colliido o cidadäo que demonstre ter um comportarnento irreprecnsivel na sociedade, a firn de que seja bem aeeite e respeitado por todos. Estas autoridades säo rcconhccidas näo só pela respetiva comunidade, mas também pelo Ministério da Aduiiiiistra-cäo do Território e pelo Ministeriu da Cultura. Sao autoridades dotadas de legalidade. Como autoridade tradicional, tem a obrigaeäo de se fazer respeitar pe-rante a comunidade e respeitá-la, resolvendo os problemas inerentes ao seu bom funcionamento. Tém obri-gacöes espeeificas, tais como desem-penhar o papel de juíz e prevenir o surgimento de certos constrangimen-tos externos i comunidade, como a feiticaria. Os Sobas informani as autoridades governamentais sobre os problemas que as comunidades enfren-tam,investigam as suas causas e obtém solueöes. Resolvem Joealmente os di-versos diferendos tradicionais, tomam decisöes, orgaiiizam eventos especiais (no caso de morte, doenca, assuntos ocultos) e estabelecem regras a serem aplicadas.Tratam localmente dos problemas sociais e redigem um relatório GLOSSÁRIO anciáo: aquele que tem uma idade avangada e merece respeito congregacao: reuniáo; assembleia empossamento: tomar posse; iniciar funcoes genealogia: linhagem; estirpe; ramifieacoes de umafamilia gerir: administrar; dirigir inerente: relativo a no seio de: ambiente; moio preservar: conservar; manter veredicto: resposta dada pelo juiz; decisao para apresentar ao Soba Grande que o irá analisar e, em colaboracao com outros Sobas, dará o veredicto final. Mas no caso de haver descontenta-mento local, é o Soba quem repre-senta o povo perantc a Adnunistracao Municipal a fini dc expor os problemas e os tentar solucionar. Se se tratar de casos dc crime, a situacao é entre-gue á PoMcia Nacionál. Despedirno-nos do nosso interlocutor e viajámos ate ao interior do pais para tomarmos contacto com a realidade local. Foi, no niínimo. sur-preendentc. Fomos bem recebidos por gente amável e cpnsciente do seu papcl na comunidade, na sociedade. 184 I Os Sobas e a tradiíaů Oi Sobas e a tradicäo \ 185 MMPREENSAO ique o sentido das frases de acordo com o texto. imas (tradigSes) mais preservadas do que outras, mas que chegam a atravessar a historia de urn pafs,' ' näo conservam os tragos dos antepassados; äo autoridades dotadas de legalidade.' i prevenír o surgimento de certos constrangimentos externos ä comunídade (.. ■) gente (...) consciente do seu papel na comunidade, na sociedade." VOCABULARIO 1. Complete o texto com as palavras dadas. areas cultural danca ettiias enorme angolano valor crianca Riqueza cultural A riqueza cultural de Angola é . . e manífesta-se em _diversas. As festas tradicionais, que säo promovidas pelas_locais, tém um enorme_cultural. As- sociada a estas festas está a danga no dia a dia do_, sendo produto de urn contexto_apelativo para a inte- riorizagäo de estruturas rítmicas desde cedo. Iniciando-se pelo estreito contacto da_com os movimentos da mäe (äs costas da qual é transportada). Também os jovens těm uma liga-cäo forte com o ritmo angolano, fortalecido através da participa-gäo em diferentes celebragöes sociais (näo esquegamos que säo eles que mais se envolvem), onde a_se revela determinante enquanto fator de integracäo e preservacäo da identidade e do sentimento comunítario. Numa outra perspetiva, também o artesanato tem um papel muito relevante no ämbito cultural. Destacam-se as estatuetas em madeira, os instrumentos musicais, as mascaras para as dangas ntuais, os objetos de uso comum e ricamente ornamen-tados dada a variedade de materiais usados. A qualidade artis-tica de Angola está igualmente patente nas pinturas a óleo e areia que se encontram expostas em museus, galerias de arte e feiras. "ľ • 1.......' ..... 2. Expressöes idiomáticas em Angola. Encontre na coluna B o significado das expressöes da co-iuna A. A B a) Bern cacimbado 1. Subornar; dar gorjeta b) Boelar 2. Simular c) Dar bilingue 3. Näo reagir d) Dar gasosa 4. Näo há problema e) Dar jajäo 5. Näo falha f) Estar paiado 6. Mentir; enganar g) Näo há maca 7. Ir embora h) Näo maia 8. Com algum tempo livre i) Tirar o pé 9. Ter díficuldade em alguma situagäo j) Ver fumo 10. Estar metido em problemas/confusáo 3. Construa urna frase usando cada urna das expressöes Idiomáticas do exercício anterior. a)_,_ b)_ e)_ 9) h)_ i) 4. Abaixo, estäo listadas algumas clferencas iexicais entre o portugués europeu s o portugués de Angola. a) Escreva uma frase para cada urna das palavras no portugués de Angola. Sumir:_____ Penso rápido: Portugués europeu Portugués de Angola a) abalar ^ sumir b) adesivo c) aldeia d) autocarro e) Cämara Municipal f) chávena g) quinta h) rapariga i) travar j) velho penso rápido sanzala machimbombo Comissariado Sanzala: Machimbombo: Comissariado: Xícara: Fazenda: _ 190 I Os Sobas e a tradifäo 5. Complete o quadra. preservar referir a moral a hierarqula contextual GRAMATICA 1. Das duas possibilidades dadas, escolha a conjugacäo correta. a) Caso o senhor näo pudesse / possa, informe-me atempadamente. b) Ele disse-me que virasse / virou ä esauerda e depois tivesse seguido / seguisse em frente. c) Disseram-me que ontem havia / houve urn acidente na marginal. d) Duvidämos que eia tivesse feito / tenha feito aquele relatörio sozinha. e) Se fizer / fizesse uma festa no proximo fim de semana, digo-te. f) Para voces puderem / poderem apanhar o comboio das 15h30, näo se podem atrasar. g) lnformaram-me de que o banco tinha sido assaltado / foi assaltado minutos antes de eu chegar. 192 I us Sobas e a cradicäo h) E melhor trazerem / tragam agasalhos. porque vai arrefecer a noite. i) Se ver / vir o professor, entregue-lhe este dossie, por favor. j) Se tu tenhas estado / tivesses estado na festa, terias encontrado / tenhas encontrado os teus co- legas. k) No caso de ela chegar / ter chegado atrasada, diga-me. I) Caso vires / vejas o programa, depois conta-me o que achaste. m) Talvez o pai perdoe / perdoa ao Jose, por e s ter chumbado / tivesse chumbado no exame final. n) Nem que tu me digas / dissesses isso todos os dias, eu näo acredito. o) Näo acho que eles precisaräo / precisem de fazer tantos exercicios. Os Sobas c a tradicäo | 193 2. Escolha o pronome indefinido mais apropriado: tudo / torSois; / toda{s). a) Ela costuma dizer_o que pensa e sem rodeios. b) Näo facas isso_de uma só vez. Amanhä também é dial c) Gostaria de convidar___os presentes neste encontro, para apresentarem alternativas ao assunto em discussäo. d) Normalmente, viajo__as semanas para casa da minha família lá no Norte. e) Ele tem trabalhado bastante durante__a vida. É um homem de trabalho! f) Porque é que tu queres saber sempře_? És muito curiosa. g) Já tens_ai? Entäo, se tens... podemos ir. h) Estive acordado durante . _ a noite. Sofro de insónias. 3. Complete o texto com a preposicäo mais adequada. Faca contracäo com o artigo quando ne-cessário. de Os pratos mais famosos da gastronómia angolana Um_os pratos mais famosos_a culinária angolana é o funje. Trata- -se_um prato tipico_pais, semelhante_a polenta, felto_ a base _ _ mandioca ou milho. Pode ter várias combinagöes, como a quizaca, que mais náo é do que folhas do pé da mandioca maceradas, que sáo temperadas e cozinhadas. Também pode ser servida_peixe ensopado ou peixe seco cozido. Outro prato tipico de Angola ó a muamba, que é preparada_galinha, peixe ou came juntamente_quiabos e óleo de palma. Este é um condimento que se utiliza muitas vezeš_a preparacáo_os pratos angolanos. PARA COMENTAR 1 O poder concedido as autoridades locais e tradicionais - tal como os Soba - é um meio ef icaz para resolver conflitos de menor dimensao. 1 Todas as tradicöes se devem perpetuar no tempo e passar de f ilhos a netos. ' Tradigäo näo é sinónimo de cultura. Macau Ponto de encontro do Oriente com o Odčleňte ář3^ Macau c mna das niais perfeitas siiribioses entre a cul tura portuguesa e a chinesa. Um local onde se pode lanchar um pastel de nara com a mesma ťacilidade com que se visita um típico teiriplo budista. Macau, local dc contrastes, onde o traditional se mistura com o mais moderno. Ao percorrcrmos as mas de Macau encontramos muitas ligacdes corn Portugal. As placas com os nonies das ruas; alguns objetos ur-banos, como os candeeiros; restau-rantcs; e até as pessoas com quem nos cruzamos e que falam portugues. Tudo isto nos faz esquecer a distáncia geográfica a que nos encontramos. Um pouco mais á frente, senti-mos que estamos rium outro continent: já nao é o asiático nem o europeu, mas o americano. Dado que uma das principals atividades econórnicas de Macau c o jógo (alem do turismo), é uma das rcgioes do mundo com mais casinos. Daí que seja cbamada de "Las Vegas do Oriente". Esta designacao tern que ver näo so com o ambiente de casino, mas tambem com a arquitetura dos inesmos. A verdade e que Macau atrai quase tantos turistas quanto Las Vegas. Macau tcm ccrca de 597 498 habitantes. E umi das cidades com maior densidade populacional no mundo. Na medida em que tern uma area täo reduzida, a cidade tem crescido na vertical. Os predios säo altos, ofcrcccndo värios apartamen-tos em cada andar. A vida e agitada. Nao ha tempo a perder. Digamos que e uma "outra" cidade que näo dorme. Nunca. Por outro lado, e curioso obser-var que algumas pessoas conseguem fugir desta agitacao citadina e pro-curam refugio nos jardins. Procuram a calma, a tranquilidade, o encontro com eles proprios. Aqui pratica-sc tai-chi. Longe do bulicio. Hä tempo para apreciar a natu-reza, nem que scja numa ilor ou num passaro... Assrmsäo os macaenses. Macau c a Festa da Lua Esta festa assinala o equinócio do ou-tono. A cidade fica engalanada com lanternas multicoloridas e manufaturadas por artesaos sábios, de todos os tamanhos c fcitios. Sao espalhadas por todo o lado. Há tendinhas que vendeni artcfactos próprios da época. Veem-se cestos dc frutas, caixas de bolos lu-narcs c outras iguarias. As pessoas correm de um lado para o outro, numa azáfama que faz lembrar o Ano Novo Lunar, outra das tradi-coes macaenses. A tradicao da Festa da Lua está ligada a urn antigo costume dc cerimónias de ofe-rendas a Lua. Os antigos chineses observa-vam que o movimento da Lua tiiiha uma relacao estreita com as mudancas das cstacÖes do ano e da producao agricola. Assim, para expressar agradecimcnto a. Lua e celebrar a collieita, eles faziam uma oferenda ä Lua em dias de outono. A lua cheia, que se quer ver nesta noite. traz a magia das lendas e niistérios que sc recordam com emocao. Macau e os bolos lunares Estes bolos, que poderri ser de fahrico ca-seiro ou industrial, tem um formato redondo (ou quadrado) e, na cobertura, tcm uma men-sagem inscrita. No interior tem gema de ovo (o ovo, devido á sua foiTna, simboliza a Lua). j i li n'! ,\W«u «7 '■Íl . GLOSSARIO azáfama: atividade intensa; muita pressa bulício: grande movirnento de pessoas; burburinho engatanada: ornamentada; enfeitada iguaria: comida requintada e saborosa simbiose: uniäo; vida em comum Macau e os crisantemos Enquanto cm alguns países o cri-sántemo é uma flor ligada ao cul to da morte, em Macau srmboliza saúde, prosperidade, felicidade e longevidade. Oferecer um rámo de crisantemos é de bom-tom e elegancia. Com as pétalas faz-se uma infusao que se bebe para acompanliar o bolo lunar. A festa de ano novo Esta festa também traz muitos ri-tuais que tem perdurado ao longo dos anos. Alguns deles berri curiosos como, por exemplo: arrumar a casa. Também a tradicäo de oferecer lai si vermellios (envelopes dcntro dos quais se coloca di-nlieiro) é muico apreciada. Mas em Macau tambcm sc tcm a tradicao de entrar no ano novo com o pe direito. A cor vermelxia, que se espalha por todo o lado, simboliza o desejo de for-tuna e sorte para o novo ano. Embora coin todas estas tradicoes orientals, a ligacao com o Ocidente csta patente, entre oxitras coisas, na lingua: fala-se portugues. Ainda que uma outra lingua tambcm seja falada: o patoa (on crioulo macaense, como alguns lhe chamarn). Trata-se de uma lingua crioula de base portuguesa for-mada em Macau a partir do seculo xvi e irmuenciada pelo chines, malaio e cingales. Resta acrescentar que o patoa, atualmcntc, c falado maioritariamente por pessoas de idade avancada. Assim nos hgamos ao Oriente... COMPREENSAO Explique o sentido das f rases de acordo com o texto. 1. "Na medida em que tern uma area täo reduzida, a cidade tern oresoido na vertical." 2. "Oferecer urn ramo de crisantemos é de bom-tom e elegancia." 3. "Assim nos ligamos ao Oriente.. VOCABULARIO 1. Provérbios em patoá. Quer tentar descobrir? Procure na coluna B como se diz (e escreve) o que está na coluna A. B Em portugues a) Cao que ladra nao morde. b) Filho es, pai seras; assim como fizeres assim acharas. c) Quern da aos pobres empresta a Deus. d) Longe da vista, longe do coracao. e) Ladrao que rouba a ladrao tern cem anos de perdao. f) A ociosidade e a mae de todos os vi'cios. g) Chega-te aos bons, seras urn deles; chega-te aos maus, seras pior do que eles. Em patoá 1. Hoze filo, manhä pai; assi fazě, assi lô achá. 2. Vida fěde cria vicio. 3. Ladrám rubá di ladrám, perdám sä nádi tarda. 4. Chapá co bom, fiäa bom; chapá co mau, lô sai más mau qui mau. 5. Cachôro qui gosta ladrá sä cachôro qui nádi mordě. 6. Lôngi di ôlo, fora di coragam. 7. Dá pá pobre, emprestá pá Dios. 2. Analogias, Há uma relagäo logica entre a primeira e a segunda palavras. Descubra as relacöes lógicas em falta. a) nascer nascimento g) morrer b) hörnern pés h) animal c) pressa apressado i) vagar d) defesa defensivo j) ataque e) automóvel automobilista k) bicicleta f) espirrar espirro I) tossir 198 j Macau 3. Coloque os acentos respetivos nas palavras que devem ser acentuadas graficamente. a) util hotel refem gas b) sofa movel apoio ali c) piano figado ceramics la d) falamos cantico bau saude e) rapaz dlstante molho sorte f) ananas dištancia subtii centimo 4. Intetjeicöes. Qual a interjeicäo da coluna B mais adequada para ex-pressar as sensacöes da coluna A. A a) Alegria b) Dor c) Surpresa d) Medo e) Estimulo f) Desejo g) Silěncio h) Alivio a) Construa urna frase usando cada uma das interjeicôes do exercicio anterior. Caramba!_ Quern me dera!_ Forca! Viva! Chiu! Ai! Ufa!. Credo! 4. A Boa Escrita. a) Escreve-se com e ou i? _elipse ef_ciencia v zinho äns_a ad_antar _dificio b) Escreve-se com o ou u? r_preender in_guala* mal_ável agon_a s_luco p_lir ad_ecer c_dir c_biga cand eiro burb_rinho ATICA ete o quadro. leres leias Javám tem estudado estudarem tem ido tivesse ido trazeres tragas ham puserem subirmos tivéssemos subído tens ouvido ete as frases com os verbos no modo indlcativo ou no modo conjurrtivo. . algum presente de Macau. .ula perguntou-me se eu Ihe_ u lho_, já lho tinha dado. ido_anos, vou convidar todos os amigos para uma festa. ido _anos, convido sempře os amigos para uma festa. __o que_, eu näo acredito numa única palavra vossa! 9ntei que tu näo me_o que se passou no sábado. Mas agora já näo faz sentido falar >so. es_a pé para o trabalho. Agora, já náo vou. iro que ele já_para a universídade, quando eu chegar. 3. Complete o texto com a preposícao mais adequada. Faca contracáo com o artigo quando ne-cessário. até a para por am de durante Lenda da deusa A-Má Há muitos, muitos anos, uma jovem, oriunda do Fujian, re- solveu embarcar como passageira_um junco, a fim de visitar alguns_os seus parentes que viviam nas costas do Guangdong. Como náo tinha dinheiro, corria_barco _ barco pedindo que a levassem gratuitamente, ofere- cendo,_troca, as suas valiosas oragoes_toda a viagem. Mas ninguém estava disposto a deixá-la seguir viagem. A jovem já estava desanimada, mas depois_muito andar lá conseguiu que um pobre barqueiro aceitasse levá-la_o seu destine A meio_a viagem levantou-se um grande temporal. O céu encheu-se_nuvens negras e o vento, a pouco e pouco, foi aumentando_intensidade e a chůva comegou _cair, Todos os barcos que tinham partido__aquele dia naufragaram, exceto o junco que transportava a jovem. Ela tornou conta_ . o leme e conduziu a embarcagäo . ao porto que se conhece hoje_o nome de Macau. Ao che- garem a terra, desembarcou e dirigiu-se_o cimo_ uma colina_rezar, subiu a colina e desapareceu_ acho que ela_ i que ela näo _ _ razao. _ razao. entre as nuvens. O patrao do junco e os outros passageiros que-riam agradecer-lhe, mas a jovem ja tinha desaparecido. Nunca mais ninguem a viu, mas reapareceu como deusa_o lugar onde os Pescadores levantaram urn pequeno temple_sua memoria: o templo de A-Ma, deusa dos Pescadores. Conta-se que o nome "Macau" tern origem_esta lenda. Diz-se que quando os Portugueses aqui chegaram perguntaram o nome_esta regiao, os Pescadores terao respondido: A-Ma Gau (porto ou baia de A-Ma). COMENTAR sáo lendas. Náo tém qualquer valor. leia está associada a mitos nos quais náo queremos acreditar. Supersticáo? Talvez! ságem do "ano velho" para o "ano novo", quais sáo as tradicóes no seu país?